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História As flores do nosso casamento - Draco


Escrita por: SrtaGaladriel

Capítulo 9 - Draco


Fanfic / Fanfiction As flores do nosso casamento - Draco

 — Deusa, hum? — Harry perguntou, assistindo o carro de Hermione sumir de vista

— Sim — Draco concordou — O que você achou?

— Que você está muito enfeitiçado por ela — Harry provocou — Agora entendi o porquê. Há algo nela que é.. mágico. Ela deve ser uma bruxa, sabe?

— Idiota!

— Falando sério, você deveria disfarçar, Draco.

— Do que está falando?

— No momento que entrei no restaurante, eu vi você babando sobre ela. E durante o almoço? Você parecia que planejava devorá-la ali na mesa mesmo. E nem vamos falar sobre a sobremesa. Foi sufocante estar com vocês dois, sabia?

 — Eu não fiz isso — Draco se defendeu

— Você estava despindo-a com os olhos. Eu fiquei preocupado que as roupas dela incendiassem de tanto que você olhou.

— Você é um idiota — Draco reclamou — Que diabos de intromissão foi essa? Quase a assustou.

— Draco, amigo, eu sei o que estou fazendo — Harry se gabou  – Agora você sabe que ela está disponível.

— É, mas não para mim — Draco lamentou

— Por favor, auto-vitimização não.

— Harry, eu vou casar — Draco lembrou — É ela que está cuidando disso. Não tem a menor chance de termos algo.

— Eu não diria isso — Harry comentou, divertido — Reparei que ela parecia bem interessada na sua pessoa.

— O quanto interessada? — Draco perguntou, falhando em não parecer tão ansioso pela resposta

— Muito — Harry respondeu – Deveria investir. Mas, com calma, amigo. Você precisa ir devagar, com jeito, e não ser tão direto.

— Não ser como você? — Draco zombou

— Como assim?

— Acha que eu também não reparei em você? Quase avançou para cima da senhorita Weasley. Planejava devorá-la ali mesmo, sob a mesa?

— Eu não estava buscando sutileza, amigo — Harry apontou, com um sorriso malicioso — Ela é muito o meu tipo.

— Deixa eu adivinhar? Festeira e não quer um namorado?

 — O melhor tipo que existe.

O celular de Draco tocou, era a segunda vez já, ele não ficou surpreso ao ver o nome de Narcissa piscando na tela.

— Só um segundo — Draco pediu, afastando-se do amigo — Olá, mãe.

— Querido, como vai? — O tom doce de Narcissa o deixou em alerta

— Bem, exatamente como estava ontem, antes da senhora me largar naquele jantar com Astória — Draco respondeu — Boa emboscada, mãe.

—  Querido, fiz isso para vocês terem um tempo só de vocês — Narcissa respondeu, nem um pouco arrependida — Além do mais, viu que vocês saírem na capa do Elle? Vocês são destaque, meu filho, precisamos manter isso assim até a reunião do conselho.

— Eu gostaria que a senhora parasse de me empurrar a todo custo para cima de Astória — Draco respondeu, irritado — Eu lhe disse que não sinto nada romanticamente por ela, mãe. Não quero ser um babaca iludindo ela. A coitada já faz isso sozinha!

— Querido, Astória entende que você precisa de um tempo para acostumar-se com a ideia do casamento. Ela é uma boa mulher, e está mostrando que será uma excelente senhora Malfoy.

Draco revirou os olhos. Ele sabia que não era apenas Astória que estava se iludindo, desejando um envolvimento romântico com ele, sua mae também parecia estar esperando que isso acontecesse. Ele apostava todo o seu dinheiro que ela falaria sobre netos em breve.

— A senhora me ligou para algo importante?

— Vou ignorar seu tom de voz impertinente — Narcissa anunciou, num tom de alerta — Eu liguei para informá-lo que hoje a noite estaremos dando um jantar aos Greengrass.

— Desculpe, como?

— Convidei Astória e seus pais para um jantar. Seremos da mesma família em breve, Draco, precisamos criar laços com eles.

— Não precisamos não. Eu não vou poder participar, diga que sinto muito..

— Draco — O tom de Narcissa era cortante, o mesmo tom que usava quando Draco era uma criança e fazia algo errado — Você vira jantar aqui em casa, será gentil com Astória e tratara muito bem os pais dela. Esqueceu-se de quem é Arthuro Greengrass?

