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História As escolhas tornam o Mundo Perfeito - A verdade por trás da realidade


Escrita por: deedouglas

Notas do Autor


Boa noite meus amigos.
Como vimos no último capítulo, Kirito e Asuna estão separados novamente, mas será que a distância irá conseguir separar esse sentimento?
Durante o capítulo, Kirito toca uma flauta de bambu: Se quiserem mergulhar de cabeça e ouvir a música que Kirito estava tocando, ela se chama "Flowers in a Riot of Color". Aconselhe firmemente a deixar de fundo musical ao ler o capítulo.

Boa leitura a todos.

Capítulo 16 - A verdade por trás da realidade


Fanfic / Fanfiction As escolhas tornam o Mundo Perfeito - A verdade por trás da realidade

Kirigaya finalmente estava chegando em casa! O sol já se posicionava no horizonte, deixando o céu com um lindo alaranjado que acompanhou o jovem desde a estação até o portão de sua casa.

Ele estava exausto. Tinha vivido muito mais emoções em um dia do que praticamente em toda a sua vida até então: Saiu de casa para um destino obscuro a procurar alguém que, na realidade, não conhecia. Quando a conheceu, conheceu também uma realidade dura, cruel e pesada...

Morreu!

Conheceu a verdade por trás de realidade…

Reviveu!

E agora, precisava tratar de mudar a realidade através da verdade dos sentimentos de ambos. Mas como? Kirigaya não queria pensar nisso agora. Ele só queria um banho.

Ao passar pela cozinha de sua casa, de um abraço em sua mãe e procurou não se prolongar muito na conversa.

- Olá meu querido, conseguiu encontrar o seu presente?

- Sim, o encontrei, mas infelizmente ainda não pude tê-lo para mim.

- Que pena, meu filho! E agora?

- Pois é, mãe. E agora?

Um traço importante e marcante na personalidade de Kirigaya é que ele gostava de deixar pequenos enigmas, palavras não ditas e entrelinhas por onde ele passava. Como sua mãe já estava acostumada com isso, apenas o viu se dirigir ao banheiro, assim que deixou a sua pequena bolsa de viagem em seu quarto.

Já embaixo do chuveiro, ele deixava a água cair em sua nuca, correndo por todo o seu corpo esguio, que permanecia imóvel sob a água quente. Tentava não pensar em tudo aquilo, simplesmente relaxar, mas os pensamentos eram tão inevitáveis quanto respirar.

“Como poderei salvar Asuna?”, “Como poderei competir com um bom partido?”, “O que posso fazer nesses casos?”. Em meio a tantas perguntas, lamentou:

- Aaaah, se pelo menos eu tivesse a Yui aqui comigo, ela me ajudaria a pensar.

Foram poucos segundos entre esse lamento e a repentina ideia de logar no Perfect World e reportar tudo à sua conselheira virtual. Mas, por incrível que pareça, Kirigaya decidiu não o fazer até que o ano virasse, afinal de contas já era Natal, e um período sabático, apenas consigo mesmo, seria ótimo para organizar todas as informações e ideias, agora bagunçadas e banhadas de sentimentos confusos, em um horizonte lógico.

Saiu do banho, jantou com sua família e foi para o seu quarto. Tudo estava irritantemente no lugar, do jeito que ele deixou. Com isso ele se sentou em sua cadeira e, voltado para a janela, pôde contemplar uma linda e brilhante lua cheia que subia no horizonte.

Por um breve momento, ele desejou estar à beira do lago da propriedade de seu primo, Tatsuo. Aquele lugar era calmo, solitário e o lembrava de sua primeira semana longe de Asuna, quando ainda tudo era muito nebuloso. Sua casa, por outro lado, era pequena, povoada e barulhenta, tudo o que ele menos queria.

Mas a madrugada enfim chegou, sua família e toda a vizinhança enfim se deitaram, e ele ficou ali, com a linda lua cheia natalina, pensando: Quando pensava na realidade dos fatos, seu espírito se perturbava… Quando pensava na verdade por detrás da realidade, sua alma se acalmava... Então ali, na imensidão da noite, ele preferiu pensar mais na verdade do que na realidade.

- É estranho e maravilhoso saber que Asuna me ama. O que será que ela viu em mim? Com certeza não foi nada físico, primeiro porque ela não me conhecia fisicamente durante os primeiros sintomas de amor, e segundo que, bem, não tem nada para amar aqui.

- Tenho certeza que ela também não ficou super impressionada com a minha inteligência ou habilidade no Perfect World: Ela era muito mais forte que eu, me salvou muitas vezes, e agora, depois de tanto sem focar adquirir experiência, devo estar mais amador ainda. O que restou? Realmente não sei! Se existe uma verdade nessa história toda, é que eu realmente sou a pior escolha que ela poderia ter.

