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História As flores do nosso casamento - Draco


Escrita por: SrtaGaladriel

Capítulo 3 - Draco


Fanfic / Fanfiction As flores do nosso casamento - Draco

“ – As especulações só aumentam em torno do suposto casamento entre o filho da Wall Street, Draco Malfoy, e a modelo internacional, Astória Greengrass!”

Clique.

“ – Fotos de um suposto jantar de noivado surgiram na mídia ontem, e hoje o mundo todo quer saber: Draco Malfoy, vai casar?”

Clique.

“ – Ninguém deu uma nota oficial sobre o casamento, mas numa foto tirada logo após o jantar dos dois é possível ver um enorme anel de noivado na mão de Astória. Seria essa a confirmação de um possível casamento?”

Draco Malfoy desligou a tv, jogando o controle sobre a mesinha de centro, e soltou um suspiro profundo. Não importava o canal que colocasse, o assunto do momento era seu suposto casamento com Astória. Ele sabia que não ia demorar para que os repórteres descobrissem, afinal eles seguiam Draco como insetos atraídos pela luz.

Um pequeno preço a pagar por ser tão influente na mídia. Mas, também tinha momentos ruins, afinal não havia mais privacidade alguma. Depois que assumiu seu lugar, ao lado do pai, na empresa da família, Draco aprendeu que seria o foco de tudo e todos. Onde quer que ele fosse, as pessoas sabiam quem ele era e comentavam.  Todos sabiam quem era Draco Malfoy.

E não era apenas por ser o único herdeiro de uma corporação bilionária, era também por ser o mais jovem acionista a faturar milhões na Wall Street. Ele conseguiu tal feito com apenas dezoito anos, e ficou conhecido como o filho da Wall Street. Aos vinte um, assumiu seu cargo na Malfoy e a fez crescer 20 vezes mais, expandindo-se para outros países. Agora, aos vinte e oito anos, ele tinha como meta assumir totalmente a Malfoy Corporation.

Essa meta ficou mais fácil – pelo menos na teoria – depois que seu pai faleceu. Lucio Malfoy era como seu apelido dizia: Rei de aço. Ele que assumiu a Malfoy Corporation com vinte e três anos, sendo assim o presidente mais jovem que a corporação já teve. Ele, que com trabalho duro, aniquilou toda a concorrência, deixando-os no chinelo. Lucio era o sinônimo para a bolsa de valores, e sua partida foi realmente um baque para todos. Quem diria que o rei de aço tinha problemas cardíacos?

Quando Draco estava se preparando para assumir o seu posto, como presidente da empresa, Severo Snape chegou trazendo a notícia que abalou completamente o mundo de Draco. Severo era seu padrinho, mas também o advogado da família Malfoy e da Malfoy Corporation, e foi o responsável por fazer o testamento de Lucio, o que lhe dava a responsabilidade de dar as péssimas notícias sobre o que Lucio deixou para Draco.

Lucio Malfoy e Draco nunca tiveram uma boa relação. Por fazer ser digno do apelido de rei de aço, Lucio parecia um robô sem emoção. Ele dedicava muito tempo a empresa, não tolerando erros e sempre esperando a perfeição, tanto dos seus funcionários como do seu próprio filho. Draco foi criado por um homem que não demonstrava falhas, nem sentimentos – e isso dificultou e muito a relação pai e filho. Tudo ficou pior quando Lucio percebeu que Draco não era só seu herdeiro, mas também seu concorrente para o cargo de presidente da Malfoy.

Talvez, por apenas maldade, Lucio tinha escrito aquele testamento. Pelo menos, era assim que Draco pensava. No testamento dizia que Draco só poderia assumir a Malfoy Corporation caso se casasse. Se ele não fizesse isso, o cargo iria para o segundo maior acionista, Victor Krum.

Victor Krum, era na nobre opinião de Draco, o sujeito mais desprezível, sínico e dissimulado que ele teve o desprazer de conhecer. Os dois se conheceram na Malfoy, Victor — que tinha vindo da Bulgária — estava começado o seu intercambio profissional e Draco estava começando a assumir suas funções na empresa da família. Eles tinham tudo para serem amigos, mas por causa do forte temperamento e do fato de Victor parecer querer assumir o cargo de Draco, os dois eram inimigos declarado. Na frente dos outros acionistas da Malfoy, eles eram grandes colegas, por trás odiavam-se profundamente.

