Passar o Natal com os meus irmãos e o meu avô, era algo comum para nós, geralmente Shanks e Makino se juntavam a nós e fazíamos uma ceia deliciosa, mas esse ano foi um pouco diferente, sem o velho com a gente fomos para a casa da Makino, que preparava algo delicioso para comermos.
Ace ainda não conseguia concordar com a minha decisão de ir morar por alguns meses com o Dragon, ele não conseguia me entender, diferente do Sabo que apoiava a minha decisão.
O meu maior problema seria contar para a Nami, sobre a minha decisão, porque eu sabia que ela provavelmente ficaria chateada, mas nós dariamos um jeito, não precisamos terminar o nosso namoro, pelo contrário podemos continuar juntos e quem sabe ela vai me visitar nos finais de semana ou eu venho até ela.
- Você sabe que não será tão fácil assim, né Luffy? - Makino me perguntou, depois que eu lhe disse super animado sobre os meus planos. - Talvez a Nami e nem você estejam preparados para um relacionamento a distância.
- É claro que estamos preparados! - Eu falei cruzando os braços. - Nós nos amamos muito.
Makino se sentou a minha frente na mesa de madeira e pegou as minha mãos que estavam em cima dela. Na sala eu podia escutar meus irmãos discutindo com o Shanks sobre algum jogo.
- Amor não é tudo em um relacionamento Luffy, infelizmente. - Ela disse com sua gentileza típica. - E você vai perceber isso, assim que contar para a Nami sobre sua decisão em relação ao Dragon.
- Ela vai me apoiar, Makino! Eu tenho certeza disso!
- Eu não duvido nenhum pouco. Porém, talvez ela chegue em uma conclusão bem diferente da sua.
- O que você quer dizer com isso?
- Estou querendo dizer, que talvez ela decida terminar com você. Talvez seja demais para a Nami sustentar um relacionamento a distância.
- Eu não vou deixar ela fazer isso! - Eu falei não gostando nada do rumo daquela conversa.
- Mas isso não depende só de você, Luffy. - Makino se levantou e continuou me olhando. - Mas nós não vamos saber a reação dela, até que você resolva contar. E se eu fosse você, faria isso o mais rápido possível.
Depois daquela conversa, Makino chamou todos para virem jantar. Conversamos e brincamos durante horas, porém eu ainda martelava na minha cabeça o fato da Nami resolver terminar comigo, caso eu vá morar com o Dragon. Eu não quero que isso aconteça, mas também não quero deixar de viver essa nova experiência.
- O que está te incomodando tanto, Luffy? - Shanks me perguntou, se sentando ao meu lado no tapete da sala.
Nós cinco estávamos jogando jogos de tabuleiro e assim que o ruivo me perguntou aquilo, meus irmãos prestaram atenção em mim, assim como a Makino.
- Eu não quero terminar com a Nami. - Eu falei suspirando e olhando para a aliança em meu dedo. - Eu amo ela demais pra ficar longe dela.
- Então não termine com ela! - Sabo falou, como se aquilo fosse a resposta mais óbvia. - Mesmo que você vá para outro lugar, tenho certeza de que vocês vão dar um jeito. Apenas converse com ela.
- Sabo está certo. - Shanks disse. - Se vocês conversarem, certamente chegaram em uma conclusão.
- Ele está com medo de que a Nami não queira ter um relacionamento a distância. - Makino falou, esclarecendo a situação.
- Ela te ama, Luffy. - Ace disse. - Não tenha tanto medo disso.
- Mas a Vivi também te ama e vocês não estão juntos! - Falei olhando para o meu irmão.
- Isso é um assunto completamente diferente, você e a Nami não são eu e a Vivi.
Shanks colocou a mão em meus ombros e eu o olhei.
- Luffy, apenas a enfrente. Acredite essa é a melhor decisão a se tomar.
As horas se passaram e eu ainda não conseguia saber o que iria acontecer quando eu contasse a Nami, porém talvez eu estivesse me preocupando à toa e nós iríamos ficar bem, porque apesar do que a Makino falou o nosso amor vai nos unir cada vez mais.
Já se passava era meia noite, quando Sabo disse que queria ir embora pois ainda iria ver a Koala, que provavelmente já estava irritada pela demora dele.
Aproveitando que ele iria para a casa da Koala perguntei se ele podia me deixar na Nami, ele rapidamente disse que não havia problema algum.
Assim que eu a vi toda arrumada e com um grande sorriso ao né ver ali na sua porta, percebi que eu tinha que contar aquela noite para ela sobre a minha viajem. Só que na hora que eu ia contar, Nojiko apareceu e me convidou para entrar.
Na sala estava toda a família da Nami reunida e trocando presentes, por sorte eu havia trago o presente dela e esperava que ela gostasse.
Me sentei no chão e a Nami pegou um embrulho grande e retangular.
- Esse daqui é da Nojiko. - Ela falou sorrindo. - Para você sempre lembrar o quanto eu te amo.
- O que é isso? - Minha cunhada perguntou se levantando e indo até a irmã. - Por acaso é uma bomba?
- Não. - Nami falou revirando os olhos. - Deixei a bomba para o Law.
