Monkey D. Luffy Narrando:
Dezembro chegou e as coisas não estavam indo muito bem, pelo menos para mim e para a Nami, depois da briga por conta de eu estar escondendo coisas a algumas semanas, nós dois mal temos no falado, as vezes eu até marco para nos vermos, mas ela não diz nada e eu acabo não conseguindo fazer nada.
Mas as coisas com a Hancock estavam indo bem, ela contou para as irmãs sobre estar doente e elas logo de cara a apoiaram muito e a levaram no médico, depois Hancock me contou que amoartir daquele instante ela começaria a tomar um coquetel de remédios, assim começando o tratamento.
Agora nesse momento, eu estou terminando de arrumar minha mala, pois amanhã bem cedo, eu vou viajar para a casa de campo que nós alugamos para o casamento da Koala e do Sabo, que vai acontecer em cinco dias. Só espero que até lá eu e a Nami tenhamos conseguido conversar um pouco, principalmente porque somos um dos casais de padrinho e madrinha, junto do Ace e a da Vivi.
Para variar o meu quarto estava uma bagunça e só tinha piorado comigo e o Ace arrumando as malas juntos, ou quase já que meu irmão tinha arrumado tudo havia dois dias.
— Luffy, você sabe se a Nami vai com a gente? — Ace perguntou entrando no quarto com o celular na mão. — Perguntei para elas alguns dias e até agora não me respondeu.
— Eu não sei. — Dobrei uma das minhas bermudas e coloquei na mala. — Faz um tempo que a gente não conversa.
— Mas vocês não saíram ontem?
— Saímos, mas não conversamos. — Murmurei.
Ace ficou ali na porta durante alguns instantes, apenas me olhando e eu apenas fingi que não sentia estar sendo observado.
— Vocês brigaram? — Ele perguntou por fim.
— Sim. — Me sentei na cama e fiquei olhando para a parede. — Acho que ela vai terminar comigo.
Por mais que doesse, fazia uma tempo que eu vinha pensando nisso. Nami mal olhava para a minha cara, quando saímos era uma coisa estranha e eu conseguia ver bem nitidamente em seus olhos castanhos a mágoa que ela sentia e aquilo me machucava, porque eu sabia que a culpa era minha e eu não podia fazer simplesmente nada.
— E você vai deixar seu relacionamento chegar nesse ponto? — Ace cruzou os braços me olhando. — Vocês dois se amam, o que custa conversarem? Achei que os dois fossem adultos o suficiente para poderem resolverem os próprios problemas.
— A questão é que eu não posso contar!
Meu irmão se sentou ao meu lado na cama e assim como eu ficou olhando para a parede.
— Eu realmente não queria me meter nesse assunto, porque vocês dois são pessoas que eu amo muito. — Ele disse calmo. — Mas vou te dar um conselho Luffy. Você disse que não pode explicar para a Nami o porque de estar andando tanto com a Hancock nas últimas semanas, porque o assunto não é seu. Mas você já pensou em como ela se sente? Olha tem várias formas de contar para a Nami, sem realmente contar o que está acontecendo.
— Mas isso só vai deixar ela ainda mais chateada, porque ainda vou estar escondendo coisas e...
— Não! Você vai estar explicando pra ela, o motivo que não pode contar o que está acontecendo, falar pra ela que está apenas ajudando a Hancock e que no momento ela pediu para você não contar o que está acontecendo e pedir desculpas por ter deixado ela de lado. Assumir que estava errado e ao mesmo tempo explicar o porquê você não pode contar o que está acontecendo.
O celular do Ace começou a tocar e ele teve que ir atender, me deixando sozinho com as palavras dita por ele.
Talvez eu não tenha pensado muito no ponto de vista dela, e por não falar o bastante do que estava acontecendo, Nami não pode compreender que eu não queria abandona-la.
Coloquei a mão no meu rosto e me joguei na cama cheia de roupas, eu tinha esquecido que ela morria de medo de ser abandonada, ela tinha medo que eu a deixasse de novo e por causa disso estava tão brava com o fato de eu estar escondendo as coisas dela e... Estar andando tanto tempo com a Hancock.
Eu precisava provar pra ela que não iria embora, que eu não iria abandona-la, eu precisava conversar com ela!
Desci as escadas a pressas e vi o Ace no telefone, corri até ele pegando seu celular e desligando.
— O que você...
— Preciso da sua ajuda! — O interrompi. — Eu preciso que me ajude a encontrar uma coisa.
2 dias depois...
A casa de campo que nós estávamos, era enorme e muito gostosa, dava para fazer várias coisas diferentes e divertidas.
Entretanto aquilo estava sendo quase impossível, com a decoradora andando de um lado para o outro organizando as coisas para o casamento em três dias, enquanto isso Koala estava tendo mudanças de humor constantes e Sabo disse que isso era por causa da gravidez.
Mas eu tinha pena do meu irmão, minha cunhada estava ficando maluquinha e por estar apaixonado Sabo nem notou.
— O que está aprontando, Luffy? — Sabo me perguntou se sentando ao meu lado em uma das cadeiras daquele enorme quintal. — Ace me contou sobre o presente que você comprou pra Nami.
— Você acha que ela vai gostar? — Perguntei um tanto ansioso.
— Não sei. — Ele disse olhando para a paisagem. — Mas acho que antes de fazer isso, vocês deveriam conversar. Ela mal olha pra você, irmão.
— Eu sei. — Murmurei. — Eu... Vou conversar com ela, só preciso do momento certo e...
— Não existe momento certo Luffy. Você já deveria ter aprendido isso. O momento certo é você quem faz.
Sabo olhou para trás e sorriu minimante.
— E acho que você já está no momento certo, só precisa dar o primeiro passo.
Olhei para trás e vi a Nami saindo da casa e parando no lugar quando seus olhos se encontraram com os meus.
— Vá e converse com ela. — Sabo se levantou da cadeira e colocou a mão na minha cabeça. — Vocês se amam demais para deixar isso ficar assim.
Meu irmão saiu andando e antes de entrar na casa, sussurrou algo para a Nami que olhou para a grama.
Me levantei e respirei fundo, Sabo estava certo, eu não podia deixar as coisas assim, não quando eu estava planejando fazer algo para a Nami entender o quanto eu a amava.
Me aproximei dela, que olhava para o chão, mas eu sabia que ela tinha noção que eu estava ali, ela sempre sabia.
— Nós... Podemos conversar?
— Sim.
••💖••
"No inverno, eu decidi mostrar para a Nami o quanto a amava"
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