E claro que Draco jamais deixaria que aquele ser assumisse o seu cargo. Ele tinha batalhado muito para chegar até onde tinha chegado, jamais tinha usado o fato de ser filho do presidente para conseguir algo lá dentro, ele não deixaria que seu pai – por pura birra – tirasse o que era dele por direito. Lucio até podia estar morto, mas ainda conseguia controlar a vida de todos ao seu redor.

Isso nos leva aos boatos de um casamento entre Draco e Astória. Para não perder a empresa, Draco precisava casar o quanto antes. E Astória Greengrass, que era uma das suas namoradas – a mais fixa – era também a filha de um dos acionistas da Malfoy, e isso dava a chance de Draco fixar-se permanentemente na Malfoy. Pedi-la em casamento não foi difícil, os dois já tinham sua história, mas o problema era que ele precisava fingir tudo que Astória sentia de verdade. Ela sempre foi apaixonada por ele, desde pequena, e tinha ficado obcecada ao logo dos anos, e é claro que ela não hesitou quando ele a pediu em casamento – mesmo que eles estivessem sem se falar por três meses.

Controlado a mídia, Draco e seu assistente pessoal, Beck Montague, haviam dado palpites a alguns paparazzis sobre o local do jantar de noivado e não foi surpresa quando no dia seguinte a notícia circulava rapidamente por todos os telejornais, jornais e revistas da cidade e do país.

— Bom dia, senhor Malfoy — Montague cumprimentou, entrando no apartamento de Draco — Está cheio de paparazzis na sua entrada.

— Ainda me pergunto se você não mora nesse prédio — Draco resmungou, pegando outra xicara de café — Como pode estar aqui tão cedo?

— Meu salário não paga nem uma semana nesse edifício — O outro homem respondeu — Mas o senhor me paga muito bem para estar aqui assim que acordar, para lembra-lo de todos os seus compromissos e reuniões do dia. Vamos começar?

Beck Montague era o assessor de Draco há quase sete anos. Quando o Malfoy assumiu seu cargo na Malfoy Corporation, ele teve diversos assessores e nenhum era realmente bom. Um dia, Beck apareceu na sua vida e Draco sabia que tinha encontrado o assessor certo – Beck parecia ter um dom de ler Draco como ninguém.

Além de Montague, Draco tinha outros funcionários que estavam a sua dispor 24 horas, fazendo parte da sua equipe pessoa; Dois guarda-costas, Gregório Goyle e Vicnte Crabbe, duas montanhas de puros músculos e preparados para proteger Draco de qualquer coisa. Uma secretaria, Tracey Davis, que cuidava de tudo relacionado ao seu trabalho na empresa, eele também tinha uma personal stylist, Emília Bulstrode, que mantinha Draco o mais elegantemente possível.

— O que temos hoje?

— Primeiro, daremos uma nota oficial sobre o seu casamento. A notícia está se espalhando, como previmos, e seus acionistas querem saber se é real ou mais uma notícia falsa — Montague avisou — As 10:00 terá uma videoconferência com os acionistas de Hong Kong, para discutir sobre a filial da Malfoy. Ao Meio-dia, terá um almoço com o senhor Potter, no restaurante Silver Moon. O resto da tarde, ficara com a senhora Malfoy e a senhorita Greengrass numa reunião com a empresa que administrara seu casamento. 

— Harry está de volta? — Draco questionou, surpreso com a noticia

— Sim, ele ligou mais cedo, parece que não conseguiu falar com o senhor — Montague disse – E ele não parece estar feliz.

— Ele não deve estar nada feliz.. Onde é o compromisso com minha mãe?

— Felizes para Sempre. Fica perto de Coney Island.

— Felizes para Sempre? Irônico.

— É uma empresa ótima, tem funcionárias muito esforçadas para garantir que o dia perfeito de qualquer noiva.

— Você parece conhecer bem — Draco comentou — Já foi cliente?

 — Não, nunca me casei — Montague riu — Minha irmã teve o casamento feito pela Felizes para Sempre. É por isso que sei que é uma ótima empresa.

Depois de vestir-se adequadamente, pegando um dos seus ternos de marca, Draco saiu do seu apartamento na cobertura do edifício Salazar, com Montague na sua cola. Como o seu assistente havia dito, tiveram que enfrentar alguns paparazzis, mas nada que os seguranças não dessem um jeito de conter.

— Chegamos, senhor Malfoy — Seu motorista avisou antes de descer para abrir a porta

Draco analisou o enorme edifício a sua frente. O edifício Malfoy, onde ficava a empresa da família, era considerado o terceiro maior edifício da cidade. Com 90 andares, 53 elevadores, e um designer elegante e ecológico, aquele era o império da família.

