—Ah meu deus.... Erwin!!! - Yara exclamou ao ver Floki o colocando sobre o telhado. Ela se aproximou e viu o caos acontecer. Eren se aproximou de Levi e balbuciou as palavras que soaram as mais crueis para ela.
(S/n) tocou na mão da amiga que voltou a realidade e então tentou se aproximar mas o caos entre eles estava cada vez maior, Mikasa chorava como bebe e Eren estava sem os dentes da frente, ela tentou olhar e raciocinar o que estava acontecendo mas cada vez se tornava impossível. Sasha estava na mesma condição.
—Y-yara... - a amiga a chamou, ela se aproximou e disse. —N-não perca tempo. - Yara então sentiu um gatilho e gritou todo o plano que tinham mente.
Ela os observava sentindo o suor descer gelado pelo corpo, ela soltou um gemido de dor fazendo os demais se ligarem que haviam mais coisas acontecendo em volta. Ao comando de Levi todos saíram e o deixaram tomar sua decisão.
E então dois clarões aconteceram, mas ela pouco pode ver enquanto Jean subia com ela e Conny com Sasha para o topo da muralha, lá eles as arrumaram e aguardaram.
—O que faremos com ela Jean? - Conny perguntou levantando o cobertor que havia sobre o corpo dela, o sangramento não parava.
—E-eu nao sei Conny... - disse repousando a cabeça da menina sobre o colo. Ela fechou os olhos mas sentiu o corpo ser chacoalhado, abriu os olhos mas eles se renderam ao sono que a levava de um mundo ao outro. Sentiu uma dor no baixo ventre a fazendo se remexer, toda aquela região estava cada vez mais sensível. Ela ouviu gritarem por Levi que se aproximou e tocou em sua testa, ele tentava conversar com ela mas era como esta imersa numa piscina, daquele jeito exato.
—Nós... a casa... Eren...
—...O porão...
Isso foi tudo que ela ouviu daqueles últimos momentos na muralha. Quando finalmente abriu os olhos estava deitada na cama da enfermaria do QG, a perna estava sobre um travesseiro branco que o apoiava. Ela sentiu a cabeça girar e seu estômago embrulhar, procurou se sentar mas a força em seu corpo vacilou quase a levando ao chão.
—Vai com calma. - Levi disse a segurando enquanto a deitava novamente, ela tentou lutar contra ele mas não havia força alguma.
—(S/n)... amiga... eu sinto muito. - Yara disse para ela que finalmente parou de tentar lutar quando o médico colocou alguma substância em seu soro, ela apagou na mesma hora, Levi a observou até seu último momento acordada, apesar de apagada ela podia o sentir, sua mão na dela, os dedos afagando suavemente os dela, ele mexendo em seu cabelo, absolutamente tudo.
Quando despertou abriu os olhos lentamente, eles pesavam mais do que mil sacos de cimento e estavam tão secos que doíam quando ela os mexia, respirou fundo sentindo uma dor cair sobre o corpo, parecia que haviam passado por cima dela com um cavalo. Ela tentou se sentar mas apenas conseguiu mais motivo para sentir o corpo vacilar.
—Hmm~ - grunhiu com a dor e tentou não chorar, mas era quase impossível.
"O que aconteceu? Como vim parar aqui?" - se questionou primeiro e então olhou pela janela, a luz do luar era forte e ainda sim reconfortante, ela relaxou o corpo pela primeira vez desde que acordou e sentiu o estômago doer. Se sentiu tonta e tentou manter a consciência por um momento.
Levi entrou pela porta quando o sol finalmente tinha nascido, estava usando suas roupas normais, não seu uniforme da tropa, a fazendo estranhar.
—Oi... Você esta bem? - perguntou se aproximando dela, ela desviou o olhar da janela e olhou para a mão dele que estava sobre a dela, ela deu um sorriso e balançou a cabeça positivamente.
—O-o... o que aconteceu? - a primeira tentativa de fala foi como se tivesse ficado em coma a 5 anos. Ela pigarreou e tentou falar novamente mas a voz continuava a falhar, ele por outro lado entendeu e se colocou a falar.
—... E então eu usei o mesmo fluído para transformar tanto o Erwin quanto o Armin em titãs ja que tinhamos o Reiner e o Bertholdt. A Yara disse que a ideia foi sua... o prêmio teria sido seu se estivesse acordada quando o recebemos da rainha. - explicou a deixando cada vez mais chocada.
—Então o Erwin está vivo?? - disse fazendo ele balançar a cabeça positivamente.
—Mais alguma pergunta? - perguntou se levantando.
—Tenho. Pode me trazer comida? - ela disse e soltou uma risada animada.
—Claro. Ja venho. - disse saindo da sala. Sozinha ela começou a se sentir estranha, apesar de todos os feitos, de seus amigos estarem bem, ela não se sentia como antes, algo havia mudado nela, e queria saber o que era, enquanto pensava sobre o assunto alguém bateu na porta e uma Yara histérica entrou.
—Ai meu deus!! Você está viva!! - a amiga disse a agarrando. Ela se separou e então ela pode ver, a barriga de Yara ja nao era aquele coisa pequena, estava crescendo, estava a amostra embaixo da roupa, primeiro veio o pânico e então depois ela voltou para si e perguntou.
—P-por quanto tempo eu dormi...?
—A-ah... sobre isso... (S/n), você não deveria pensar muito sobre isso e só descansar. - vacilou dando um passo para trás, a garota segurou forte no pulso da amiga e implorou por uma resposta, estava começando a machucar Yara quando Erwin passou pela porta e tentou acalma-la.
—Chame o médico Yara. - pediu enquanto tentava acalma-la.
