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História As Long As You Love Me - You Happened


Escrita por: SailorWinks

Notas do Autor


Eu havia planejado algo incrivelmente adorável para essa fase, mas como sempre nada nunca da certo pra mim, então saiu uma bosta assim como a outra.
Era pra ser Sugar Daddy, mas não rolou como eu tava querendo, então nem coloquei.
Ainda assim, espero que gostem -ounão-.

Capítulo 1 - You Happened


 

Foi no final de outubro que Joonmyeon percebeu que precisava, urgentemente, de um descanso. Não era culpa de ninguém, veja bem, era apenas um desgaste emocional que ele mesmo não sabia de onde vinha, ou até sabia, mas se recusava a admitir que fosse necessário dar atenção àquilo.

O fato, era que, infelizmente, ter alguém para amar era necessário, principalmente para pessoas como ele que careciam de ter alguém para cuidar, de ter alguém com quem conversar e poder dar tudo de si. O problema é que ninguém mais se atém ao que ser o "mundo de alguém" realmente significa.

Kim Joonmyeon era do tipo de cara romântico que nunca mede esforços para ver um sorriso de genuína felicidade brotar nos lábios do  amado -no masculino, sim, porque era gay-, gostava de levar flores, pagar jantares caros em restaurantes finos, preferia mil vezes passar a noite de sábado enrolado em uma coberta, assistindo filmes e dando amassos, do que fazer qualquer outra coisa que envolvesse sair e locais muito barulhentos. Resumindo, segundo a meia dúzia de caras com quem se relacionara sério durante toda a vida, era um careta. Vinte e cinco anos nas costas e agia como um velhinho de meia idade.

Não era culpa dele, crescera sozinho, sem irmãos para brincar e desde de cedo fora instruído a ser um perfeito cavalheiro para quando assumisse a empresa e tivesse uma família. Se auto-educara segundo o que lia nos livros, aprendera sobre amor nas páginas de Saint Exupery e Shakespeare, sabia que nada era perfeito, que sempre haveria certo drama nos romances, que era necessário haver um clímax, mas não tinha certeza se na vida real também se aplicava a teoria de final feliz dos livros.

Basicamente, após o fim da faculdade e de tantos relacionamentos conturbados, exaustivos e interesseiros, se atolou no trabalho, focou completamente em fazer os negócios crescerem e ampliar a indústria de cosméticos cada vez mais pelo mercado internacional. Foi muito bem sucedido em sua parte profissional, mas sempre chega uma hora que cansa, e agora entendia bem o porquê dos pais terem jogado toda a responsabilidade da empresa em sua mãos quando pediu, sem sequer pensarem duas vezes, sem cogitar o que poderia possivelmente dar errado tendo um CEO tão novo, claro que confiavam em si, sabiam de seu potencial e apenas "investiram despretensiosamente". 

Quase quatro anos comandando e já não aguentava mais viver em reuniões, jantares com investidores, tardes inteiras lendo e relendo contratos, dados e artigos, o estresse com o trabalho alheio feito de qualquer jeito e, ainda por cima, ter de voltar para um apartamento frio e vazio no final dia. Estava muito exausto daquela rotina ridícula, mas muito cansado para reagir à ela e mudar o que quer que fosse que estava fazendo com a vida.

Naquele dia em especial, quando o vento de meio de tarde estava relativamente forte e gelado, anunciando que estavam quase no inverno e que dali viria ainda mais serviço por conta do fim do ano, assinou o último papel que estivera  em sua mesa por quase três meses, sentindo-se um heroi conquistador. 

Seus pensamentos rumaram ao seu restaurante favorito, lugar onde sabia que conseguiria passar, ao menos, duas horas inteiras sem nenhuma preocupação além de saborear sua comida preciosa, lugar onde não se importaria em gastar pequenas fortunas pelo melhor do melhor em nome da satisfação momentânea e certeza de que tudo ficaria em perfeita ordem pelo tempo em que estivesse lá. Deixou-se sorrir apenas para não esquecer como era, não havia emoção ou razão alguma escondida por trás do gesto, sequer alcançava os olhos ou o coração, o fez apenas por fazer, para se lembrar de quais músculos deveria mexer caso alguém fizesse algo que exigisse um sorriso em troca.

