História As crônicas da rainha de gelo - Clexa - Cap 20

As correntes e grades das selas escuras de Solaris se abriram para a rainha que caminhava com um duas taças e uma garrafa de vinho. A medida que avançavam mais tochas foram acessas, ate que a voz de Lexa ordenou que o soldado permanecesse ali e que ela iria sozinha a partir de então.

As masmorras de Solaris não são muito convidativas aos olhos de qualquer pessoa, são escuras, frias e agonizantes. Não da pra ouvir nada além do próprio pensamento, não da pra vê nada além do vazio. Ate mesmo falar torna-se traumatizante devido os ecos. Mas conforme adentrava nas masmorras Lexa ouvia o assobiar de alguns prisioneiros nas selas, ate chegar em uma em particular, a única com luminosidade.

A rainha abriu a porta e sorriu ao ver seu sogro deitado na estreita cama cercado por livros e cm roupas sujas.

- É bom vê-lo novamente Lord Marcus. - Disse a rainha abrindo as grades e entrando como se estivesse em casa. - Como esta?

- Não muito bem e você? - Marcus guardou o livro e se sentou na cama. - Como estão minhas filhas?

- Bem na medida do possível. - A rainha abriu a garrafa de vinho e serviu as duas taças entregando uma a Marcus. - Raven esta feliz com minha irmã, Octávia casou com meu irmão Lincoln e Clarke teve dois filhos meus, mas isso você já sabia não?

- Todas casadas com Blackwood. - O velho experimentou o doce vinho, fazia tempo que não tomava nada parecido.

- Não era esse o plano com meu pai?

- Era. - Afirmou Marcus e em seguida perguntou. - O que faz aqui Lexa?

Por um momento tudo ficou em silêncio na fria sala e Lexa teve alguns minutos com seus pensamentos dos quais não queria.

- Já conheceu seus netos Lord Marcus? - Perguntou fria igualmente a sela.

- Não, Clarke não vem aqui desde que a barriga estava grande. - Disse tristonho.

- Eles são lindos. Eu estive lá. - Lexa via diante seus olhos o nascimento de seus filhos. - Eu estive do lado de Clarke quando eles nasceram, fortes com aquele chorinho estridente. E Clarke é uma leoa e passa essa força para eles, não é incrível?

- Sim, é incrível. Clarke puxou a mãe dela. - O velho esvaziou a taça e encheu novamente de vinho. - Abby sempre foi forte e decidida, criou nossas filhas rigidamente e poucas vezes era flexível. Tive de brigar com ela para ensinar as meninas a cavalgar, por que ela dizia que não era coisa de uma Lady.

- Clarke mentiu pra mim Marcus, ela descobriu um filho que tive a tempos atrás com uma mulher e o escondeu de mim. E agora estou com raiva, não gosto de mentiras e você sabe bem. - A rainha encheu mais uma vez a taça de Marcus e ouviu a risada alta do Lord ecoar pela sela. - Do que está rindo?

- De você. - Respondeu o sogro e continuou. - Lexa qual o seu problema? Você esta sempre vomitando sua honra, sua habilidade gloriosa com a espada. Você não erra e não permite que outras pessoas errem, mas eu vou te dizer algo: as pessoas erram e é isso que fazem delas humanas. Você também erra, só não enxerga seus erros porque você quer sempre ser a dona de toda verdade absoluta.

- Onde você quer chegar com isso?

- Clarke não é uma nortenha como você espera que ela seja. Ela não vai montar em um cavalo e não vai lutar em uma batalha com você. Clarke é delicada, romântica, gentil, ela nasceu e foi criada para ser uma lady e é isso que ela sempre sera, embora algumas vezes ela tenha uma arma na manga. - O velho suspirou um momento e olhou nós olhos de Lexa. - Pare de trata-la como uma nortenha por que ela não é, pare de querer monta-la por que ela não é uma das prostitutas que você transava. Não foda com minha filha, faça amor com ela e olhe nós seus olhos, seja carinhosa com ela e a ame, porque ela te ama.