- O que eu sei sobre a Asuna fora do jogo? Bom, ela tem personalidade forte, o que torna tudo isso muito mais estranho pois sempre detestei pessoas com gênio mais forte que o meu. Ela é animada, determinada e muito segura de si. MEU DEUS, O QUE RAIOS ELA VIU EM MIM!?

Talvez fosse o romantismo daquela lua, ou a própria veia dramática de Kirigaya, mas fato é que ele não conseguir ver um único erro sequer no objeto de seu amor.

- Não tenho muito dinheiro para oferecer para ela, nem um futuro sequer igual ao que ela tem hoje na casa de sua família, mas eu tenho certeza: Ninguém a ama como eu a amo. Cada pequena parte de mim está totalmente desesperada para se entregar inteiramente pela felicidade dela, mas não sei se isso é suficiente.

Frequentemente, quando Kirigaya se via em meio a pensamentos confusos e monólogos ilógicos, tais como esses, ele abria a primeira gaveta de seu criado mudo e pegava uma flauta de bambu. A ideia era até bem simples: Se palavras lógicas não podem descrever o que estou sentindo, talvez a música possa.

Às vezes, as notas ganhavam harmonia, ritmo e, finalmente, letras; Outras vezes, eram apenas acordes. Nunca mostrara à ninguém suas músicas, suas letras, afinal de contas tudo aquilo servia para que ele falasse consigo mesmo, mas especificamente naquela noite, naquele luar e aquela música, Kirigaya desejava que chegasse até Asuna...

Enquanto assoprava cada nota, olhava para as árvores chacoalhando com o vento e escrevia em seu próprio coração esses versos:

- Vá vento, leve até a minha amada os meus sentimentos! Desperte-a para que pense em mim. Faça com que essa lágrima que nasce em meus olhos escorra em seu rosto, e morra em seu peito. Cante estes tristes acordes ao seu ouvido, e a leve até o lugar onde estou agora, pensando sobre como poderíamos ser felizes juntos.

- Vá lua, ilumine a janela da dona de meu coração! Cegue-a para meus defeitos, faça-a vislumbrar meu amor incondicional, que talvez seja a única qualidade realmente importante em mim. Que seu coração salte de saudade, e imagine mil e uma vezes a próxima cena de nosso reencontro. Ensine-a a se perder em imaginações sem fim sobre nossa próxima conversa, até que ela tenha dentro de si uma biblioteca de possibilidades sobre o que falar comigo. Que tudo o que ela um dia entendeu que é amor, sucumba diante da lembrança daquele que realmente a ama.

- Vá canção, chegue até os ouvidos da minha vida! Que ela possa ouvir o que eu jamais disse, e possa entender claramente o que luto para tentar organizar. Que ela possa fechar os olhos, abraçar seu travesseiro, e ouvir sobre um amor que não se pode medir. Que ela olhe cada mínimo objeto em seu redor, e me veja, e que o sabor de cada alimento a remeta ao sabor do beijo jamais consumado. Que ela penteie seus longos cabelos desejando que meus dedos sejam seu pente, e que se banhe sonhando que minhas mãos a toquem.

Estranhamente, a quilômetros e quilômetros de distância de lá, uma bela jovem foi acordada pelo brilho inconfundível da lua que entrava pela sua janela. Era impossível deixá-la de lado, a lua parecia chamá-la, e ali, deitada, via o vento percorrer os galhos secos das árvores perto de sua janela:

- Que sentimento estranho é esse? É como se o universo quisesse me dizer alguma coisa. - pensava Asuna.

- Vá, diga à ela que a amo. - pedia Kirigaya.

- Essa lua nunca esteve tão bonita! Essa não é uma noite normal. - reparava Asuna.

- Que ela se lembre de mim… - desejava Kirigaya.

- Se o Kirito estivesse aqui… - Aquela lágrima corria pelo rosto de Asuna.

- Diga a ela que estamos juntos, independente da distância. - tocava Kirigaya.

- É como se eu pudesse senti-lo… - Asuna abraçava o travesseiro.

- Eu te amo, Asuna.

- Eu te amo, Kirito.


Notas Finais


Espero muito que tenham gostado desse capítulo.
Ainda não estou postando com a regularidade que gostaria, pois a vida está muito corrida com muitas coisas novas acontecendo de uma vez, mas a história está viva por aqui, e espero que ela viva com vocês.
Eu peço para que, se tiverem com certa dificuldade de encaixar a história devido ao tempo entre um capítulo e outro, leia os anteriores para que tudo faça sentido.

Prometo que, logo, eu volto.

Abraços! o/


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