– Hum. Isso Kar, muito bom. É assim mesmo – Lena gemeu de satisfação.
– Lee? – a loira chamou o nome da agora esposa.
A kryptoniana estava se contendo em seus movimentos. Não queria causar nenhuma situação constrangedora em um local público, todavia, ao que parece, a morena não pensava o mesmo.
– Perfeito – Lena soltou mais um gemido de contentamento – Maravilhosa. Adoro quando você demonstra esse seu lado.
– Lee? – a Super tentou chamar novamente a atenção da companheira.
– Hum – a morena finalmente elevou o seu olhar, este que antes estava fixado nas mãos da loira – Eu amo você – declarou com um sorriso meigo enfeitando o seu rosto.
A Luthor então desviou um pouco do foco de seu interesse, atraída por um suspeito silêncio em um ambiente que deveria estar recheado de burburinhos.
– Por que estão todos nos olhando? – sussurrou para a outra ao se inclinar em sua direção.
– Por que será, não é mesmo? – Kara elevou uma sobrancelha.
– Estamos apenas jogando xadrez no aeroporto – Lena respondeu inocente.
– Só isso – a loira debochou da esposa – Tem certeza?
– O que mais seria? – a Luthor respondeu um tanto perdida.
– Não sei, talvez você gemendo como se estivéssemos fazendo você-sabe-o-que – Kara sorriu maliciosa.
– A Alex não está aqui para você não falar “sexo” na frente dela – a morena soltou sem hesitar.
– Lena! – a kryptoniana exclamou quando um prolongado “Oh!” foi proferido pelas pessoas ali.
***
Após o constrangimento no aeroporto, o casal Danvers-Luthor estava confortável em suas poltronas rumo à tão esperada lua de mel. Não que elas tivessem esperado, longe disso. Mas o desejo da morena era realizar os mais variados clichês de recém-casados, queria ser humana, simples, comum, se arriscar, errar e dar risada com aquela que escolheu para ser sua companheira. Kara, por sua vez, queria realizar todos os desejos da amada e também os seus próprios. No fundo, querem apenas ser um casal apaixonado capaz de cometer as maiores loucuras de amor, longe da vida agitada que tinham em National City e de toda a carga de super-heroínas.
E o que casais apaixonados em um avião fazem?
– Vamos Lee, por favor – Kara implorou.
– Eu já disse, não vou transar com você aqui – Lena foi firme.
– Não é transar, é fazer amor – a alienígena fez um bico em protesto – Ah, qual é? – a pose dócil logo deu lugar a uma expressão mais enérgica – Você sabe que minha família tem uma queda por aviões.
– Escolha interessante de palavras, mas a resposta ainda é não.
– Nem se eu... – a loira sussurrou algo no ouvido da outra – Nem assim? – piscou os olhos azuis envolto de uma inocência fajuta.
– Banheiro, não – foi enfática – No espaço dos comissários de bordo – deu a ideia que agradou a outra – Aproveitar que eles estão circulando e lá a gente consegue se mexer.
– Eu vou na frente – Kara declarou animada e imediatamente se pôs ereta.
Antes que a morena conseguisse falar algo, a esposa já estava saltitando pelo corredor da primeira classe, sem esconder o enorme sorriso luxurioso, deixando a morena com as faces rubras tamanho seu embaraço.
Tentando disfarçar, Lena olhou para os lados, a fim de ter a certeza que ninguém estaria olhando quando ela seguisse a loira. Mas para seu total espanto, um outro casal olhava sorridente em sua direção. Sem que estivesse esperando, fizeram um “OK” com as mãos e logo em seguida levantaram os polegares incentivando-a.
A Luthor praticamente correu antes que seu constrangimento aumentasse e a fizesse desistir.
– Kar... – tentou falar assim que viu a outra.
– Shiu – Kara tocou os lábios vermelhos de Lena, silenciando-a – Sem conversa. Deixa-me fazer o meu trabalho.
Mais que depressa, cobriu a boca da outra com a sua em um beijo feroz e suculento. As línguas bailavam em sintonia, ora dominando, ora sendo dominadas. A cientista perdeu qualquer raciocínio ou a vergonha, anteriormente sentida, só pensava nas mãos da esposa abrindo sua blusa leve botão a botão.
Quando encostou na calça para abrir o último obstáculo para o seu desejo, Kara enrijeceu ao perceber outro coração batendo próximo a elas.
