História As Nossas Diferenças Não Importa - Gyutaro - Reencontro de uma Desconhecida

Dia...

Se passa um mês desde que estou supostamente no Santuário do Paraíso Eterno e que recentemente minha gravidez completou 4 meses de gestação 

Meu bebê está se desenvolvendo bem, mas eu estou estranhando por está tão fraca e pálida como se o bebê estivesse literalmente sugando minhas forças e sangue. Isso não existe, eu devo ter contaminado alguma doença e que em breve eu vou me curar 

Observava o médico, que o Douma buscou na vila próxima ontem a noite, me examinando no meu quarto enquanto anotava algo 

Médico: Senhora, esse é um caso que eu nunca vi mas você disse que isso começou desde que chegou ao 4° mês de gravidez. - Confirmei com a cabeça. – Senhora, eu aconselho a... - Antes que ele completasse a frase eu me pronunciei 

–– ÓTIMO CONSELHO QUE VOCÊ ME DAR, BAKA! SE VOCÊ PENSA QUE VOU TIRAR MEU FILHO, VOCÊ ESTÁ COMPLETAMENTE ENGANADO! Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas eu nunca iria pensar nessa barbaridade! 

Médico: Essa é a única forma pra senhora se curar! A senhora está doente por causa do bebê Oni! Pensa direito! Você pode ter outros bebês invés desse mon... - Eu avancei em cima dele com uma força inacreditável sem escutar o que ele disse e comecei a socar o rosto dele. – PARA, SENHORA! SOCORRO! ALGUÉM! 

–– NINGUÉM OUSA CHAMAR MEU FILHO DE MONSTRO, SEU DESGRAÇADO! - Abriram a porta do meu quarto e alguns seguidores me seguraram com olhares desesperados enquanto diziam algo que não dava atenção. – SAI DAQUI! SE EU VÊ-LO DE NOVO, EU VOU FAZER VOCÊ PAGAR CADA PALAVRA QUE DISSE! 

Ele saiu correndo com muito desespero e os seguidores me ajudaram a sentar na cama preocupados 

Seguidor: Calma Shinju-sama. Pense no seu filho, pois a senhora não pode ter ataques de raiva

–– Me deixem sozinha, por favor. Eu quero descansar 

Outro seguidor: Nos chame se precisar de alguma coisa, Shinju-sama 

Eles saíram do meu quarto fechando a porta e eu coloquei meus braços em volta da barriga enquanto começava a chorar de raiva e tristeza. Malditos hormônios

–— Perdoe a okāsan (mamãe), meu amor! Eu não consegui controlar minha raiva por saber a possibilidade de alguém te tirar de mim! Eu te amo, meu pequeno broto de alegria

Eu me deitei na cama enquanto eu acariciava minha barriga e eu sorri escutando vibrações vindo do bebê. Eu amo tanto essa criança 

Dias atrás, Douma me contou algumas coisas sobre ele, que nos somos casados faz 1 ano e que me conheceu numa vila desconhecida enquanto me ajudava lá com meus parentes

Inicialmente eu fiquei desconfiada de suas palavras por não me lembrar de nada, mas por causa de tamanha gentileza e sorriso que ele demonstra com todos eu acho impossível que ele esteja mentindo para mim 

E eu estou estranhando do porquê do meu filho não reagir muito bem ao sentir o toque do Douma na minha barriga 

Eu acho que se eu não conhecesse o Douma e o mesmo não fosse meu marido, eu com certeza iria entender o motivo do bebê não reagir muito bem a ele, já que ele provavelmente não ia gostar do Douma por ser um completo desconhecido. Isso está muito estranho 

Eu escutei a porta do meu quarto ser aberta e eu me virei me deparando com o loiro entrando com seus leques dourados 

Douma: Eu vim ver como você está. - Ele se sentou no meu lado e ele tocou na minha barriga, sentindo a mesma dor. – Ele parece bem, Shinju

