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História As Aventuras de Supercorp - Aquele da viagem


Escrita por: TheOrdinaryGhost

Capítulo 20 - Aquele da viagem


– Hum. Isso Kar, muito bom. É assim mesmo – Lena gemeu de satisfação.

– Lee? – a loira chamou o nome da agora esposa.

A kryptoniana estava se contendo em seus movimentos. Não queria causar nenhuma situação constrangedora em um local público, todavia, ao que parece, a morena não pensava o mesmo.

– Perfeito – Lena soltou mais um gemido de contentamento – Maravilhosa. Adoro quando você demonstra esse seu lado.

– Lee? – a Super tentou chamar novamente a atenção da companheira.

– Hum – a morena finalmente elevou o seu olhar, este que antes estava fixado nas mãos da loira – Eu amo você – declarou com um sorriso meigo enfeitando o seu rosto.

A Luthor então desviou um pouco do foco de seu interesse, atraída por um suspeito silêncio em um ambiente que deveria estar recheado de burburinhos.

– Por que estão todos nos olhando? – sussurrou para a outra ao se inclinar em sua direção.

– Por que será, não é mesmo? – Kara elevou uma sobrancelha.

– Estamos apenas jogando xadrez no aeroporto – Lena respondeu inocente.

– Só isso – a loira debochou da esposa – Tem certeza?

– O que mais seria? – a Luthor respondeu um tanto perdida.

– Não sei, talvez você gemendo como se estivéssemos fazendo você-sabe-o-que – Kara sorriu maliciosa.

– A Alex não está aqui para você não falar “sexo” na frente dela – a morena soltou sem hesitar.

– Lena! – a kryptoniana exclamou quando um prolongado “Oh!” foi proferido pelas pessoas ali.

 

***

 

Após o constrangimento no aeroporto, o casal Danvers-Luthor estava confortável em suas poltronas rumo à tão esperada lua de mel. Não que elas tivessem esperado, longe disso. Mas o desejo da morena era realizar os mais variados clichês de recém-casados, queria ser humana, simples, comum, se arriscar, errar e dar risada com aquela que escolheu para ser sua companheira. Kara, por sua vez, queria realizar todos os desejos da amada e também os seus próprios. No fundo, querem apenas ser um casal apaixonado capaz de cometer as maiores loucuras de amor, longe da vida agitada que tinham em National City e de toda a carga de super-heroínas.

E o que casais apaixonados em um avião fazem?

– Vamos Lee, por favor – Kara implorou.

– Eu já disse, não vou transar com você aqui – Lena foi firme.

– Não é transar, é fazer amor – a alienígena fez um bico em protesto – Ah, qual é? – a pose dócil logo deu lugar a uma expressão mais enérgica – Você sabe que minha família tem uma queda por aviões.

– Escolha interessante de palavras, mas a resposta ainda é não.

– Nem se eu... – a loira sussurrou algo no ouvido da outra – Nem assim? – piscou os olhos azuis envolto de uma inocência fajuta.

– Banheiro, não – foi enfática – No espaço dos comissários de bordo – deu a ideia que agradou a outra – Aproveitar que eles estão circulando e lá a gente consegue se mexer.

– Eu vou na frente – Kara declarou animada e imediatamente se pôs ereta.

Antes que a morena conseguisse falar algo, a esposa já estava saltitando pelo corredor da primeira classe, sem esconder o enorme sorriso luxurioso, deixando a morena com as faces rubras tamanho seu embaraço.

Tentando disfarçar, Lena olhou para os lados, a fim de ter a certeza que ninguém estaria olhando quando ela seguisse a loira. Mas para seu total espanto, um outro casal olhava sorridente em sua direção. Sem que estivesse esperando, fizeram um “OK” com as mãos e logo em seguida levantaram os polegares incentivando-a.

A Luthor praticamente correu antes que seu constrangimento aumentasse e a fizesse desistir.

– Kar... – tentou falar assim que viu a outra.

– Shiu – Kara tocou os lábios vermelhos de Lena, silenciando-a – Sem conversa. Deixa-me fazer o meu trabalho.

Mais que depressa, cobriu a boca da outra com a sua em um beijo feroz e suculento. As línguas bailavam em sintonia, ora dominando, ora sendo dominadas. A cientista perdeu qualquer raciocínio ou a vergonha, anteriormente sentida, só pensava nas mãos da esposa abrindo sua blusa leve botão a botão.

Quando encostou na calça para abrir o último obstáculo para o seu desejo, Kara enrijeceu ao perceber outro coração batendo próximo a elas.