- Eu amo ela também.

- Então por que está com raiva dela?

- Por que ela mentiu e me questiono agora se mentir esta no sangue.

- E dai que ela mentiu? Vai cancelar o casamento por causa disso? Mulheres mentem as vezes e isso é para o bem do casamento. Ela mentiu sobre seu bastardo e dai? Você esperava que Clarke aceitasse o menino assim que soubesse da existência dele? É um bastardo.

- É meu filho…

- Continua sendo um bastardo, filho de uma prostituta e ela não tem que aceita-lo e ama-lo só por causa de você… Minha filha nunca viu seus costumes e suas leis, tudo aqui é novo para ela e saber de um filho bastardo a machucou. - Marcus levantou e foi ate a janela respirar um pouco. - Ela é uma Lady e sempre sera isso e sendo uma lady ela aceitou casar com você, aceitou tudo que você fez. Você negou ela na primeira noite, ela lhe viu com outra mulher, ela cuidou de você, ela ficou do seu lado e contra mim, trouxe seu bastardo e lhe deu uma vida melhor, ela ate deixou os filhos para cuidar de você. E você não consegue perdoar uma mentira? Poupe-me Lexa.

A rainha permaneceu em silêncio tristonha e bebeu do vinho enquanto Marcus olhava a janela. Pensou no quanto amava Clarke e o quanto ela lhe fazia feliz, e não seria justo destilar sua raiva nela. Então levantou e abriu o portão da sela.

-Como estão suas costas Lord?

- Estão bem, obrigada por perguntar. - Voltou-se a sentar na cama.

- Vá conhecer seus netos amanhã Lord Marcus. - A rainha derramou o restante do vinho no chão enquanto Marcus lhe olhava. - Fique com eles ate a noite e depois quero que parta de volta o sul.

- Por que esta me libertando?

- Não estou. Quero que trabalhe para mim e mantenha o sul longe de problemas - Confessou. - E não ache que eu estou fazendo isso por você, estou fazendo por Clarke e pelos meus filhos. Eles merecem ter um avô vivo e descente, mas não me agradeça ainda.

- Por que não? - Franziu a testa.

- Porque você recebera ordens do meu irmão mais novo, mas isso sera apenas daqui a um tempo, ainda viu trabalhar nisso.

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Lexa observava sua tia partir da varanda da sua biblioteca, era uma visão privilegiada de Judith Blackwood e suas despedidas falsas para todos os seus amigos. Clarke foi proibida de vê-la, o que era uma pena para a loira já que havia se tornado uma amiga de Judith em muito pouco tempo. Lexa e Anya evitaram despedidas e apenas se tornaram ausentes e indiferentes, no entanto, a rainha brindava com uma cerveja a partida da tia.

- Então o rei Maegor lutou contra todos para tornar Hélios um reino só? - Perguntou o pequeno Assef no meio da sua aula de história. - Como era possível?

- O rei tinha pessoas das quais confiava que fariam tudo por ele, então quando ele sacou a espada, milhares de outras espadas de diferentes povos do norte se juntaram a ele. - Explicou Lexa com emoção e um sorriso no rosto.

- As pessoas confiam em você também, majest… Mãe - O garoto pensou um momento e levantou a cabeça corrigindo-se. - Desculpe, ainda não acostumei.

- Terá tempo para isso Assef. - A pequena Torvi fechou o pesado livro e saiu da cadeira dando espaço a Lexa. - Eu consegui aprender tudo, ate os títulos dos Lords e Ladys, suas casas, brasões e tudo mais.

- Decorou tudo isso Torvi? - Perguntou Assef curioso segundo a menina com o olhar enquanto ela dizia que sim com a cabeça. - Você também mãe?

- Eu principalmente. - Respondeu a rainha sentando-se na cadeira. - Quando se é um príncipe ou princesa se espera que você saiba tudo. Seja hábil, educado, forte e sensato.

- Sua mãe só aprendeu a ser hábil e forte. - Disse Anya encostada na porta.

