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História Asas Para o Amor (Romance Gay) - Maldita Ligação


Escrita por: dannypereira_

Notas do Autor


Oi amores, cá estamos com mais um capítulo, espero que gostem e que comentem, por favor.

Boa leitura para todos e nos vemos nas notas finais!

Capítulo 63 - Maldita Ligação


No dia seguinte, Marilyn já estava um pouquinho melhor, mas decidimos que ela não iria pra aula nesse dia, então na parte da tarde, Tião foi trabalhar normalmente, e eu fiquei em casa cuidando da criança. Dei um banho nela e em seguida a febre baixou, deixei a menina vendo um pouco de desenho e fui telefonar para Jesse.

- E ai, o que tá fazendo? - Perguntou.

- Estou cuidando da Marilyn, ela está doentinha. 

- Ah, tadinha, tomara que ela melhore logo. Bom, eu vou levar o Martin na aula de balé, se quiser, depois que eu deixá-lo em casa, posso dar um pulo aí pra ver vocês, o que acha?

- Eu vou adorar. - Falei.

- Combinado, então. Beijos. Na boca. 

- Só aceito pessoalmente. - Falei com um sorriso meio tímido.

- Então me aguarde. 

 

                                                                                   XXX

 

Mais tarde, Jesse esteve em minha casa, ele chegou bem na hora que eu estava vendo Barbie: Escola de princesas com Marilyn, que estava deitada no sofá com a cabeça em meu colo.

- Oi cunhadinho. - Disse a garota.

- Cunhadinho? Pelo visto você já está bem melhor, hein. - Deu um beijo na testa da menina. - Oi, meu amorzinho.

Jesse se sentou ao meu lado e ficou vendo o filme conosco, porém, às vezes trocávamos olhares e sorrisos meio tímidos. 

Marilyn dormiu logo em seguida, a peguei no colo e levei a menina para dormir em seu quarto. Logo depois, fui com Jesse para meu dormitório e nos sentamos em minha cama.

- Martin tá fazendo balé? - Perguntei.

- Está. Acho que esqueci de comentar, mas é segredo, só quem sabe é nós dois, obviamente, a Leslie, e agora você, mas não quero que mais ninguém saiba.

- Tudo bem, eu não conto, sabe que eu sei guardar segredo.

- Sei sim. - Falou se pondo a me roubar um selinho.

Jesse e eu nos beijamos e logo acabamos nos deitando na cama, foi de uma forma meio involuntária, meio que sem querer. Mas logo interrompi o beijo e voltei a sentar na cama, ele se sentou ao meu lado.

- O que houve? Você está bem?  - Perguntou.

- Estou. É que… Eu só não quero que você pense…

- Amor, calma, eu não vou pensar em nada. Nossa, você tá parecendo eu. - Sorriu fazendo eu sorrir também. - Relaxa, ok, olha pra mim… - O olhei. - Eu estou ótimo, você não tem com o que se preocupar. 

Sorri e voltei a beijá-lo. Em seguida, nos deitamos e ficamos abraçados conversando. Jess me contou que havia combinado de encontrar a Angie no dia seguinte, e que a mulher havia convidado ele e Leslie para irem em sua casa, era notável sua empolgação e o carinho que ele sentia pela mulher, e agora eu entendia o porquê, ela havia ajudado muito ele e a irmã, foi ela quem denunciou os abusos e graças à ela que o pai dos dois foi preso, e se não fosse isso, talvez os dois ainda tivessem vivendo com aquele monstro e não teriam sido adotados pela dona Juliette, e talvez eu nunca teria os conhecido.

Marilyn acordou pouco depois, já estava se sentindo um pouco melhor, o que foi um alívio para mim. Jesse foi embora pouco depois, pois tinha horário marcado para chegar em casa. Ah, deve ser tão ruim viver assim com horário certo pra tudo, sem poder fazer quase nada. Ah, se eu pudesse ajudá-lo, se eu pudesse fazer algo para Juliette saber o filho da puta que o Gary é, queria muito que ela terminasse com o sujeito e voltasse com o pai do Jesse, que parecia ser uma pessoa incrível. 

 

                                                                                        XXX

 

No dia seguinte, Marilyn acordou sem febre, parecia estar pronta para mais uma, era tão bom vê-la com uma carinha melhor.

- Pelo jeito você está melhorzinha. - Falei.

- Também com dois médicos como você e o Tião qualquer um melhora. - Falou docemente.

- Oh, gatinha… - Dei um beijo no rosto da menina.

A menina parecia que estava melhor que antes, acho que fazia tempo que não a via com tanta energia, e estava super empolgada para voltar pra escola e rever sua professora e seus amigos.

Eu fui pra escola acompanhado de Leslie e Jesse, como todos as outras manhãs, mas aquele era um daqueles dias que você nem tem vontade de sair de casa, pois teria prova de Química, e digamos que essa estava a quilômetros de distância de ser minha matéria preferida, minha sorte que Punky era quase nerd, ela beirava o 9,0 e o 10,0 em todas as matérias, e eu falei ‘’quase’’, porque ela não era o tipo de que não fala com quase todo mundo e que sofre bullying de pessoas babacas, ela não, ela era amiga da maior parte da turma, e sempre que tinha trabalho em dupla ou em grupo, ela sempre dividia por partes, não fazia tudo sozinha, mas adorava ajudar os amigos a estudar para as provas, por causa dela acho que eu conseguiria tirar pelo menos a média na prova, o que já era grande coisa.

