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História Asas Para o Amor (Romance Gay) - O Assédio


Escrita por: dannypereira_

Notas do Autor


Olá meus amores, tudo bem? Desculpa estar postando só esse horário, mas trabalhei hoje o dia inteiro e não consegui postar antes.
Mas bem, eu estava muito ansiosa para postar esse capítulo por dois motivos; primeiro porque eu gostei muito de escrevê-lo e segundo porque a partir de agora haverá mais capítulos narrados pelo Jesse, vamos conhecer um pouquinho mais da vida e do passado do nosso baby, então espero que vocês tbm curtam o capítulo.
Boa leitura a todos!

Capítulo 34 - O Assédio


Jesse

Eu estava deitado no sofá vendo TV, enquanto Nano estava em um dos quartos falando no telefone com o Tião, que volta e meia ligava para saber como estávamos.

Começou a me dar uma bobeira, e após bocejar algumas vezes acabei dormindo.

 

FLASHBACK ON

 

25 de dezembro de 2008

Eu estava com 3 anos. Era natal, minha mãe tinha preparado uma linda festa para comemorarmos a data, e eu estava ansioso para descobrir se o Papai Noel me daria o boneco gigante do Homem Aranha que eu tinha visto na loja, estava esperando meses para ganhar esse boneco. Eu estava tão feliz, tinha esperado tanto por esse data e também estava curioso para saber o que eu ganharia de presente dos meus pais, eu lembro até hoje da alegria que senti naquele dia, queria que não acabasse nunca.

Como meus pais não tinham irmãos, e eu só tinha avó maternos, que eram muito velhinhos e moravam em outro estado, eles não puderam passar a data conosco, então mamãe convidou uma amiga que foi com o marido e os dois filhos, fiquei muito feliz de ter com quem brincar, já que a Leslie era muito pequena e ainda não sabia brincar direito.

Eu estava no meu dormitório brincando com o boneco do Homem Aranha que eu tinha ganhado do Papai Noel, durante algum tempo ele foi o meu brinquedo favorito.

- Jesse, eu tenho algo para você. - Falou papai ao entrar em meu quarto.

- O que é? - Abri um imenso sorriso.

Ele pegou um embrulho e me entregou, abri rapidamente ansioso para ver do que se tratava, abri a boca em formato de ‘’O’’ quando eu vi do que era um carrinho de controle remoto, eu via meus coleguinhas com seus carrinhos de controle remoto, mas nunca tinha tido um, assim como meu Homem Aranha,  ele também virou meu brinquedo preferido durante algum tempo, eu ficava revezando entre os dois.

- Gostou, filho? - Perguntou.

- Adorei. Obrigado, pai. - O abracei.

- Você merece, campeão.

Fez um leve cafuné em mim e saiu do meu quarto, peguei meu boneco novamente e fingi que ele dirigia o carro.

 

FLASHBACK OFF

 

Me acordo ofegante, com a respiração pesada, olho para todos os lados em busca do meu pai e me lembro que ele já não faz mais parte da minha vida, percebo também que eu estou na casa da praia.

‘’Acho que tá na hora de eu voltar pra psicóloga.’’ - Penso.

Olho para a TV, que está desligada, não conseguia lembrar de ter apagado. Ainda assustado com meu sonho, que na verdade era uma lembrança, eu resolvi ir até o quarto que o Nano estava. Bati à porta e não obtive resposta, não escutei um barulho sequer. Abri a porta vagarosamente e me deparei com um neném dormindo na cama. Me aproximei dele, ajoelhei no chão e fiquei olhando -o, era tão bonito… Comecei a fazer um cafuné suave no garoto, que acordou pouco depois.

- Desculpa. - Falei ao tirar rapidamente a minha mão do seu cabelo. - Não queria te acordar.

- Está tudo bem. - Coçou um pouco os olhos, e depois se sentou na cama. - Eu fui te dar boa noite, mas você estava dormindo, aí apaguei a TV que você deixou ligada e resolvi ficar um pouco no celular, mas acabei pegando no sono.

- Tá muito cansado?

- Não muito. Por quê?

- Pilha sair?

- Agora? 

- É. Você bebe? Tô a fim de beber.

- Desde quando você bebe? - Perguntou surpreso.

