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História As Crônicas da Legião - Sementes da Destruição - Uma estranha aliada


Escrita por: CollorfullFox

Capítulo 101 - Sementes da Destruição - Uma estranha aliada


Tai tentou se segurar a uma cavidade que havia na parede do prédio, e até conseguiu prender a mão, mas não teve força suficiente pra se segurar. Ela largou a parede. Seu plano falhara, mas desacelerara sua queda. Mesmo assim, pode ouvir alguns barulhos desconfortáveis quando caiu no chão sobre seu braço esquerdo.

A garota se levantou desesperadamente e começou a correr. Tentou evitar olhar para trás, mas não conseguiu. Nos poucos momentos em que sua visão foi clara, ela viu um aterrorizante Kurshkov caminhando devagar em sua direção.

Tai suava e tinha no rosto um olhar desesperado. Ela tentava correr, mas seus pulmões pareciam sem fôlego; tentava respirar, mas seu nariz parecia trancado; tentava pensar, mas sua mente parecia vazia. Ela virou em um corredor à sua direita. Tinha alguns segundos de vantagem sobre o incendiário.

-Certo Tai - ela falava para si mesma - Seja a mais esperta.

Os olhos dela corriam o corredor em busca de qualquer tipo de vantagem. Ela já podia ouvir os passos calmos e ritmados do russo. Seus poucos segundos aparentemente já havia acabado. Tai entrou em pânico e fez a primeira coisa que veio em sua cabeça.

Kurshkov virou a esquina do corredor e deu de cara com uma garota desesperada. Com uma barra de ferro na mão. Tai girou sua arma na direção do adversário com muita vontade, mas não foi veloz o suficiente. Kurshkov se abaixou no momento exato, quase como se estivesse jogando um jogo no modo easy, e, em seguida, empurrou a barra de ferro na direção que Tai a estava girando. Imediatamente a garota foi ao chão.

O russo chutou o braço quebrado dela, tirando um grito de dor de sua boca. 

-Você é muito fraca sem seus amiguinhos. - ele tirou a pistola do coldre e a engatilhou - Isso não teve nem graça.

Tai focou seu olhar nos olhos dele. Eles demonstravam uma profunda insatisfação por ter que matar a garota ali, naquelas circunstâncias. Tão desesperada, ela quase não percebeu como estava sendo burra. Quase. Ela então fixou seu olhar no cano da arma apontada para ela. Nossa, era de metal!

O russo disparou, mas bem na hora o cano da arma dobrou para cima, explodindo-a. Surpreso, Kurshkov largou a pistola e perdeu sua concentração por um leve e crucial segundo. Nesse segundo, Tai jogou-lhe violentamente um pedaço de ferro do qual o incendiário não conseguiu desviar.

A garota tentou se levantar o mais rápido possível enquanto seu adversário se recuperava do pequeno baque, mas não foi o suficiente. Enquanto ela começava a correr, Kurshkov conseguiu se levantar e segurar com firmeza no braço quebrado dela. Uma dor lancinante começou a percorrer seu corpo e, por alguns segundos, desligou a garota. Ela gritou desesperada, perdendo todo o controle. O russo tomava aquilo como uma vantagem. Mas então um estrondo se ouviu. De cima.

Tai emanava uma aura poderosa que abalava toda a estrutura do prédio semi-destruído. Adivinha só do que era feita a estrutura do prédio.

Ela olhou dentro dos olhos do incendiário. Algumas lágrimas embaçavam seu olhar, mas ela conseguia ver claramente a máscara de fumaça.

-Vai pro inferno caralho! - ela gritou, e, com todas as forças que lhe restavam, puxou o braço que o russo segurava.

Tai correu com vontade para tentar sair da instalação e escapar. Kurshkov não vinha muito atrás. E logo em seguida vinha uma avalanche de estacas de ferro, cimento, chão, paredes, teto, tudo. Estava chegando. Tai conseguia ver a porta. Estava fechada, ao lado de uma janela de vidro. Ela deu um pulo na direção da janela, protegendo seu rosto com seu braço ainda inteiro. O vidro se quebrou, acompanhado por um grito estridente da garota, agonizando com os cacos que lhe rasgavam a carne. Ela caiu num beco vazio e gemeu, sem forças nem braços para se levantar.

Tai virou a cabeça na direção do prédio. O desabamento atingiu com tudo o andar térreo, juntamente com Kurshkov. Ela imaginou que ele estava gritando, mas o estrondo do prédio se chocando com o chão era mais alto. Muito mais alto. Muita poeira foi levantada, tapando a visão dela e provocando algumas tossidas. Tai caminhou para o outro lado do beco, buscando fugir daquela poeira.

Ela tossiu mais algumas vezes e então se virou para a janela quebrada. Através dela era possível ver os escombros. A garota se sentou no beco, extenuada. Conforme a adrenalina foi baixando, ela foi tomando conta de seus pensamentos novamente. Começou a se lembrar do que havia acabado de acontecer. De tudo que havia acontecido nos últimos dias. Sentia dor, tristeza, ódio, medo, ansiedade, tudo ao mesmo tempo.

Mas de repente Tai e seus pensamentos foram interrompidos. Alguns dos escombros se levantavam e se jogavam para os lados. Uma mão coberta por uma armadura parcialmente quebrada fica visível. Tai se levanta e tenta fazer alguma coisa, mas seus dois braços não tinham forças para fazer nada. Assustada e surpreendida, ela paralisa, ali, de pé, virada para um Firewasp incansável que acabara de se levantar após ser atingido por um prédio.

Ele atravessou a janela com alguma dificuldade e alongou a coluna. Tinha no ombro uma estaca pontuda de ferro. Parecia sentir bastante dor. Tai então assistiu ainda atônita enquanto o incendiário puxava com ferocidade a estaca para fora de seu corpo. Ele sangrava. Muito. Mas aquilo não parecia impedi-lo.

-Você. - ele disse com dificuldade.

E foi ali, paralisada, que Tai assistiu a cena seguinte. Pelo menos o início dela. Ela pode ver uma garota de cabelos castanhos surgir do nada. Ela pulou em cima de Kurshkov, entrelaçando suas pernas no pescoço dele. O terrorista por sua vez revidou, tentando sufocar a garota para que esta saísse de cima dele, iniciando o que parecia se encaminhar para uma batalha feroz. O russo conseguiu jogar a menina no chão. Ela virou-se para Tai e gritou para que ela saísse de lá. Alguns segundos depois, Tai recobrou a consciência. Ela observava enquanto o incendiário defendia os chutes da garota e contra-atacava descontroladamente. Ela pensou em entrar na luta, mas de que serviria sua ajuda? Ela estava completamente inutilizada, seria um peso.

No meio desses pensamentos Tai conseguiu ouvir a outra garota gritando novamente para que ela saísse de lá. Mas dessa vez, Tai obedeceu, e saiu do beco buscando por um refúgio seguro.



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