— É claro que não esqueci, mãe — Draco revirou os olhos — Mas, eu não estou com cabeça para isso.

— Querido, o tempo está correndo, cada segundo é precioso. Você sabe disso! Agora, deixe de ser um menino teimoso e me obedeça, caso não tenha ficado claro, estou tentando te tornar presidente titular da Malfoy!

Draco se viu concordando com o jantar. Assim que desligou, ele encontrou Harry na mesa deles. Ele sentou-se e serviu uma dose bem grande de vinho.

— Notícias ruins?

— É só o que venho tendo ultimamente —Draco respondeu, mal-humorado — Minha mãe está dando um jantar para os Greengrass, e obviamente, não poderei não comparecer.

— Sinto muito — Harry murmurou – Como anda sua noiva?

— Grudenta. Chata. Incrivelmente insistente — Draco respondeu — Olha, eu sei que não vai ser bom se ela desistir do casamento, mas.. Eu não quero realmente casar com ela. Ou ter qualquer envolvimento romântico com ela. Deus, beijar ela.. parece que estou beijando alguma prima.

— Como aquela sobrinha do seu padrinho? Como era o nome dela? — Harry perguntou, rindo da lembrança

— Não me lembre disso! — Draco pediu, horrorizado –— Não acredito que você me desafiou a isso! Eu fiquei traumatizado! Ainda estou traumatizado!

— Ela parecia que estava sugando a sua alma. Aquele beijo, se é que podemos chamar assim, parecia mais como um ataque violento a sua boca — Harry disse, explodindo numa risada alta — Foi horrível só de assistir. Acho que meus olhos sangraram naquele dia.

— Me lembre de nunca apostar com você quando eu estiver bêbado — Draco estremeceu, lembrando daquele beijo como se tivesse acontecido ontem

— Yvaine! — Harry exclamou um pouco alto, o que atraiu alguns olhares, batendo a mão na mesa — É esse o nome dela, né?

— Sim — Draco resmungou —  Meu padrinho quis me matar quando descobriu! Disse que eu deflorei sua sobrinha!

— Acho que você é que foi deflorado por ela — Harry riu

— Você fala como se não tivesse momentos constrangedores na sua vida — Draco comentou, abrindo um sorriso malicioso — Mas eu lembro de alguém sendo pego com as calças abaixadas e uma certa pessoa de joelhos atrás do dormitório feminino!

— Por favor, não me lembre disso — Foi a vez de Harry reclamar — Você tem que me dar um desconto! Eu estava muito bêbado, muito mesmo, e ela me atacou!

— Como era o nome dela? — Draco perguntou, fingindo não lembrar  – Ela era do último ano, né?

— Ela era uma pervertida, isso sim — Harry comentou, seco — Eu devia ter prestado queixa contra ela!

— Não acho que você pensou nisso quando a boca dela estava no seu..

Harry chutou a canela de Draco, forte o suficiente para balançar a mesa, e Draco grunhiu de dor antes de começar a rir. Harry o acompanhou.

— Meu deus — Draco murmurou, recuperando o fôlego — Aquela época da faculdade.. Como eu queria voltar. Foram ótimos tempos.

— Definitivamente — Harry concordou — Será que descobriram que fomos nós que colocamos aquele carro na piscina?

— Se descobriram, fingiram que não — Draco riu —  Eu ainda não consigo me lembrar de como fizemos isso.

— Eu não consigo lembrar nem de quem era aquele carro — Harry confessou  – Não sei como não entramos em coma alcoólico.. Bebemos, em todos os anos da faculdade, o suficiente para umas sete vidas!

— Alguns de nós ainda continuam bêbedo, não é, Potter? — Draco provocou

 — Alguns de nós viraram velhos rabugentos — Harry rebateu

— Senhor Malfoy? — Montague os interrompeu — O senhor tem uma reunião em meia hora.

— Merda — Draco reclamou – Tenho que voltar para o trabalho.

— Poxa, isso é tão adulto — Harry brincou

— Deveria tentar, algum dia, Potter.

— Um dia, sim — Harry respondeu, erguendo sua taça — Mas não hoje.

— Harry — Draco chamou, tendo uma ideia repentina — O que você vai fazer hoje a noite?