—Ma-mas...
—Vá!!
–Erwin... o que esta acontecendo? O que estão escondendo de mim? - perguntou enquanto ele segurava em seus pulsos.
—Tente relaxar, (S/n). - pediu. Levi passou pela porta com uma bandeja na mão e então a deu para Erwin, a garota se pôs a chorar quando o viu.
—Levi... - ela grunhiu entre as lágrimas, ele a segurou em seus braços e encostou a cabeça dela em seu peitoral e a fez um carinho no rosto, apesar de estar ali sendo cuidadoso, parecia estar distante, havia quase culpa no olhar. Ela não queria que ele se sentisse culpado por isso, não queria. Yara entrou com o médico que assim como da última vez, a apagou.
Para ela foram como minutos, ela acordou um pouco tonta mas estava bem melhor que da última vez que acordou, sua perna ja não estava mais enfaixada como antes por essa razão julgou estar melhor, toda a confusão de seu ultimo despertar a fez refletir um pouco na escuridão no quarto.
—E mais uma vez, era ela e a Lua. - sussurrou para si, puxou a agulha de dentro do braço e secou o sangue com a camisola da enfermaria. Ela ousou levantar da cama mas assim que tentou se colocar de pé seu corpo foi de encontro ao chão, grunhiu com o impacto e como uma verdadeira guerreira ela tentou sair do quarto, chegou a porta e então a abriu.
Se arrastou até as escadas onde de la de baixo vinha Sasha, a garota quase infartou ao ve-la ali.
—Meu deus (S/n), como você está? - disse ajudando a garota a se levantar.
—Com fome. - disse para Sasha que riu e desceu com ela.
—Eu te ajudo a comer, vamos. - disse a carregando, ela estava se sentindo mais leve que antes, e de fato estava, havia perdido muito peso.
Sasha a deu comida que sem pensar ela atacou, tudo o que podia e aguentava ela levava a boca e engolia sem mastigar, quase se engasgou nessa brincadeira mas podia sentir o corpo se revitalizando e as forças voltarem, ou pelo menos, uma animação.
—Coma devagar. - Sasha disse observando a amiga, havia pena em seu olhar.
—Qual o problema? - perguntou a encarando.
—N-nada. - disse soltando uma risada forçada.
—Ei Sasha... eu tenho umas perguntas, você pode me responder? - disse perdendo a expressão, a garota engoliu o seco e confirmou.
—Claro.
—Quanto tempo eu fiquei apagada?
—3 meses...
—Tudo isso?
—Hm... - confirmou em silêncio.
—Por que?
—Porque sempre que acordava você surtava, cada vez era pior. - explicou.
—Eu surtei? - perguntou incrédula e então a chuva passou a cair la fora.
—Diversas vezes. - confirmou.
—Você sabe porque? - perguntou surpresa e então relampiou.
—O-o médico... di-disse que quando estamos em momento de pressão num momento especial, o-o... nosso corpo tem um reação e.... - começou explicando, (S/n) começou a sentir a cabeça doer pelo tensão que vinha de Sasha.
—Desembucha Sasha. - pediu firme.
—(S/n), v--vo-ocê sabia... que estava esperando um bebê quando foi a Muralha Maria? - disse a fazendo travar na mesma hora.
—O-o que? O que quer dizer com bebe? - ela tentou se levantar sentindo o ar faltar, mas quase caiu novamente. —S-Sasha, estou sem ar. - disse fazendo a garota se levantar para a ajudar rapidamente.
—Vem, vamos pegar um ar la fora. - ela pegou a amiga pelos braços e seguiu para fora. Ela fechou os olhos e sentiu o vento afagar seu rosto, por um momento se sentiu bem mas então passou a chorar.
—E-eu ti-tinha um bebê, Sasha? - perguntou para a amiga que num suspiro pesado balançou a cabeça positivamente.
—Ei sua pirralha, está roubando comida de novo da dispensa...? - Levi disse passando pela porta dando de cara com Sasha e (S/n) que chorava horrores.
—Le-Levi~ - chamou por ele enquanto chorava o fazendo se aproximar rapidamente, a pegou no braços e entrou com ela.
—Como ela veio parar aqui Sasha?!! - disse ríspido com a garota que se encolheu na hora.
—El-ela veio sozinha, eu apenas a ajudei a ficar de pé. - explicou tentandi manter a calma.
—Nã-Não brigue com ela. - (S/n) disse tentando controlar o choro. —Vá Sasha! - ele subiu com ela e a repousou sobre a própria cama.
—O que estava pensando quando saiu do quarto da enfermaria? - disse a repreendendo, que puxou o cobertor para se cobrir pois estava com frio. Espirrou.
—Quando vai parar de mentir pra mim e me dizer que nós tinhamos um bebê? - foi direta ao ponto o deixando sem reação.
—Foi a Sasha, não foi? Ah, essa pirralha... - disse sentindo o sangue subir.
—Vai mesmo mudar de assunto? - ela fungou e secou os olhos na manga da própria blusa.
—Porque não descansa primeiro e depois falamos sobre isso? - isso alisando os fios de cabelo dela, ela sentiu os olhos pesaram.
—Não... - balbuciou minutos antes de finalmente pegar no sono, apesar de toda a pressão emocional, seu fisico estava debilitado e gritava por descando, e sentiu que não podia recusar os afagos dele.
Ele suspirou aliviado, levantou-se e parou em frente a janela, olhou a lua e então depois sua garota dormindo na cama. Se deitou com ela e então a abraçou sentindo o corpo dela cheio de pequenos espasmos.
Suspirou e procurou de preparar psicologicamente, não podia mentir para ela. Não mais.
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