– Mas que pouca vergonha é essa?! – uma comissária gritou ao ver as duas.

A loira se virou assustada e cobriu o corpo de Lena com o seu próprio.

– Nós... nós... – a loira não conseguia formular uma frase coerente.

– Eu entendo que as pessoas tem fetiche com o banheiro do avião, o que eu não entendo, já que o lugar é minúsculo e quase é necessário fazer contorcionismo para que duas pessoas fiquem ali – a comissária falou balançando a cabeça – Não que eu tenha testado – disfarçou.

– Eu falei – Lena soltou para a loira.

– Silêncio! – a aeromoça exigiu – Tinha que ser no meu local de descanso? Entendemos que casais em lua de mel fazem essas estripulias, mas logo aqui? – estava indignada – O banheiro estava vago – choramingou.

– Linda, quando trouxemos a Alex nessa viagem e não percebemos? – Kara disse sem pensar.

– Vamos, as duas, já para os seus lugares – a moça falou dura.

– Ela é mais aterrorizante que minha irmã – percebendo o que falou, a loira virou a cabeça para a esposa – Não deixa a Alex descobrir que falei isso.

No entanto, a mente da morena ainda estava processando aquele tom autoritário usado pela comissária. Como se aquela entonação despertasse o seu lado CEO, Lena arrumou a postura, mesmo estando quase seminua, ainda exalava autoridade.

– Nós não sairemos daqui enquanto a Kara não terminar o trabalho dela – disse firme ainda protegida pela Danvers.

– Só por cima do meu cadáver isso vai acontecer – a mulher respondeu obstinada.

– Não fala isso não, moça – Kara gemeu – Você não conhece minha esposa, não sabe o seu temperamento, ainda mais quando ela está excitada. Vai que ela leva ao pé da letra? – como se fosse possível, a loira olhou por sobre o ombro para Lena – Amor, não é para levar a sério, por favor – implorou – Vamos nos sentar e está tudo bem. A ideia foi minha.

– Ah, não, você não sai daqui até terminar o que começou – a Luthor exigiu.

– E quem você pensa que é para fazer isso? – a aeromoça debochou.

– Lena Danvers-Luthor – disse saindo de trás da loira – CEO da L-Corp e bruxa nas horas vagas – o sorriso que deu foi predatório diante o olhar assustado da outra.

– Le-Le-Lena Luthor? – engoliu em seco.

– Danvers-Luthor – Kara ressaltou – Olha essa aliança aqui – aproximou o dedo contendo o objeto no nariz da comissária – Ela diz que a Lena é uma Danvers. E é minha, só para frisar. Antes que você comece a ter pensamentos impróprios com ela. Mi-nha – destacou a palavra por sílabas – Ela disse sim para mim...

– Kar – Lena tentou interromper.

– E se ficar de olho nela, saiba que eu posso te jogar desse avião – a loira continuou – Literalmente. Então pense bem antes de sequer olhar duas vezes para essa pessoa gostosa que eu sei que a minha esposa é.

– Adoro quando usa esse tom ciumento e me reivindica como sua – a voz de Lena saiu rouca – Me deixa mais acesa do que já estou.

Sem que nenhuma delas esperasse, a morena atacou os lábios da Super, que de forma tão natural a sustentou e encaixou o corpo no seu, correspondendo com veemência aquele contato.

– Senhoras! – a aeromoça gritou.

– Deixe-me resolver essa situação primeiro – Lena falou assim que se desprendeu da amada – Já pode usar o celular? – perguntou para a funcionária que lhe acenou positivamente.

A bruxa tirou o celular do bolso e buscou o contato bastante conhecido.

– Jess – saudou a pessoa do outro lado da linha – Descubra qual a companhia aérea que estou viajando e a compre – falou simples – Isso mesmo, a compre.

As duas mulheres ali arregalaram os olhos com a fala da outra.

– E quando fizer isso, verifique quem é o chefe da comissária... – leu o nome na identificação – Gordon, isso, comissária Gordon e o faça ligar para ela e dizer para nos deixar transar em paz.

– Fazer amor – Kara falou emburrada.

– Fazer amor – Lena se corrigiu – Você tem cinco minutos. Isso é tudo – desligou o celular.

– Quem é Miranda Priestly perto de Lena Luthor? Vou entrar em combustão e olha que isso não é algo fácil de acontecer – a loira sorriu safada.

– Se eu sou a Miranda, você é minha Andrea? – a morena sorriu sugestiva.

