Se passaram alguns dias desde que a Vivi se declarou para o Luffy. Desde então, parece que a situação acabou piorando, porque o Luffy tem me evitado e eu não fiz nada a respeito. Enquanto isso, eu tenho trocado poucas palavras com a azulada e sempre que ela tenta falar alguma coisa em relação ao D Monker, eu rapidamente mudo de assunto. Omotivo disso? Nem mesmo eu sei e, por causa disso, eu estou pirando!
É tão difícil assim tentar entender os próprios sentimentos?
— Nami-san, você anda um pouco estranha.
Olhei para o lado e vi o Sanji me olhando; Nós estávamos no intervalo e, para variar, fazendo um piquenique, porém dessa vez eu estava um pouco mais afastada. Praticamente apenas observando.
— Não estou, não — menti, balançando a cabeça negativamente.
— Tem certeza? Você parece meio distante.
— Impressão sua, Sanji-kun.
O loiro se aproximou e tocou a minha mão com carinho, estreitei os olhos e olhei um pouco desconfiada para o Sanji. Tá, é normal que ele seja meio grudento com mulheres, incluindo eu, mas...sei lá, algo está estranho aqui.
— O que está fazendo, Sanji-kun?
— Estou tentando te confortar, não importa o que aconteça eu estarei aqui para te escutar. Então, se precisar desabafar, pode contar comigo.
Aquilo realmente me impressionou e me fez sorrir abertamente para ele. Logo pude ver os corações em seus olhos, que me fizeram soltar uma baixa risada.
— Você não muda nunca Sanji-kun — Eu disse, rindo. — Mas obrigada, vou me lembrar do que você me disse.
— Nami!
Olhei para quem havia me chamado e meus olhos encontraram a Vivi. A azulada estava me olhando seriamente, logo supus que não iria acontecer nada de bom.
— Podemos conversar? - Ela perguntou.
— Claro.
Eu me levantei e comecei seguir a Vivi, enquanto ela me levava até um lugar mais afastado do pátio para que ninguém ouvisse nossa conversa. Isso me deixou ligeiramente mais nervosa. Ela cruzou os braços e me olhou, séria.
— Não tem nada que queira me contar? — Foi curta e grossa na pergunta. Percebi que tinha algo mais fundo ali. — Algo relacionado ao Luffy?
Aquilo realmente me pegou de surpresa, mas ela não deve ter percebido porque continuou me olhando da mesma maneira. Eu não vejo como o Luffy poderia ter algo a ver.
— Por que eu teria algo para falar sobre o Luffy?
— Não sei, você anda meio estranha. Sempre que eu falo alguma coisa dele, você evita continuar o assunto e parece que vocês dois estão se estranhando ultimamente.
Então ela percebeu, mas eu não tinha o que tentar justificar, principalmente porque eu mesma não estava compreendendo nem 10% dos meus sentimentos.
— Eu não tenho nada para falar Vivi. O Luffy apenas se afastou de mim, talvez não queira mais ser meu amigo.
Não imaginei que dizer aquela palavras me incomodariam tanto.
— Eu não acho que o Luffy pararia de ser seu amigo, assim do nada — Vivi praticamente murmurou, olhando para baixo. — Principalmente porque ele realmente gosta de você.
Aquilo realmente me deixou sem reação, eu não sabia o que dizer. E Vivi percebeu a minha surpresa, pois me olhou e vi tristeza em seu olhar. Claro, ela gostava dele e tinha que ficar com ele, aquilo seria a coisa certa!
— Ele não gosta de mim, Vivi, não dá mesma maneira que ele gosta de você!
A azulada não me olhou, ela apenas sorriu tristemente. Como se...aceitando algo que não gostava, mas que tentava compreender.
— E eu achava o Luffy lerdo — A garota sussurrou, porém eu ouvi. — Se você acha isso, então eu não posso fazer nada!
E simplesmente começou a andar. Antes de se afastar completamente, ela parou e me olhou, como se tivesse se lembrado de alguma coisa importante.
— Eu sei que você não está nenhum pouco curiosa, mas a resposta para a minha confissão foi: "Ace ainda gosta de você, não posso me envolver com a garota que meu irmão ainda ama."
— O que você sente por ele, Vivi? — questionei. — Pelo Ace!
Ela não me respondeu, demorou longos minutos e ficou, ali, parada e me olhando.
— Acho que nós precisamos ter uma conversa mais longa. Um desabafo entre amigas. Vou aparecer na sua casa depois da aula, me espere lá.
Ela saiu andando e eu fiquei, ali, parada. Porém atenta o suficiente ao me mundo para ouvir um barulho de alguém se aproximando. Me virei para ver quem era e encontrei o Zoro, andando na minha direção com as mãos enfiadas nos bolsos da calça.
Assim que ficou de frente para mim, ele me olhou com uma expressão séria.
— Você só pode ser uma bruxa — Ele disse simplesmente.
— Uma bruxa?! — Aquilo havia realmente me irritado. — Quem é você para dizer algo assim?!
— Estou apenas constando os fatos. Você é uma bruxa. Desde que chegou nosso grupo mudou muito.
O que esse idiota estava querendo dizer?! Que foi só eu aparecer que o grupo deles ficou pior?! Como pode ser tão idiota?! E ainda por cima está me chamando de bruxa!
— Se eu incomodo tanto assim, o que está fazendo conversando comigo? — Cruzei os braços, já irritada.
— Eu não disse que você incomoda. Eu falei que você mudou o nosso grupo, por acaso você é surda? — O esverdeado disse isso e deu um peteleco na minha testa, até que doeu um pouco. — Não se sinta ofendida, bruxa. Até que você mudou para melhor. Tipo, o dia a dia era muito monótono, depois que você apareceu as coisas começaram a ficar interessantes.
— Interessantes como?
Zoro sorriu e saiu andando, e eu fique parada apenas o observando se distanciar. Em um certo ponto, ele parou e me olhou pelo canto dos olhos
— Você fez algumas pessoas sentirem demais — Ele falou e continuou andando — A aula já vai começar!
Saí andando atrás dele e tentei entender o que o Zoro quis dizer com aquilo, mas nada veio na minha mente. Isso aquilo me frustrou, detesto ser a última a perceber as coisas e, pela situação, parece que eu fui a única que não percebi nada.
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"No verão, eu fui chamada de bruxa, pela primeira vez..."
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