Guiado por alguns seguranças, que faziam uma barricada contra os repórteres, Draco entrou na Malfoy.

— Senhor Malfoy — Tracey o recebeu, assim que ele atravessou as portas automáticas do edifício, e lhe estendeu um café — Estão todos na sala de reunião, no vigésimo andar.

O Malfoy entrou no elevador, acompanhado de Tracey e Montague, e foi direto para o andar da reunião. Draco conseguia fazer aquele trajeto de olhos fechados, tendo passado cada dia da sua vida ali, desde a infância, adolescência e agora a fase adulta, então não existia ninguém que conhecia aquela empresa mais que ele.

Montague lhe entregou um cartão, com o que Draco deveria dizer, antes deles entrarem na sala.

— Bom dia, senhores e senhoras.

— Senhor Malfoy! — Todos começaram a fazer perguntas ao mesmo tempo, tirando fotos e gravando, e Draco permaneceu quieto até que os repórteres entendessem o sinal para ficarem quietos.

— Reuni vocês aqui para representar os grandes jornais para quem trabalham. Eu vim me pronunciar sobre o meu casamento, como vocês já devem estar cientes.

— Então, é verdade? — Uma repórter do Good Morging América perguntou — O senhor vai casar?

— Sim.

Mais uma chuva de perguntas, todas feitas ao mesmo tempo, fez Draco se calar e sorrir até os repórteres ficassem quietos outra vez.

— Como todos sabem, Astória e eu temos uma longa história juntos — E por alguns minutos, Draco deu uma declaração apaixonada, feito por Montague, sobre o seu pedido repentino a caçula dos Greengrass — E eu fico feliz em anunciar que ela disse sim.

— Senhor Malfoy — O repórter do New York Timer interrompeu — Alguns diriam que isso é apenas uma transação de negócios, afinal Astória Greengrass é filha de um importante acionista da Malfoy. Depois que seu pai faleceu, o senhor precisa firmar suas próprias alianças aqui dentro. O que tem a dizer, senhor Malfoy?

— Eu não preciso formar alianças aqui dentro, senhor. Eu trabalho aqui a anos, lutei por todos os méritos que conquistei. Meu casamento com Astória não envolve a Malfoy, foi apenas o fato de que nossas famílias já tem um passado com essa empresa que nos aproximou de novo. Agora, se me derem licença, eu tenho trabalho a fazer. Tenham um bom dia a todos!

Draco saiu apressado, com Montague em sua cola, e junto entraram no elevador. Os dois foram direto para o último andar, onde ficava a sala de Draco, e futuramente sua sala de presidente da Malfoy. Por algumas horas, Draco focou-se apenas no seu trabalho, grato por não haver ninguém querendo saber sobre o casamento ou Astória.

— Senhor Malfoy? — Montague bateu na porta — O senhor Potter esta aguardando-o. O motorista já está a sua espera.

O Silver Moon, restaurante de Remo Lupin, era um dos melhores da cidade e bastante disputado. Ele ficava bem no meio da caótica Upper East Side, era frequentado pela elite da cidade, e todos os críticos só tinham elogios para Remo e sua comida.

Draco tinha conhecido o chef e dono do restaurante através de Harry. Remo era um dos melhores amigos dos falecidos Potter, e junto com Sirius Black, ajudou a criar o pequeno Potter quando seus pais faleceram. Draco sempre teve uma pequena pontada de inveja da relação dos dois homens com Harry – eles cuidavam, protegiam e amavam Harry como pais deveriam fazer. Diferente da forma de Lucio Malfoy fazia.

— Senhor Malfoy — A maître o recebeu — O senhor Potter o está aguardando-o. Siga-me, por favor.

— Potter — Draco cumprimentou assim que chegou a mesa deles

— Obrigada, Mádi — Harry dispensou a maître antes de voltar sua atenção ao amigo — Comece a se explicar.

Soltando um suspiro pesado, Draco contou tudo ao amigo. Começando com o falecimento de Lucio, que Harry perdeu por estar numa viagem de negócios, até a leitura do testamento que o obrigava a casar, e terminou contando sobre o casamento de fachada com Astória.

— E é isso.

— A maluca da Astória? Sério?

— Exatamente.

— Não foi ela que quebrou seu Audi com um taco de beisebol?

— Sim, ela mesmo. Mas parece que Astória é a imagem que preciso ao meu lado. Não importa se ela é uma maluca obcecada, o que importa é que ela é bonita, rica e seu pai é um forte acionista da Malfoy.