– Sem sombra de dúvidas. Agora fale “traga meu café”.

– Traga meu café – a voz saiu baixa e rouca.

– “Quero os lenços Hermès da última coleção em minha mesa” – cheirou o pescoço alvo.

– Quero os lenços Hermès da última coleção em minha mesa, agora – falou a última palavra de forma lenta.

– Ai, delícia – a loira gemeu – “Isso é tudo”.

– Isso é tudo – Lena falou no ouvido da outra e ronronou no final.

– Hum – grunhiu excitada distribuindo beijos pela pele da morena.

– Ainda estou aqui – Gordon se pronunciou.

– Achamos a irmã perdida da Alex, tão estraga-prazer quanto ela – Lena falou enquanto revirava os olhos.

– Acham mesmo que vão comprar toda a companhia aérea? – Gordon duvidou – Sei que é Lena Luthor, mas...

A fala da comissária foi cortada pelo som de seu celular.

– Gordon... Isso... Sim, senhor... Entendido... – desligou com os olhos arregalados.

– Agora é a hora que você sai daqui e não deixa mais ninguém atrapalhar? – a Luthor perguntou debochada.

– Sim, senhora. Obrigada, senhora. Quer dizer... – ela ficou perdida em suas ações – Tchau – virou as costas e saiu dali.

– Como você é má – a loira sorriu abraçando a outra.

– Me lembre de aumentar o salário da Jess, ela cumpriu a tarefa em três minutos e vinte e seis segundos – sorriu orgulhosa – Agora, me chame de Miranda Priestly e venha executar suas tarefas.

– O seu desejo é o meu prazer – sem se fazer de rogada, Kara avançou sobre a esposa.

 

***

 

– Finalmente! – Lena declara se jogando na cama do hotel – Me lembre o porquê de termos vindo de voo comercial e não termos contratado um motorista aqui? – queixou-se.

– Porque você é cabeça dura e quis ter a sua aventura como um ser humano comum. Mas eu já falei que tudo bem você ser rica, mimada, exigente – a loira sorri meiga encarando a outra na cama – Eu amo você mesmo assim.

– Fico contente em saber disso – debocha – Achei que precisava esconder esse meu lado.

– Nem se você quisesse, soube assim que te conheci que era uma princesinha – Kara sorri.

– Ah não. Você também não – a morena resmunga – Eu não sou uma princesa, sou uma bruxa. Sou implacável e não algo doce e delicado quando se fala em princesas.

– A Xena era uma princesa, doce e delicada, não são as palavras que eu a definiria.

– Oh! Você tem razão – surpreendeu-se – Da próxima vez que certo alguém me chamar de princesa, vou mostrar a guerreira que há em mim.

– Hum – Kara perdeu-se em pensamentos.

– Kar? – Lena a chamou, sem resposta – Amor? – nada – Você está me imaginando vestida de Xena, não está?

– Não só de Xena, mas de Leia também – saiu do seu torpor – Ela é uma princesa. Você ficaria um arraso com as roupas dela de escrava. Hum – lambeu os lábios imaginando.

– Para que roupas se você pode me ter sem elas? – Lena sorriu de lado.

– Adoro a liberdade que me dá de meter com ou sem roupas – a loira sorri com o próprio trocadilho.

– Kara! – a morena não acredita naquilo.

– Vamos, antes que eu te prenda e não aproveitamos nada desse lugar. Nem o Sol, o calor ou as praias. Estamos no Hawaii – disse entusiasmada.

– Ah não – a Luthor protestou – Eu não me importo de passar o tempo todo no quarto – abriu os botões da blusa.

– Eu sei que você tem essa “vibe” meio Mortícia da Família Adams, mas às vezes, um sol faz bem para o corpo.

– Para que eu preciso de Sol se você é meu Sol particular? Já me aquece quando eu preciso – jogou charme deixando o sutiã aparecer.

– Não – Kara engoliu a saliva – Você que é meu Sol.

– Não, você é – abriu o botão da calça.

– Não – a loira já não tinha certeza do que estava falando.

– Não discuta comigo – falou num tom rude – Agora, cala a boca e venha me mostrar o lado sombrio da força.

– A força é poderosa em você – Kara disse se jogando por cima da outra e distribuindo beijos sedentos por todo o colo branco.

– Quem é o Darth Vader?

– Você é meu Darth Vader – foi a última coisa que Kara falou antes de perder completamente o raciocínio para nada além de explorar o corpo de sua amada esposa.