– Mas que pouca vergonha é essa?! – uma comissária gritou ao ver as duas.
A loira se virou assustada e cobriu o corpo de Lena com o seu próprio.
– Nós... nós... – a loira não conseguia formular uma frase coerente.
– Eu entendo que as pessoas tem fetiche com o banheiro do avião, o que eu não entendo, já que o lugar é minúsculo e quase é necessário fazer contorcionismo para que duas pessoas fiquem ali – a comissária falou balançando a cabeça – Não que eu tenha testado – disfarçou.
– Eu falei – Lena soltou para a loira.
– Silêncio! – a aeromoça exigiu – Tinha que ser no meu local de descanso? Entendemos que casais em lua de mel fazem essas estripulias, mas logo aqui? – estava indignada – O banheiro estava vago – choramingou.
– Linda, quando trouxemos a Alex nessa viagem e não percebemos? – Kara disse sem pensar.
– Vamos, as duas, já para os seus lugares – a moça falou dura.
– Ela é mais aterrorizante que minha irmã – percebendo o que falou, a loira virou a cabeça para a esposa – Não deixa a Alex descobrir que falei isso.
No entanto, a mente da morena ainda estava processando aquele tom autoritário usado pela comissária. Como se aquela entonação despertasse o seu lado CEO, Lena arrumou a postura, mesmo estando quase seminua, ainda exalava autoridade.
– Nós não sairemos daqui enquanto a Kara não terminar o trabalho dela – disse firme ainda protegida pela Danvers.
– Só por cima do meu cadáver isso vai acontecer – a mulher respondeu obstinada.
– Não fala isso não, moça – Kara gemeu – Você não conhece minha esposa, não sabe o seu temperamento, ainda mais quando ela está excitada. Vai que ela leva ao pé da letra? – como se fosse possível, a loira olhou por sobre o ombro para Lena – Amor, não é para levar a sério, por favor – implorou – Vamos nos sentar e está tudo bem. A ideia foi minha.
– Ah, não, você não sai daqui até terminar o que começou – a Luthor exigiu.
– E quem você pensa que é para fazer isso? – a aeromoça debochou.
– Lena Danvers-Luthor – disse saindo de trás da loira – CEO da L-Corp e bruxa nas horas vagas – o sorriso que deu foi predatório diante o olhar assustado da outra.
– Le-Le-Lena Luthor? – engoliu em seco.
– Danvers-Luthor – Kara ressaltou – Olha essa aliança aqui – aproximou o dedo contendo o objeto no nariz da comissária – Ela diz que a Lena é uma Danvers. E é minha, só para frisar. Antes que você comece a ter pensamentos impróprios com ela. Mi-nha – destacou a palavra por sílabas – Ela disse sim para mim...
– Kar – Lena tentou interromper.
– E se ficar de olho nela, saiba que eu posso te jogar desse avião – a loira continuou – Literalmente. Então pense bem antes de sequer olhar duas vezes para essa pessoa gostosa que eu sei que a minha esposa é.
– Adoro quando usa esse tom ciumento e me reivindica como sua – a voz de Lena saiu rouca – Me deixa mais acesa do que já estou.
Sem que nenhuma delas esperasse, a morena atacou os lábios da Super, que de forma tão natural a sustentou e encaixou o corpo no seu, correspondendo com veemência aquele contato.
– Senhoras! – a aeromoça gritou.
– Deixe-me resolver essa situação primeiro – Lena falou assim que se desprendeu da amada – Já pode usar o celular? – perguntou para a funcionária que lhe acenou positivamente.
A bruxa tirou o celular do bolso e buscou o contato bastante conhecido.
– Jess – saudou a pessoa do outro lado da linha – Descubra qual a companhia aérea que estou viajando e a compre – falou simples – Isso mesmo, a compre.
As duas mulheres ali arregalaram os olhos com a fala da outra.
– E quando fizer isso, verifique quem é o chefe da comissária... – leu o nome na identificação – Gordon, isso, comissária Gordon e o faça ligar para ela e dizer para nos deixar transar em paz.
– Fazer amor – Kara falou emburrada.
– Fazer amor – Lena se corrigiu – Você tem cinco minutos. Isso é tudo – desligou o celular.
– Quem é Miranda Priestly perto de Lena Luthor? Vou entrar em combustão e olha que isso não é algo fácil de acontecer – a loira sorriu safada.
– Se eu sou a Miranda, você é minha Andrea? – a morena sorriu sugestiva.