— Que droga de situação — Harry deu uma batidinha leve no ombro do outro — Sinto muito, Draco. Não sei o que dizer, ou se tem algo para se dizer numa situação dessas.. Além de dizer que seu pai era e ainda é o maior imbecil do mundo.

Draco riu, aceitando o conforto do outro, antes de pedir uma dose de whisky ao garçom.

— Obrigado.

Draco e Harry se conheceram na universidade de Harvard, onde cursaram juntos o curso de direito. No começo, eles não iam com a cara um do outro, personalidades e temperamentos muito parecidos acaba fazendo eles implicarem um com o outro, mas com o tempo, eles acabaram ficando bons amigos e essa amizade dura até hoje.

Herdeiro da indústria Potter, Harry não tinha com o que se preocupar quando o assunto era dinheiro. Depois que seus pais faleceram, ele foi morar com o padrinho Sirius Black, um típico playboy, e Harry acabou adquirindo esse mesmo estilo de vida. Harry passava grande parte do seu tempo em festas, bebendo e beijando qualquer moça que via pela frente. Exatamente como seu padrinho.

— Eu viajo por duas semanas e quando volto, meu melhor amigo vai se casar — Harry lamentou — Você deveria ter me pedido, você sabe.

— Pedido o que? — Draco perguntou, bebendo outro gole de whisky

— Em casamento — Harry respondeu, fazendo Draco engasgar com o liquido — Jesus, Draco!

— Seu idiota! — O Malfoy ofegou, aceitando o guardanapo — Idiota!

— Eu seria uma esposa melhor que a maluca da Astória, você sabe disso.

— Cala a boca, Potter!

— Olá, meninos — Remo se aproximou deles, com um sorriso suave

— Remo! Não somos mais meninos — Harry lamentou — Somos homens, sabia? Draco até tem pelos nas..

— Cala a boca, Potter! — Draco socou o ombro do outro, que gritou, antes de voltar sua atenção a Remo — Olá, Remo.

— Vocês sempre serão meninos para mim — Remo bagunçou o cabelo de Harry, para desgosto dele — Draco, quanto tempo. Sentimos sua falta por aqui.

— Sou seu melhor cliente, eu sei — Draco se gabou

— Não, eu sou o melhor cliente — Harry defendeu

— Não comecem a brigar — Remo interveio antes que eles começassem a discutir — Draco, é verdade? Sobre o seu casamento?

 Depois de um suspiro, Draco contou a Remo o que tinha contato a Harry. E como o Potter, ele também ficou receoso com o noivado. Mas não havia muito o que se fazer naquela situação. Lucio Malfoy garantiu que Draco não tivesse escapatória.

Depois do almoço, Draco teve – infelizmente – que ir ao encontro de sua mãe e da noiva na Felizes para Sempre. Ele ficou um pouco impressionado quando viu a enorme casa vitoriana, com ar elegante e ao mesmo tempo clássico, pois era difícil encontrar casas com sua estrutura original sem sofrear as mudanças da era moderna. Draco gostava de coisas clássicas.

Mas a beleza da casa não amenizou seu desconforto. Draco preferia estar em qualquer outro lugar, fazendo qualquer outra coisa, menos planejar seu casamento. Porém, se ele queria mesmo assumir a presidência da Malfoy, ele precisava fazer alguns sacrifícios.

— Senhor Malfoy? — Ele foi recepcionado por uma morena de pernas longas, usando um terno tão elegante quanto o de Draco — Eu sou Pansy Parkinson, administradora da Felizes para Sempre. É um prazer conhecê-lo.

— O prazer é todo meu — Draco respondeu, educadamente

— Me acompanhe, por favor, sua mãe e noiva já estão à sua espera —  Pansy o levou até a sala de visita

Draco deu um breve olhar na direção de sua mãe e noiva antes de passar sua atenção para as outras mulheres na sala. Havia uma ruiva, sentada perto de sua mãe, uma mulher loira com ar quase angelical e por fim ela.

Draco perdeu totalmente o fôlego com a beleza daquela mulher. Olhos grandes e castanhos, como mel, um cabelo espesso e cacheado que lhe dava um ar selvagem, corpo escultura e lábios em formato de coração.  Ela era, de longe, a mulher mais bonita que Draco já conheceu. Como se tivesse enfeitiçado, ele sorriu para ela, mal ciente da presença de outras pessoas na sala. Quando ela retribuiu o sorriso, o coração de Draco errou uma batida.

— Senhor Malfoy, essas são Gina Weasley, Luna Lovegood e Hermione Granger.

Hermione Granger. Aquele nome forte combinava perfeitamente com ela, na opinião dele.



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