 — Nem pense nisso — Harry negou, já percebendo a ideia do outro — Sua mãe me mata se eu aparecer no seu jantar!

—Você vai ser meu padrinho, cara — Draco respondeu, apelando  –Por favor, eu não vou sobreviver a essa noite jantando com os Greengrass! Você, como padrinho, tem que estar lá para me dar apoio!

— Eu odeio essa sua carinha de carente — Harry reclamou — Eu vou, mas se sua mãe fazer um escândalo, a culpa é sua!

— Minha mãe não vai fazer um escândalo, no máximo vai te chutar, com classe, para fora.

— Babaca — Harry resmungou

— Te vejo a noite — Draco despediu-se do amigo, garanti que ele esteja mesmo no jantar, e seguiu os seguranças para fora

 

 

[...]

 

Draco observou sua estilista trabalhar, ajeitando seu terno, indo e vindo com gravatas, abotoaduras, e outras coisas. Ele achava idiotice ter alguém para escolher suas roupas, mas sua mãe negava-se a permitir a demissão de Emilia. E depois de anos ao lado da mulher, ele até se acostumou com sua presença, considerando-a uma de suas amigas mais próximas.

— Então —  Emília começou, ajeitando a gravata de Draco — Qual é o problema?

Draco não ficou surpreso por ela conseguir ler o seu silencio, ela tinha esse dom desde o primeiro encontro deles, e foi adaptando à medida que eles se conheciam mais.

— Não a nenhum problema — Draco respondeu, fugindo do seu olhar avaliador

— Draco! Se não falar comigo, com quem vai desabafar?

—Harry.                                               

— O babaca que partiu meu coração? —  Emília perguntou, revirando os olhos

—Você superou.

— Não totalmente, depois dele, não durmo mais com homens!

Isso fez Draco rir. Emília terminou os últimos ajustes, dando uma batida de leve em sua bochecha, e afastou-se para Draco se ver no espelho. O terno preto, feito especialmente para ele, caia perfeitamente bem –como devia ser. A gravata estava milimetricamente no lugar. Os sapatos tão lustrados que era possível ver seu próprio reflexo. E seu cabelo ajeitado, com muito gel, para trás. Emília era muito boa no seu trabalho.

— Sabe que pode falar comigo, certo? — Emilia perguntou, ainda avaliando-o

— Eu sei.

— É o casamento? — Emília perguntou

— E muitas outras coisas —  Draco murmurou – Conversaremos em outra hora, eu prometo.

— Sabe que vou cobrar essa promessa, Malfoy — Emília avisou, beijando-o na bochecha — Você está pronto. Te vejo em breve.

— Diga a Eleanora que mandei um beijo — Draco pediu, levando a mulher até o elevador — Tenha uma boa noite, Emília.

— Você também, Draco.

Alguns minutos depois, Draco foi para a mansão Malfoy. Um dos empregados o recebeu, levando-o até a sala de visita, onde Narcissa já o esperava.

— Olá, querido — Narcissa o cumprimentou com um beijo em cada bochecha — Você está lindo.

— Obrigado — Ele murmurou, desinteressado

— Fale com clareza, Draco — Narcissa repreendeu — Não fique resmungando feito uma criança. Isso não é elegante.

Depois de alguns minutos, onde pouca conversa foi trocada, os Greengrass chegaram. Os primeiros a entrar na sala foram os pais da noiva, Arthuro e Selena Greengrass, que cumprimentaram Narcissa com entusiasmo – um pouco forçado, na opinião do Malfoy – e foram mais frios com Draco. As duas filhas Greengrass entraram em seguida, Astória entrou primeiro, e sua irmã mais velha logo atrás, Daphne. Enquanto Astória trazia um sorriso radiante, esbanjando alegria, sua irmã mais velha era mais séria, um pouco carrancuda. Elas cumprimentaram Narcissa com rápidos beijos na bochecha, como a educação delas ensinou, antes de se aproximarem de Draco. Daphne estendeu a mão, cumprimentando com um aperto, antes de se afastar. Draco esperava ser discreto no cumprimento com Astória, afinal eles tinham companhia, mas Astória tinha outro plano. Ela chocou sua boca na dele, nem dando tempo de ele processar a ação, beijando como se fosse morrer amanhã. O comentário de Harry, sobre o ataque de Yvaine, fez Draco perceber que Astória fazia quase a mesma coisa!

