História As the world caves in - Trafalgar Law. - Capítulo X

O resmungar de S/n acordou Law que mal estava dormindo. Ele tinha acabado de pegar no sono apenas quando se certificou que a garota estava completamente bem segura em seus braços. Não conseguia nem pensar o quão bom era aquela sensação antes de chamá-la diversas vezes e se colocar em cima da mesma por senti-la se remexer e murmurar palavras que nem ele conseguia entender. Sua voz parecia não fazer efeito, até que ousou gritar e ela abriu os olhos com a respiração totalmente ofegante e um pouco de suor caindo de sua testa.

- Desculpa. Eu te acordei.

- Qual foi o pesadelo?

- Não é...

- Não tente mentir, sabe que não funciona muito bem. - Law falou com um tom de voz tão baixo que pode ser considerado um sussurro. S/n respirou profundamente e deitou levemente a cabeça na mão do homem que acariciava seu rosto, um ato totalmente raro vindo dele - Foram os experimentos?

Assentiu levemente lembrando de cada detalhe do sonho e acabando por recapitular tudo o que passou nas mãos daqueles homens. Lembrou de quando tocou Caesar depois de finalmente os testes terem acabado e usar seu poder - ele ficou irritado, mas com toda certeza a tratou melhor que Doflamingo e ainda sentiu certa pena por tal coisa - Law não ousou dizer mais nada, e S/n agradeceu por isso. Talvez ela realmente ainda não estivesse pronta para contar ou talvez não quisesse que Law ficasse com mais raiva da situação.

- Quando quiser me contar, saiba que escutarei cada detalhe.

- Só... ainda doí. É como se tivessem me quebrado em diversas partes e elas ainda não conseguiram se juntar, mesmo que tivesse rachaduras, eu preferia que ficassem juntas.

- Entendo. - Abaixou minimamente o corpo não se importando nem um pouco com peso em cima do corpo da mesma - eu juntarei todos. absolutamente todos eles e os juntarei, se você quiser.

- Talvez eu goste mais do Law carinhoso.

- Não se acostume tanto, S/n ya - Deu um mínimo sorriso depositando um beijo em seus lábios e logo se colocando ao lado da mesma a puxando para bem perto - Eu até gosto de ficar assim.

- Ainda bem. - Se sentia segura com o corpo de Law envolta de si e era isso que importava.

Se certificou de apertar forte as mãos do homem em sua barriga ao lembrar de tantas agulhas, tantos choques e substâncias inseridas em seu corpo, inclusive o momento que foi obrigada a comer a Smiley. Escutou antes a conversa de Doflamingo por um caracol comunicador sobre as falhas que estavam ocorrendo em Wano, mas não arriscou perguntar sobre, não quando ela poderia ser essa falha. Por alguma sorte, ela não foi. E talvez, fosse melhor que tivesse dado errado e ter sido descartada fácil. Lembrou dos momentos que era colocada em um quarto como se fosse parte de seu descanso e acabava por vomitar e sentir inúmeras dores de cabeça por aquilo, efeitos colaterais.

Sabia que isso não se apagaria tão facilmente de sua mente, e talvez nunca acontecesse, mas só de ter isso como seu passado e não presente a fazia se sentir melhor.

- Eu estou aqui. - Sussurrou em seu ouvido e ela sorriu calmamente se alinhando mais prontamente para fechar os olhos e deixar que o sono chegasse novamente.

...

Luffy comia desesperadamente em sua frente e ela não sabia se ria ou se pedia para que ele parasse de roubar sua comida. Até pensou em realmente ficar brava mas não conseguia, ele realmente conseguia ser carismático em diversos sentidos. Roronoa a encarava parecendo suspeitar de algo - e talvez ele tivesse motivos, mas com toda certeza, o homem era leal demais ao capitão para deixar que alguém acabasse com seus planos - Escutou Law xingar quando o chapéu de palha roubou mais uma vez a fruta de sua mão.