- A educação e a sensatez combinam mais com você. - Retrucou Lexa enquanto bebia. - Soube notícia do comandante da patrulha Daemon?

- Prendeu bêbados o dia inteiro, ate vomitaram no seu manto.

Lexa soltou um sorriso debochado e disse.

- Está apenas começando.

- Tenha pena dele Lexa. Nosso irmão não suporta essas coisas. - Em meio a súplica Anya sentou ao lado do seu sobrinho e aproveitou para brincar com ele. - Como você esta pequeno?

- Bem. - Disse tímido.

- Aqui. - Anya lhe entregou algumas moedas e disse. - Procure Torvi, compre coisas para vocês. Preciso falar com sua mãe.

O pequeno príncipe bastardo saiu cambaleando em suas perninhas pequenas para fora da sala, enquanto Anya esperava a biblioteca ficar completamente. Lexa andava bebendo bastante nos últimos dias e logo encheu um copo de cerveja para sua irmã.

- Então Lexa…

- Espere. - Interrompeu a rainha quando viu a menina se aproximar delas. - O que foi Torvi?

- Enquanto Assef estudava eu escrevi as cartas que me pediu, precisam da sua assinatura antes de envia-las. - Explicou a menina enquanto punha todas as cartas sobre a mesa.

- Que cartas? - Quis saber Anya.

- Estou chamando vários Lords e Ladys a Solaris para discutir o futuro do reino. - Explicou a rainha enquanto assinava as cartas e entregava uma a uma a Torvi. - Envie todas o quanto antes.

- Sim Majestade.

- O que esta tramando Lexa? - Perguntou Anya desconfiada depois que a garota saiu.

- Eu percebi que quando nossos antepassados lutaram para fazer de nosso reino um reino só, eles não pensaram em unifica-los e é isso que eu vou fazer agora. - Lexa bebeu o restante de sua cerveja e se apoiou na mesa. - Todos esses anos vivemos brigamos com outros países por causa de cultura diferente, religião e política. O que eu quero e justamente mudar nossa maneira de fazer negócios.

- Como vai fazer isso?

- Eu vou discutir com nossos vassalos o que é melhor para o reino e ai vou da um lugar no conselho. Não teremos só nortenhos na mesa.

- E o que nossa mãe e Clarke acham disso? - Confrontou Anya.

- Ninguém tem que fazer, a rainha sou eu e eu cuido disso.

- Entendo, mas não é por isso que estou aqui. Faça seus negócios como quiser. - A princesa Anya parecia nervosa e de certa forma brava. - Lexa eu fui visitar meus sobrinhos e Thoros disse que não posso entrar no quarto, Raven tentou e também não pôde. O que está acontecendo? Onde estão Clarke e as crianças?

- No quarto. - Respondeu a morena. - Não queria que ela encontrasse Judith. Também estou querendo vê-la.

- Então você proibiu ela de sair do quarto?

- Sim.

- Por que?

- Porque eu posso. - Lexa levantou e foi ate a varanda. - Não quero Clarke conversando com nossa tia.

- E pelo visto com ninguém. - Retrucou a princesa. - Já foi vê seus filhos?

- Não.

- Lexa você esta perdendo a cabeça. Clarke não tem culpa do que aconteceu, Costia fez esse filho com você, foi ela quem escondeu o garoto e não Clarke. - Lexa parecia não ouvir nenhuma palavra do que Anya dizia, então a princesa empurrou ela contra a varanda e segurou em sua túnica para que não caísse. - Me escute de uma vez, Clarke não tem culpa.

- Isso sou eu quem decide. - A rainha chutou sua irmã para longe e ficou em pé novamente.

Quando Lexa chegou perto de Anya o suficiente para socar seu rosto a princesa a empurrou jogando-a contra a mesa e depois avançando e dando um soco em seu rosto na tentativa de acalma-la. Mas não adiantou, Lexa segurou a sua irmã pela cintura e a jogou no chão novamente deixando a princesa imobilizada.

- Não tente brigar comigo Anya. - A rainha segurava sua irmã no chão enquanto ela se debatia tentando se livrar.