 — Astória — Selena chamou, alto e estridente, parecendo lívida quando sua filha se afastou —Seja educada, filha.

 — Desculpe.

— O jantar está quase pronto — Narcissa tomou as rédeas, após um pesado silencio tomar a sala — Por que não tomamos uma bebida? Draco, filho, pegue uma bebida para sua noiva.

Draco queria beber o bar inteiro para suportar aquele jantar. Narcissa estava envolvida em uma conversa fútil com os pais de Astória, deixando Draco para Astória e sua irmã. Daphne era uma mulher quieta, parecendo não querer estar ali tanto quanto Draco, então ele não ficou surpreso por ela não puxar conversa. Astória, por outro lado, estava falando animadamente sobre a prova do vestido, ou algo assim.

— Senhora — Uma das criadas entrou na sala — O jantar está pronto.

— Claro, vamos? — Narcissa chamou os convidados 

— Harry ainda não chegou –Draco avisou,  ganhando um olhar chocado da mãe

— Harry? — Arthuro repetiu, confuso

— Meu padrinho — Draco explicou — Achei que ele devia participar desse jantar.

Como se tivesse sido invocado, Harry entrou na sala, sendo seguido por uma criada desesperada — provavelmente horrorizada por ele não ter esperado para ser anunciado. Diferente de todos, que estavam vestidos formalmente, Harry usava uma calça jeans, camisa de alguma banda de Heavy Metal, e uma jaqueta de couro preto. Um pequeno badboy como Sirius.

— Desculpe minha demora — Harry pediu, abrindo um sorriso encantador — Senhora Malfoy, está linda. Senhor e senhora Greengrass, não fomos apresentados ainda, sou o responsável por manter Draco na linha até o casamento. Podem me chamar de senhor Potter. Astória, você parece.. ótima. Eu acho. E você deve ser a irmã mais velha, é um prazer conhecê-la, querida.

Narcissa Malfoy, com muito esforço, manteve uma expressão neutra enquanto olhava de Harry para o filho. Draco podia ver que, por trás da fachada, ela estava furiosa. O senhor Greengrass abriu um sorriso forçado, cumprimentando Harry de longe, assim como a esposa. Astória não se importou em fingir, ela preferiu deixar obvio seu descontentamento com a presença de Harry. Daphne foi a única que estendeu a mão, cumprimentando Harry com educação.

— Eu não sabia que você seria o padrinho — Astória comentou, irritada

— Sou o melhor amigo dele, caso tenha esquecido — Harry comentou divertido — Então, vamos jantar? Eu estou com fome!

Narcissa não tinha como expulsá-lo sem causar uma cena, e isso não era aceitável no livro de etiquetas dela. Lançando um olhar duro na direção do filho, Narcissa levou todos para a sala de jantar. Por ordem da sua mãe, Draco sentou-se ao lado de Astória, que ficou imensamente feliz. Harry sentou-se do outro lado, do lado de Daphne, lançando um olhar divertido para a carranca dos Greengrass.

Não houve conversas durante o jantar, outra regra estupida do livro de etiquetas de Narcissa. Mas Draco ficou aliviado por não precisar conversa com Astória, nem entreter os pais dela.

— Obrigada pelo jantar, Narcissa — A senhora Greengrass agradeceu após o jantar

 — Eu que agradeço por terem aceitado — Narcissa respondeu — Seremos, em breve, da mesma família.

— Sim, não é mágico? — Harry intrometeu-se — Seremos todos uma enorme família. Estou emocionado.

— E como anda os preparativos do casamento? –Selena perguntou, ignorando Harry – Eu estive fora nos últimos dias, numa viajem importante, então não pude ajudar Astória. Agradeço por ter feito isso, Narcissa.

— Astória e eu temos nos divertido muito — Narcissa garantiu — E até mesmo já temos uma data.

— Está tudo escolhido então?

— Faltam alguns detalhes — Narcissa respondeu — Mas, não precisa se preocupar. Está tudo correndo muito bem.

— Fico feliz por saber que minha menininha vai casar –Selena comentou, sorrindo animada  — Isso é tudo tão emocionante.