– Sem sombra de dúvidas. Agora fale “traga meu café”.
– Traga meu café – a voz saiu baixa e rouca.
– “Quero os lenços Hermès da última coleção em minha mesa” – cheirou o pescoço alvo.
– Quero os lenços Hermès da última coleção em minha mesa, agora – falou a última palavra de forma lenta.
– Ai, delícia – a loira gemeu – “Isso é tudo”.
– Isso é tudo – Lena falou no ouvido da outra e ronronou no final.
– Hum – grunhiu excitada distribuindo beijos pela pele da morena.
– Ainda estou aqui – Gordon se pronunciou.
– Achamos a irmã perdida da Alex, tão estraga-prazer quanto ela – Lena falou enquanto revirava os olhos.
– Acham mesmo que vão comprar toda a companhia aérea? – Gordon duvidou – Sei que é Lena Luthor, mas...
A fala da comissária foi cortada pelo som de seu celular.
– Gordon... Isso... Sim, senhor... Entendido... – desligou com os olhos arregalados.
– Agora é a hora que você sai daqui e não deixa mais ninguém atrapalhar? – a Luthor perguntou debochada.
– Sim, senhora. Obrigada, senhora. Quer dizer... – ela ficou perdida em suas ações – Tchau – virou as costas e saiu dali.
– Como você é má – a loira sorriu abraçando a outra.
– Me lembre de aumentar o salário da Jess, ela cumpriu a tarefa em três minutos e vinte e seis segundos – sorriu orgulhosa – Agora, me chame de Miranda Priestly e venha executar suas tarefas.
– O seu desejo é o meu prazer – sem se fazer de rogada, Kara avançou sobre a esposa.
***
– Finalmente! – Lena declara se jogando na cama do hotel – Me lembre o porquê de termos vindo de voo comercial e não termos contratado um motorista aqui? – queixou-se.
– Porque você é cabeça dura e quis ter a sua aventura como um ser humano comum. Mas eu já falei que tudo bem você ser rica, mimada, exigente – a loira sorri meiga encarando a outra na cama – Eu amo você mesmo assim.
– Fico contente em saber disso – debocha – Achei que precisava esconder esse meu lado.
– Nem se você quisesse, soube assim que te conheci que era uma princesinha – Kara sorri.
– Ah não. Você também não – a morena resmunga – Eu não sou uma princesa, sou uma bruxa. Sou implacável e não algo doce e delicado quando se fala em princesas.
– A Xena era uma princesa, doce e delicada, não são as palavras que eu a definiria.
– Oh! Você tem razão – surpreendeu-se – Da próxima vez que certo alguém me chamar de princesa, vou mostrar a guerreira que há em mim.
– Hum – Kara perdeu-se em pensamentos.
– Kar? – Lena a chamou, sem resposta – Amor? – nada – Você está me imaginando vestida de Xena, não está?
– Não só de Xena, mas de Leia também – saiu do seu torpor – Ela é uma princesa. Você ficaria um arraso com as roupas dela de escrava. Hum – lambeu os lábios imaginando.
– Para que roupas se você pode me ter sem elas? – Lena sorriu de lado.
– Adoro a liberdade que me dá de meter com ou sem roupas – a loira sorri com o próprio trocadilho.
– Kara! – a morena não acredita naquilo.
– Vamos, antes que eu te prenda e não aproveitamos nada desse lugar. Nem o Sol, o calor ou as praias. Estamos no Hawaii – disse entusiasmada.
– Ah não – a Luthor protestou – Eu não me importo de passar o tempo todo no quarto – abriu os botões da blusa.
– Eu sei que você tem essa “vibe” meio Mortícia da Família Adams, mas às vezes, um sol faz bem para o corpo.
– Para que eu preciso de Sol se você é meu Sol particular? Já me aquece quando eu preciso – jogou charme deixando o sutiã aparecer.
– Não – Kara engoliu a saliva – Você que é meu Sol.
– Não, você é – abriu o botão da calça.
– Não – a loira já não tinha certeza do que estava falando.
– Não discuta comigo – falou num tom rude – Agora, cala a boca e venha me mostrar o lado sombrio da força.
– A força é poderosa em você – Kara disse se jogando por cima da outra e distribuindo beijos sedentos por todo o colo branco.
– Quem é o Darth Vader?
– Você é meu Darth Vader – foi a última coisa que Kara falou antes de perder completamente o raciocínio para nada além de explorar o corpo de sua amada esposa.
