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História As Quatro Estações - A Fênix Ressurge


Escrita por: TheLB

Notas do Autor


OI, GENTE
Voltei, amores, capítulo fresquinho saindo do forno <3
Queria que tivesse sido maior, mas eu estou escrevendo no pc do meu serviço quando estou sem nada para fazer, e acabo tendo que me "apressar" um pouco.
Mas não se preocupem, até mês que vem vou comprar um note e vocês serão agraciados com capítulos com mais frequência.
Aliás, tenho uma novidade, querem saber?

Capítulo 10 - A Fênix Ressurge


NARRAÇÃO ÁLVARO

A manhã estava quente e abri um botão da minha camisa já me sentindo sufocado pelo calor daquele verão infernal, parecia que a cada ano que se passava ficava mais quente ainda. Havia acabado de chegar no colégio depois de uma reunião intensa com alguns sócios, um pouco estressado, mas depois de conversas animadas com aqueles pré-adolescentes elétricos eu me senti melhor.

É claro que a expectativa para ver Itziar também acalmava um pouco o meu coração, ao mesmo tempo que ansiava pela sua chegada.

- Com licença, pode me ajudar com esse exercício aqui? – uma menina de olhos grandes e pidões me cutucou me tirando dos meus devaneios.

- É claro que sim. – eu sorri para ela e prestando atenção nos números no seu caderno, tentei ajuda-la da melhor forma possível.

- Eu nunca vou conseguir, eu não entendo nada disso. – ela largou o lápis na mesa e se sentou emburrada.

Suspirei e me agachei para ficar rosto a rosto com ela, observando o seu descontentamento evidente pela dificuldade na matéria.

- Bom, com essa cara de quem chupou manga estragada você não vai conseguir mesmo. – eu disse e ela deu risada – Que tal tentar de novo mas com uma atitude mais positiva? Se você mesma se limitar, como vai alcançar seus objetivos? Sempre diga que vai tentar o máximo que puder.

- Obrigada. – ela sorriu de lado e pegou o pobre lápis que havia sido jogado em seu momento de raiva, aproximou o rosto do caderno murmurando “eu consigo” e a deixei ali para tentar por si própria.

Dei uma circulada pela sala para conferir se mais alguém precisava de ajuda e por incrível que pareça, todos estavam indo muito bem. A professora Esther me cumprimentou pela ajuda e logo mais, o sinal tocou, indicando o fim do dia letivo.

Caminhei pelos corredores do colégio pronto para ir embora, mas tendo certeza de olhar para todos os lados na esperança de encontrar Itziar em algum lugar.

- Eu amei! – escutei a voz de Alba estridente em um corredor próximo. – É como se você fosse uma fênix que ressurgiu das cinzas.

Curioso, segui a sua voz querendo saber o que estava sendo comparado a esse ser mágico, e quando eu a encontrei, entendi tudo ao ver a mulher que estava ao seu lado.

Itziar sorria e assim que me viu, abriu ainda mais o seu sorriso. O cabelo estava cortado e pareciam ondas do mar sobre seus ombros, vestia um belo vestido azul com flores amarelas que me faziam lembrar aquelas que haviam perto do banco onde estávamos sentados naquela noite mágica no parque. Mas nada em seu visual estava comparado ao brilho no seu olhar e a alegria em seu sorriso, era como se ele iluminasse todo aquele corredor ou até mesmo o mundo inteiro com a sua beleza.

Me aproximei e engoli em seco, estava de certa forma, nervoso.

- Boa tarde. – eu disse para as duas.

- Boa tarde, Álvaro. – Itziar respondeu. – Soube que está ajudando as crianças no reforço de matemática.

- Imagine a minha surpresa quando eu o vi outro dia atrás. – Alba riu.

- Bom, tinha um tempo sobrando, pensei em fazer algo útil e que ajudasse alguém. – eu afirmei. – Afinal, é um prazer estar no meio de tantos jovens, eles ajudam a animar o dia e a vida.

- Às vezes animam tanto que eu gostaria de puxar uma tomada para desligar. – Alba riu, e olhou para nós dois. – Bom, já deu meu horário, preciso ir. Até amanhã!

