Hannah Pattinson
Quando decidimos tomar um rumo em nossa vida, nem sempre é do jeito que esperávamos. Sim, eu sou a prova viva disso. Não que eu esteja arrependida de minhas escolhas, mas é como minha querida mãe sempre dizia e ainda diz "A verdadeira dor não é conhecida quando se cresce fisicamente, mas sim, mentalmente." Eu não entendia essa frase, até vir para cá.
Falando desse modo parece que minha vida é uma tortura, não, não é isso. É apenas a mesma rotina: Acordar, trabalhar, estudar, dormir. Sim, todos passam por isso, talvez eu esteja mesmo sendo dramática, ou possivelmente estou me sentindo sozinha. Meus amigos estão longe, junto com minha família, e bom... Digamos que não consegui qualquer tipo de relacionamento com qualquer pessoa daqui.
É sexta feira à noite, estava voltando da Universidade totalmente exausta, não era pra menos. Eu preciso comprar um carro, mas pra isso preciso de dinheiro, e pra ter dinheiro preciso trabalhar, ah… Isso ainda vai me matar um dia. Já estava mais ou menos perto de casa, a rua estava deserta, o que é meio estranho em uma sexta, as luzes dos postes piscavam, tentei ignorar todo aquele medo infantil em minha mente e continuei a andar.
Ouvi passos atrás de mim, olhei para trás rapidamente, eram dois homens, instantaneamente aumentei a velocidade dos passos quase que correndo, o que não resultou em nada pois eles também começaram a correr, acabei tropeçando e eles conseguiram chegar até mim.
-O-O que vocês querem?! -Nenhum me respondeu. O mais alto sacou uma arma e apontou para minha cabeça. Eu simplesmente travei, não era uma arma falsa, eu sei como elas são pois meu pai era um policial. O outro veio por trás e colocou algemas em minhas mãos.
-Se você falar alguma coisa sequer estouramos seus miolos. Entendeu?! -Concordei suando frio. -Ótimo.
-Pena que eu não recebo ordens. -Disse. Ele deu um soco em meu rosto.
-Vadia. -Me xingou. Fiquei com a visão meio turva... Mas consegui ver uma sombra negra acertando um golpe no mesmo fazendo com que caisse no chão, ouvi atrás de mim um grito, era o outro, ele havia sido atingido também. Eu fui ficando meio tonta e acabei desmaiando.
…
Acordei com alguém me levando nos braços, um homem de máscara, mas não era o Batman. Ele notou que eu havia acordado.
-Você está bem? -Perguntou. Meu coração acelerou ao ouvir sua voz. Ia responder mas senti uma dor na bochecha, lembrei-me então do soco. -Tem que cuidar disso. -Chegamos até o prédio, moro no terceiro andar. Tem uma bela e grande árvore ao lado, achei que ele me deixaria no chão, mas com um impulso escalou a árvore ainda comigo no colo e chegou na minha varanda. Como ele sabia que era aqui? -Pronto. -Me colocou com cuidado no chão. -Consegue ficar de pé?
-S-Sim… -Consegui vê-lo, usava um tipo de uniforme preto com um símbolo de uma ave azul no peito juntamente com outros detalhes azuis, e s máscara preta. Ele aparentemente tem um corpo escultural… Cabelos lisos e negros.
-Você está mesmo bem? -Perguntou vendo que eu o fitava.
-Acho… Acho que sim. Como sabia? Onde eu morava?
-Fontes. Bom, já que está melhor... -Mudou de assunto. -Eu já vou. Tome cuidado, tente não vir por lugares desertos, afinal, aqui é Gotham City.
-Obrigada... -Se virou para ir. -E-Espera! -Ele olhou.-Qual é o seu nome?
-Me conheça como Nightwing. -Falou e pulou da varanda, corri para ver mas ele não estava mais lá.
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