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História As Sete Chamas Noturnas – Cavaleiros Sombrios - I – Mais uma explosão pra minha lista!


Escrita por: NicoYoongi

Notas do Autor


Olá, essa aqui é a minha primeira fantasia, espero que gostem. Como nunca sei o que dizer em notas do autor, aí vai:

Capítulo 1 - I – Mais uma explosão pra minha lista!


— Fora de sala, agora!

Obedeci, dando de ombros e saindo da sala. Eu já estava acostumado com aquilo, irritantes professores que insistiam em me importunar e deixar minha vida pior do que já era.

Com a mochila nas costas, então, desci as escadas do primeiro andar e fui para o pátio, onde alguns alunos se espancavam. De fato, a briga estava muito boa. Logo, um bando de estudantes havia se aglomerado ao redor dos garotos. E eu, fiquei de longe, assistindo tudo.

Socos e chutes eram trocados, assim como empurrões, xingamentos e provocações. Ambos já estavam com muitas e visíveis marcas pelo corpo. Saía sangue do nariz de um deles, enquanto o outro sangrava com demasia pela boca.

Estava ficando cada vez melhor, mas a bastarda da diretora havia resolvido aparecer logo naquele momento. Ela era uma mulher alta e esbelta, com lisos cabelos loiros como o sol que desciam até quase a sua cintura. Seus severos olhos castanhos olhavam atentamente para os garotos que, como não haviam notado sua presença ali, continuavam a brigar.

— O que é que está acontecendo aqui?! — esbravejou.

— É uma briga — respondeu um estudante. — Não percebeu, ou é cega mesmo?!

— Carter, Josh e Will Winchester, acompanhem-me até a minha sala! — ordenou, virando-se e sendo seguida pelos três irmãos, que resmungavam com a cara fechada atrás dela.

[...]

— Agora! — ordenei, e toda a mansão dos Winchester explodiu.

Chamas consumiam o pouco que havia restado, destroços flamejantes voavam para todos os lados. A família fôra pega de surpresa, e todos na casa pereceram. A rua, antes calma e deserta,encheu-se de policiais e banheiros rapidamente. As casas quietas, com pessoas dormindo, começaram a ter suas luzes acesas e gente olhando pelas janelas.

Com certeza eu era bom naquilo. Torturar pessoas, explodir coisas, assassinar gente... Era minha diversão. Destruir os seres insignificantes que faziam mal à minha cidade já havia se tornado um hobby ou uma espécie de trabalho não-lucrativo – e era ainda melhor quando estes seres eram as pessoas que pertubavam-me incansavelmente.

Um alto som de rock fluía de um grande e potente amplificador. Se eu tinha de fazer algo, precisava fazer com estilo – ou uma trilha sonora apropriada, o que é algo que contribui para isso.

— Hey, há alguém ali! — falou um guarda ao outro, apontando para mim.

Agora sim, pensei, vendo que os dois vinham atrás de mim, hora de ir! Comecei então a correr no sentido leste.

Por sorte, estava de madrugada, e minha capa preta escondia-me na escuridão. Com o capuz sobre o rosto, era impossível ver a minha face ou me reconhecer.

Mas, infelizmente, eu tropecei num tijolo velho que surgiu do além apenas para me fazer cair. E, por causa daquele maldito, os policiais conseguiram me alcançar.

Eles eram altos e fortes, mas ficavam um pouco engraçados naquelas roupas cinzentas. Segurando um riso, levantei-me.

  —   M-mas... Eu sou apenas uma criança de quatorze anos — falei, tentando convencê-los a me deixar ir.

  — Uma criança de quatorze anos encapuzada, que pode ter destruído uma mansão e matado uma família — lembrou o outro infeliz, tirando o capuz da minha cabeça enquanto o primeiro algemava-me.

— Vocês me deixarão ir ou preferem ser vistos como loucos?

Eles se entreolharam e olharam novamente para mim, intrigados.

— Como disse? — perguntaram em uníssono.

