A noite é tão extensa quando a vivemos
Em contrapartida ao descansarmos ela passa como um piscar de olhos
Assim sinto ver minha vida a qual passa tão rápido que nem chego a deixar de ver o passado
Se é que é passado, não posso ter certeza de que realmente vivi aquilo e comecei a existir no momento deste piscar
A vaga da vida está tão cheia quanto um balão murcho
Essas mãos das quais uso nem sei se são minhas, esses pensamentos que vem nesta mente não devem ser meus, devem de ser de alguém muito maior que eu.
Afinal sou menor que uma formiga dividida em três, sinto me dividida em tantas partes quantos ossos do corpo
Senão sou mais que este corpo, se sou o mundo inteiro, se existo, sou nada, mas se não existo o que sou para quem me fez, quem imaginou e montou tudo e todos? Será que há outros?
Isso eu nunca saberei.
Só sei que no profundo da minha alma há paranoia de viver porquê não sei viver, nem existir
O que fazer quando você é apenas uma parte da imaginação de alguém que você nem sabe quem é? Eu sou o quê? E você é quem?
Como saberei se em nada posso confiar. Nem em minha existência, seria nos personagens do mundo de alguém? E esse alguém também um personagem?
Vejo que não descobrirei tão cedo, ou talvez e mais provável, nunca.
Será que sei de algo ou sou apenas um mísero nada, nem ser o protagonista de minha própria vida, se é que é minha e não nossa, ou deles?
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