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História As Novas Vidas Secretas de Sweet Amoris - Doce Amor


Escrita por: CandyBabe

Capítulo 36 - Doce Amor


 Quando eu abri a porta do apartamento do Castiel... Logo nosso apartamento, caso noite passada não tenha sido um delírio bêbado, e vi que era a Debrah, senti na hora o gosto doce que tinha o karma. Por coincidência, ou karma, eu também estava vestida com nada além de uma das blusas do Castiel, como na noite do restaurante.

- Olá, pessoa que pensa que sabe cantar! – eu disse me encostando no batente da porta. – Nossa, você realmente não sabe coordenar cores não é?

 A cara que ela fez ao perceber que era eu na porta do gatinho e que era eu quem tinha aparência que sugeria sexo recente quase me fez ir buscar o celular para tirar uma foto. A diferença era que o meu “sexo recente” realmente tinha acontecido, mais de três vezes, só para constar e eu não tinha precisado drogar o Castiel.

Tão doce...

- Você não tem nenhum amor próprio, não é, Lynn querida?

- Eu estou de tão bom humor, sabe, minha noite foi maravilhosa... – e tinha sido. – Que eu nem vou me importar em cair nessa conversa.

- Você sabe que, assim que vocês brigarem, ele vai voltar pra mim não é?

- Você vai precisar de mais que um “boa-noite Cinderela” dessa vez.

- Do que você está falando? – a voz dela variou num tom discretíssimo, que só alguém que estudava piano pelo menos uma hora por dia desde a mais tenra infância. Essa variação indicava a surpresa de quem tinha sido surpreendida.

- Ah, você sabe, é só uma metáfora.

- Ah, quer saber?! Não tenho tempo pra isso... – ela só passou por mim e entrou por que eu deixei, senão eu já teria afundado a cara dela com um soco. – Castiel?! Onde você está?!

 Para a minha satisfação, e para provar que a minha aparência de sexo recente era legítima, o Castiel saiu da cozinha sem camisa e ainda vestindo a toalha enrolada na cintura de quem tinha acabado de sair do banho. Explicando essa incongruência: nós acordamos, tomamos banho juntos e aí ele decidiu que faria o café da manhã antes de se vestir, coisa que eu acho super sexy, mas super imprudente também.

- O que está acontecendo aqui? – ele olhou direto para as minhas mãos, querendo saber se eu iria acertá-la com alguma coisa. – O que é que você está fazendo aqui?

- Então é por isso que você tem me evitado. – ela passou um olhar de desdém por nós dois. – Não tem problemas, eu sei dividir.

- Todo mundo aqui sabe que isso é mentira. – eu resmunguei.

- O que você quer Debrah? – isso foi o Castiel.

- Ah, não se faça de inocente gatinho... – ah céus, seria tão fácil acertar essa desgraçada com o abajur da sala... Eu nem gosto dele mesmo. – O que é que você tem aprontado enquanto me evita, heim?

- Do que você está falando?

- Você realmente vai manter essa atuação?

- Eu não sei do que você está falando, e é melhor você começar a explicar se não quiser ir embora em cinco segundos. – por algum motivo eu adorava o fato de que ele conseguia transparecer perigo e seriedade ainda que só com uma toalha enrolada na cintura.

- Nossa, quanta agressividade só por que está perto da Lynn querida... – se ela pensava que isso era o Castiel sendo agressivo, então tenho pena do que será ao longo dessa conversa. – Pois bem, Wilson tem me ignorado há uma semana.

- E eu com isso?

- Quem é Wilson?

- Não é da sua conta. – a Debrah falou.

- O nome do meu agente.

- Ah sim... – na mesma hora dei as costas pra ele para conseguir disfarçar o grande “AH-HÁ” que eu fiz com a minha boca.

AH-HÁ, otária!

Fui correndo até o sofá, onde eu tinha largado meu celular ontem a noite, e disquei o número do Viktor enquanto eles discutiam alguma coisa com a qual eu não me importava e da qual não tinha mais interesse nenhum, já que a protagonista aqui tinha uma conversa mais importante.

- Viktor? Não é por que você é meu melhor amigo que eu tenho que saber da sua vida sexual... Isso é por que o Castiel é um idiota e eu nem sabia que vocês dois fofocavam disso... Ah, ótimo... Ela foi até sua casa por vontade própria ou você a sequestrou? Há-há você é maravilhoso, senhor Chevalier.