— Ah, se matem! — sugeri. — Sombras, agora!

A escuridão obedeceu-me. Sombras me envolveram, tornaram todo o meu corpo do tom mais escuro de preto possível. Senti uma força sobrenatural tomar conta de mim, enquanto a raiva me possuía.

  — Argh! — gritei, quebrando as algemas que envolviam meus pulsos.

As sombras que haviam me envolvido, então, sugaram-me para um outro lugar. E, nessa viagem sombria, eu desmaiei, sem ter a mínima ideia de para onde a escuridão havia me levado.

[...]

Acordei deitado em uma cama, num lugar que mais parecia com um quarto. Havia armários, uma televisão, a beliche em que eu estava... E uma mesa com um prato sujo de macarrão instantâneo que, pelo cheiro, devia ser de galinha caipira. Bateu uma fome nessa hora...

E também havia uma garota, sentada em uma cadeira, olhando atentamente para mim.

— É, parece que o dorminhoco acordou...

Ela tinha cabelos curtos, tão ruivos como chamas ardentes. Seus lindos olhos amarelos eram pequenos, assim como sua boca rosada. Sua pele era clara como a minha, e ela parecia ser talvez um ou dois anos mais velha que eu.

— Onde estou? — sentei-me, fixando meu olhar nela.

— Na minha casa. Por que usa roupas escuras e um capuz preto?

— Quem é você?

— Meu nome é Melanie, mas pode me chamar de Mel. Você é gótico?

— Onde me encontrou?

— Lá na Rua Quarenta e Oito, desacordado... Você fica muito fofo com o cabelo bagunçado e delineador, sabia? Por que o usa?

  — Existe algum ponto de ônibus aqui perto?

— Sim, fica à uns três quilômetros daqui. Quando vai começar a me responder?

— TRÊS QUILÔMETROS?!

— É, por quê?

  — Você tem alguma moto, Melanie?

  — Não, só um skate... Mas você não vai à lugar algum, está com febre! — avisou, sentando-se ao meu lado e pondo sua mão sobre a minha testa.

Sério, aquela garota já estava me irritando. Ela era estranhamente... Estranha.

— Preciso ir embora! — alertei, levantando-me.

— Maxon Matthew Villar Nakamura, você não vai embora! Precisa se... — falou, mas calei sua boca com a palma da minha mão.

— Como sabe o meu nome?! — indaguei.

— É que eu chamo todo mundo que não conheço assim — explicou.

— E, ahn... Em que cidade e bairro estamos?

— Zehul, na cidade de Laurenghart.

Ótimo! Era exatamente neste lugar que eu precisava estar. Uma adolescente traficante de arnúlio seria a próxima vítima.

Pelo visto, além das sombras terem me salvado, elas também haviam ajudado-me. Eu apenas precisava encontrar a garota, mais conhecida como Condesa, e matá-la. Após isso, eu pegaria o dinheiro que havia no cofre dela como pagamento e voltaria para a casa d Mel, onde descobriria quem seria o próximo.

— Por que está pensativo assim? — perguntou, tirando-me dos meus devaneios.

— Ahn... Você sabe onde posso encontrar a Condesa?

Então, ela fechou a cara. Me fitou, pensativa como eu estava antes. Ficou me encarando, tentando ler minhas feições. Por sorte, eu sabia fazer aquilo – então deixei minha face séria, neutra, ilegível.

— Não. Por acaso você também é algum traficante? Porque, se for, terei de chamar a polícia — avisou, pondo a mão em seu celular, auê estava em seu colo.

— Se, de fato, não sabe, por qual motivo ficou séria quando perguntei onde poderia encontrá-la? — sentei-me novamente.

— Por... Porque nunca me fizeram tal pergunta antes.

— Ah... Estou entediado! O auê acha de ir nos assistir um filme?

— É uma ótima ideia! — falou, aliviada, levantando-se. — Mas espera aí um minutinho que eu vou tomar meu remédio, tá? Sou anêmica...