- Sabe o que acho? - Perguntou a princesa entre soluços. - Você não merece Clarke nenhum pouco.

Aquilo pesou no peito de Lexa de uma maneira brutal, pode-se dizer que Anya acertou em cheio sua irmã e sem precisar de truques. As duas se soltaram e permaneceram sentadas no chão.

- Quando eu casei com Raven eu não sabia o que fazer e sabe o que fiz? - Anya olhou bem nos olhos de sua irmã. - Me espelhei em você, no que você tem com Clarke. Eu admirava você e admirava a forma como você tratava ela, Clarke vivia em um sonho. E agora você nem se reconhece mais, você é uma rainha e tem uma coroa. Mas também é uma mulher e tem esposa e filhos, não deixe o reinado acabar com sua vida. Clarke é uma mulher especial e é mãe de dois gêmeozinhos lindos, e você será uma tola de deixar o passado interferir no seu presente.

- Eu simplesmente não sei o que fazer Anya. - Confessou entre lágrimas. - Eu tive uma história com Costia também e ninguém entende que é difícil não ficar com raiva dela sendo que ela sabia.

- E dai? Daeron não começou uma guerra quando me trouxe pra cá. - Anya limpou a maçã do rosto que estava cortava e se levantou procurando água. - Ela vai respeitar Assef, mas ela não e obrigada a ama-lo. Dê um tempo para ela, relaxe e aproveite seus filhos… Deixe que cuidamos da guerra um pouco.

- Engraçado alguém me disse algo parecido sobre Clarke.

- Então? O que esta esperando? - Perguntou a princesa livrando-se do sangue em seu rosto. - Tome um banho, vá ate Clarke, peça desculpas e a beije, a ame como você sempre faz. Ou vou ter que bater em você de novo.

- Foi empate. - Disse levantando.

- Aceite que meu soco é mais forte que o seu.

- Deu empate.

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Quando abriu a porta de seu quarto Lexa se deparou com uma das cenas mais lindas que já tivera a oportunidade de vê. Clarke deitada brincando com os gêmeos enquanto eles riam e se remexiam balançando suas perninhas e bracinhos animados de felicidade. Ela contava histórias e fazia vozes engraçadas quando dizia a fala de algum personagem e Lexa sorriu ao vê a cena e agradeceu a Anya por bater nela e fazer ela ver isso.

O momento mãe e os bebês durou mais alguns minutos ate o pequeno Ivar começar a chorar.

- Não por favor, não chore. - Implorou a mamãe quase chorando junto com seu filho. - Já fiz tudo por você Ivar. Você estava tão bem.

Antes de pega-lo nos braços a rainha se adiantou e disse.

- Deixe-me pega-lo. - E entrou no quarto para pegar seu filho no colo.

- Achei que não viria mais. - Clarke levantou da cama de arrumou seu vestido ao corpo.

- Prometi ajudar cuidar deles não é? - Lexa pegou seu filho e caminhou com ele pelo quarto ate ele parar de chorar e parou justamente quando chegou perto da lareira. - Estava com frio garotão? Gosta do calor?

Mãe e filho permaneceram assim juntinhos por um tempo, sentindo o calor da lareira e o som da chuva do lado de fora, mas estava protegido e aos poucos o garoto embalava num sono aconchegante nos braços de Lexa. Clarke abraçou sua esposa por trás sentindo o aconchego da família.

- E Anivar? - Perguntou Lexa.

- Já dormiu, ela sempre dorme mais rápido que ele. - Respondeu Clarke baixinho para não acorda-lo. - Ponha ele junto com a irmã.

A rainha obedeceu sua esposa e levou seu filho para junto do berço, permaneceu algum tempo apenas para se certificar de que eles não acordariam. Então Clarke disse.

- Ainda esta brava?

- Não. - Respondeu sem olhar sua esposa. - Esta brava?