***
– Meu Rao! – Danvers diz assim que vê Lena chegar no lobby do hotel vestindo seu biquíni preto – Protejam seus pescoços, a filha perdida dos Cullen chegou.
– Eu vou te bater – Lena falou fazendo um muxoxo.
– Quero ver essa agressividade na cama – a loira piscou com malícia.
– Não foi você quem disse que estava com fome e por isso me esperaria aqui?
– Minha fome é enorme, mas ela é ainda maior por você.
Mesmo aquelas palavras sendo carregadas de conteúdo explicitamente sexual, elas derretem o coração da Luthor – já mole pela loira – que lhe oferece um sorriso amoroso, se jogando nos braços fortes e musculosos distribuindo beijos pelo queixo, pelas bochechas, nariz, pescoço e por fim, os doces lábios da kryptoniana.
– Nossa, que gays – elas escutaram alguém falar próximo a elas.
– Extremamente – uma segunda voz corroborou – “Ai, minha fome por você é maior”. Tão gay.
Aquele diálogo chamou a atenção do casal já que, ao que parece, estavam falando delas.
– Somos gays sim, qual o problema? – Kara respondeu de forma agressiva para as duas pessoas que estavam próximas.
– O que? – uma delas se surpreendeu com o tom usado – Não, não. Nós dissemos isso não como algo ruim, é que vocês são gays, tão gays uma pela outra, sabe? Muito gay.
– Isso mesmo – a segunda voz tentou ajudar – Tipo, gay, gay mesmo. Gay ao quadrado. Não, ao cubo. Sou um desastre explicando as coisas – bateu na própria testa.
– Kar, eu acho que o que estão tentando dizer é que somos boiolinhas uma pela outra – a morena captou a intenção daquela conversa.
– Isso, boiolinhas. Vocês são boiolinhas – a segunda voz concordou – Cem por cento boiolinhas.
– Ah! – Kara finalmente entendeu – Então assim, sim, somos muito boiolinhas uma pela outra – sorriu de orelha a orelha beijando o nariz da morena de forma carinhosa.
– Parabéns ao casal – disseram juntos antes de se afastarem.
– Quando trouxemos o Brainy e a Nia para essa viagem e eu não estou sabendo? – Lena riu daquele absurdo.
– Eu não sei, mas no momento, estou pensando apenas em tirar esse seu biquíni minúsculo com os meus dentes – a loira falou sem qualquer pudor.
– E o almoço?
– Entre você e a comida, sempre vou preferir você.
– Uau, deixa a Alex saber que eu sou melhor que comida – a Luthor sorriu com a ideia de se vangloriar para a cunhada.
– Lee? – Kara chamou, ao que foi prontamente atendida.
– Oi.
– Menos conversa, mais ação – a loira falou antes de agarrar a cintura da outra e mergulhar em sua boca.
– Só se você usar seu sopro congelante para me refrescar desse calor infernal – Lena conseguiu falar quando teve que recuperar o fôlego.
– Baby, isso não é calor. Calor você sentirá quando eu estiver entre as suas pernas.
– Quarto? – foi a única coisa que conseguiu dizer já que sua mente entrou em pane com os dizeres da loira.
– Quarto – confirma.
Entre beijos e mordidas, saliva e suspiros, Lena e Kara foram aos trancos em direção ao elevador. Entraram se agarrando sem perceber que havia mais três pessoas no ambiente. Dentre elas, um casal idoso e um segurança.
– Senhoras – chamou cortês – Senhoras – tentou, sendo completamente ignorado – Senhoras!
Diante aquele chamado, o casal se separou o mínimo possível, somente para ter a certeza de que ele estava falando com elas.
– Senhoras, aqui é um hotel de respeito – começou – Nossas regras não permitem que seja feito sexo dentro do elevador.
– Mas nós não iriamos fazer sexo dentro do elevador – Kara falou inocente.
– Eu até acreditaria se suas mãos não estivessem dentro do biquíni da sua esposa – falou notando a aliança na mão da morena.
– Ops – a loira soltou ao perceber a posição constrangedora em que estavam.
– Eu não tinha pensado em sexo no elevador, mas até que você me deu uma boa ideia – Lena falou pensativa tirando o celular de sua bolsa.
– O que? Não foi isso o que eu quis dizer, senhora – o segurança falou surpreso.
– Jess? – a morena ignorou a fala só homem – Hotel... Isso. E peça para desligarem as câmeras do elevador... Qual elevador é esse? – perguntou para o funcionário.
