História As Quatro Estações Para Te Reconquistar - Temporada 02 - Capítulo 38 - Outono: Setembro

Eu e Kid passamos longas horas conversando com sobre a Carina e a falta de notícia que ela tem dado para nós. Meu amigo estava pensando seriamente em terminar com ela, talvez assim ficasse mais fácil para ele e só consegui lhe dizer que precisava fazer o que ele achava certo.

Cheguei em casa com o sorvete da Laguna eram quase dez da noite e minha irmãzinha já estava dormindo.

No dia seguinte, acordei com o meu celular tocando e não era meu despertador, era o Katakuri me telefonando.

- Bom dia, Katakuri. - Resmunguei assim que atendi o telefone. - Não são nem sete horas, de um domingo! Por que está me ligando?

- Lembra que ficamos de conversar hoje?

- E você lembra que eu não acordo cedo em um domingo?! - Falei um pouco irritada e olhei para o Chopper que dormia do meu lado.

- Sim, eu não me esqueci. - Katakuri falou sem se importar com a minha irritação. - Mas é que eu não podia esperar.

- Tudo bem. - Suspirei. - O que foi?

- Podemos tomar café da manhã juntos? - Ele perguntou. - Eu passo na sua casa em uma hora.

- Tudo bem, já me acordou mesmo. - Falei. - Até mais!

Desliguei a ligação e suspirei, só mesmo esse Katakuri para me ligar seis e vinte da manhã. Levantei da cama muito a contragosto e fui para o banheiro tomar um banho.

Uma hora depois eu estava em frente de casa esperando o Katakuri, que não demorou muito para chegar de carro. Assim que entrei no veículo ele beijou a minha bochecha e eu dei um meio sorriso pra ele.

- Bom dia, Katakuri. - Falei e coloquei o cinto de segurança. - Então a onde nós vamos?

- Naquela lanchonete que nós tivemos nosso primeiro encontro. - Ele falou abrindo um sorriso pra mim. - O que acha?

- Tudo bem. - Falei.

Ele dirigiu e como sempre quando estávamos no seu carro sozinhos, Katakuri deixou que eu escolhesse as músicas para tocar.

Demorou alguns minutos até chegarmos na lanchonete, como de costume fizemos nosso pedidos e nos sentamos em uma mesa vaga, que aliás eram muitas né, quem saia de casa aquela hora da manhã?!

- Então, o que você quer conversar? - Perguntei bocejando.

- Você sabe que a Pudding e o Vinsmonke Ssnji vão se casar, certo? - Ele perguntou me olhando nos olhos.

- Claro que sei, lembra que eles são meus amigos? - Eu falei dando um pequeno sorriso. - Mas o que isso tem haver com a nossa conversa?

- Bem... Tem tudo haver. - Ele falou. - Nani, você sabe que eu gosto muito de você né? Que eu nunca concordei muito com o nosso término, mas por eu te amar muito eu só queria a sua felicidade.

Eu não estava conseguindo acreditar muito no rumo daquela conversa, na verdade eu estava morrendo de medo, porque se estivesse indo na direção que eu mais estava receosa, eu teria que partir o coração do Katakuri de novo.

- Katakuri eu...

- Nami, eu ainda te amo! - Ele falou. - E como a minha irmã vai se casar, eu vou ter que encontrar uma esposa também e por causa disso eu te chamei aqui.

- Você quer que eu te ajude a encontrar alguém? - Perguntei com um sorriso amarelo. - Olha eu tenho algumas amigas da faculdade e...

- Eu não preciso que você me ajude, Nami. - Ele falou e pegou na minha mão. - Porque eu já encontrei a mulher perfeita para casar comigo. Você!

- Katakuri sinto muito. - Falei soltando a minha mão da dele. - Mas é que eu não te amo. Casar com você é quase uma ideia ridícula! Eu sou jovem e você também, casar agora não seria uma ideia muito boa, nós temos muito o que viver e...

- Você está apaixonada. - Ele disse ficando sério e eu engoli em seco.

- De onde você tirou isso? Eu apaixonada? Isso é...

- Não é ridículo, Nami. - Ele suspirou. - Eu já te vi com esses olhos brilhantes, bem não estavam desse jeito, mas quando começamos a namorar eles brilhavam um pouco também.

A garçonete colocou os nossos pedidos na mesa e a gente agradeceu e ela se retirou.

- Katakuri eu não quero te machucar. Você é uma pessoa muito importante pra mim, me ajudou em um momento complicado.

- Sim, eu ajudei. Quando aquele idiota do seu ex, te abandonou. Aliás, eu fiquei sabendo pela Pudding que ele voltou.

- É, o Luffy voltou para Tóquio. - Murmurei e dei uma garfada na minha torta de morango.

Ele ficou me olhando durante alguns segundos e em seguida suspirou um pouco frustado.

- E eu aqui pensando que teria mais uma chance com você, mas eu acho que esse tal de Luffy foi mais rápido.

- O Luffy não tem nada haver com isso.

- Se não tivesse, seus olhos não se iluminariam dessa forma só de falar o nome dele. Mas tudo bem, eu só queria que você tivesse sido tão apaixonada por mim desse jeito também.

- Katakuri...

- Só me prometa uma coisa. Pudding está pensando em fazer se nós um par de padrinhos pro casamento dela, então prometa que vai aceitar, mesmo se estiver junto desse rapaz.

- Claro que eu vou aceitar! - Falei abrindo um sorriso sincero. - Apesar de tudo, você é meu amigo Katakuri e eu gosto muito de você.

Horas mais tarde, eu já estava em casa e com uma taça de sorvete bem na minha frente, enquanto minha mãe preparava um bolo de laranja.

- Vai Nami. - Bellmere falou me olhando. - O que aconteceu?

- Katakuri me pediu em namoro e eu acho que estou apaixonada pelo Luffy. - Falei sem dar pausas e minha mãe logo se sentou na cadeira a minha frente.

- Me conta essa história direito! - Ela falou.

- Nos conta essa história direito! - Nojiko falou entrando na cozinha, minha irmã estava passando o domingo com a gente naquele dia, parece que estava entediada de ficar no seu apartamento sozinha. - A parte do casamento claro, porque a do apaixonada pelo Luffy até o Papa no Vaticano já sabia.

- Nojiko! - Minha mãe falou dando risada e batendo de leve no ombro da minha irmã. - Não precisa falar assim.

- Mas era tão óbvio já, só ela que não percebeu. - Minha irmã murmurou.

- Isso não é verdade! - Eu falei e dei uma boa colherada no meu sorvete. - Fala pra ela mãe!

- Desculpa minha laranjinha, mas desde da viagem de verão está bem óbvio que você e o Luffy se resolveram muito bem. - Ela disse sorrindo. - Só falta assumir o namoro.

- Era só o que me faltava. Vocês duas contra mim.

- Conta logo essa história de casamento, Nami! - Nojiko falou toda curiosa.

- Tá, eu conto!

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"No outono, fui pedida em casamento."