Geralmente, não pensava no quão chata, monótona, sem sentido e parada era sua vida, procurava deixar o mínimo de tempo livre possível, justamente, para que isso não acontecesse. Mas naquele dia foi inevitável, a vontade, quase necessidade, que sentia de ir embora daquele lugar e simplesmente passar um tempo rodando pela cidade após comer algo delicioso ou ir ao parque, o consumia, então o fez.

Não deu nenhuma satisfação para ninguém, não foi necessário, dirigiu rumo ao lugar que conhecia tão bem, apenas indo pelos caminhos que sabia que lhe trariam algumas lembranças.

O bairro italiano sempre fora seu favorito; aquelas vielas estreitas e escuras costumavam ser seu esconderijo favorito durante as tardes de domingo quando o pai ia fazer compras, não havia movimento o suficiente durante o dia, assim como algumas lojas sequer abriam antes das seis da tarde. No geral, era tudo bastante calmo, familiar e aconchegante.

Fizera exatamente como o planejado; chegou, fez o pedido sem ter que esperar muito, e esperou um pouco. O lugar era lindo e trazia certa paz, talvez por causa os tijolinhos rústicos nas paredes, das mesas e detalhes em madeira ou as diversas bandeira da Itália espalhadas traduzindo um sentimento patriarcal e um nacionalismo bonito. Saboreou a lasanha calmamente, degustou o máximo possível as trufas frescas e soube aproveitar cada gota de seu precioso Merlot 1960. Fora simplesmente incrível, um silêncio ímpar que fazia falta na rotina estressante. Saiu de lá renovado, pronto para a vida novamente. 

Fora um susto ouvir gritos tão altos quando parou no semáforo, principalmente vindos da padaria, jamais daria o senhor Choi como alguém de escândalos, era quase impossível que aquele homem gentil pretendesse algum mal contra alguém, não encaixava na figura idealizada que criara a vida toda. 

Qual não fora a surpresa ao olhar para a viela deserta e ver um garoto, que aparentava ter seus quinze anos, magro e sujo, chorando desesperado ao implorar para que não batessem mais nele, que o deixassem ir e jamais voltaria ali. Sempre fora do tipo que se compadecia fácil, que cedia às necessidades alheias, mas aquilo que viu era um nível acima, aos seus olhos era covardia, porque não era apenas o senhor Choi que batia no menino, mais dois homens que provavelmente nada tinham a ver com a situação também o chutavam sem dó, como se ali não fosse um ser humano, uma criança. 

Descera do carro às pressas e correu, com medo do que estava acontecendo, mas certo de que não iria deixar aquilo daquela forma.
Com o coração apertado, a angústia o correndo, apenas berrou quando se aproximou, exigindo para que se afastassem da figura já bastante machucada no chão. Um deles até fez menção para protestar, ia perguntar quem ele era, mas ao olhá-lo se calou. O olhar envergonhado do velho padeiro fez o estômago do jovem CEO se embrulhar, por um instante, até desejara que pudesse ser ele no lugar do menino, mas se contentou, respirou fundo e apenas os encarou de volta.

- O que pensam que estão fazendo? - A ira mal era escondida pela voz tremida e o olhar escuro. - Por que bateram nele?

- Esse filho de uma puta ousou assaltar o meu estabelecimento! - O velho olhou o garoto como se ele fosse um animal horrendo e aumentou ainda mais a raiva do moreno.

- NAO FALA DA MINHA MÃE, SEU VELHO CAQUÉTICO! - Do chão, em meio as lágrimas, sangue e dor, o garoto gritou, com as últimas forças que o restavam, e quase recebeu outro chute se não fosse a voz firme de Joonmyeon. 

- Se tocar nele eu juro que faço da sua vida um inferno, eu juro! 

- Joon, não se preocupe com a escória, esses trombadinhas sequer merecem respeito. - Dizia o ancião com um sorriso que Joonmyeon achou nojento, assim como a pessoa que ele era.

Não respondeu. Não se deu o trabalho de estressar-se ainda mais. Correu ao encontro do menino jogado no canto da parede, estava assustado, ferido e com raiva, tomou-o nos braços, sem se ater ao peso mínimo que ele representava e preocupou-se apenas em sair dali o mais rápido o possível. 

- Joonmyeon, não acredito que vai levar esse... Esse...

- Não me faça perder a consideração que tenho por você, senhor Choi!