- Ou fica com raiva, ou chora, ou corre, ou dorme, ou come! Mais uma coisa de cada vez! Tá ligado na tomada?

S/n começou a rir até que o chapéu de palha roubou o pão que estava em sua mão e ela o xingou. Pela primeira vez o xingou e ele riu de sua cara passando as mãos pelos cabelos da mesma o bagunçando por completo.

- Você vai com a gente? - Roronoa finalmente perguntou com a sobrancelha arqueada

- Ela vai.

- Cala a boca, capitão idiota!

- Mas ela vai, Zoro. Vai, não vai? - Luffy a olhou e ela assentiu - Viu? Eu disse.

- Não fique achando que ela será do seu bando - Law retrucou se encostando na parede - No máximo será do meu.

- E por que isso em?

- Ela já não disse que é do bando do Kid? - Robin perguntou - Talvez queira voltar para ele.

- E eu quero. Vou salvá-lo primeiro, Kaido o levou e eu não quero que ele se machuque mais do que deve estar.

- E depois?

- Não é tão importante por agora. - Sorriu sincera. E de fato não era, pelo menos não naquele momento em que pela primeira vez não pensaria no dia seguinte e se torturaria com isso - Fico feliz que me queira com você.

Chapéu de palha engoliu um grande pedaço de carne e a boca imediatamente começou a se mexer quando foi totalmente interrompido por Law dizendo que não era para ele falar novamente de "Ace". É claro que aquilo levantou ainda mais suspeitas, apesar de sempre escutarem tal coisa desde que conheceram S/n, de alguma forma, Luffy realmente não ousou falar nada e apenas deu um sorriso meigo para ambos e voltou a comer e falar sobre Rebecca e sua situação em Dressrosa.

S/n não deu tanta importância, sabia que antes de ir, teria que falar com elas ou pelo menos uma despedida depois de tanto tempo, o seu único problema seria realmente perdoar Violet. Mexeu a cabeça em negação e se levantou dizendo que os encontraria antes de partirem e que, teria algo para fazer antes de realmente ir com eles. Nenhum ousou questionar o que era o que aliviou o corpo tenso de S/n que não desejava dar explicações. Law a olhou de canto e apenas assentiu, daria um jeito de encontrá-la antes que partissem.

Ela até pensou em andar pelo país, mesmo que ele agora não fosse mais do domínio de Doflamingo, ainda era algo que não conseguia lidar tão bem então, foi se teletransportando até chegar em seu quarto e abrir a porta para o grande corredor cheio de mordomos que iam de um lado para o outro. Um deles a parou e perguntou se precisava de algo - De fato, nenhum deles tinham nem sequer percebido que S/n já tinha saído de manhã cedo - apenas negou com a cabeça e olhou para o grande salão onde inúmeros piratas estavam lá discutindo sobre uma possível aliança com Luffy. - O garoto realmente conseguiu conquistar todos a sua volta, assim como Ace disse uma vez para ela.

Deu um passo para frente mas se agachou rapidamente para que ninguém pudesse vê-la realmente. Se aproximou lentamente de Bellamy que deu um pulo ao ver a garota e ela colocou o dedo na boca pedindo para que ele ficasse em silêncio.

- Não quero chamar atenção... eu só vim te agradecer. - Deu um sorriso mínimo - Por... ter mentido por mim.

- Não é como se eu não tivesse feito isso outras vezes.

- Como?

- Todas as vezes que você saía escondido, eu via. - Voltou a se deitar e colocou um óculos de sol no rosto - Ele sempre me perguntou e eu sempre menti. Você não merecia nada disso, e mesmo admirando ele, não gostava dessa atitude.

- Bellamy... - Segurou parte do rosto dele que estava virado o contrário e beijou sua testa - Desculpa por te tratar como cachorrinho dele

- Não é o que eu sou? Ou pelo menos era.

- Não. Te vejo por aí?

- Se continuar a seguir Luffy, você vai.

