História As férias da minha vida (parte 3) - Bônus

- A casa está mais aconchegante com você aqui - Angélica diz enquanto comemos na área de trás olhando as crianças brincarem na casinha de madeira cor de rosa que os meninos compraram para a Luana. Ele a mimam tanto que dá medo de estraga-la.

- Não fiz muito você sabe.

- Mesmo assim, já dá pra ver seu toque nas pequenas coisas. Sua mãe vai ficar aqui também? O que ela cha de tudo isso?

- Ela acha que eu deveria engolir meu orgulho e aceitar o pai da criança, mas ela sabe melhor que isso, a filha dela não vai ceder assim tão fácil. Ela está voltando para nossa cidade natal, meu avós ainda moram por lá, e eu sei que ela sente falta da vida tranquila de uma pequena cidade esquecida no mapa. São Paulo não é pra ela.

- E como vai fazer com a Luana?

- Eu estou saindo do meu emprego da noite, como não preciso mais pagar aluguel, e nem os empréstimos, o salário que recebo da escola são suficientes para uma vida descente. Aqui não precisa pagar água, e a taxa de condomínio me dá direito a gás, a energia não vem muito alta, como não estamos em casa a maior parte do dia, então as contas vão ficar sob controle.

- Isso é bom.

- É sim. Me deixa bem mais aliviada, a única coisa que me incomoda é que a casa é muito grande mesmo com outra criança a caminho, grande pra limapr e manter, e eu a Luana nos sentimos perdidas dentro de algo tão grande, depois de viver num lugar que é do tamanho da cozinha desse lugar.

- Já que você tocou no assunto... Posso vir morar com você?

- Oush, porque? E o Nam?

- Que novidade é essa?

- Mulher, eu não consigo. Eu tentei, eu juro que tentei mas não dá. Ele continua decidindo as coisas sem combinar comigo. ele já decidiu nome, ele comprou roupas, ele fez plano médico, ele fez até mesmo um plano de parto. A ultima ele comprou uma casa, montou o quarto do bebê, e por pouco não anunciou para o mundo todo numa live. Se o Jimin não chega na Live e o interrompe eu nem sei.

- Oh amiga sério?

- Sério. Eu gosto dele, mas eu não consigo passar por cima do que ele fez, a forma como me enganou, e toda vez que ele passa por cima da minha vontade ou não me pergunta minha opinião eu lembro que ele me engravidou e fico esperando qual vai ser o próximo absurdo que ele vai fazer em nome do "amor", Sem contar que ele disse que eu não preciso estudar nem trabalhar, ele pode me bancar. acredita nisso? Desde quando eu preciso de homem pra me bancar?

- Aish amiga, ele pensa que é o que? Ele que enfie o talento dele no rabo. Se o Jin diz um negócio desses pra mim, ele não ia ficar inteiro para fazer a live. Ou eu faria da Live dele, a live da vida.

- kkkkkkk eu imagino tu, jogando as panelas no Jin durante a Live.

- Isso seria o mínimo. Mas e eu? Vocês vão morar juntas e me deixar pra trás? Que avacalhação é essa? Gostei disso não.

- Oh amiga, tu tá bem com o Jin, A Vic ta empolgada com a escola de linguas, e as novas aulas de defesa pessoal. Tu ta feliz, é diferente.

- Verdade. Jin não foi em nenhum momento nada além de perfeito. Sorte a sua.

- Mesmo assim, vocês vão ficar aqui no Brasil e eu lá do outro lado do mundo sozinha?

- Sozinha nada. Com sua filha, aquela sogra dos céus e um marido maravilhoso.

- Não quero nem saber. Não vou. - ela diz e se levanta indo para dentro de casa emburra.

- Angélica, sendo Angélica. 

- Tudo bem eu vim morar contigo?

- Por mim tudo bem.

- Vou começar a procurar um emprego, mas já consegui transferir meu curso para cá, e posso ainda por cima transferir para a federal.

- Isso é ótimo. Na escola onde eu trabalho estão procurando uma cuidadora para o berçario, o horário é diferente do meu, mas eles geralmente contratam enfermeiras, posso ver se teria como ser você, conheço a coordenadora desde a faculdade, ela foi uma das minhas professoras na especialização em EAD

- Isso serio perfeito, mesmos em a carteira assinada, já seria uma grande ajuda, posso dividir as despesas contigo e polpar para quando o bebê nascer.

- Parece o plano perfeito pra mim. E não precisa se preocupar com as despesas, primeiro se estabilize, depois agente vê como fica.

- Obrigada.

- Não tem de que. Ela não vai voltar neh?

- Não. Vamos lá pra dentro atrás dela.

- Vamos.

Melin- gelo

Melin- meu abrigo

Melin- ouvi dizer