- Oi. - Disse Punky com um terno sorriso ao nos ver.

- Oi. - Falamos Jesse e eu em uníssono. 

- Vocês souberam da maior? - Jesse e eu nos olhamos e negamos com a cabeça. - A Sol humilhou o Bernardo, um garoto da outra turma na festa dela ontem, fez ele sair chorando, e ele tinha gravado os dois transando, então após a humilhação, ele mandou o video pra geral, todo mundo começou a compartilhar, eu recebi, mas não quis passar adiante, e… - Fez cara de repúdio. - Foi tão nojento. - E ela ainda não chegou, escutei rumores de que vai sair do colégio.

Gente, como assim? De um dia pro outro eu tive a sensação de que fiquei uma semana sem ir à escola.  Confesso que torci para Sol realmente sair da escola para ela não pegar mais no nosso pé, mas também fiquei morrendo de pena dela, deve ter sido tão humilhante, se bem que ela também não tinha nada que ter humilhado o garoto, se ela não tivesse feito isso, nada disso teria acontecido.

- Nossa! - Falei surpreso. - Eu não recebi nada. Ainda bem.

- Acho que só eu tenho o número de vocês, e eu achei melhor não mandar.

- Fez bem. - Disse Jesse. 

Sol realmente não apareceu na escola naquela manhã, e quase na hora de ir embora, Punky viu a mãe da garota, que havia ido ao colégio para cancelar a matrícula da filha, é, acho que ela realmente sairia da escola, não posso dizer que estava triste por isso. 

Ah, eu tirei 7,0 na prova, sendo que a média era 6,0, acho que posso dizer que fui bem, já o Jesse tirou 8,0, isso porque ele também é ruim em Química, imagina se ele fosse bom nessa matéria.

Meu namorado me convidou para almoçar em sua casa naquele dia, segundo ele, Gary já havia autorizado, acabei aceitando.

O almoço estava delicioso, Juliette cozinhava tão bem quanto Tião, e aquela refeição estava agradável apesar de tudo, pois a minha sogrinha era tão simpática, já aquele homem que era casado com ela… Bom, ele falou pouco, e sempre frases curtas, ah, ele me dava tanto medo, não entendia como Jess e Leslie conseguiam conviver com esse homem, eu não conseguiria por nada desse mundo.

Após terminarmos nosso almoço, alegamos que iríamos para o quarto do meu namorado para estudarmos, Gary ficou feliz em saber disso, porque se dependesse dele, os enteados viveriam com as caras nos livros.

Jesse e eu estávamos em seu quarto nos beijando (dessa vez com a porta trancada) quando o celular dele tocou, o garoto interrompeu nosso beijo e pegou o aparelho, olhou o número e logo atendeu.

- Alô. Sim, sou eu. - Silêncio. - O quê? Não pode ser, mas como? - Silêncio. - Me ver? Não, eu não vou, não quero. - Silêncio. - Eu entendo, mas… - Começou a chorar e a caminhar de um lado para o outro. - Eu não sei se consigo, não sei se quero. Aham, sim, entendo… - Suspirou fundo enquanto as lágrimas caiam. - Vou pensar, ok? Tá bom, tchau.

Fiquei sem reação ao vê-lo tão nervoso.

- Porra, caralho. - Jogou o celular com força em cima da cama, mas acho que sua intenção era acertar a parede.

- O que houve? - Perguntei.

- O meu pai. Quer dizer… O homem que me colocou nessa merda de mundo. Ele… Merda! Inferno! - Se sentou na cama, ao meu lado, e respirou fundo. - Teve uma confusão lá no presídio, e ele se feriu muito, foi levado para o hospital e está morrendo, e… Ele quer me ver, Nano, mas eu não quero. Por mim que ele morra e queime no fogo no inferno abraçadinho no Capeta, eu tô nem aí pra ele. Eu não quero vê-lo nunca mais. - Desabou em lágrimas e deitou a cabeça em meu colo. - Ele não pode fazer isso comigo, ele já me fez tanto mal…

- Amor, eu te entendo. De verdade. Você sabe disso. Mas… - Ele se sentou novamente se pondo a olhar para mim com os olhos lacrimejados. - Se ele tá morrendo mesmo, acho que você deveria ir só pra ver o que ele tem pra dizer, porque se você não for, daqui 10, 20, 30 anos você pode se perguntar o que ele queria com você. Bom, eu não quero te forçar a nada, e jamais faria isso, mas se você optar em ir, eu posso ir contigo, se quiser, é claro…

- Você… Você iria mesmo comigo?

- Claro que sim. 

Jesse não disse nada, apenas desabou a chorar novamente e então me abraçou. Me doía tanto vê-lo sofrer sem eu poder fazer nada, se eu pudesse trocaria de lugar só para não vê-lo sofrer desse jeito.

 


Notas Finais


Ai gente, e essa ligação, hein? O que vcs fariam no lugar do Jesse? Vcs iriam ver uma pessoa que está morrendo e que te fez sofrer ou deixaria ela morrer e não iria vê-la? Quero saber o que vcs fariam. Acho que eu iria se tivesse coragem.

Bom, por hoje é isso, segunda tem mais.
Beijinho, beijinho, tchau, tchau.


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