- Chevalier?! – escutei a Debrah repetindo e, imediatamente, se virando pra mim.

- Enfim... – segurei uma risada maquiavélica. – Lembra do lance do cavalo? É... Não, eu não estou pedindo um cavalo, mas não vou recusar um se você me der...

- Nossa, vai ser maravilhoso ter um cavalo dividindo a sacada com o Dragon. – escutei o Castiel resmungar. Por algum motivo os dois idiotas pararam de conversar para prestar atenção na minha ligação. Suponho que é isso o que acontece quando as pessoas percebem que do outro lado da sua linha havia alguém rico, poderoso e absoluto.

 E que era dono do festival do qual a pessoa está roubando.

- Enfim, sim, eu arrumei outro cavalo para distrair um dragão... – olhei pra Debrah. – No Skyrim, é, o pelo dele é lindo, louro como o sol... – Cassy levantou uma sobrancelha de desconfiança. O dia em que ele entenderia todos os meus códigos não estava longe. – Tudo bem, adios.

Desliguei o celular e sorri para eles como se eu não me importasse nem um pouco com a atual situação.

- Ah, perdão, incomodei vocês? – falei apontando para o meu celular.

- Chevalier, por um acaso você estava falando com Viktor Chevalier?

- Se o Viktor Chevalier de quem você está se referindo for o herdeiro de um império bilionário... – pausa dramática. – Então sim, era com ele mesmo que eu estava falando.

- Por que você tem o telefone de um herdeiro bilionário no celular?!

- Ah, não é nada demais, eu só sou a melhor amiga dele desde os oito anos. – ah, tão doce.

 Uma coisa engraçadíssima foi que a Debrah olhou para o Castiel de cima a baixo e depois meio que olhou pra mim com a expressão dizendo: “sério mesmo? Entre o herdeiro bilionário e o trouxa você foi com o trouxa?”.

- De toda forma... – ela voltou-se para o trouxe como se eu ser melhor amiga do financiador do festival que ela estava roubando, e do qual eu fui injustamente alvo da mesma acusação, não lhe dissesse respeito. – Seja lá o que você estiver planejando, gatinho, acho melhor você parar.

- Eu não sei do que você está falando e o Wilson não comentou nada de estranho comigo. – abafei o “hihihi” maligno que eu soltei com a mão.

- Tudo bem gatinho, eu acredito em você. – ela se aproximou dele mexendo os quadris de um jeito sugestivo. Gostaria de saber se a Debrah tem alguma noção de que eu sou elegante demais pra mostrar ciúmes. – É meio difícil não acreditar em você vestido desse jeito... – e tocou no peito dele com o indicador.

ELA TOCOU no peito do MEU HOMEM...

Brincadeira. Até parece que eu sentiria ciúmes, eu sou a protagonista dessa merda.

- Lynn seu nariz está sangrando. – Cassy falou depois de se desvencilhar da bendita.

- Tive uma visão me dizendo que meu nariz não vai ser a única coisa a sangrar aqui.

- Bem... – a Debrah mexeu os ombros, dando-se por satisfeita. – Só se lembre, gatinho, que se alguma coisa acontecer comigo, você também sai prejudicado, já que eu vou ser sua vocalista em pouco tempo.

- Sabe o que não é uma vocalista? – eu falei. – Uma pessoa com a garganta aberta.

- Isso é uma ameaça, Lynn?

- É uma oferta. – já que o que o futuro aguardava pra ela era muito pior.

A Debrah meio que se emparelhou comigo, nós duas nos encaramos há quinze centímetros de distância, como as arqui-inimigas em filmes adolescentes. Deveria ser uma visão maravilhosa encarar meu nariz sangrando, por que o sorriso dela estava tão firme que parecia ter sido preso ali com cola industrial.

- Não fique se achando por que conseguiu esse idiota de volta. – ela falou baixinho e de forma ameaçadora. – Seja lá o que você está planejando, pode ter certeza que eu vou fazer você se arrepender. – HÁ-HÁ, pobre iludida Debrah.

- Não fique se achando por que você dá pro agente dele. – respondi no mesmo tom e saí propositalmente do caminho dela. – Foi um prazer te ver, Debrah. – disse de forma irônica e mais alta, para avisar o macho no recinto.

- Igualmente, Lynn querida. – ela se virou para Cassy e mandou um beijinho pra ele. – Até mais, gatinho.