–– Hai, mas eu estou preocupada com ele por eu está doente. - Eu parei de sentir a dor ao eu tirar sua mão da minha barriga. – É melhor você não se aproximar de mim durante minha gravidez, assim eu não sinto tanta dor e o nosso filho não vai ficar prejudicado cada vez mais 

Por algum motivo, eu não me sentia mal por falar essas palavras 

Douma: Mas eu tenho direito de me aproximar de você! Nós somos marido e mulher, Shinju! - Ele me abraçou chorando e eu senti a mesma dor. – Por favor, eu não quero me distanciar de você, meu amor!

–– Douma-san, é só até eu dar a luz ao bebê e quando eu descobrir minha doença e me curar, tudo vai voltar ao normal. - Acariciei seus cabelos e dei um beijo na sua testa. – Você consegue esperar

Ele age como uma criança num corpo de adulto 

Douma: Consigo não! É doloroso ficar longe da minha linda esposa, da minha querida Suy... digo, Shinju! 

"Hã? Do que ele iria me chamar?" - Pensei confusa e eu fiquei com muita raiva por falta de compreensão

Eu odeio me distanciar das pessoas que se importam comigo e que me importo mas eu faria de tudo para o bem do meu bebê. Ele é meu marido e tem que compreender 

–– ENTENDA LOGO DE UMA VEZ, DOUMA-SAN! - Ele me soltou assustado. – ISSO É PRO BEM DO NOSSO FILHO, ENTÃO ENTENDA LOGO! E PARE DE AGIR FEITO UM ESTÚPIDO! 

Douma já estava acostumado a escutar surtos de raiva vindo do seu companheiro, Akaza, mas não esperava que iria escutar gritos vindo da Suyen 

Douma: Se acalme, Shinju! - Ele segurou minhas bochechas. – Controle os seus hormônios, por favor

Eu o empurrei e joguei um objeto nele, que desviou rapidamente 

–– SAI DAQUI! FORA DO MEU QUARTO! VOCÊ VAI ME DESCULPAR, MAS EU ESTOU FAZENDO ISSO PELO MEU FILHO! 

Ele confirmou com a cabeça beijando minha testa indo pra fora do meu quarto, eu me levantei da cama trancando a porta e fui para a janela observando o céu azulado enquanto eu chorava e acariciava minha barriga na tentativa de me acalmar  

Eu notei um tecido diferente costurado dentro de uma das mangas do meu kimono, eu arregacei a manga e vi que o tecido era rosa com algumas decorações. Que estranho 

Minha visão ficou turva por um momento, eu me deitei na minha cama e adormeci com minha mão protegendo a barriga

...

Enquanto Douma atendia os seguidores enquanto sentava nas suas almofadas ele refletia no plano de Kibutsuji e nas palavras de Suyen 

Seu chefe iria ficar completamente decepcionado por uma das etapas do plano sair pela culatra e o Segundo Lua Superior está desapontado com consigo mesmo por não fazer a Suyen se apaixonar por ele durante muito tempo 

Ele nunca compreendeu o amor dos humanos e nunca vai compreender esse sentimento tão estranho e bonito 

Mas dizem que a pressa é a inimiga da perfeição 

[...]

Ao longe, Gyutaro estava na Mansão Borboleta depois de seu treinamento e na frente de sua imotō enquanto discutia o que ela deve fazer em seguida 

Daki: Onii-chan, eu quero ir com você! Eu sei me defender sozinha! - Cruzou os braços com raiva

Gyutaro: Eu não estou duvidando da sua força mas eu só quero te proteger, imotō! Você vai ficar aqui e eu não quero que você venha atrás de mim! Será muito seguro para você, né! 

Daki: O Muzan-sama não vai machucar a gente! Ele nos adora e disse que eu sou um Oni especial, onii-chan! 

