E quando nos vemos fora da escola, só discutimos, porque ele anda bem próximo da Hancock e eu não estou gostando nada disso.
Ele me chama de ciumenta, mas sempre está entrando em alguma briga com o Kid, quando o ruivo tenta me tocar, tá, eu não fico brava por causa disso, porque o Luffy sabe que eu não suporto o Kid.
Robin e Zoro, estão saindo, já que não assumiram um namoro nem nada, pelo menos eles estão se dando bem.
Já que o Luffy não tem mais tempo pra mim, eu passo a maioria das minhas tardes com o Ace ou o Law, já que o Ussop tem passado seu tempo livre com a Kaya, esses dois assumiram um namoro faz pouco mais de uma semana.
Para piorar toda a situação, Garp acabou sendo internado, porque o tumor que estava em seu cérebro aumentou, deixando todo mundo preocupado.
Eu estava estudando no meu quarto, para a prova de química que vai ter daqui dois dias, quando a minha irmã abriu a porta do meu quarto, levantei minha cabeça e olhei pra ela.
- Nami, Ace está lá na sala. - Nojiko falou se encostando no batente da porta.
- Fala pra ele subir. - Eu disse.
Ela ficou em silêncio, durante uns minutos, até que ela entrou no meu quarto e se sentou na minha cama.
- Você está estranha, Nami. Brigou com o Luffy?
- Não. - Murmurei. - Ele só não está tendo tempo pra mim.
- E você perguntou o motivo disso?
- Já, mas ele não fala.
Nojiko continuou um tempo ali, até que se levantou da minha cama e saiu do meu quarto.
- Você não deveria ligar muito pro Luffy, Nami. - Olhei pra porta e encontrei o Ace. - Aquele pirralho deve estar aprontando alguma coisa.
- Não te falaram que é feio escutar atrás da porta. - Murmurei, voltando a atenção para o meu caderno.
- Eu sou irmão do Luffy, não é como se eu me importasse com isso.
Ele tem razão, o único que se salva daqueles três é o Sabo.
- Nós vamos sair! - Ele avisou. - Então trate de se levantar, dessa cadeira logo.
- A onde a gente vai? - Perguntei.
- Você não quer saber o que o Luffy está aprontando?
Olhei para o Ace surpresa, que sorria convencido.
- Você sabe o que o Luffy está fazendo?
- Eu sou o irmão mais velho dele, Nami. É óbvio que eu sei. Então, vamos?
- Não sei, Ace. - Eu disse um pouco incomodada. - Se o Luffy quisesse que eu soubesse, ele me falaria.
- Sério?
- Sim.
O Ace ficou em silêncio por um tempo, até que ele se aproximou de mim e começou a mexer no cabelo, ele estava aprontando alguma coisa.
- Então vamos tomar sorvete! - Ele disse animado. - Makino está com alguns sabores novos.
- O que você está aprontando, Ace?
- Nada. Eu só quero tomar sorvete. Vamos, Nami!
- Está bem.
Me levantei da cadeira e nós saímos da minha casa, Ace estava de carro, então ele dirigiu até a sorveteira da Makino.
Durante o trajeto, coloquei uma música na rádio, Ace batucava no volante, ao ritmo da música que tocava.
Demorou dez minutos, até que chegássemos na sorveteira, assim que sai do carro, encontrei o Luffy usando o uniforme dos atendentes da sorveteira, ele estava junto da Hancock e do Shanks.
- O que está acontecendo ali? - Perguntei em um sussurro.
- Nami, vamos entrar. - Ace me chamou.
Olhei pra ele e notei de cara que ele havia notado a presença dos três a nossa frente.
- Você sabe o que está acontecendo. - Falei séria, olhando pra ele.
- Isso é assunto do Luffy, Nami. - Ace disse e passou a mão no cabelo.
- Por que o Shanks-sensei, está conversando com eles? - Perguntei.
- Nami...
Ele não ia me falar e não adiantava insistir. Olhei para os três, Hancock segurava a mão do Luffy e sorria para o Shanks, que tinha uma expressão séria, assim como o Luffy, que vez ou outra olhava para a Hancock.
- Nami! - Ace me chamou. - Vamos entrar, por favor!
- Está bem.
Entramos na sorveteira e fomos até o balcão, onde a Makino estava, ela parecia um pouco abatida.
- Makino! - Ace a chamou, fazendo com ela nos olhasse e abrisse um pequeno sorriso. - O que aconteceu?
- Parece que temos um visitante inesperado, Ace. - Ela disse e apontou discretamente para alguém.
Olhamos e vimos um homem de cabelo negro, longo e rebelde e uma tatuagem estranha em seu olho. Ace ficou tenso ao meu lado, quem era aquele homem?
- O que ele está fazendo aqui, Makino?- Ace perguntou.
- Eu não sei. Ele estava rondando a sorveteira faz um tempo, então eu falei pro Shanks e ele... Resolveu conversar com o Luffy.
- Droga! Maldito momento que ele resolveu aparecer.
O homem olhou em nossa direção e de alguma forma, aqueles olho me pareciam tão familiar...
Ele se levantou da mesa e começou a se aproximar de nós. Makino percebeu e segurou a mão do Ace, que olhou sério para homem.
- Você é a Nami, certo? - O homem falou já próximo de nós.
- O que está fazendo aqui? - Ace rosnou.
- Vim ver o meu filho.
- Luffy, não é seu filho! - Makino disse séria.
O homem sorriu de canto e na hora eu saquei, aquele sorriso, aqueles olhos, eram idênticos ao do Luffy.
- Do jeito que você fala Makino-chan, faz parecer que ele é filho do seu marido. - Sua expressão ficou séria. - Mas saiba, que o Luffy não é filho do Shanks.
- Pai é aquele que cria Dragon! E a única coisa que você fez, foi abandonar o Luffy com o Garp-san.
- Eu tive meus motivos, Makino. Você sabe disso. - Ele voltou a me olhar e um sorriso voltou aos seus lábios. - Desculpe pela falta de educação, Nami. Mas eu sou Monkey D. Dragon, pai do Luffy. É um prazer conhecer a namorada do meu filho.
- Como você sabe, que eu e o Luffy, estamos juntos? - Perguntei.
- Eu sou o pai dele, sei de tudo o que acontece com ele. Bem, tudo que o velho me deixa saber.
- Dragon!
O homem olhou para trás e encontrou o Shanks sério, o Luffy e a Hancock, de mãos dadas... Mordi meu lábio inferior e tentei não olhar para aquela cena.
- Shanks. - Dragon falou calmo. - Vejo, que vai deixar eu ver o meu filho.
- Eu não deixei nada Dragon, Luffy é capaz de tomar as próprias decisões. Ele que decidiu, conversar com você.
- Nami?
Olhei para encarar seus olhos e percebi que ele estava surpreso com a minha presença ali.
- Oi, Luffy. - Sussurrei.
●●♡●●
" No outono, conheci o pai do Luffy.
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