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História Re: As férias - Simba I


Escrita por: SADAKO_V4C4LO

Notas do Autor


Kopa: Adivinhem quem voltou?
Kiara: O papai.
Kion: Osh? Por que ele?
Simba: Porque o capítulo é meu. Algo contra?
Kopa/Kiara/Kion: A gente? Nunca! Seu momento!
Simba: Que bom. Agora me deem licença!
Kion: Ala, tá se achando agora.
Kiara: Calado, garoto! Se não sobra pra nós três.
Kopa: Sim.
Simba: Boa leitura. Meus filhos precisam de um bom corretivo.
Nala: Oi? Como é a história Simba?
Simba: Eu mereço...

Capítulo 11 - Simba I


Fanfic / Fanfiction Re: As férias - Simba I

Sinceramente, acho que a ação de Kopa está mais do que certa. Não totalmente, pois ainda pode ser perigoso. Mas eu faria coisa pior se tivesse tido qualquer discursão com o meu pai... Fico tão mal em lembrar disso e fico pior ao imaginar que meu filho possa me enxergar como eu via o meu pai.

Ele deve estar tão confuso por aí...

— Ele se acha tão importante assim? Acha que é tão simples tentar puxar assunto de coisas tão velhas assim do nada? — ouço Kopa e o avisto sentado em uma pedra nem tão longe de casa — Por que ele acha que eu não chamo a atenção dele? — senti uma pontada estranhamente seca no peito, Kopa estava tão decepcionado assim comigo?

Resolvi me aproximar aos poucos dele, não sei se estou sendo perceptível ou se os galhos secos no solo me denunciavam, só que, meu filho precisava de mim, assim como eu precisava dele. Estava quase próximo quando o notei se levantar com rapidez, parei no mesmo instante. Kopa parecia tão forte e grande que me surpreendeu ver o quanto o meu filho cresceu. Como nunca parei para apreciar o homem que havia se tornado?

— Eu sou tão idiota! — ele abraçou uma árvore, depois de dar alguns socos fortes em seu tronco, para se apoiar nela.

Sinto como se já houvesse vivido aquilo antes, depois de mais uma briga com meu pai...

— Por que eu sou tão igual a ele?

— Você não é igual a mim, Kopa. — o assustei, percebi isso quando o vi ficar em defensiva, mas pareceu se recompor rápido demais pela sua postura — Você é muito mais responsável, organizado e determinado que eu. Seus irmãos sempre me diziam isso quando eu chegava em casa e eles estavam me esperando.

— E o que isso me importa? Continuo agindo como um teimoso e estupido como o senhor. Como não posso me reprimir por isso? — Kopa não parecia querer dizer aquilo, só que parecia libertador.

— Pode dizer o que você sente, filho... — ele me cortou com um tom seco e áspero em seu timbre.

— Seria inútil, pai. Não me ajudaria em porcaria nenhuma. Por mais mil palavras que saiam de mim, nenhuma vai servir para nada! — parecia resistente, igual a mãe dele.

— Está agindo igual a sua mãe, Kopa. Nem tudo é bom deixar preso, sabia? — ele fingiu me ignorar e se sentou de costas para mim, igual quando era pequeno, respirei fundo e tentei de novo — Estou aqui com você, filho. Posso ser a pessoa que não quer ver agora, ou tão cedo, ou tão tarde..., mas ainda estarei aqui do seu lado para te ouvir.

— Por que está tentando fazer isso? Não é nada tão importante quanto eles e o seu trabalho? Não sou mais importante há muito tempo.

Ouvir aquilo não me trouxe boas lembranças, sentia o fatídico dia em que tentei enfrentar o meu pai e o quanto aquele dia me fez mal. Senti a brisa fria ser o único som, acompanhada do chacoalhar das folhas e galhos, naquele momento. Assim como Kopa, eu também precisava repor muita coisa em ordem. Minha vida também não estava nada fácil.

