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História As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL: Reunião dos melhores: Sarada e Himawari


Escrita por: KaiUchiha e YakagoIziki

Notas do Autor


Pra quem quer saber mais sobre o ship BoruSara, é um ótimo capítulo. Aproveitei esse, feito com dificuldade e que eu e meu amigo tivemos ajuda de uma amiga, já que são duas garotas conversando sobre garotos. Vamos lá, curtam Sarada e Himawari.

Semana que vem, começa uma porradaria que vai durar três capítulos. Uma breve guerra, mais precisamente. Batalhas épicas estão chegando.

Essa história é continuação de:

https://spiritfanfics.com/historia/as-cronicas-de-boruto-uzumaki--temporada-ivento-ascendente-5088707

Não se esqueçam de acompanhar também essa história aqui, parte integrante do crossover: https://spiritfanfics.com/historia/uma-historia-de-naruto-yakago-iziki-6869513

Tô escrevendo uma outra fanfic, uma sobre um ninja desse crossover: https://spiritfanfics.com/historia/uma-historia-de-naruto-o-ultimo-uchiha-8357780

Também escrevi uma One-Shot sobre o futuro dessa história, um especial de fim de ano: https://spiritfanfics.com/historia/familia-amigos-e-boas-lembrancas-epoca-de-celebrar-7636684

Capítulo 25 - ESPECIAL: Reunião dos melhores: Sarada e Himawari


Fanfic / Fanfiction As Crônicas de Boruto Uzumaki - Temp. II:Tempo para Batalhas - ESPECIAL: Reunião dos melhores: Sarada e Himawari

Sarada:

Fomos raptadas pelo Morcego! Nós duas, obviamente fortes, mas fomos raptadas! Estávamos ainda acorrentadas e amordaçadas dentro de um jato, com o homem da capa e capacete pretos. A garota ao meu lado parecia mais calma que eu, como se alguém muito poderoso fosse aparecer pra salvar ela. Eu tinha sérias dúvidas... Mas olhando bem pra ela, suas feições me lembram alguém que gosto muito, só não lembro quem. Eu fiquei imaginando se não seria Himawari, por causa das duas marquinhas na bochecha e os olhos azuis mais claros que os do Sétimo, mas a Hima é mais nova que eu, não mais velha.

Enfim, depois de viajar um tempo em silêncio, o Homem-Morcego nos joga de lá do alto mesmo, em cima de uma cidade com altos prédios e casas, algumas subindo pequenos morros, e um grande rio cortando a cidade, que dava para o oceano. Não tínhamos como aparar a queda de modo algum, iríamos no esborrachar no chão sem dó. Por sorte, minha mãos tiveram mobilidade pra que eu fizesse os sinais de mãos:

- Estilo Fogo: Jutsu Bola de Fogo. - Consegui pronunciar, mesmo amordaçada.

O pano vira cinzas até sumir completamente, dando lugar ao fogo que saia da minha boca. Ao olhar para o lado, a outra garota soltava diversas rajadas de ar, virada com as mãos pro chão. E assim, retardamos a queda, nos aproximamos do chão devagar.

- Você está bem? - Perguntei a ela, que respondeu com um "Uhum" abafado. - Pega uma kunai aqui.

Cheguei perto dela, com a bolsa de ferramentas perto das suas mãos. Ela pegou uma kunai, imbuiu de chakra e cortou minhas correntes. Eu desamarrei sua mordaça logo após.

- Obrigada! Ah, que alívio! - Ela pronunciou. Até sua voz era parecida com a de Himawari em uma versão mais velha. - Toma a kunai.

- Não preciso, tenho um método mais legal. - Concentrei bastante chakra nas mãos, até ficar visível, e com a força, quebrei as correntes dela como se não fossem nada. - Viu?

- Nossa! Parece até com a Sakura. - A garota me diz, coçando os punhos marcados pelas correntes.

- Mas o que mais me impressiona e assusta é... Onde nós estamos? - Eu olhei ao redor, não reconhecendo essa área também.

- Sei tanto quanto você, Sarada. - Ela parecia cansada e, sinceramente, eu também. - Devíamos arrumar um lugar para dormir.