- Ah, bebo só às vezes, vamos comigo?

- Mas você é menor de idade.

- Stéfano, aqui é praia, litoral, ninguém liga pra isso, eu já vi pirralhos mais novos que eu comprando bebida alcoólica. Vamos comigo, por favor?

- Ok. - Falou meio a contragosto. - Vou só trocar de roupa.

- Obrigado, você é o melhor. 

- Eu sei. - Dei um sorriso convencido.

 

                                                                                       XXX

 

Jesse e eu estávamos em uma rua do centro, compramos um copo de capeta pra gente, como ele nunca tinha bebido antes, eu sugeri que ele dividisse o copo comigo. 

- Gostou? - Perguntei.

- Sim, é bom, mas muito forte. - Fez uma careta, me fazendo rir. - Você bebe há quanto tempo?

- Um pouco mais de um ano, mas é raramente, só quando…

- Só quando…?

- Só quando me dá vontade. - Conclui.

- Ah, sim… - Pegou o copo da minha mão e deu um gole enquanto me encarava.

Fiquei encarando aqueles lindos olhos enquanto ele bebia a bebida que aparentemente ele tinha gostado, sinto meu coração acelerar naquele momento, minhas mãos ficaram suadas e eu rezei para meu amigo ficar quieto e não dar sinal de vida, já que não teria um banheiro por perto para me salvar.

De repente duas mulheres muito bem arrumadas e de maquiagem forte se aproximam da gente, elas não deviam ter menos de 27, 28 anos.

- Olha só, Juli. - Falou a morena para a ruiva. - São dois gatinhos abandonados. 

Nano e eu nos olhamos sem entender o que estava acontecendo, e ele acabou deixando o copo cair de sua mão, virando metade da bebida que ainda restava, mas na hora nem consegui pensar nisso.

- Estão sozinhos, lindos? - Perguntou a ruiva. - Nós estamos de carro, se quiser podemos levar vocês para darem uma volta, podemos ensinar umas brincadeiras que eu aposto que vocês vão gostar. 

- Ai, amiga, para, são lindos, mas são crianças. - Deu uma risada safada. - Ele nem devem ter pelos ainda. 

- Isso é só um detalhe.

Comecei a suar frio e fiquei totalmente imóvel, movi apenas os olhos na direção do Nano, que estava tão assustado quanto eu.

- Quantos anos você tem, gatinho? - Perguntou a morena para mim.

Ela se aproximou vagarosamente de mim, colocou a mão em minha perna perto do meu pênis e se inclinou na intenção de me beijar. Sem saber o que fazer, eu dei um grito estridente, fazendo ela se afastar de mim, as duas se assustaram com minha reação e pude ver vários curiosos olhando pra gente. Nano, por sua vez, começou a gritar pedindo por ajuda, ele fez um escândalo, enquanto eu fiquei com a respiração pesada, e com falta de ar.

Um policial veio em nossa direção, e assim que as mulheres perceberam a presença do homem saíram de fininho.

- O que aconteceu? - Perguntou o policial.

- Nós acabamos de ser assediados por duas mulheres, uma ruiva e uma morena, ambas estão de vestidos curtos. - Falou Nano. - Acho que elas foram por ali. - Apontou para uma direção.

- Deixem comigo.

O homem entrou em uma viatura que estava há pouquíssimos metros de distância da gente e foram na direção que Nano havia dito. Por sorte as duas foram presas, e após prenderem elas, o policial nos informou que ambas haviam fugido da prisão e que elas faziam parte de uma quadrilha que assediava garotos de 10 a 17 anos, e após conseguir isso, elas o vendiam para uma rede de pedofilia, que usava os meninos para fins sexuais e quando se cansavam matavam os meninos, vendiam seus órgãos e ainda devoravam os restos mortais. Ficamos chocados e enojados ao saber da história, pensei que essas coisas só existissem em filmes e em outros países. 

Nem acredito que tínhamos nos salvado de algo cruel, acho que foi o meu anjo da guarda que me ajudou. 

 


Notas Finais


E ai gente, me contem, curtiram o capítulo? O que acharam da reação dos garotos? E o que vc faria no lugar deles?
Bom, por hoje é só, até sexta - feira.
Beijinho, beijinho, tchau, tchau.


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