 Nós observamos a desgraçada ir embora rebolando a cintura até chegar a porta. Assim que ela fechou a porta atrás de si eu comecei a entoar os mantras de relaxamento que me impediam de sair por aí quebrando tudo.

- Lynn.

- Como demônios você conseguiu namorar com essa filha da... Bendita?! – tomei cuidado com o meu tom de voz, pro caso da bendita estar escutando a discussão do outro lado da porta da frente.

- Isso foi há muito tempo. – ele disse se aproximando para me abraçar.

- Se ela tivesse estudado na minha escola... – eu provavelmente já teria matado ela.

- Você provavelmente teria matado ela. – ele passou um braço pelos meus ombros e o outro colocou no meu cabelo.

- Ou teria simplesmente impedido que ela te fizesse de trouxa.

- Ah, mas se todos nós tivéssemos estudado na mesma escola as coisas seriam completamente diferentes.

- Por quê?

- Por que eu já teria matado o Viktor.

- Quê?

- Se eu tivesse te conhecido antes só teria olhos pra você. – senti minha cara corando. – E como você só teria olhos para o Viktor, já que ele foi o seu primeiro namoradinho...

- Seria maravilhoso ver vocês dois caindo na porrada por mim. – literalmente caindo na porrada...De um prédio.

- Nah... – ele me puxou até a cozinha e colocou um guardanapo no meu nariz. – Ele tem câncer, seria reservar meu lugar no inferno.

- Ele também malha cinco vezes na semana e faz krav-maga desde os treze anos.

- É sério? – não, nunca nessa terra linda de Deus, o Viktor sempre foi rico demais para dar os próprios socos. Além do mais ele era do tipo que gostava de destruir a alma da pessoa pedaço por pedaço, não era um artista como eu que entendia as peculiaridades e nuances da dor física.

 A parte de malhar era verdade, os médicos recomendaram por causa do fígado temperamental dele... Por que eu estou dando essa informação? Não vai ter utilidade nenhuma no futuro.

- É. – dei de ombros e ajeitei o guardanapo no meu nariz. – Ele começou para aprender a se defender de mim.

- Isso é sério mesmo?

- Cassy, você realmente acha que eu aprendi a socar depois que comecei a fazer boxe? – eu aprendi a socar quebrando a cara do Viktor e das outras inimgas, a do Viktor principalmente. Verdade.

- Bem, então eu iria armado.

- A avó dele coleciona armas desde a segunda guerra mundial. – isso é verdade, aquela velha me assustava, de verdade.

- E como ele ainda não te matou?

- Por que eu uso a arma mais poderosa de todas. – ri com arrogância. – Medo.

Claro, eu deveria inspirar muito terror e perigo com um guardanapo enfiado no nariz.

- Bem... Você realmente me assusta. – todo mundo já sabe disso. – De vez em quando.  – HÁ-HÁ, até parece.

- Bad boys são o tipo mais fácil de se assustar.

- É mesmo? – ele se virou em direção ao fogão para mexer os ovos. – Eu nunca me importei muito com essa história de mocinho, ou de bad boy.

- Isso é exatamente o que um bad boy falaria.

Por um momento ele não respondeu, concentrado em terminar e servir a comida. Ele colocou os pratos sobre a mesa, um pra mim outro pra ele, ovos mexidos com queijo, presunto e especiarias, serviu o café e depois tirou uma torta do forno e colocou para esfriar sobre a pia. Observar o meu namorado bad boy servindo a mesa, nós dois tomando café como se fossemos gente normal, como se aquele fosse um dia comum, por algum motivo, fez meu coração bater mais alegre no meu peito e uma felicidade preguiçosa me invadir.

- O que foi? – ele perguntou quando se sentou, provavelmente por que eu estava sorrindo em sua direção que nem uma retardada.

- Eu gosto do fato de você não ser um bad boy estereotipado na cozinha. – peguei o garfo e provei os ovos, era como sentir um pedacinho do céu na boca. – Além disso, você está comendo de toalha.

- É melhor que você se acostume com essa visão, princesa. – ele falou com a boca cheia, pelo visto eu teria de me acostumar com aquilo também. – Eu só estou de toalha por que é o seu primeiro dia aqui.

- Você sabe que eu ainda tenho que conversar com minha mãe e organizar a mudança, não é? E nós temos de falar com seus pais.

- Eu sei que a oferta só tem validade por uma semana. – ele falou remexendo a comida no próprio prato. – Depois disso ela é cancelada.