 

***

 

– Meu Rao! – Danvers diz assim que vê Lena chegar no lobby do hotel vestindo seu biquíni preto – Protejam seus pescoços, a filha perdida dos Cullen chegou.

– Eu vou te bater – Lena falou fazendo um muxoxo.

– Quero ver essa agressividade na cama – a loira piscou com malícia.

– Não foi você quem disse que estava com fome e por isso me esperaria aqui?

– Minha fome é enorme, mas ela é ainda maior por você.

Mesmo aquelas palavras sendo carregadas de conteúdo explicitamente sexual, elas derretem o coração da Luthor – já mole pela loira – que lhe oferece um sorriso amoroso, se jogando nos braços fortes e musculosos distribuindo beijos pelo queixo, pelas bochechas, nariz, pescoço e por fim, os doces lábios da kryptoniana.

– Nossa, que gays – elas escutaram alguém falar próximo a elas.

– Extremamente – uma segunda voz corroborou – “Ai, minha fome por você é maior”. Tão gay.

Aquele diálogo chamou a atenção do casal já que, ao que parece, estavam falando delas.

– Somos gays sim, qual o problema? – Kara respondeu de forma agressiva para as duas pessoas que estavam próximas.

– O que? – uma delas se surpreendeu com o tom usado – Não, não. Nós dissemos isso não como algo ruim, é que vocês são gays, tão gays uma pela outra, sabe? Muito gay.

– Isso mesmo – a segunda voz tentou ajudar – Tipo, gay, gay mesmo. Gay ao quadrado. Não, ao cubo. Sou um desastre explicando as coisas – bateu na própria testa.

– Kar, eu acho que o que estão tentando dizer é que somos boiolinhas uma pela outra – a morena captou a intenção daquela conversa.

– Isso, boiolinhas. Vocês são boiolinhas – a segunda voz concordou – Cem por cento boiolinhas.

– Ah! – Kara finalmente entendeu – Então assim, sim, somos muito boiolinhas uma pela outra – sorriu de orelha a orelha beijando o nariz da morena de forma carinhosa.

– Parabéns ao casal – disseram juntos antes de se afastarem.

– Quando trouxemos o Brainy e a Nia para essa viagem e eu não estou sabendo? – Lena riu daquele absurdo.

– Eu não sei, mas no momento, estou pensando apenas em tirar esse seu biquíni minúsculo com os meus dentes – a loira falou sem qualquer pudor.

– E o almoço?

– Entre você e a comida, sempre vou preferir você.

– Uau, deixa a Alex saber que eu sou melhor que comida – a Luthor sorriu com a ideia de se vangloriar para a cunhada.

– Lee? – Kara chamou, ao que foi prontamente atendida.

– Oi.

– Menos conversa, mais ação – a loira falou antes de agarrar a cintura da outra e mergulhar em sua boca.

– Só se você usar seu sopro congelante para me refrescar desse calor infernal – Lena conseguiu falar quando teve que recuperar o fôlego.

– Baby, isso não é calor. Calor você sentirá quando eu estiver entre as suas pernas.

– Quarto? – foi a única coisa que conseguiu dizer já que sua mente entrou em pane com os dizeres da loira.

– Quarto – confirma.

Entre beijos e mordidas, saliva e suspiros, Lena e Kara foram aos trancos em direção ao elevador. Entraram se agarrando sem perceber que havia mais três pessoas no ambiente. Dentre elas, um casal idoso e um segurança.

– Senhoras – chamou cortês – Senhoras – tentou, sendo completamente ignorado – Senhoras!

Diante aquele chamado, o casal se separou o mínimo possível, somente para ter a certeza de que ele estava falando com elas.

– Senhoras, aqui é um hotel de respeito – começou – Nossas regras não permitem que seja feito sexo dentro do elevador.

– Mas nós não iriamos fazer sexo dentro do elevador – Kara falou inocente.

– Eu até acreditaria se suas mãos não estivessem dentro do biquíni da sua esposa – falou notando a aliança na mão da morena.

– Ops – a loira soltou ao perceber a posição constrangedora em que estavam.

– Eu não tinha pensado em sexo no elevador, mas até que você me deu uma boa ideia – Lena falou pensativa tirando o celular de sua bolsa.

– O que? Não foi isso o que eu quis dizer, senhora – o segurança falou surpreso.

– Jess? – a morena ignorou a fala só homem – Hotel... Isso. E peça para desligarem as câmeras do elevador... Qual elevador é esse? – perguntou para o funcionário.

– Quatro, senhora – respondeu embasbacado.