S/n sorriu e murmurou outro obrigado antes de sair dali e virar para o corredor de onde ficava o quarto de Violet. Pelo menos, ali ela tinha certeza de que encontraria as duas e talvez até o Rei. Ele acabou por aparecer em sua frente lhe dando um susto e tanto e ela acabou por cair sentada no chão.

- Ainda não tocou ninguém com a fruta de invisibilidade? - Ele brincou e estendeu a mão - Não ache que sinto raiva de você, você S/n, protegeu Rebecca.

- Fico feliz que não me veja como ele.

- Muito pelo contrário.

- E sobre a fruta de eu cheguei a conclusão que não vou usar mais nenhuma habilidade sem antes perguntar a pessoa.

- Isso é bem.. nobre de sua parte.

- Talvez seja, mas...acho que me sentiria mal em "roubar" poder de alguém que seja do bem. - Pensou em Doffy - Mas talvez de Doflamingo eu não ligue tanto.

Fez uma reverência para o Rei que a deixou seguir seu caminho. Abriu a porta sem cerimônia dando de cara com Violet, Rebeca que eram vestidas adequadamente como princesas. Ela abriu um sorriso para Rebecca que finalmente não era mais odiada pela cidade e ao se virar para Violet apenas deixou que o sorriso simpático ficasse mais frio.

- Eu vim. Vim me despedir.

- Você vai com eles? - Rebecca perguntou se desgrudando das moças que acertavam seu vestido - Você vai finalmente ser livre?

- É. Eu acho que vou ser. - Sorriu e recebeu um abraço apertado o suficiente para os ossos estalarem - Talvez só sinta falta de algumas pessoas aqui.

- Se eu pudesse... eu... eu ficaria com meu pai.

- Fique, Rebecca. Violet pode assumir seu lugar, eu tenho quase certeza que vai ser bom.

Ela pareceu pensar mas a dona do vestido lilás pediu certo espaço e se aproximou de S/n com uma feição de tristeza no rosto. Violet se sentia tão culpada por todo esse tempo que nem sabia se realmente deveria se aproximar.

- Sei que não vai me desculpar. Sua personalidade é péssima quando se trata de perdoar.

- Não sei se é algo que dê para perdoar, Violet. - Abaixou a cabeça - Confiança não se constrói do nada, e não creio que volte a ser como antes, sempre vai existir rachaduras.

- Espero que um dia, possamos ser amigas novamente.

- Um dia, quem sabe. - Aceitou apertar a mão que estava estendida para si e foi puxada para um abraço rápido - Obrigada... por, dizer a Law onde era meu quarto.

- Sempre soube que ele viria te procurar. Não existe alguém que possa não gostar de você.

Não respondeu. Apenas se desvinculou daquele abraço e sorriu para ambas dizendo que um dia, ela voltaria ali e as visitaria, talvez como criminosa ou procurada novamente pela Marinha, mas isso era só um detalhe. Abriu a janela dali - como sempre, odiava os métodos normais e essa sempre foi a forma que ela usou para ir e vir para o castelo nas diversas vezes que não queria ser vista por ninguém - deu de cara com Luffy que tombou a cabeça pro lado.

- O que cê tá fazendo aqui?

- Eu é que te pergunto, o que você tá fazendo aqui?

- Eu vim sequestrar a Rebecca

- Como é?

- Ela quer ficar com o pai, então eu vou fingir que tô sequestrando ela e Pum! Ela pode ser livre.

S/n gargalhou. Se pudesse escolher alguém para estar sempre ao seu lado como um irmão com toda certeza escolheria Luffy. Abriu espaço para o mesmo encarar Rebecca que não sabia ao certo se deveria ou não ir. Com um pouco de incentivo, ela acabou cedendo e Luffy começou a correr pelo telhado e conseguiu ver diversas pessoas gritando pela situação. S/n deu uma última olhada para Violet e pulou da janela usando cordas para que chegasse ao chão segura.

- A propósito - Escutou a voz de Violet acima de si pela janela - Você me tocou. Eu permito. Eu permito que use meu poder quando quiser!