- Claro, mas eu acho que precisamos de dinheiro. Bom... Não temos... - Dei de ombros, me apoiando na mureta ao lado do rio.

Ela se senta no chão, sentindo o sol sobre si:

- Dinheiro a gente resolve rápido.

- Como? - Olhei pro lado, intrigada.

- Só quero descansar primeiro, podemos pescar um peixe aqui perto, se tiver. Daí, se precisar, vendemos o maior para um comprador, já fiz isso antes com meu namorado.

- Se você diz que vai dar certo com tanta convicção, eu acho que acredito, então. - Voltei a olhar pra frente.

Então, o silêncio se estabeleceu entre nós por um momento. Eu me sentia cansada mentalmente, porém também estava muito intrigada com a situação. Se não estávamos em nenhum lugar conhecido no nosso mundo e que falam línguas diferentes das nossas, então não pode ser nosso mundo. Será? Talvez, seja só coisa da minha cabeça, alguma invenção doida por ficar muito tempo perto do louco idiota Boruto.

Falando nisso, onde esse idiota deve estar agora? Será que ele conseguiu nos seguir? Ou será que ficou onde estava? Ou será que ele pegou o caminho errado e está mais perdido ainda? Droga... Por que eu me importo tanto com aquele idiota?

Sacudi a cabeça, tirando aquele pensamento da cabeça. Peguei uma kunai e fiquei olhando o reflexo do meu Sharingan nela. Já era o terceiro dote, mas ainda assim, não seria o suficiente pra que eu me tornasse a Hokage. Eu não sabia como se chegava no Mangekyou igual ao do meu pai e do outro Uchiha, o Kai. Meu pai nunca me disse como se atingia, só me alertou que era um poder traiçoeiro e difícil de adquirir, acompanhado de um grande fardo. Citou também que o ninja que o possui necessita de muito responsabilidade e visão de futuro pra utilizar esse grande poder e que ele não sabe como Kai conseguiu. Eu sei que posso ser merecedora desse poder e utilizar para o bem. Mas como se chega lá? Como vou honrar a promessa que fiz ao Boruto, sobre ser a sucessora do pai dele?

A garota que eu ainda não sabia o nome se levanta e, após dobrar a calça, entra no rio com a água até quase os joelhos. As placas por ali estavam legíveis pra gente, misteriosamente. Isso, de certo modo, ajuda. Ela ativa o Byakugan, me surpreendendo.

- Você é uma Hyuuga? - Perguntei ao dobrar a calça do macacão pra entrar ao lado dela.

- É claro, tia. - Ela suspirou. - Não me reconhece? Se bem que você deveria estar mais velha. Bom, prazer, Himawari Uzumaki.

Ela desativou seu Byakugan, me olhando. Fiquei extremamente surpresa com isso. Ela realmente parecia ser uma versão mais velha da Himawari.

- Hima? Mas como assim? Não, não pode ser. Você é mais nova que eu, não mais velha. Só pode ser uma impostora. - Ativei meu Sharingan, ficando em posição de batalha.

- Sério? Impostora? Você é a impostora, devia estar com vinte anos já. Aliás, por favor, pense direito. - Ela deu uma risada fofa ao final.

- Eu nunca vi isso acontecer antes. É difícil acreditar. - Dei um passo atrás, preparando várias shuriken pra lançamento. - A não ser que... Droga. Acho que entendi.

Guardei as shuriken e voltei ao normal.

- Viagem interdimensional. - Falamos juntas.

Eu pus uma mão na cintura, achando isso bem incômodo e ajeitei os óculos. Depois de alguns segundos de silêncio, disse:

- Vamos resolver isso logo para podermos voltar para casa, tenho um Exame Chunnin daqui à duas semanas. - E reativei o Sharingan, procurando por peixes.

- Eu acabei de voltar de uma missão em que perdi uma amiga. - Ela deu um suspiro, ativando o Byakugan. - Procuremos algo grande. Assim podemos vender por um bom preço.