- Você quer que eu me mude em uma semana?

- Você tem razão, é tempo demais, vamos buscar suas coisas hoje a noite.

- Hoje é a noite de abertura do festival, lembra? – e era, por isso eu ainda estava na casa do Castiel tomando um café da manhã francês. Todos na escola, principalmente professores, receberam folga para podermos monitorar o festival com energia total durante a noite.

- Tudo bem, nós vamos de tarde.

- Castiel...

- Nossa, eu estou ansioso para dividir o mesmo teto que a minha namorada, pode mandar me prender.

- Você sabe que isso é uma decisão grande...

- Que você já tomou. – quase enfiei meu garfo no olho dele por causa da interrupção.

- E que eu preciso falar com meus pais, era pra eu cuidar da Collette esse ano, lembra?

- Então traga ela também, ué. – ele se encostou a cadeira para tomar um café e riu com ironia.

- Acho que isso já teria “treinamento” desnecessário. – decidi bebericar o meu café. – Porém, o que eu posso fazer por agora é pegar minha escova de dente e um pijama para não ter que perambular pela sua casa com suas camisas de grunge.

- Elas ficam bem em você. – ele largou a xícara e se inclinou para tocar meu rosto. – Promete uma coisa?

Uh-hu, pelo brilho nos olhos dele, o rosto corado e a expressão séria meio apaixonada, previ que Cassy daria uma das suas raras demonstrações verbais de romantismo que não fosse irônico ou distorcido.

- O que? – falei colocando minha mão sobre a dele.

- Promete que não vai me esfaquear se eu te disser eu roubei sua conta de Doce Amor e baixei o afeto do seu paquera favorito? – eu já tinha apertado o cabo da faca e levantado a lâmina antes de ele terminar a frase. – Calma, calma... É mentira.

- Mentira vai ser o que eu vou contar para os policiais quando eles vierem me interrogar sobre o seu assassinato.

- É só um jogo, Lynnette.

- E isso aqui é só uma faca indo na direção dos seus rins.

- Além disso, por que o seu afeto é maior com o louro presidente do clube de debate?

- É só um jogo, Castiel. – mudando de assunto em três, dois, um... – Você vai me dizer alguma coisa de importante ou esse diálogo vai continuar sendo uma tentativa de comédia?

- É estranho quando você fala como se nós estivéssemos dentro de uma série de TV ou um livro. – estranho é o fato de eu ser a única que sabe que vive numa fanfic... Bem, acho que não tão estranho assim já que eu sou a protagonista.

- Castiel esse capítulo já está ficando longo demais.

- Viu? Você fez de novo. – ele respirou e me encarou. – Não fique brava...- já vi que vou ficar. – Mas meus pais estão vindo para a cidade hoje.

- Por que eu ficaria brava com isso?

- Por que nós vamos almoçar com eles. – O QUE?!

Espera aí...

Não, isso não é grave assim.

- Bem, nós ainda temos tempo para aprender a não marcar compromissos antes de falar com a namorada...

- E com sua mãe.

- Ah céus.

- E com o seu pai por webcam.

- O que?!

- É, eu ajeitei tudo ontem enquanto você tomava banho...

- Vai todo mundo pensar que eu estou grávida.

- Bem, você não está... – hesitação cômica. – Está?

- Não... – hesitação com uma pitada de pânico. – Que dia é hoje?

- Sexta-feira.

- A data, seu idiota.

- Vamos ver... – ele olhou para o calendário na cozinha. – Dia doze... Olha só, faz um mês que nós dois voltamos.

Um mês?

UM MÊS?!

Puta...

Que...

Pariu...

Não sei se essa foi a interjeição mais adequada, considerando a ultima parte do diálogo. 


Notas Finais


Alô, alô, graças a Deus.

Tive um tempo de sobra e um computador vago aqui na faculdade, por isso aproveitei para postar logo o próximo. Estou me sentindo mal por não estar respondendo os comentários D: perdoem-me, prometo que assim que eu tiver um tempo vou responder tudo .-.

Enfim, cá está a continuação, lembrando que desde este capítulo até os três próximos se não me engano vai ocorrer tudo no mesmo dia, no dia do festival '-' só para manter a linha do tempo coerentchy.

Muchas gracias por lerem, Grazie mille (tô aprendendo italiano por causa do capítulo que a Lynn referencia o Máscara da Morte) enfim, e obrigada por todo apoio, carinho e comentários :3

E obrigada por ler :3


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