— Às vezes eu queria que vocês não tivessem crescido tanto. Sinto saudade dos meus pequenos pulando em cima de mim, do bom dia acompanhados de beijos e... abraços quentinhos. — comentei para os ventos, Kopa não quis dizer nada, estava concentrado demais em seus dedos e no solo — Queria que soubesse que sinto orgulho do homem que se tornou, mesmo que eu não tenha participado tanto da sua formação, ao menos não presencialmente, mas, fico muito feliz em saber que isso te formou um rapaz de bom coração.

— Eu não fiz mais do que a minha obrigação... — senti um vazio naquela frase, ele não estava feliz com aquilo.

— Sei que é difícil crescer achando que seu pai não gosta de você. Temos histórias parecidas, por mais irônico que seja... meu pai também me fez crescer achando que ele me odiava, o que eu não esperava era que fosse verdade. Minha mãe também não fazia muito caso de mim. Ela parecia que só me suportava, por causa dele. Eu cresci menosprezado pelos meus pais e agradeço muito a Timão e Pumba por terem me tirado daquela casa quando... meu pai quase me deu um soco. Aquele dia foi muito assustador para mim.

Senti o peito mais leve com as palavras voando pelos ares, parecia um fardo caindo aos poucos das minhas costas e isto estava chamando a atenção de Kopa. Ele me olhava de lado, o que já me tranquilizava um pouco ao saber que não estava falando somente para os ventos.

— Então por isso você sempre ficava estranho quando perguntávamos deles, não é? Agora faz sentindo. — sua voz parecia longe ainda, no entanto, senti que aos poucos estávamos conseguindo conversar sem alguma indiferença.

— Sim, eles foram uma parte muito dolorosa para mim. Ainda é difícil superar isso e ir visitá-los como se essas marcas não fizessem mais efeito, só que há muito medo ainda. E acredito que você também sinta o mesmo comigo. — ele me encarou curioso, seu olhar sempre me cativou pela semelhança com os da mãe, acabava sendo bem mais fácil de compreendê-lo melhor, tanto que respirei fundo e tornei a olhar o chão cheio de folhas e galhos secos — Como se a qualquer momento eu pudesse, simplesmente, te magoar tanto, a ponto de você querer sumir da minha vista para não se machucar mais.

— Eu não quero fazer isso... não ainda. Acho que seria rápido demais para que eu mesmo pudesse processar, mas não agiria de cabeça quente. Meus irmãos e mamãe não merecem esse baque tão de repente por causa das suas atitudes comigo. E seria maluquice fazer isso sem ter um lugar para ir antes. — rir pela maneira em que se preocupava com tudo, realmente, Kopa sempre foi mais à frente até mesmo de mim — Isso não é engraçado.

— Eu sei. Só me surpreende o quão maduro você consegue ser, mesmo sendo tão jovem. Me deixa orgulhoso vê-lo preocupado com quem você ama. — percebi seu rosto ruborizar, acho que consegui o pegar desprevenido, porém, ainda está resistindo — Eu vou te dar todo o tempo do mundo para processar isso, filho, não quero que passe a confiar em mim da noite para o dia sem que esteja preparado...

— Eu adoraria conseguir esquecer o passado. Esquecer às vezes em que era trocado pelos meus próprios irmãos e isso machuca muito. Eu queria muito poder facilitar para o senhor também, mas não é tão fácil...

— Eu disse que estou disposto a esperar o seu tempo, Kopa. Confiança não é fácil de conquistar e essas férias serão o suficiente para que possamos voltar a ter ao menos algum contato de pai e filho...

— Até o seu celular apitar e voltarmos para a capital às pressas, porque precisaram do senhor, como sempre! Estou cansado de tentar acreditar nisso, tá bom? — é... Nala não blefou quando disse que Kopa era resistente como eu.

— Fico chateado que pense assim, mas não vou tirar o seu direito de reclamar. Eu também não sei quanto tempo isso durará e... quero aproveitar o quanto puder.  Quero vê-los felizes em passarmos um tempo juntos como antes ou vai me dizer que não está divertido o projeto da casa?