S/n apenas assentiu. Violet sabia das vezes que a garota se sentiu culpada por usar de alguém totalmente indefeso e talvez, esse fosse o momento em que começaria a aceitar a garota de volta, em algum outro momento elas teriam de se acertar, mas não hoje e sem pressa para isso.

Ouviu gritos alegando que ela tinha se voltado para o lado dos piratas e que com toda certeza teria ajudado o chapéu de palha a sequestrar a princesa Rebecca. Apenas sorriu antes de começar a se mover por lugares e acabar batendo novamente em alguém por não saber exatamente onde acabava jogando a pedra.

- Sengoku.

- S/n. Rocks D S/n. - O homem a olhou e deu um meio sorriso - Me sinto realmente bem por vê-la viva.

- É. Também estou agradecida por estar viva. - Se virou para frente vendo que Law estava ali - Devo.. hm, me retirar?

- Não. Creio que essa parte da história você deveria saber mais do que ninguém.

- Como?

- Sabe, eu realmente tentei impedir Rosinante de cuidar de você. Talvez isso tenha sido um erro no final das contas, Garp continuava certo sobre você ser melhor na marinha do que na pirataria.

- Eu sei que você não queria que Corazón cuidasse de mim...

- E mesmo assim, ele fez o que quis. - Sengoku riu conforme S/n seguiu na direção de Law e o mesmo passou os braços pelo ombro da mesma o fazendo prestar atenção naqueles movimentos - No final, ele sempre soube o que era o certo a se fazer. Ele era especial para mim, eu o conheci quando ainda era criança e o cuidei como se fosse um filho, da mesma forma que ele fez com vocês. Um rapaz honesto, mais dedicado à justiça que qualquer um, um subordinado de confiança. - Law abaixou a cabeça cortando qualquer contato visual que tinha com Sengoku, diferente de S/n que se mantinha atenta - Ele só mentiu uma vez para mim em toda sua vida. Ele com toda certeza teve seus motivos. Cinco coisas sumiram naquele incidente: Os piratas de Barrels, meu subordinado, Ope Ope no mi, A neta de Rocks e o garoto da família Donquixote que sofria a doença do chumbo branco.

- Sim. Sou eu. - Foram as únicas palavras de Law ao levantar a cabeça e finalmente olhar para o ex-almirante de frota

- Imaginei. Rosinante desviou da missão por meio ano por sua causa, estou certo disso, S/n?

Law não deixou que ela respondesse. Trafalgar concorda que Corazón tinha o levado para diversos hospitais, seguido por Sengoku dizendo que ele arriscou sua vida pela fruta da operação. Nesse momento, S/n levou sua mão até onde a dele estava encostada em seu ombro e a apertou bem firme.

- Quero saber exatamente por que ele morreu.

- Sim. Foi isso mesmo. Ele me devolveu a vida, a vontade de viver, eu tenho uma dívida eterna com ele é por isso, que eu passei anos para derrotar Doflamingo! Por ele! - A força na mão de Law com a sua foi mais forte conforme o volume de sua voz se aumentava - Eu não sei se ele gostaria que eu tivesse levando minha vida dessa forma, por causa do "D" no nome.

- "D"? - Sengoku se virou assustado e dividiu seu olhar entre S/n e Law. Law perguntou o que significava ter essa sigla no nome, o ex-almirante demorou um tempo para responder parecendo pensar - Eu não faço a menor ideia.

- Não se faça de bobo! - S/n retrucou

- Rosinante não fazia a menor ideia do que significava. Assim como você S/n, ele não salvou vocês por isso. Ele nem sequer pensou no sobrenome quando decidiu que os queria vivos e bem. Não tente buscar motivos no amor de alguém.

As mãos de Law tremeram nas suas e ao olhar para o rosto do cirurgião, seus olhos estavam centrados e totalmente surpresos - ou talvez apenas por sentir um grande choque de realidade - Trafalgar se virou se desvinculando de S/n e ela permaneceu parada com Sengoku olhando para o céu.