Não preciso nem dizer que achamos ótimos peixes, afinal, são dois Jutsus Oculares do mais alto nível trabalhando juntos. E também não foi difícil vender, assim que chegamos à zona de troca, vários mercadores já vieram em cima, como abutres em cima de carniça. Analisamos a melhor proposta e vendemos todos, conseguindo um bom dinheiro. Porém, metade dele já foi retido pela estadia em um bom hotel. As coisas por ali eram exatamente iguais ao nosso padrão, outra coisa estranha. Os hábitos das pessoas, as paredes interiores, até certas feições no rosto. Mas ainda assim, o lugar era bem diferente. As estranhezas de se viajar para outra dimensão...

Rapidamente nos acomodamos no quarto (em um hotel que se dizia ser "um dos melhores em Hiroshima"), pois não tínhamos quase nada para guardar. E depois de um belo banho gelado por causa do calor, sentamos para descansar, ambas com olhar perdido no nada.

- Como será que o Boruto está? - Quebrei o silêncio, depois de muito minutos assim.

- Fica tranquila. - Deu um sorriso. - Ele e meu namorado sempre trabalharam bem juntos no meu mundo. Com certeza aqui não vai ser diferente. - Por um instante, ela pareceu preocupada. - Só espero que ele não perca o controle.

- Qual dos dois? O Boruto é conhecido por ser bem idiota e imaturo... - Não consegui controlar o sarcasmo na voz.


Himawari:

- Não se pode ficar falando mal assim de quem se ama, tia. - Olhei para ela deitada de lado na minha cama agora. - Mas eu estou falando do Yakago. Eu imagino que ele deva estar muito preocupado comigo agora.

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Yakago:

- Himawari, me desculpa. Estou indo te buscar. - Disse olhando para as estrelas.

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Himawari:

- É, ele está sim.

- Ah... E-eu não amo... Quero dizer, eu amo ele sim. Um amigo, na verdade mais que isso. Um... Um irmão. Isso! É como se ele fosse um irmão pra mim. Um irmão idiota, imaturo, babaca, indeciso, sem atitude... Mas fora isso, ele é OK.

Fiquei olhando para ela com aquela cara de "Aham, sei". Fiz isso para que se tocasse, tinha, além de se embaralhado toda falando rápido, ficado vermelha também:

- Seu segredo está guardado comigo.

- Não, não tem segredo nenhum! Por que eu estaria a fim dele? Só porque crescemos juntos, ele é lindo, um ser carente, e que prometeu me proteger? Nada a ver...

Comecei a rir baixinho:

- Tia, você ama o meu irmão.

Ela jogou a toalha, literalmente, fazendo com que a mesma caísse no chão.

- Tá, é. Eu amo. Aquele loiro rebelde mexe muito comigo. - Depois de jogar a toalha para o alto, ela assumiu um olhar angustiado e batia na cama, impaciente, enquanto falava. - Mas não consigo decidir. Namoro um cara que é o oposto do Boruto. Ele é fofo, atencioso, forte... Não que o Boruto não seja forte, é que ele vacila muito. Mas continuando, ele é lindo também, amigo de todos, humilde, caridoso... - Sarada deu uma pausa com um olhar perdido pra frente. - Tá vendo? Eu me complico toda... Eu amo os dois realmente, de coração, mas não consigo decidir.

- Tia, olha. Meu irmão pode ser um bobão a maioria do tempo. - Eu tinha que falar algo sobre como era com ele no meu mundo. - Mas quando vocês não estão perto, ele fica deitado na cama todos os dias, perde até a vontade de sair de casa. Isso, no meu mundo. Aliás, que namorado é esse?

- O nome dele é Sukuinushi, um remanescente do Clã Yuuki. E, é sério que ele fica assim? - Isso deu um certo ânimo pra ela, saber isso.

- Suku, o que? - Não entendi nada. - Sukuinútil? Algo assim? - Nome estranho, não entendi mesmo. Porém, continuei a falar. - Mas ele fica, fica mal mesmo. - Disse sorrindo. - Ele te ama muito no meu mundo e duvido que no seu seja diferente. Mas, o que esse Sukuuu... Droga, não sai. Como conheceu o seu namorado?