- Triste. - A rainha sentou perto da lareira, parecia cansada. - Você me deixou presa exatamente onde tenho as maiores lembranças de nós duas. Transamos na banheira, no chão, na cadeira, na cama muitas vezes, na varanda. Tive meus filhos aqui e você estava comigo nesse momento também e agora fico me perguntando: onde está Lexa? E simplesmente não sei.

- Sinto ter deixado você sozinha esses dias.

- Muitos dias. - Corrigiu a rainha.

- Venha, sente-se aqui. - Lexa sentou na cama e esperou sua loira vir ate ela. - Clarke eu cometi um erro, e preciso que você me perdoe por ele. Eu não deveria ter colocado a culpa em você, afinal você não tem culpa alguma e sei que escondeu o garoto por medo e sei que se arrependeu disso. O que quero dizer é, não vamos destruir nosso casamento por isso.

- Eu só quero que saiba que eu nunca quis fazer mal ao menino e nem trata-lo com indiferença.

- Eu sei. E tudo bem se você não quiser cria-lo, se você não quiser fazer parte de tudo isso. Você não precisa ama-lo apenas para me agradar.

- Eu vou cuidar dele como se fosse meu, só me dê tempo. - Suas mãos tocaram as de Lexa. - Eu só preciso que tudo fique bem com ele e comigo.

- Tudo vai ficar bem. - A rainha se ajoelhou diante sua esposa sentindo os oceanos azuis lhe admirarem. - Eu amo você rainha Clarke Blackwood e peço perdão por tudo que tenha acontecido entre nós.

- Eu amo você também.

Clarke puxou sua esposa para a cama e a beijou com desejo, Lexa deitou por cima dela acariciando seu cabelo e tocando seu corpo gentilmente sentindo cada centímetro do seu corpo contra o seu. As mãos da loira gravadas em suas costas revelavam o desejo de Clarke e a rainha lhe amou, lhe penetrou e lhe fudeu, em silêncio e sem gemidos, tão perto que era possível sentir a respiração uma da outra, olhar uma a outra. E o prazer elevava ao êxtase a cada beijo, ate que o gozo veio em fim e a loira deitou de costas para sua amada sentindo-se abraçada.

- É bom está com você. - Disse a morena brincando com os dedos de Clarke entre os seus. - As coisas são sempre boas com você do lado.

- Digo o mesmo. - Sorriu a loira voltando-se para Lexa. - Prometa que jamais brigaremos de novo.

- Eu prometo. - Um beijo selou sua promessa. - Acha que podemos fazer de novo?

O choro dos bebês se alastrou pelo quarto respondendo a pergunta de Lexa.

- Isso responde você? - Clarke tomou a frente e levantou, mas Lexa a puxou de volta para a cama.

- Eu pego eles. - A rainha levantou e vestiu suas calças o mais rápido que pôde e correu para pegar seus filhos. - Desse jeito vocês vão acordar todo o castelo.

- Sabe que eles não entendem né? - A loira sabia bem o que queriam e ficou sentada na cama esperando.

- Eu sei. - Respondeu entregando um bebê e voltando para pegar o outro. - Sei também que crescem rápido e choram por tudo.

- Eles não sabem falar. - Retrucou Clarke.

- Vamos aproveita-los enquanto choram, depois tudo fica complicado. - O garoto não parava de chorar com fome nos braços de Lexa, então ela pegou o dedo mindinho e colocou em sua boca e magicamente ele parou.

- Como fez isso? - Perguntou Clarke curiosa, nunca havia conseguido fazer Ivar parar de chorar.

- Segredos da mamãe, né garotão? - Ivar sorriu enquanto chupava o dedo mindinho de sua mãe.

- Venha aqui e fique comigo.

A noite foi difícil para o casal, nas primeiras vezes que os gêmeos acordavam Lexa senti-se na obrigação de traze-los para Clarke ou troca-los, mas conforme a noite foi passando o sono da rainha ficou pesado e na sétima vez sequer conseguiu levantar. Seus dois filhos pareciam lhe punir pelo tempo em que ficou fora, mas a loira apenas sorria agradecida por todos estarem juntos novamente.