Alba sorriu para nós dois e saiu nos deixando sozinhos, olhei para Itziar assim que ela sumiu de vista no corredor.

- É um prazer te reencontrar, Itziar. – eu disse ternamente.

- Digo o mesmo. – ela assentiu com a cabeça.

- Você está linda. – eu gaguejei – Não que você não fosse bela antes, mas agora eu sinto algo diferente.

- Eu decidi que não vou ficar me escondendo nos cantos mais. – ela deu de ombros. – Passei muito tempo escondida nas sombras, está na hora de ver o sol brilhar de novo.

- Eu não poderia dizer que não. – eu ri. – Isso quer dizer então...

- Então? – ela levantou uma das sobrancelhas.

- Se eu te convidasse para jantar qualquer dia desses, você aceitaria? – perguntei fazendo uma cara de curiosidade, como se aquilo fosse o grande mistério do século.

Ela sorriu sutilmente olhando para baixo, por um momento pensei ver uma faísca de dúvida em seu olhar, mas ela logo sumiu quando ela me encarou com seus olhos hipnotizantes.

- Eu diria que sim.

Não pude deixar de abrir um sorriso de orelha em orelha com a sua resposta, nossos olhares continuavam fixados um no outro e meu coração se acelerava só com isso, eu realmente não estava sabendo me controlar.

- Sábado às 19:00? – eu falei meio desajeitado, como se fosse um daqueles adolescentes inexperientes convidando a sua primeira namorada para um encontro – Eu te busco na sua casa.

- Eu não vou estar em casa, ela está em reforma. – Itziar disse. – Me pegue na casa de Alba, ficarei por lá até que tudo esteja pronto.

- Perfeito então. – eu bati as mãos. – Ou como dizem os adolescentes, “fechou”.

Itziar riu e o som da sua risada aqueceu meu coração, o que me fez num impulso me aproximar mais ainda dela e depositar um beijo terno em sua testa.

- Até sábado. – eu disse quase como em um sussurro.

- Até. – ela se limitou a responder, um pouco corada e surpresa com o meu gesto.

Relutante em sair da sua companhia, eu fui em direção até a saída para entrar no meu carro e partir para casa. Enquanto andava pelo estacionamento, observei todo o lugar.

De repente, as folhas das árvores pareciam mais verdes e o céu parecia mais azul. O som do canto dos pássaros era uma melodia que antes eu não prestava atenção, mas agora parecia o som mais mágico do mundo. Ao entrar no carro, não pude deixar de perceber que eu sorria como um idiota, tamanha minha felicidade por Itziar ter aceitado o meu convite.

Depois da noite que passamos juntos no parque, quando ela fugiu de mim no meio da chuva, temi que seria um tiro no escuro ser voluntário no colégio, e que ela se afastaria cada vez mais de mim. Ela era tão cheia de vida, tão querida por todos e tão... linda. Não entendia porque só ela parecia não enxergar todo o poder que havia dentro dela, mas respirei aliviado ao ver que sua cabecinha teimosa estava finalmente se abrindo para o mundo mais uma vez, e eu agarraria essa oportunidade com unhas e dentes e não faria ela se arrepender de ter me dado essa chance.

Ao chegar em casa, aproveitei que Giulia estava na casa da mãe e Pedro havia saído e abri meu notebook, estralei os dedos pronto para pesquisar os melhores restaurantes na cidade para que fosse a melhor experiência em sua vida amorosa. Presunçoso achar que eu superaria um casamento de vários anos? Talvez, mas considerando o fato de que ele havia a traído, isso me deu alguns pontos de confiança de que eu seria capaz de ser muito melhor.

- Não, muito formal. – eu rolava as páginas em busca de algo bom. – Muito brega, muito esquisito, muito nojento... muito erótico!

Bufei já perdendo a paciência, nenhum lugar parecia ser bom o bastante, já movia o mouse para fechar a página até que um anúncio me chamou a atenção. Ao clicar no anúncio do restaurante, uma foto panorâmica do lugar aparecia em uma ótima qualidade, e os meus olhos brilhavam.

- É esse! – eu exclamei feliz, já pegando meu celular para fazer a reserva.

Seria uma noite perfeita!


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3


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