- Uma cena bem clichê... Eu ia cair de um lugar alto, e ele aparece do nada me segurando pela cintura e sem querer deixando o rosto bem próximo do meu.

- Isso me traz lembranças. - Olhei por um instante para o teto, depois para ela de novo. - Então, o que você gosta nele?

- Ai, tudo. Tudo nele, até mesmo o jeito que ele faz os momentos românticos. Teve uma vez que encheu o teto de gelo e flocos de neve ficaram caindo de lá lentamente.

- Nossa! Haha! Isso parece um sonho. Como você disse, meu irmão vacila muito. Mas eu acho muito mais legal assim...

- Você acha? - Seus olhos brilharam, mas logo isso se tornou desconfiança. - Ou será que você está me induzindo ao seu irmão?

- Qual é a graça de ser tudo perfeito? De um cara que só faz coisas que a gente gosta? - Fiz as perguntas tão rápido que me surpreendi. - É bom quando ele erra tentando te agradar, quando ele tropeça no chão carregando flores para você que mesmo sem tentar, te faz rir. - Meus olhos devem ter brilhado muito agora ao lembrar do meu Y. - Aliás, se você namora alguém que só faz o que você gosta... Deixa eu achar um exemplo. Eu amo girassóis e meu namorado gosta de jasmins. Se a gente acabar morando juntos, eu vou querer girassóis na casa e ele jasmins, não é?

Ela fez que sim com a cabeça e eu decidi continuar:

- Se ele abrir mão só para me agradar e a casa ficar feia, adivinha quem vai ser a culpada? Mas se a gente dividir nossos gostos, a casa vai ficar bem mais colorida. Com certeza mais bonita também. Não vai ser monótona, por isso que eu valorizo nossas diferenças.

Depois de uma longa pausa, Sarada finalmente abre a boca e permanece assim por um tempo.

- Eu não sei... Eu amo muito os dois... Claro que eu não vou admitir isso ao Boruto por causa das quantidade de vezes que ele pisou na bola, mas... Eu... Eu só queria saber qual eu realmente quero pra mim, com qual vou passar minha vida, ter meus filhos. Eu nem sei se é com um dos dois...

- Só deixa levar, agora não acha um bom momento? Estamos em um lugar onde podemos cometer esses erros, eu acho.

- Eu acho errado, sabe... É traição de qualquer jeito. E pior ainda, premeditada. Isso não é deixar acontecer.

- Como eu disse, deixar levar. - Respirei fundo. - Muitas coisas acontecem durante um relacionamento, brigas, principalmente, abalam a estrutura. Mas se a estrutura não fica abalada, como podemos saber onde fortalecer? Vou te contar uma coisa... Mas primeiro, meu namorado existe no seu mundo?

- Tem um garoto com o mesmo nome que ele lá.

- Um garoto? Quantos anos eu tenho lá? - Ri baixinho de novo. - Bom... Eu e ele brigamos muito já, mas antes de chegarmos aqui a gente fez uma missão onde a nossa confiança aumentou demais.

- Mas o Suk consegue inovar sempre, ele é um amor. - Ela parecia confusa, com ele mesmo, não com seus sentimentos. - E você tem onze, a meio caminho dos doze.

- Eu entendo que possa parecer um sonho ter um cara que faz tudo por você. - Olhei para ela com os mesmos olhos que só minha mãe conseguia ter. - Mas, quando uma pessoa se nega tanto assim por outra, às vezes ela perde sua identidade. E... Às vezes, isso a faz perder o controle. Meu namorado só perdeu o controle de si mesmo duas vezes. - Levantei o indicador para falar a primeira. - Quando me atacaram e queriam me matar, ele matou todos no local. - O dedo do meio com o indicador levantados agora. - Recentemente quando xingaram meu pai.

Respirando um pouco, (nossa eu falo muito):

- Nessas situações, ele sempre esteve para defender as pessoas. Nunca para começar um ataque... Mesmo com aquela santa dentro dele, ele nunca machucou quem amava. Nossa maior briga foi porque eu estava naqueles dias e ele não levou sorvete para minha casa. - Comecei a rir de verdade. - Desculpe estar falando tanta coisa sem te deixar falar. É que eu sei como é ficar em dúvida... No início eu tinha sobre o meu namorado, mas... Algo me disse que era ele.

