História Ascensão : Book 2 - Shadow Bloods - Capítulo 2: A Comandante e a embaixadora

Eu estava acordada desde o amanhecer. Minha cabeça estava acelerada com o que parecia ser mil e uma responsabilidades me impedindo de dormir.

Quando me virei na cama, minhas preocupações instantaneamente desapareceram quando olhei para a bela mulher dormindo ao meu lado. Um sorriso brincou nos meus lábios enquanto eu traçava as pontas dos meus dedos ao longo das linhas escuras que agora estavam gravadas em suas costas nuas.

Depois de sua ascensão, Lexa decidiu honrar seu Natblidas caído por ter suas costas tatuadas para que ela sempre carregasse a marca de seu conclave. Seis círculos, um para cada Nightblood e o sétimo para sua ascensão ao trono de Polis. Na nuca, ela trazia o símbolo sagrado dos Comandantes, tinta preta cobrindo a cicatriz deixada pela Chama.

Os intrincados círculos e padrões me fascinavam e cada vez que eu acordava para vê-los eu não conseguia deixar de seguir as linhas com o meu toque.

Enquanto eu continuava a me mover pelas costas de Lexa, senti seu corpo se mexer quando a respiração dela mudou, "É assim que você pretende me acordar toda manhã, embaixadora?" Lexa falou suavemente, sua voz ainda rouca de sono.

Eu me aproximei dela, sentindo o calor de nossos corpos nus pressionados, "Isso é uma reclamação, Comandante?" Eu divertidamente respondi, colocando um beijo em seu ombro.

Lexa se virou para me encarar com um sorriso: "Só se você parar."

Ela me puxou para mais perto e beijou meus lábios, gentilmente a princípio, antes que o calor muito familiar começasse a subir entre nós. O beijo se aprofundou quando nosso toque se tornou mais e mais intenso. Sempre foi assim entre nós, aquela intensidade queimando mais e mais quente quanto mais tempo passamos juntas.

Eu ansiava por ela dia e noite, minha Comandante Trikru, minha mulher guerreira selvagem, mantendo o fogo na minha alma acesa.

Lexa possuía cada parte de mim, ela era a única que já teve, a única que eu tinha aberto meu coração.

Fomos apanhadas no meio de tempos tão tumultuosos, mas aqui, nos braços uma da outra, o pesado fardo que enfrentamos simplesmente desapareceu. Esses foram os momentos em que vivi, os momentos que deixaram claro que a vida era mais do que apenas sobreviver.

Como a guerra com os Homens da Montanha fermentou no horizonte, a incerteza do nosso destino foi sempre predominante. Eu olhei profundamente nos olhos da mulher que eu amava quando nos deitávamos embaixo das peles e eu sabia exatamente pelo que eu estava lutando, pelo que eu morreria se chegasse a isso.

Para Polis, para o nosso povo, mas acima de tudo para a minha Heda.