— Percebi — comentei, notando sua palidez.

— Palhaço — disse, saindo do quarto e fechando a porta sobre si.

Andei até a porta e grudei meu ouvido nela, tentando ouvir algo.

Até que percebi que ela não estava tomando remédios algum, mas sim, falando ao telefone.

— Kevin, o garoto perguntou se eu sei sobre a Condesa.

Kevin... Esse nome é familiar...

— Na certa, ele já descobriu — falou a voz metálica e masculina que saía do celular. — Mate-o!

— E-eu não posso fazer isso... Ele é apenas um gótico tolo. Não vou matá-lo!

— Então deixe que ele te mate — falou, séria e friamente.

E a ligação terminou. Corri, sentando-me na beliche enquanto a porta era lentamente aberta.

Pelo visto, era ela. A ligação havia provado isso.

— Pronto — suspirou. — Vamos assistir o quê?

— Você tem o filme "Facada 7"? — perguntei, levantando-me.

— Tenho sim, adoro terror!

— Eu também — comentei. — E prefiro as personagens assassinas.

Andei com ela até a sala, onde nos sentamos no sofá e assistimos o filme. Melanie quase sempre olhava para mim, depois para minhas mãos, e logo após novamente para a tevê. Aquilo já estava me incomodando...

— Sabe, não gosto muito de filmes que envolvem terror e sexo — reclamou.

— Eu gosto. É tipo uma inovação do gênero do horror.

— Acho um pouco estranho. Tipo, o assassino sempre vem quando a mulher reclama ou está transando com alguém. É muito repetitivo e provável!

— Ninguém se importa.

— Acho que vou trocar de... — falava, mas fôra interrompida

Puxei um facão da minha cintura e o estoque em sua barriga com força, logo após o tirando e pondo-o sobre o meu colo.

— P-por que?! — indagava-se, enquanto sangue saía por sua boca e sua ferida a encharcava.

Enfiei novamente o facão já manchado de sangue bem sua barriga, num local um pouco mais abaixo primeiro ferimento.

— Cala a boca e assiste a merda do filme!

Sua cabeça então tombou para trás, e o sangue cessou. Sua respiração não pôde mais ser ouvida. Enfim, eu havia terminado com sucesso aquela parte da missão. A única coisa que faltava era eu roubar o dinheiro do cofre, e todos sairiam ganhando: a cidade com menos porcentual de viciados e eu com minha faculdade de medicina garantida. Depois, era só eu procurar um próximo infeliz e ir atrás dele, ou ver se a escuridão me levava novamente até o criminoso.

— O filme está muito bom, mas eu ainda preciso de alguns reinados para que o meu futuro como cientista e médico esteja garantido — avisei, levantando-me do macio e confortável sofá. — Vê se não sai daí, okay, defunto? Se precisar de algo, estarei no seu quarto, arrombando seu cofre e saqueando-o.

Voltei então para o quarto, onde comecei a procurar por algo que se parecesse com um cofre — um com um microondas, talvez.

Investiguei debaixo da beliche, atrás dos quadros, em todos os lugares do quarto... Mas não consegui encontrar em lugar algum.

Talvez, a Condesa não fosse, de fato, tão tola.

O dinheiro dela poderia estar no Banco de Alard, ou numa conta bancária no exterior. Se, de fato estivesse, eu não teria mais nada que pudesse fazer. Eu não era bom em informática, nem sabia hackear contas, e muito menos sabia como descobrir a senha da conta bancária de Melanie...

Mas então eu me lembrei de que conheci, um dia, um hacker imbatível, e que estava num lugar de fácil acesso.

— Escuridão, leve-me até Mitchell, o Caçador!

Então as luzes se apagaram e a escuridão tomou conta do local. As milhares de sombras foram atraídas para mim, se aproximando lentamente. E, como que num passe de mágica, eu me vi caindo e desmaiando.


Notas Finais


Então, esse foi o primeiro capítulo, espero que tenham gostado e até mais ver...

~Nick


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