- Eu sei, entendo tudo isso... Mas o Suk não deixa o jeito dele pra me agradar, ele é assim mesmo. É natural. O Boruto que, mesmo querendo agradar, falha e ainda faz raiva.

- Tia, se você tem dúvidas. Não engane o... Suk, isso mesmo... ficando com ele. Mas também não trate o Boruto mal por ter raiva de amar ele.

- Eu não tô enganando no ninguém. Eu realmente amo meu namorado, só que o Boruto desperta o mesmo sentimento em mim. Mas ele é tão babaca, mas tão babaca que eu não quero ter nada com ele, nada além da amizade que sempre tivemos.

- Acho que você tem raiva de amar ele, por isso só vê as coisas ruins que faz. Quer apagar esses sentimentos à força.

- Isso eu te garanto que não. - Sarada parecia dizer a verdade, mas algo a fez ficar triste.

- Então, qual a verdade? - O jogo de palavras continuaria até eu saber o que estava acontecendo.

- Já te disse... Amo os dois. - Havia um pouco de impaciência na sua voz.

- Não se pode amar duas pessoas ao mesmo tempo. Você pode precisar das duas mas amar... É impossível. - Espero não ter arriscado na abordagem.

- Então eu não sei se amo algum dos dois, se é assim... - Sua expressão foi de leve tristeza.

- Tia. Eu não conheço esse Suk... Mas se você gosta dele, por favor, diga isso ao meu irmão. Meu irmão de outro mundo, que coisa esquisita. - Consegui sorrir. - Porque eu consegui ver os olhos dele quando o Morcego pegou a gente. Ele estava determinado a te salvar, pode crer. Eu estava usando o Byakugan.

Ela se levantou, pegando a toalha que havia jogado mais cedo.

- Eu acho que pelo menos isso eu posso fazer. - Sarada foi rapidamente ao banheiro e voltou, sem a toalha.

- Melhor dormirmos um pouco, temos que sair daqui amanhã.

- Talvez... Eu acho que só preciso disso.


Sarada:

Himawari deitou e dormiu rápido. Já eu, não consegui dormir. Vários assuntos flutuavam na minha cabeça. O tempo que teríamos até o Exame Chunnin, porque estamos aqui, quem nos trouxe, como meus pais estariam com meu sumiço, como Sukuinushi estaria, onde e como Boruto está... Isso tudo me preocupava. Acabei me levantando e sentando no chão da varanda, vendo o movimento de pessoas e carros. Essa cidade parecia não dormir, mesmo já sendo madrugada.

Pra completar, a lua brilhava, totalmente cheia e bem próxima da Terra por aqui. É o segundo dia que passamos nesse lugar estranho, não sei como isso vai afetar nosso mundo. Nada por aqui me fazia lembrar da Vila da Folha, a não ser a linguagem do lugar em que estamos. Mas uma coisa a mais me lembrou da minha casa: o desenho que eu enxergava na lua. Era como se fosse um Rasengan. Imediatamente, enxerguei Boruto correndo com o Rasengan a frente de si mesmo e gritando ao atacar. Não consegui conter um sorriso... Eu só queria poder falar com ele sobre tudo que vem acontecendo... Sem ressentimentos, sem mágoas... Só nós dois e nosso assunto. Eu sentia que precisava falar com ele sobre isso mais que nunca agora, é como se o universo me desse uma dica de como as coisas vão acontecer.

Fechei os olhos e me encolhi envolvida pelos meus braços e senti um calor me abraçando. Abri os olhos rapidamente, mas não havia ninguém. O toque caloroso pareceu sumir, deixando um toque frio, porém com sabor de quero mais. Por fim, encostei a cabeça na parede, olhando pra lua e as estrelas, adormecendo depois de muito tempo assim.