- Eu os prenderia se ainda estivesse na ativa, apenas para conseguir conversar por mais tempo. Ironicamente, vocês, piratas, são os únicos com os quais eu posso compartilhar memórias de Rosinante. Se queremos mesmo preservar sua memória, temos sempre que nos lembrar dele. Sei bem que não veio só aqui por Doflamingo e Corazón.

- Eu...

- Vivam como bem entenderem, isso... é o que ele diria. - Sengoku deu dois passos para frente e parou rapidamente antes de deixar o local - Ele estaria mais do que orgulhoso de você, S/n.

Fechou os punhos e respirou profundamente antes de se virar para Law e o ver com sua boina cobrindo parte do rosto. Não ousou falar nem uma palavra sequer, apenas o abraçou por trás e deixou que uma de suas mãos se encontrasse com a dele em sinal de que entendia tudo que estava sentindo. Sempre acabavam zoando que se Corazón ainda estivesse aqui, ele os obrigaria a não ficarem juntos romanticamente, mas no fundo, ambos tinham total certeza de que Rosinante seria a pessoa mais feliz por vê-los daquela forma.

...

S/n agora tinha uma recompensa por sua cabeça. Tinha total certeza que Sengoku e Garp tinham aliviado para o lado dela - de alguma forma, qualquer que fosse - e não divulgaram seu sobrenome. Ela estava deitada nas pernas de Trafalgar observando seu cartaz de recompensa e comparando com a de Law.

- Parece que a minha é maior. - Zombou

- Isso não importa.

- Claro que sim, significa que eu sou mais forte.

- Não tem nada ver uma coisa com a outra.

- Você só não quer admitir.

Law revirou os olhos e largou sua espada ao seu lado começando a acariciar de leve os cabelos da garota que por um momento deixou a recompensa de lado e fechou os olhos com a sensação boa em seu peito.

- Vou conhecer a sua tripulação? Como eles são?

- Legais.

- Só isso que tem pra me falar?

- Você vai gostar do Bepo.

- Por que?

- Ele é um urso. Um urso falante pra ser mais exato, um Mink.

- Como você conseguiu um Mink para sua tripulação?

- Ele ainda era um bebê quando o encontrei, nós só ficamos próximos e ele aprendeu a navegar.

- Sabe Law, eu realmente não quero ser cortada.

- Não vou te cortar, só se precisar tirar o resto o de seu corpo - revirou os olhos já ansiosa pela dorr que sentiria - Não vai doer, eu vou usar o poder da Ope Ope, não mentiria pra você.

S/n sorriu e se virou para o lado dele, ficando confortável o suficiente para dormir ali. Não sabia se Bartolomeo cederia algum quarto, visto que ele não era nada fã de Law e sim de Luffy. Cada um dos outros tinham um quarto individual e mesmo depois de toda a farra pela tropa do chapéu de palha ser formada, eles ainda pareciam ter energia o suficiente para isso.

- S/n. - Escutou a voz conhecida de Robin e se virou rapidamente levantando seu corpo - Se quiser, pode ficar no meu quarto.

O sorriso simpático de Robin a fez realmente balançar a cabeça em concordância até que Law arqueou a sobrancelha para a arqueóloga achando esquisito isso. Não era sempre que a mulher era receptiva.

- Se quiser Law, você pode ficar com ela lá. - Riu em deboche - Não vou roubá-la de você, a menos é claro, que ela queira

- Hein? - a testa do homem franziu e ele nem ao menos conseguia formular uma resposta para aquilo. - Não sei se te entendi direito.

- Estou apenas brincando. Vou dividir o quarto com Franky, podem ficar a vontade no meu, apenas uma gentileza por gostar de sua amizade, S/n.

- Tem certeza que não terá problema?

- Absoluta. A menos que por algum motivo o navio resolva afundar e a água comece a entrar por aquele quarto.

- Ual.

- Mas é tudo uma teoria.

- Eu espero que sim. - Law retrucou e passou os braços por S/n

- Como eu disse, eu não vou roubá-la de você.