E foram ditas as palavras que mudariam o rumo de sua vida. Saiu apressado, colocou o menino que já quase desfalecia no carro e dirigiu o mais rápido que pôde para casa.





....





 

Ouvia o telefone chamar com agonia, havia telefonado para o médico de sua família, pelo menos, três vezes. Sentia o desespero correr pelas veias conforme o rosto do garoto se contorcia em dor a cada vez que se mexia. 
Quando finalmente conseguiu contatá-lo, exigiu que o homem viesse o mais rápido possível e que se esse rápido fosse o suficiente, seria recompensado. Não é necessário dizer que ele chegou em menos de meia hora, afinal o dinheiro move o mundo, e se você o tem, você comanda tudo. 

- O estado dele não é crítico, na verdade, o único problema sério é a desnutrição, esse rapaz teve muita sorte por não ter sido atingido de forma muito grave. - O doutor, no alto de seus quarenta e poucos anos, não agia como esperado, não tratava mal o menino, não tinha aquele semblante enojado como o do dono da padaria, mas não refletia nenhum tipo de emoção, o rosto estava rígido como sempre. - Você precisa ter cuidado para que ele não se machuque devido a fraqueza e cuidar para que ele se alimente corretamente, pelo menos, até melhorar um pouco.

- Sim, doutor, eu vou me responsabilizar por isso! 

- Tem certeza, senhor Kim? Ele não é responsabilidade sua e você sabe que não se pode confiar nesses garotos de rua porqu...

- Por favor, eu já decidi! Não preciso que me diga o que ou como fazer as coisas! - Tendo dito, se distanciou até a porta do quarto a abrindo. -Creio que sabe o caminho, certo?

- Espero que não se arrependa!

- Não irei! Agora será que pode dar licença?

E ele deu. Foi apenas quando o médico saiu e teve certeza de que o garoto em sua cama não corria nenhum perigo de acabar morrendo ali mesmo, que conseguiu se aproximar dele e reparar nas feições angelicais. De repente sentiu como se tivesse salvo um anjo e o sentimento de responsabilidade se apoderou de si com força.

Sentado na beira da cama, se esforçando para estar e, ao mesmo tempo, não estar perto de mais para não assustá-lo, tomou nota de que ele não devia ter mais de quinze anos, o rosto delicado, estava um tanto sujo, mas as bochechas grandes, os lábios num tom de vermelho claro e os longos cílios o faziam uma das criaturas mais adoráveis que já vira na vida, e olha que se tinha algo que entendia, era de gente bonita, afinal, trabalhava para deixar o que já era belo ainda mais, e aquele menino, definitivamente, não precisava de nenhum de seus produtos.

Joonmyeon encontrou-se estranhamente encantado, de uma forma que não conseguia entender e, no desespero, culpou a pena, jurando a si mesmo que era apenas isso.


 

Não sabia ao certo quanto tempo passou encarando e se fazendo perguntas que giravam em torno do pequeno humano, até vê-lo abrir os olhos, assustado e com medo, começando a entrar em pânico com o lugar desconhecido e só tendo certeza de estar acordado por conta da dores fortes pelo corpo. O garoto então o percebeu, as orbes de um castanho avelã bonito, tomadas por um pavor inexplicável, o encaravam intensamente, penetrando por entre sua alma e causando arrepios pelo corpo, o rosto inexpressivo não ajudava a facilitar ao mais velho o que se passava em sua mente.

- Você não precisa ter medo, ninguém mais vai te machucar! -  Estranhamente, a certeza impregnada em sua voz pareceu fazer efeito no menor, ainda sustentava o olhar duvidoso, incerto, mas o corpo havia relaxado. - Meu nome é Joonmyeon, Kim Joonmeyeon, e eu vou cuidar de você por um tempo, tudo bem? Você está seguro!

- P-por quê? - Falou tão baixo quanto um sussurro, escondendo o doce de sua voz e evidenciando sua dúvida. - e-eu não tenho como pagar de volta, eu...

- Está tudo bem, você estar bem é mais do que suficiente. Qual o seu nome?

- Minseok.

O tom simplista e perdido foram claros, mas respondidos com um sorriso pequeno e gentil, porque o nome combinava com ele, tão delicado quanto quem o carregava.

