História As Relíquias de Hogwarts - Prólogo

Faltava pouco para ser meia noite na grandiosa Inglaterra, as ruas estavam quase vazias, pois era início de Dezembro e a neve caía ruidosamente no chão deixando-o totalmente branco, impossibilitando a passada de carros e apenas ocasionando alguns corajosos a circularem por ali.

Mas a nossa história não é sobre os cidadãos da Inglaterra, e sim, sobre um pequeno grupo que estava mais afastado, especificamente “em Hogwarts”. Onde dois adolescentes se esgueiravam pelos corredores do castelo cinzento. Eles sabiam que era contra as regras ficarem acordados até a essa hora, e ainda mais errado ficarem acordados andando pelos corredores há essa hora. No entanto, isso nem chegava aos seus pensamentos - pelo menos de um deles - só queriam é saber o que de tão importante estava acontecendo no escritório de Dumbledore.

- Malfoy! Eu estou congelando, você não poderia ter esperado até amanha para isso? – Perguntou Harry, ficando irritado por estar acordado tão tarde somente de pijamas para satisfazer a curiosidade de Draco.

- Cala a boca Potter, alguém pode nos ouvir – Respondeu o loiro ruidosamente.

- Ah claro, você fala isso porque está vestido adequadamente, mas olha para mim estou somente de pijamas e nesse frio!- Disse Harry indignado.

Nesse exato momento Draco parou bruscamente, virou-se e arrancou rapidamente a capa da invisibilidade - que eles estavam utilizando para que ninguém os pegasse fugindo de seus dormitórios. Draco olhou para Harry que estava tremendo, encolhido e o olhando suspeito.

- Pegue isso Potter – Disse Draco tirando sua capa da Sonserina e entregando para Harry vestir. – Você sabe que eu somente chamei você por causa da capa da invisibilidade, agora pare de reclamar e vamos logo!

Harry aceitou a capa sem falar nada, ele sabia que o que Draco dissera sobre apenas precisar de sua ajuda por causa da capa era apenas para encobrir que Draco precisava da ajuda de Harry, e esse pensamento já lhe era satisfatório.

- Ah! E Potter, você fica melhor com as cores preto e verde – Implicou Draco dando um breve sorriso zombeteiro.

- Malfoy! Eu nunca iria querer ser dessa casa onde só tem um bando de Almofadinhas estúpido! – Gritou Harry enraivecido, pegando Draco pela camisa e quase o batendo por ele ter dito essas palavras.

Um barulho estridente de porta se abrindo foi ouvida pelos meninos que logo voltaram aos seus postos normais, uma voz duramente cautelosa chegou aos ouvidos dos meninos.

- Senhores – Falou um velho homem de barba longa. – Está acontecendo algum problema?  – Perguntou ele aos meninos que agora se entreolhavam assustados.

- N-nada Professor Dumbledore - Respondeu Harry depois de um tempo sem fala.

- O que vocês têm na cabeça para saírem dos seus dormitórios há essa hora? – Mas não foi Dumbledore que respondeu, e sim Snape. Como sempre, estava vestido em suas mais refinadas vestes pretas. Um olhar inquietante igual a uma pantera caía direto nos dois adolescentes em sua frente.

- Severus tenha calma acredito que eles possam ter uma resposta plausível, não é senhores? – Disse Dumbledore com sua estanha calma.

Draco olhava emburrado para Snape, e Harry estava assustado igual a uma criança sendo pega comendo doce fora da hora.

- Só estávamos querendo saber sobre o que aconteceu hoje à tarde. - Disse Harry em um suspiro.

- Harry! - Repreendeu Draco, por se entregar tão facilmente.

Harry olhou para Draco, sussurrando um “o que?” para o menino. Ele não era do tipo que mentia, muito menos do tipo que fazia coisas erradas.

- Entendo a curiosidade de vocês, no entanto devem saber que regras são regras. Professor Snape peço que acompanhem nossos alunos aos seus dormitórios - Pediu Dumbledore olhando para o professor. – Agora os dois irão direto para suas camas, sem mais nenhum questionamento entenderam?- Dumbledore falou em seu tom de “fim de conversa” que todos respeitavam.

-Tudo bem Professor- Disse Harry baixando seus olhos como forma de desculpa.

Draco apenas produziu um “humpf” e virou-se de costas emburrado. Ele não gostava de quando seus planos não davam certo, era orgulhoso demais.

Pelo mal iluminado corredor do castelo, onde somente algumas tochas estavam acesas. Snape caminhava rapidamente na frente enquanto logo atrás os dois jovens o acompanhavam.

- Sua culpa. Isso é sua culpa Potter, se você não tivesse gritado igual a um louco há essa hora nós estaríamos sabendo sobre o que aconteceu hoje à tarde - Disse Draco baixinho, ainda irritado.

Harry que estava de cabeça baixa a tinha levantado e olhava Draco com uma fria paciência.

- Minha culpa? Que eu lembre não fui eu quem te acordou para fazer uma coisa estupida. Você tem que dar graças a Dumbledore por ele não ter nos colocado de castigo ou feito algo pior...

Snape ainda de costas interrompeu Harry ao falar.

- Não pense que vocês irão sair impunes! 50 pontos serão retirados da Grifinória, e por mais que eu me entristeça por fazer isso, serão retirados 50 pontos da Sonserina também. – Na última frase Snape falou com uma irritação na voz. Pois ele era o Diretor da casa Sonserina, e perder a taça das copas por culpa de um aluno irresponsável seria lastimável.

- O que? – Gritou Draco surpreso – Você não pode fazer isso professor, nossa casa...

- É claro que posso. Vocês adolescentes estúpidos, acham que podem fazer o que querem sem nenhuma consequência? Não vocês não podem. – Agora Snape havia virado e olhava furioso para os meninos - Vocês deviam sair de suas vidas perfeitinhas e se comportarem como adultos. Não quero ouvir mais nenhuma palavra, entenderam?

Os meninos que estavam paralisados, agora balançaram suas cabeças em concordância com o professor. E com aquele clima sombrio os três foram em direção aos dormitórios.

Draco e Harry não conseguiram nenhuma informação sobre o ocorrido à tarde, que deixara todos os alunos de Hogwarts muito espantados e curiosos, e o grande mistério que Dumbledore fez com esse caso deixou todos ainda mais preocupados. No entanto amanhã seria outro dia e Draco não deixaria que esse pequeno interrupto lhe atrapalhasse, ele sabia que de alguma forma descobriria sobre o que estava acontecendo.