— Se estivesse, eu não faria de cara fechada.

— É... Contra isso não posso questionar, mas essa é só a primeira semana, vamos ver como serão as demais e quem sabe não possa ser divertido, não acha? — ele pareceu pensar, porém, ainda teimoso.

— Desde que não os decepcionem, estarei tranquilo. — consigo imaginar o quão difícil vai ser reconquistar ele, sei disso, pelo mesmo motivo que demorariam a conquistar a minha confiança de novo.

Apertei seu ombro e o acariciei depois. Kopa ainda estava tenso, conseguia ver pela sua respiração pesada, pela maneira desfreada de brincar com os dedos e a hiperatividade em sua perna esquerda. Ele não mudava mesmo. Sorri ao lembrar das vezes em que o via nervoso para algumas situações: como ir conhecer os irmãos na maternidade, o primeiro dia na escola, a primeira aula de natação e a primeira vez que fomos ao parque sozinhos... Isso me fez sentir tanta saudade daquele menininho que era tão pequeno e leve, que acordar e me deparar com um homem amargurado por culpa minha, me causava... dor. Meu pai sempre dizia que eu nunca seria o suficiente para ninguém, e ver Kopa assim, me fez ter certeza de que ele estava certo.

— Sinto que o clima está bom para beber, não acha? — pude perceber a confusão no rosto de Kopa que me encarava com uma interrogação na cara — Cerveja. Não acha?

— Mamãe não vai gostar de vê-lo bêbado. — estava certo, só que ela também havia me irritado demais com a fuga de Kopa.

— Isso posso resolver com ela depois, mas e você, quer me acompanhar para uma bebida? Não sou fã de beber sozinho.

— Prefiro receber a bronca de ter sumido à noite do que por ter voltado embriagado para casa.

— Acho que você está tenso demais para voltar para lá sozinho e ouvir um bolo de broncas da sua mãe, estou certo? — Kopa pareceu pensar, ainda estava com o pé atrás — Uma vez não faz mal algum e outra, pode ser um começo para passarmos um tempo só nosso, o que me diz?

— Que é loucura e uma missão suicida. Mamãe vai falar mais ainda se chegarmos bêbados... — dessa vez fui eu que decidi o cortar.

— E você não acha que vai ser pior se ela te questionar e ficar chateada com você por ter me deixado ir beber sozinho por aí? — ele pareceu refletir sobre, mas ainda estava receoso.

— Sim, mas...

— Kopa, por favor?

Ele me observava com certa aflição, parecia duelar em algo dentro de sua própria mente, sei que meu filho sempre gosta de manter tudo organizado, já entrei em seu quarto e reparei no quão limpo e planejado era lá, parecia mais arrumado que o meu próprio escritório. Fiquei surpreso por viajar tanto a ponto de me assustar com Kopa erguendo-se de onde estava sentado e, de algum jeito cansado, me encarando com tédio.

— Vamos logo antes que eu me arrependa. — senti meu rosto esboçar um sorriso e imaginei que se abriu mais quando notei o sorriso ladino sem graça dele — Vamos tentar ter um momento pai e filho... pela mamãe.

Ouvir isso me deixou decepcionado, não era por mim que ele estava fazendo aquilo, mas sim pela mãe. E isso por um lado me fazia deixar anotado que deveria agradecê-la depois, pois até mesmo brigada comigo acaba influenciando nossos filhos a darem uma chance para mim.

Obrigado, querida.

— Vamos? — Kopa perguntou sem jeito.

— Vamos!

.-*.-*.-*

Eu nem se quer lembrava de quantos copos eu havia tomado e sentia o corpo flutuar no banco do carro. Kopa aparentava estar um tanto retraído, porém, estava tentando se controlar por estar no volante e, parando para avaliar, ele parecia tão sóbrio e tão certinho que chegava a lembrar a mãe. Nala realmente conseguia manter a compostura em momentos como esses.

— Em alguns minutos chegaremos, pode descansar.

— Não estou com... — eu praticamente bocejei enquanto tentava mentir — com sono.