— Sim, meu coração aperta de felicidade por ver Draco dar esse passo — Narcissa concordou, parecendo mesmo emocionada

Harry soltou uma risada baixa, zombando, mas todos fingiram não ouvir. Era estranho como todos fingiam que aquele casamento não passava de uma jogada de negócios, eles estavam agindo como se fossem um verdadeiro casal apaixonado, ansioso pelo grande dia. Draco odiava isso.  

— Eu não vejo a hora de unirmos nossa família — Arthuro disse, já embriagado — E você, Draco? Ansioso?

— Muito — Draco forçou um sorriso

— Eu sei que há muito acontecendo na Malfoy, você deve estar com a cabeça cheia — Arthuro comentou — Consegue lidar com o casamento?

— Não se preocupe, senhor Greengrass — Narcissa foi quem respondeu, diplomática — Draco é muito bom em ser multitarefa. E eu tenho cuidado de tudo para garantir que nossos filhos tenham um belíssimo casamento.

— Um brinde a isso — Selena pediu, erguendo sua taça — Que eles tenham tudo que mereçam.

— Que sejam felizes — Arthuro também ergueu sua taça

— A união das nossas família! — Narcissa anunciou, elevando sua taça

— Eu brindo — Harry começou, levantando sua taça — A perda, infeliz, do meu parceiro de balada.

O silencio foi sepulcral. Draco ficou tentando a pedir para Harry não pegar tão pesado, não querendo ofender os Greengrass a ponto deles cancelarem o casamento, mas ele estava se divertindo. Sua mãe estava a ponto perder toda a elegância e arrastar Harry pela orelha para fora. Draco pagaria uma fortuna para ver Narcissa perder a linha pela primeira vez na vida.

Depois de mais alguns assuntos banais, os Greengrass finalmente foram embora – para a felicidade de Draco. Quando finalmente pode deixar de lado o papel de boa anfitriã, Narcissa deixou evidente sua raiva.

— Posso saber o porquê de você estar aqui, Harry Potter? — Narcissa perguntou, cheia de irritação

— Qual é, tia Cissa — Harry respondeu, sorrindo —  Não posso deixar Draco passar por isso sozinho!

— Não ouse falar como se eu o tivesse condenando a forca.

— Eu diria que estava condenando-o a uma prisão perpetua, tia

— Estou tentando ajudá-lo! Não está vendo que quase colocou tudo a perder?

— Perder o que? Esse casamento é uma piada!

Narcissa respirou fundo algumas vezes, buscando calma, antes de voltar a sua posse de elegante Lady Malfoy.

— Se não se importa, Harry, quero falar a sós com meu filho.

— Na verdade, tia Cissa, eu me importo sim — Harry respondeu, jogando um braço sobre o amigo — Eu tenho alguns planos para o resto da noite, e isso inclui o Draco.

— Onde pensa que irá levar meu filho? — Narcissa questionou, irritada — Draco Malfoy, você vai ficar aqui!

— Mãe, tem sido uma noite bem difícil, e a senhora está contribuindo para piorá-la — Draco avisou — Eu vou embora agora, com Harry, te vejo em breve.

— Draco, eu estou tentando manter seu casamento!

— E eu agradeço. Mas, não acho que precisamos desse teatro todo. Harry tem razão, esse casamento é uma piada!

— Diga isso quando Krum assumir o seu lugar. Eu garanto que, se não fizer do jeito que digo, ele vai ganhar, meu filho! 

Sabendo que não adiantava discutir com ela, ele apenas se despediu e seguiu Harry para fora de casa. Harry o levou para casa, depois da recusa de Draco de ir ao clube.

— Sabe.. Eu sinto muito por toda essa situação.

— Harry, eu sei. Agradeço o seu apoio hoje — Draco agradeceu — Acho que foi a única coisa que me fez suportar isso tudo.

— Sempre que precisar — Harry afirmou — Faço qualquer coisa.

— Acho que vou precisar no casamento — Draco respondeu — Eu nem sei como vou subir ao altar com ela.

— Daremos um jeito, Draco. Vamos pensa numa saída.. Eu sei que vamos.

Draco sorriu, e depois de se despedir do amigo, ele subiu para seu apartamento, louco para cair na cama. Todo aquele clima bom do seu almoço com Hermione tinha se dissipado, ficando apenas a amargura do jantar com os Greengrass. Um lamento escapou dele quando se tocou de que, quando se casasse com Astória, aquela seria sua realidade.



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