Robin sorriu e se retirou seguindo até onde o ciborgue do bando de Luffy estava. Se perguntou por que ele mas depois viu que vários iriam dividir os quartos, era apenas alguém que ela já conhecia para tal. S/n olhou para Law que estava ainda com a testa franzida.

- O que foi? Ficou com ciúmes?

- Ela deu mesmo em cima de você?

- Talvez?

- Espero que não. É difícil pensar em te dividir.

Revirou os olhos e segurou a nuca da garota virando seu rosto totalmente para o dele e em seguida deixando um beijo em seus lábios. Murmurou alguma coisa que nem ela entendeu mas que o fez dar mais um selar em sua boca e se levantar dali e seguir para talvez o quarto. Deu de ombros e permaneceu ali deitando sua cabeça e fechando os olhos até ser cutucada com uma espada no rosto.

- O que foi? - Perguntou sem olhar

- Vê se não faz barulho, meu quarto e o do Luffy estão do lado.

- Do que você tá falando? - Reconheceu a voz

- De você e seu namoradinho.

- E o que você tem com isso, espadachim?

- Luffy mandou tomar conta de você

- Pra?

- Acho que o Law pediu pra ele antes da luta lá começar e ele só lembrou agora e pediu pra mim

- Ual. Mas agora não precisa mais, obrigada.

Roronoa se sentou ao lado dela e fechou os olhos como se ela nem existisse ali. Deu de ombros e permaneceu assim até que percebeu que acabou caindo no sono - um sono que durou cerca de cinco minutos graças a Luffy - O chapéu de palha pulou em cima dos dois e Zoro começou a xingá-lo e gritar.

- Manda o Kid se juntar com a gente

- Você me quer tanto assim no seu bando?

- Sim.

- Que irritante. Deixa essa garota pra lá, ela já tem o Law e o Kid.

- Nha nhan nhan - Debochou de Zoro - Ela é minha amiga agora. Eu gosto de amigos próximos.

- Não precisamos ser do mesmo bando para isso, Luffy. Gosto de você e vou permanecer sendo sua amiga.

Sentiu os braços do chapéu de palha se enrolarem em seu corpo e a apertarem para um forte abraço. S/n sorriu com aquilo, sentia que poderia ter uma família novamente, até maior do que antes. Ficou um tempo conversando com Zoro e Luffy até perceber que estava com saudades de Law - mesmo que por pouco tempo separados, ainda conseguia sentir sua falta - Abriu a porta do quarto e o viu apagando um cigarro.

- Hm.. sabe que no navio não é muito bom, não é? - fechou a porta e sentou no colo do homem passando os braços por volta do pescoço.

- Estou parando. Ou quase isso.

- Você como um grande médico, deveria saber o quão mal é.

- Eu sei. - Law sorriu - Mas agora, as coisas mudaram.

- Bom, eu não digo isso te obrigando, mas é bom diminuir

- Acho que se você conhecesse o cozinheiro deles iria parar de falar de mim

- Hm... é o loirinho? Eu o vi quando fui procurar você. - Law resmungou alguma coisa sobre ele ser um tarado mas ela ignorou.

Se aproximou e o beijou calmamente, e ainda que o homem tivesse fumado - um único sequer - o cheiro não estava totalmente presente ali, sendo assim, ela tinha certeza que o homem já não tinha uma grande frequência como antes. As mãos de Law subiram para o cabelo o segurando forte na mesma intensidade que se agarrava no quadril da garota.

- Eu amo você, e eu não tenho um motivo para isso. - S/n diz.

- Não preciso de um, não mais. Já é mais do que o suficiente para mim.

Depositou inúmeros selinhos no rosto e nos lábios de Law começando a deixá-lo corado. Ele a puxou para se sentar melhor em si, deixando com que as pernas passassem por ele e rapidamente caiu naquela cama com S/n sem deixar de beijar seus lábios.