Talvez aquele tenha sido o sorriso mais bonito que já vira, mas cheio de incertezas, inseguranças e tudo o que desejou naquele instante era que aquela sombra de dúvida sumisse, que fosse substituída pelo brilho de confiança. De repente, Joonmyeon não queria mais que ele fosse algo passageiro como previamente planejado, bastou olhá-lo nos olhos para perceber que ele era especial de mais para não ter um rumo, uma escolha ou saída. 

Todavia, sabia que não poderia simplesmente tomar o menino para si, tinha todas as responsabilidades e as coisas que não podia abrir mão, o tempo que era contado e girava em torno apenas dos negócios. Um monte de medo camuflado pelas desculpas infinitas de quem está costumado de mais com a vida pra se permitir uma mudança radical.

- Por que eles bateram em você, Minseok? - Perguntou no tom mais suave que conseguiu, camuflando sua curiosidade e o sentimento instigativo sobre quem permitir dentro de sua casa.

- E-eu... 

O rostinho tornou-se de um rosa escuro que podia ser facilmente traduzido em vergonha, os olhos lacrimejaram de forma triste, mas foram rispidamente enxugados pelas mãos finas. Joonmyeon, mais uma vez, apenas desejou protegê-lo, não achou justo que ele precisasse passar pelo quer que tenha acontecido e não queria mais perguntar sobre esse assunto, mesmo que precisasse saber para poder ajudar.

- Está tudo bem, eu não vou julgar você, está seguro aqui, já lhe disse.

- E-eu só senti fo-fome... Não tinha conseguido nada desde anteontem e eu juro que não queria roubar, mas... Eu só...

- Shh, está tudo bem agora, Minseok, você não vai mais ter fome, eu vou cuidar de você, eu prometo. - O menino estremeceu ao ter sua mão tomada pelo maior, como se aquele gesto fosse desconhecido de mais para ser confiável. - Tem alguém responsável por você esperando?

E, mais uma vez, a expressão vazia e triste se estampara no rosto bonito, era angustiante ver alguém que devia estar vivendo a distribuir sorrisos e alegria, se esconder atrás da franja grande como se estivesse sendo repreendido. Aquela aura que o envolvia estava errada e tudo o que o homem queria era plantar vida naquele menino tão judiado. De tudo o que esperava ouvir de sua pergunta, sempre teve certeza de não estar pronto para ouvir aquilo de ninguém.

- Os meus pais sofreram um acidente quando eu tinha quinze anos, era pra eu ter ido parar em um daqueles orfanatos nojentos, mas eu fugi. 

- Quantos anos você tem?

- Dezessete.

Chocado seria uma boa expressão para ser usada naquele momento, só não sabia se pela frieza com que o garoto falava da própria vida ou se pela idade que jamais diria que ele tinha. Mas relevou, por si próprio não sabia o que era passar por dificuldades, não sabia o que era ter algo negado na vida, mas Minseok parecia saber mais do que poderia ser considerado justo com uma criança.

- Você... Onde passou todo esse tempo?

- Na rua. Vez ou outra, se eu for rápido o suficiente, eu consigo uma vaga no abrigo do centro, quando não, eu procuro lugares onde ninguém consiga me ver e vou embora antes de amanhecer para não criar problemas. 

- Como assim problemas?

- As pessoas não entendem que a gente não 'tá na rua porque quer, ninguém passa fome e frio por esporte, elas são rudes quando nos veem dormindo expostos em lugares públicos; gritam, machucam, jogam água... 

- Eu sinto muito que tenha tido que passar por isso, Minseok.

- Não, tá tudo bem, de vez em quando a gente conhece pessoas muito boas também, aprende em quem confiar, a se virar... 

A vida toda Joonmyeon fora ensinado a querer sempre o melhor, a competir com os filhos das empresas rivais e apenas ligar para aquilo que fosse de interesse de sua família, sabia que existia um mundo todo abaixo de sua realidade, mas não o fora permitido conhecê-lo, não era alheio às necessidades das pessoas, estava sempre tentando realizar ações beneficentes, mas nunca tivera contato direto com a pobreza ou com a dificuldade.

- Qual a sua comida favorita? -Perguntara em desespero de mudar o assunto e animar o garoto bonito.

- E-eu... eu não sei...

- Vamos, Minseok, pode ser o que quiser, vou mandar preparem para você.

- Não precisa se incomodar com isso, e-eu preciso ir embora, já o incomodei de mais, eu...

- Oras! Você não vai a lugar algum, vai ficar aqui até se recuperar! 