- Ah fico feliz em saber o quanto você me ama. - Law resmungou no sofá.
Aqueles comentários eram tão típicos daqueles três, que já não me surpreendia mais, até pareciam eu e meus irmãos, só que de uma maneira mais civilizada.
- Abra o presente de uma vez! - Nami falou assim que a irmã pegou o embrulho.
- Calma aí, apressada. - Nojiko disse com os olhos brilhando.
- Olha quem fala. - Nami resmungou.
Nojiko apenas deu risada e rasgou o embrulho toda animada para saber o que havia ali. Era um álbum de fotos, em todas elas estavam a Nami e a Nojiko, se iniciava com elas ainda crianças e terminava com elas nos dias atuais, era algo até que fofo.
- Ah Nami, eu amei! - Nojiko disse com um grande sorriso e abraçou a irmã.
Nami foi aos poucos entregando os presentes de todo mundo, até mesmo a Rebecca ganhou um presente dela, Law havia ganhado um vale tatuagem em uma das tatuadoras do centro de Tóquio e ele não conseguia acreditar que a Nami havia dado aquilo para ele.
- Agora pare de me encher com essa história de tatuagens. - Corazon falou cruzando os braços.
Uma hora depois, eu e a Nami estávamos no quarto dela sentados em sua cama, ela segurava algo atrás de suas costas enquanto um sorriso travesso estava em seus lábios.
- O que você está escondendo? - Perguntei tentando olhar para as suas costas.
- Surpresa. - Ela disse e olhou para a sacola que eu havia trazido. - Esse é o meu presente, certo?
- Sim. Mas só te entrego, quando você me contar o que está aí atrás.
Ela estendeu os braços e me mostrou um pedaço de papel, que eu peguei e estendi a sacola com o presente dela.
- Eu vou abrir primeiro. - Ela falou com um sorriso.
Nami abriu a sacola e seus olhos pareciam brilhar, dali de dentro ela tirou um pequeno globo terrestre vintage, eu havia encontrado o seu presente em uma loja de antiguidades no centro e na hora eu me lembrei de quando nós dois conversamos sobre os nossos sonhos, que eram tão parecidos. Conhecer o mundo.
- Luffy é tão lindo! - Ela disse passando o dedo pelo globo com carinho.
- Eu achei que você ia gostar. - Eu falei passando a mão no cabelo e o bagunçando.
- Agora veja o meu!
Abri o papel que ela havia me dado, fiquei surpreso com aquilo, era um mapa mundi com várias marcações de cores diferentes.
- O que exatamente significa isso? - Eu perguntei a olhando.
- Eu não fazia idéia do que te dar, então eu encontrei esse mapa nas minhas coisas, o meu pai que havia me dado a alguns anos. - Ela explicou enquanto um sorriso leve surgia em seus lábios.- Então eu me lembrei dos seu sonho de conhecer o que os outros países têm a oferecer, por isso um fiz uma pesquisa, os lugares com as marcações vermelhas significam que tem comidas exóticas e que provavelmente você vai gostar, as azuis são os lugares com paisagens incríveis, as amarelas são lugares que tem algum diferencial e uma história para contar...
- E as laranjas?
Seu rosto ganhou um tom de vermelho e ela começou a enrolar uma mexa do seu cabelo, porque ela estava daquela maneira?
- São os lugares que você pode me levar algum dia. - Ela murmurou baixo. - Sabe em uma viajem só nós dois.
" Mas nós não vamos saber a reação dela, até que você resolva contar. E se eu fosse você, faria isso o mais rápido possível."
Makino está certa, eu preciso contar para a Nami, só que ela está tão feliz, fazendo planos para o nosso futuro, eu não posso simplesmente contar isso agora pra ela.
- Luffy, está tudo bem? - Ela perguntou tocando o meu rosto. Nami sabia que tinha alguma coisa me incomodando, eu conseguia ver aquilo em seus olhos.
- Sim, está sim.
Ela continuou me olhando e tive que olhar para outro lugar e encontrei o Chapéu de Palha na sua mesa de estudos, me levantei e o peguei.
- Luffy, se tem alguma coisa te incomodando é só falar.
Peguei o Chapéu de Palha e voltei a me sentar na cama, Nami continuou me olhando preocupada.
- Eu não gosto quando você me olha assim, Nami. - Eu falei sorrindo de canto.
- E eu não gosto quando você fica estranho assim. - Ela disse cruzando os braços.
Coloquei o Chapéu na cabeça dela e a beijei, a puxei pela cintura a fazendo se sentar no meu colo, o beijo começou a ficar intenso e as mãos pequenas da Nami passeavam lentamente pelas minhas costas.
- Eu te amo, Nami. - Sussurrei contra os seus lábios.
- Eu também te amo, Luffy. - Ela falou fazendo carinho em meus cabelos e voltando a me beijar.
Aquele não era o momento para eu contar pra Nami, que eu ia morar com o meu pai, ela estava tão feliz eu não queria acabar aquele momento com uma notícia como aquela. Acho melhor deixar para contar essa notícia amanhã, eu só espero que a Nami consiga entender o meu lado.
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