— Vou fingir que acredito — sua risada era leve de se ouvir, não era tão escandalosa quanto a de Kion ou agressiva como a de Kiara — Está me olhando assim por quê?

— Apenas apreciando o meu primogênito. Realmente me assusta ver que você tem o meu sangue de tão bonito que é. — o sorriso sem graça pelo elogio deixou o clima do carro mais leve, Kopa realmente era o mesmo, só precisava de um empurrãozinho — Fico feliz que tenha se divertido hoje.

— É difícil concordar com isso, mas, não vou discordar. Sei que tem o ego maior que você mesmo

— Não vejo problemas nisso, afinal, gosto de me exibir.

— Sei disso, sou seu filho mais velho ou se esqueceu?

— Nunca vou me esquecer, Kopa. Nunca!

O silêncio constrangedor que pairou o carro durante aqueles minutos quietos, não era confortável e sentíamos isso. Se não fosse o álcool dominando o corpo, provavelmente, não nos falaríamos por mais tempo, só que resolvi quebrar aquele gelo que, sendo franco, estava entediante.

— Quem era a garota? — Kopa firmou um olhar que se tornava uma mistura de confusão, medo e vergonha.

— Uma estranha que parecia tão na merda quanto eu. Por quê?

— Curiosidade. Ela parece ter gostado de você.

— Engano seu.

— Kopa, eu sei bem quando você fica nervoso. Gostou dela não foi?

— Pai! Eu estou um pouco bêbado, mas ainda tenho consciência, beleza? — ele ria para descontrair o clima, apenas apertei seu ombro e rir com ele — Você é muito sem juízo.

— Sou seu pai. Não espere coisa boa de mim.

— Sei disso, mas não conte dela para mamãe. Sabe como ela fica com... com essas pessoas que conheço em festas duvidosas.

— Minha boca é um túmulo e acho que nem vou ter tempo de reclamar, ela não vai me deixar falar.

— Culpa sua.

— Volta a dirigir, Kopa.

— E você vá dor...

Não esperava ter que cortá-lo da maneira que fiz. O gosto do ácido na minha garganta estava horrível para poder pensar em alguma desculpa para não dormir, só que eu não esperava por essa surpresa.

É... Talvez eu não escape dessa vez.

— Melhor pararmos e você...

— Eu ir dormir, já entendi.

— Você acabou de vomitar. Tem algum juízo nessa cabeça?

Seu pai nunca teve juízo, sua mãe vive dizendo isso, não lembra?

— Sim, mas, pensei que pelo menos...

— Vamos ir pra casa. Eu vou cochilar aqui. Ainda estamos longe mesmo.

— Longe quanto?

— Umas duas horas.

— DUAS HORAS?! Que lugar foi esse?

— O melhor bar de todos.

— É, você não tem juízo.

— Me acorde quando chegarmos.

— Como quiser, mandão.

Foi bom ouvir sua risada abafada, ao menos estava conseguindo, nem que fosse aos poucos, reconquistar o meu filho.

Ele merece muito um tempo comigo.


Notas Finais


Simba: Espero que tenham gostado e coloquem o Kopa contra a parede para assumir a garota para a mãe dele.
Kopa: Isso aí... Ei!
Kiara: Assumiu!
Kion: Que orgulho! Vou ter uma cunhada até que enfim!
Kiara: #KopaDesecalhadoAteQueEnfim.
Kopa: Vocês me odeiam, né?
Kiara/Kion: Que nada. A gente te ama, maninho <3
Simba: Espero que tenham aproveitado o capítulo e até mês que vêm com o Kopa choramingando. Adeus.
Kopa: Eu não vou chorar...
*corte seco*

Deixem suas opiniões aí nos comentários, vou adorar ler e saber o que sentiram com esse começo de aproximação do Simba e do Kopa. Quem será a moça que Kopa tá gamadão? rsrs.
Até o dia 28 de Dezembro e não sei se terá algum especial de natal ou ano novo, então, nos vemos mês que vêm <3


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