- Eu não posso... Você deve ter mais o que fazer e...

- Eu insisto, por favor!

Minseok o olhou como se analisasse sua alma, conferindo cada mínimo centímetro de seu ser checando se podia, realmente, confiar no desconhecido que o salvara. Era certo que ninguém nunca o oferecera ajuda, mais por evitar ser ajudado do que por qualquer outro motivo, e tinha medo de estar se iludindo pela doçura no olhar do rapaz de cabelos de um castanho bonito, estava confuso, cheio de medos e dúvidas, mas estava cansado também.

Não respondeu ao mais velho, uma mudança rápida de assunto foi feita e, quando se deu conta, estava rodeado por espumas na banheira de um cômodo grande de mais para ser o banheiro de apenas uma pessoa, pode lavar-se tranquilamente pela primeira vez em quase três anos, sem medo de ser morto ou violentado por algum louco, pode deixar-se relaxar enquanto tirava de si as más lembranças do dia, ignorando as dores pelo corpo e focando apenas no perfume maravilhoso que vinha da água.

Sua comida favorita eram bolinhos de carne chineses, lembrava de sua mãe cozinhando durante as tardes primaveris, sorrindo ao ver o filho saborear o que mais amava, sentia falta do sabor único do tempero dela. Joonmyeon também sorrira ao garantir que naquela noite relembraria ao menos um pouco de todas as memórias boas que envolviam o prato, e o menor não pode deixar de contemplar a beleza do sorriso alheio, o quão bonito o rosto ficava ao adornar-se com a alegria de vê-lo alegre, quase como se satisfizesse por isso.
Saiu do banheiro vestido com um moletom largo do moço bonito, sentia-se uma criança boiando nas roupas alheias, porém imensamente confortável e embriagado pelo perfume bom que vinha delas. Contudo, perdeu-se no corredor do apartamento enorme, abrindo todas as portas e confiando no que o outro dissera sobre ser apenas ele uns poucos funcionários ali.

Por todos os lados haviam decorações caras, era de se esperar, claro, mas não diminuía a fascinação com que olhava cada canto do luxuoso lar de seu "salvador". Era impressionante como cada mínimo detalhe refletia o mais velho, desde as paredes bem pintadas até os quadros, provavelmente, extremamente caros, não havia nem como negar que era, de fato, tudo dele. 

Conseguiu encontrar o outro na cozinha, porém não estava sozinho, havia outro homem um tanto mais velho vestido de preto que conversava alegremente com o moreno, eles mantinham a conversa enquanto se movimentavam pela cozinha em busca de ingredientes para seja lá o que estivessem preparando.

Não quis atrapalhar, mas, de repente, os olhos amendoados de Joonmyeon já estava sobre si sendo acompanhados por aquele sorriso que podia fazer Minseok querer mergulhar na alma alheia.

- Oh, você está adorável. -E riu, melodioso e gracioso como só ele, perfeito, na visão do menino. - Sente aqui, estamos quase acabando.

- Não quero incomodar mais.

- Deixe disso, Minseok, sente aí logo, mestre Huang só tem cara de mal, mas é um amor. 

E era realmente, não conseguia lembrar de alguma vez ter conseguido manter uma conversa tão facilmente, muito menos de ter alguém que o ouvisse com genuíno interesse e que, de fato, demonstrasse interesse no que tinha para falar. 

Bem como, não havia em suas memórias lembrança de já ter degustado de algo tão bom, tão perfeitamente temperado e que ao mesmo tempo fosse bonito de se ver. Era como estar em um daqueles restaurantes refinados do centro, daqueles que cobravam fortunas por porções pequenas de uma comida digna de premiações, cheios de decorações modernas e pomposas que só os ricos frequentavam e que ele sequer podia passar pela fachada. 

Passara a vida acreditando que a comida de sua mãe era a melhor do mundo, mas o mestre Huang realmente se provara um mestre. Claro que não era a mesma coisa, sua família não entendia de coisas refinadas ao contrário do chef da casa de Joonmyeon, mas continuaria considerando os bolinhos de sua mãe como os melhores do mudo em seu coração.


 


Notas Finais


Deu pra perceber que eu comecei a escrever certinho e depois taquei o foda-se né? É eu sei, me perdoem por isso, mas ia ficar ainda mais chato.
Dividi em dois pra ficar menos cansativo, então é, go there!


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