Himawari:

Onde eu estou? Ouço um barulho muito alto, mas não sei de onde vem. De repente, abro os olhos e vejo o céu cinza por causa de muita fumaça. Ergo o meu corpo e vejo várias pessoas caídas, Sarada estava do meu lado, com os olhos abertos e ajoelhada, mas não conseguia se mover. Tentei levantar, mas as dores eram fortes demais. Entre as pessoas caídas reconheci meu pai e seu melhor amigo, o pai da Sarada e do Sasumi. Na verdade, dois desse amigo, um com uma capa negra e outro sem, mas exatamente iguais.

Também tinha um homem de armadura vermelha e dourada, outro de roupa vermelha com um raio amarelo no peito. Um dinossauro amarelo e pequeno ao lado de um garoto de cabelos grandes e roupa azul, um homem de roupas verdes e um arco quebrado no chão à sua frente. Mais algumas outras pessoas caídas também e pareciam ser ninjas, entre eles estava Kai Uchiha ao lado do meu Yakago e do meu irmão de outra dimensão.

Houve uma risada alta, quase histérica. Quase não... Totalmente histérica. Umas abelhas voavam para todos os lados e havia um Susano'o negro em seu estado completo logo a frente. Ele iria dar um golpe com um cetro dourado e gigante, com uma espécie de gema azul na ponta, que com certeza mataria todos nós. Fechei os olhos sabendo que não poderia desviar, aceitando minha morte. O golpe nunca chegou e senti a vibração do vento junto com o impulso da eletricidade chacoalharem a terra onde estava.

Quando abri os olhos...

- Himawari, - Sarada me acordava muito preocupada. - você está bem?

- Tia?

- Você estava suando e choramingando com medo. O que houve? - Ela parecia realmente desesperada.

- Desculpa, tia. - Levantei devagar limpando o suor, mas ela me fez deitar de novo me mandando ficar ali, sem palavras. - Foi um pesadelo muito estranho.

Puxou uma pequena toalha, começando a secar meu rosto. Eu estava realmente muito encharcada, droga.

- O que houve? - Ela perguntou.

- Não sei, tinham tantas pessoas lá. Tinham dois do seu pai. Um homem de collant vermelho e azul usando máscara com grandes olhos brancos, outros dois ninjas com Sharingan além dos dois do seu pai e do Kai. Mas eu ouvi também... Uma risada histérica, abelhas e um Susano'o preto segurando um cajado dourado enorme, e tudo estava cheio de fumaça, provavelmente de batalha. O que foi que eu vi?

- Susano'o negro? Eu acho que isso é problema do meu mundo... Droga, o que diabos está acontecendo? - Sarada perguntou mais a si mesma do que a mim.

- Explica isso.

- Há mais ou menos um ano, estávamos em uma missão. A equipe era Boruto, Sukuinushi e os dois de sua equipe, Chou-Chou, Inojin, Shikadai, Mitsuki e eu. As coisas acabaram indo mal e Kakashi e meu pai apareceram. Uma planta estranha saiu do chão e quase explodiu todos nós se não fosse pelo meu pai. Então, ele teve um brevíssimo duelo com um Susano'o negro, que tentou derrubar um arranha-céu em cima de nós. Até hoje não sabemos o que é.

- Entendo. Só vi o Susano'o negro no meu mundo uma única vez.

- O quê??? Você já viu um desses? - Ela se exasperou.

- Foi quando uma pessoa atacou a Folha do nada, quando conseguimos vencer... A pessoa explodiu e mostrou várias cenas estranhas e, em uma delas, tinha uma mulher usando um Susano'o negro. - Lembrei daquilo tremendo de medo. - Ela usava um batom cobrindo além dos lábios, cobrindo também a bochecha. Ou seja, o desenho de um sorriso macabro.

- Será que os dois tem alguma ligação?

Respirei fundo e com certeza meu rosto dizia que eu mesma não fazia ideia. Sarada, então, continuou.

- Acho que temos que procurar respostas nesta manhã, bem cedo. Ou melhor, antes do amanhecer.

- Temos que sair daqui logo, acho que não vamos conseguir nada nesta cidade.

- Eu espero só encontrar o caminho de volta pra casa.

Minutos depois, ambas estávamos deitadas na cama, quase adormecendo novamente. Algo me dizia que a tranquilidade estava prestes a acabar.



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