Shinobu: Por que você estão citando o Kibutsuji tão de repente? - Olharam pra trás notando uma Hashira sorridente. – Eu fiz uma pergunta, Daki e Gyutaro 

"Ela sempre se mete aonde não foi chamada e aparece tão de repente" - Pensou ambos os irmãos

Gyutaro: Você não se mete nisso, Hashira fraca, né! 

Shinobu: Caso tenha esquecido, eu sou uma Hashira e tenho total direito de saber tudo relacionado aos Onis. - Falou sorrindo e com uma veia saltada pra fora na cabeça

Daki: Cai fora daqui, sua feiosa pedaço de lixo. - Usou suas faixas para empurrar a Shinobu para longe ao aproveitar que a mais nova não tem força para cortar uma faixa e olhou pro seu irmão. – Eu não vou ficar aqui! 

Gyutaro: Não ousa me desobedecer, imotō! Você vai ficar aqui e ponto final, né! 

Entrou na Mansão Borboleta enquanto escutava os berros da Daki vindo atrás dele 

Shinobu se levantou do chão após ganhar uma pancada na cabeça causada pela Daki na cerca de bambu determinada a descobrir o que está acontecendo, já que Gyutaro está estranho desde um mês 

[...]

Noite...

Eu andava, mesmo sem saber aonde é, em direção a um distrito que escutei os seguidores falando sobre ele enquanto eu aproveitava que ninguém ia atrás de mim dessa vez. É completamente irritante alguém indo atrás de mim como se tivesse me vigiando 

Por falar nisso, eu me sentia observada por algo bem pequeno e quando eu olhava para trás eu não encontrei nada 

Mas assim que eu continuava a caminhar eu ainda me sentia observada 

–

Com muita dificuldade, eu provavelmente cheguei no tal distrito e assim que entrei vários cidadões, incluindo algumas mulheres com um penteado parecido com o meu, olhavam para mim enquanto sussuravam e me lançavam olhares de nojo

Um dos sussurros que escutei foi: "Ela voltou" 

Não entendo, quem voltou? 

Eu continuei caminhando com um pouco de desconforto enquanto observava a beleza do lugar. É muito lindo mas sentia que o lugar também é triste 

Eu ficava admirada com tanta loja do lugar e eu observava algumas mulheres nas varandas sentindo uma familiaridade no lugar 

Me sentei num banco no distrito para descansar enquanto eu observava alguns homens me olhando surpresos, eu ignorei e depois de algum tempo uma mulher se sentou ao meu lado 

–– Konbanwa (Boa noite), senhora

Mulher: Konbanwa! - Ela me olhou sorrindo mas logo sua expressão mudou para surpreso e notei que ela e eu somos um pouco parecidas. – Suyen? É você mesmo? 

–– Senhora, eu acho que você está confundindo. Meu nome é Shinju

Mulher: Eu não estou me enganando! Você é a Suyen! Minha filha! Você não deve ter me esquecido! - Ela me abraçou com força me deixando surpresa. – Eu senti tanto a sua falta, meu amor! 

Eu não sabia quem era mas eu sentia um carinho e um laço grande entre nós. Quem é ela e quem é Suyen? 

Sem as duas notarem, tinha um globo ocular cor-de-rosa observando ambas em cima de um dos prédios do disitr

[...]

Gyutaro estava prestes a sair da Mansão Borboleta para tentar cumprir a ordem de Muzan como todas as noites recentes, mas antes dele passar pela entrada ele sentiu uma espada no seu pescoço. Ele sabia quem era 

Shinobu: Você vai me contar tudo, senão eu vou te encher de veneno. Não vai ser tão difícil, já que você é a Jōgen mais fraca 

Gyutaro: Você não vai me deixar em paz até eu contar, né

A mais nova confirmou com a cabeça e o Oni suspirou. Ele não tinha medo, só não queria perder seu precioso tempo com a Hashira do Inseto 

Continua...