Law levou sua mão até o queixo de S/n e o levantou calmamente passando seus dedos pelos lábios e depois por todo o rosto em forma de carinho. Seu olhar estava totalmente focado ali, focado no quanto a beleza dela ainda o surpreendia, ,no quanto se sentia sortudo e o quanto a amava verdadeiramente.

- Estamos juntos agora. - Law diz como uma forma de pergunta, um certo nervosismo tomava conta de seu corpo - Você quer estar comigo?

- Uma forma diferente de dizer que quer namorar comigo?

- Juntos. Unidos. Noivos. Um do outro. Namorados. Da forma que você quiser chamar, não é o título que me importa. Eu sou seu, e é isso que importa.

- Somos um do outro, então. - S/n sorriu e passou os dedos pelos cabelos de Law

- Amo você, S/n ya.

Aquilo fez com que a garota abrisse um sorriso de orelha a orelha. Ela nunca amou tanto escutar essas palavras como agora. Ter sua vida finalmente se encaixando era tudo que precisava, ter Law, amigos, o irmão do Ace ao seu lado era o que desejou. Se lembrou das palavras de Marco e prometeu a si mesma que faria Law se sentir amado da mesma forma que ela se sentiu com Ace.

Eles precisavam disso. Eles mereciam isso.

Law sabia bem disso, e a faria se sentir tão amada como ele se sentia nesse momento. A protegeria como Corazón um dia protegeu os dois e não deixaria que ninguém mais os impedissem de viver o que sempre esteve destinado.

- Acho que consigo encontrar um novo vício para você. - S/n cortou aquele silêncio confortável que estavam

- Hm, o que seria?

- Está literalmente em cima de você.

Law sorriu e arrastou as mãos até a bunda da garota e a apertou forte o suficiente para fazê-la arfar.

- Poderia facilmente me viciar em você, se eu já não estivesse a anos.

Jogou seu corpo para cama e a puxou para beijá-lo deixando que os corpos ficassem facilmente grudados um no outro, escutou S/n murmurar que dessa vez faria como ele gostava e o mesmo já sentiu sua pele se arrepiar apenas por imaginar como seria. Os corpos começaram a dar sinal de precisavam de mais contato, e rapidamente S/n já se encontrava levando as mãos de Trafalgar para cima da cabeça e as segurando fortemente com a mão.

- Quero que me dê prazer, Law. - Ela diz simples mas com um tom que sabia que o deixaria mais excitado. - Dessa vez, você realmente vai acabar se descontrolando, e do jeito bom.

Um sorriso saiu da boca de Law quando ele apenas assentiu vendo o corpo de S/n sair da cama apenas para retirar a roupa que usava. Lentamente, cada peça era jogada para longe e algumas para ele o fazendo respirar pesadamente, sabia que se tirasse as mãos de cima da cabeça não teria o que queria, então não se arriscou. Arfou quando S/n subiu para bem perto de seu rosto e acariciou seus cabelos deixando a intimidade rente de sua boca.

Trafalgar podia jurar que se perderia ali. Mas ele teve total certeza, que tinha achado seu lugar preferido e não estava se referindo à intimidade que se contraia em sua boca e aos gemidos que saiam de S/n, e sim, da própria. A própria S/n que um dia foi seu motivo de raiva e agora era sua maior felicidade. 

 the end

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"Você me viciou, e eu nem sei quem está marcando mais pontos

Por que eu nem sei o que nós somos

Eu nem sei por onde começar,

mas eu posso interpretar o papel

Dizemos que somos só amigos, mas eu estou te olhando do outro lado da sala."

that way - Tate Mcrae

Amigos. Era o que vocês diziam para todos ao redor, mesmo que a verdade por trás das palavras estivesse tão à vista da maioria das pessoas que conviviam.

A distância com toda certeza não fez nenhuma diferença nesses sentimentos, ela só aumentou. Aumentou tanto que foi impossível que ele ficasse guardado dentro de Kuroo Tetsuro por mais tempo.

E com toda certeza, não foi diferente com sua celebridade. 

Friends to love || 18 || Haikyuu.