– Quatro, senhora – respondeu embasbacado.
– Quatro – a Luthor voltou a ligação – Por uns quinze minutos? – olhou sugestiva a esposa.
– Se vamos ter o elevador para a gente, pode pedir para interditar por meia hora – a loira sorriu safada.
– Senhoras! – o segurança gritou abismado com aquela conversa.
– Com licença, jovens – a senhora chamou a atenção para si – Não pudemos não escutar o que estão falando – continuou um tanto tímida.
– Olha isso – o homem mais novo voltou a falar – Devem estar traumatizando a terceira idade.
– Traumatizar? – a idosa se surpreendeu – Longe disso, meu filho. Eu queria pedir um favor, se não for muito.
– Claro – Kara respondeu solicita.
– Vocês podem pedir para interditar um elevador para nós também? Tenho que aproveitar que o defunto levantou – apontou para o marido, ou melhor, para o quadril dele.
– Quem ficou traumatizado fui eu – o segurança gemeu – Nem os velhinhos escapam.
– Sem problemas – Lena respondeu de pronto – Jess, libera mais um – pediu para a secretaria ainda no telefone – Ah, e peça atendimento psicológico para o segurança... – leu o nome no crachá – John, por minha conta – desligou o aparelho.
– Se você for pagar um psicólogo para todas as pessoas que traumatizamos ou vamos traumatizar, você ficará pobre – a loira zombou.
– Senhoras – John ficou chocado.
Antes de falar algo a mais, recebeu uma informação via rádio que o deixou pálido.
– Senhora Lu-Luthor? – falou encarando a morena – Ainda bem que não chamou a Supergirl para me atirar do telhado.
– Ela não fará isso, estará ocupada demais me comen...
– Lena!!! – a loira interrompeu a fala da outra.
– Poderia escoltar o casal para o outro elevador vago e se certificar de não ter nenhuma câmera ligada? – a morena pediu travessa – Conto com a sua descrição. Senão terei que envolver certa super-heroína.
– Oh! Sem problemas – foi prestativo diante da ameaça velada.
Assim que as portas foram abertas, o segurança escoltou o casal de idosos animado pelo corredor enquanto as duas ficavam em seu interior.
– E a história de querer uma lua de mel normal? – Kara debochou – Não tem nem cinco horas que saímos de National City e você já comprou uma companhia aérea e um hotel.
– São bons investimentos – deu de ombros sem se importar.
– Não sei o que gosto mais, você comprar empresas por mim ou empreendimentos para fazermos amor – sorriu voltando a abraçar a esposa.
– Eu não me importaria de comprar todos os lugares que você quiser fazer amor comigo – a morena passou os braços pelos ombros da loira.
– Impressão minha ou o segurança era um tanto familiar? – a kryptoniana questionou aquilo que estava em sua cabeça.
– Ele lembrou muito o J’onn, até o nome é parecido – Lena confirmou – Se soubesse que seria assim, tinha trazido os originais – riu.
– Tivemos a Alex, o Brainy, a Nia, o J’onn – Kara falou lembrando – Só faltou a Kelly.
– Oh, você não reparou?
– Não. O que?
– A senhorinha reclamando do defunto do marido me fez pensar muito na Kelly quando ela fala da Alex – riu com gosto das lembranças – Agora, pare de falar e use sua boca para algo mais importante, as câmeras foram desligadas – apontou o objeto cuja luz vermelha ia se apagando.
– Seu desejo é uma ordem, senhora Lu-Luthor – a loira imitou a cara de pânico que todos fazem quando descobrem quem a morena é.
– Isso mesmo, senão vou chamar minha super-heroína para te atirar pelo telhado – debochou antes de invadir a boca da loira com sua língua.
O que aconteceu em seguida?
O que acontece em luas de mel – jogo de xadrez, é claro.
***
National City
Torre
Naquele mesmo dia
– Atchim! – a ruiva espirrou.
– O que foi, amor? Está ficando doente? – Kelly perguntou preocupada.
– Acho que não. Sabe aquela sensação de que estão falando de você pelas suas costas? Estou sentindo isso o dia inteiro. Aposto que é aquela bruxa – rosnou.
– Ai, meu amor, só você mesmo para acreditar que aquelas duas lembram da sua existência em plena lua de mel – Kelly zombou da ingenuidade da esposa.
– Eu não duvido de nada do que vem delas. Atchim!
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