– Quatro – a Luthor voltou a ligação – Por uns quinze minutos? – olhou sugestiva a esposa.

– Se vamos ter o elevador para a gente, pode pedir para interditar por meia hora – a loira sorriu safada.

– Senhoras! – o segurança gritou abismado com aquela conversa.

– Com licença, jovens – a senhora chamou a atenção para si – Não pudemos não escutar o que estão falando – continuou um tanto tímida.

– Olha isso – o homem mais novo voltou a falar – Devem estar traumatizando a terceira idade.

– Traumatizar? – a idosa se surpreendeu – Longe disso, meu filho. Eu queria pedir um favor, se não for muito.

– Claro – Kara respondeu solicita.

– Vocês podem pedir para interditar um elevador para nós também? Tenho que aproveitar que o defunto levantou – apontou para o marido, ou melhor, para o quadril dele.

– Quem ficou traumatizado fui eu – o segurança gemeu – Nem os velhinhos escapam.

– Sem problemas – Lena respondeu de pronto – Jess, libera mais um – pediu para a secretaria ainda no telefone – Ah, e peça atendimento psicológico para o segurança... – leu o nome no crachá – John, por minha conta – desligou o aparelho.

– Se você for pagar um psicólogo para todas as pessoas que traumatizamos ou vamos traumatizar, você ficará pobre – a loira zombou.

– Senhoras – John ficou chocado.

Antes de falar algo a mais, recebeu uma informação via rádio que o deixou pálido.

– Senhora Lu-Luthor? – falou encarando a morena – Ainda bem que não chamou a Supergirl para me atirar do telhado.

– Ela não fará isso, estará ocupada demais me comen...

– Lena!!! – a loira interrompeu a fala da outra.

– Poderia escoltar o casal para o outro elevador vago e se certificar de não ter nenhuma câmera ligada? – a morena pediu travessa – Conto com a sua descrição. Senão terei que envolver certa super-heroína.

– Oh! Sem problemas – foi prestativo diante da ameaça velada.

Assim que as portas foram abertas, o segurança escoltou o casal de idosos animado pelo corredor enquanto as duas ficavam em seu interior.

– E a história de querer uma lua de mel normal? – Kara debochou – Não tem nem cinco horas que saímos de National City e você já comprou uma companhia aérea e um hotel.

– São bons investimentos – deu de ombros sem se importar.

– Não sei o que gosto mais, você comprar empresas por mim ou empreendimentos para fazermos amor – sorriu voltando a abraçar a esposa.

– Eu não me importaria de comprar todos os lugares que você quiser fazer amor comigo – a morena passou os braços pelos ombros da loira.

– Impressão minha ou o segurança era um tanto familiar? – a kryptoniana questionou aquilo que estava em sua cabeça.

– Ele lembrou muito o J’onn, até o nome é parecido – Lena confirmou – Se soubesse que seria assim, tinha trazido os originais – riu.

– Tivemos a Alex, o Brainy, a Nia, o J’onn – Kara falou lembrando – Só faltou a Kelly.

– Oh, você não reparou?

– Não. O que?

– A senhorinha reclamando do defunto do marido me fez pensar muito na Kelly quando ela fala da Alex – riu com gosto das lembranças – Agora, pare de falar e use sua boca para algo mais importante, as câmeras foram desligadas – apontou o objeto cuja luz vermelha ia se apagando.

– Seu desejo é uma ordem, senhora Lu-Luthor – a loira imitou a cara de pânico que todos fazem quando descobrem quem a morena é.

– Isso mesmo, senão vou chamar minha super-heroína para te atirar pelo telhado – debochou antes de invadir a boca da loira com sua língua.

O que aconteceu em seguida?

O que acontece em luas de mel – jogo de xadrez, é claro.

 

***

 

National City

Torre

Naquele mesmo dia

 

– Atchim! – a ruiva espirrou.

– O que foi, amor? Está ficando doente? – Kelly perguntou preocupada.

– Acho que não. Sabe aquela sensação de que estão falando de você pelas suas costas? Estou sentindo isso o dia inteiro. Aposto que é aquela bruxa – rosnou.

– Ai, meu amor, só você mesmo para acreditar que aquelas duas lembram da sua existência em plena lua de mel – Kelly zombou da ingenuidade da esposa.

– Eu não duvido de nada do que vem delas. Atchim!  


Notas Finais


Um capítulo tranquilo pós casamento ou será que não? hahaha
Alguém aqui quer mais um capítulo de lua de mel?


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