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História Assim na Terra Como no Inferno - .as above, so below


Escrita por: Fairycorn e Haechanfest

Notas do Autor


FINALMENTE EU CHEGUEI

Essa fic foi escrita pra ajudar a trazer de volta o @Haechanfest , do qual eu participo ao lado de outros autores INCRÍVEIS.

Então, a ideia pra essa fic surgiu assim que eu ouvi MONTERO (Call Me By Your Name), do Lil Nas X e eu fiquei louca porque a bixa é PODEROSÍSSIMA. Vocês com certeza vão notar a inspiração da música na fic.
Já deixo claro que isso aqui é só putaria ok obrigada. Também é uma possível (provável) heresia, porque tudo isso aqui é uma grande blasfêmia. Então, se você é sensível em relação a imaginário religioso, sei lá. Fica na tua, eu acho? Mas eu nem dou peso na questão religiosa, fiz minha própria interpretação.

Obrigada, @kokopoc, pela capa INCRÍVEL

Como sempre, essa fic tem PLAYLISTS, curadoria muito cuidadosa feita por mim <3:
SPOTIFY:
https://open.spotify.com/playlist/1N39AXjWW3aCttWt4TRFVF?si=af1d4ffb98174301
YOUTUBE:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLELcN9tTfzSzSqPwin2lSVqtUa5Y6gHj-

Trigger warning, eu acho: tem um pouquinho de blood play, mas nada de gore, só vibes

Capítulo 1 - .as above, so below


Fanfic / Fanfiction Assim na Terra Como no Inferno - .as above, so below

Quando Donghyuck foi expulso do Céu, ele não se sentiu exatamente traído.

Tampouco sentiu raiva, medo ou tristeza.

Em vez disso, ele se sentiu livre.

Pela primeira vez em sua existência, ele se sentiu livre para escolher, para experimentar e, talvez, até pagar por seus atos. Afinal, se não fosse pelo seu ato de bondade pelo humano cuja vida salvou, ele não estaria onde agora está.

Não se interfere no curso natural determinado por Deus, os anjos disseram. Se fosse assim, o que Donghyuck deveria fazer? Deixar aquela criança morrer?

Se ser frio e insensível é o significado da existência de um ser celestial, Donghyuck é grato por não ser mais considerado um.

Ele já havia sido avisado, é claro. Várias vezes Donghyuck interferiu na vida de humanos, influenciando em suas escolhas e, com o tempo, sentindo-se fascinado por seus hábitos e costumes e a ideia comum de que a vida é curta e feita para ser vivida. Eles se deleitam em prazeres supérfluos, muitas vezes momentâneos, apenas para terem a ilusão de que aquilo é viver. Que aquilo dura para sempre.

Sim, ele já havia sido avisado e, todas as vezes, ignorou. Afinal, aqueles seres fascinantes em sua insignificância claramente precisavam de ajuda. 

Mas isso… isso, Donghyuck pensa, é o que vale sua vida eterna.

O Céu e seus “grandes”, com sua síndrome de superioridade, por vezes esquecem que, aqui embaixo, existe alguém tão poderoso quanto seu Deus. E esse alguém surge na forma do Rei do Inferno, conhecido por poucos apenas como Jaehyun.

Não são muitos os que possuem esse privilégio: o de viver constantemente no radar de Jaehyun; o de ser o alvo de sua atenção; dentre todos, Donghyuck é, de longe, o mais privilegiado.

Afinal, ele não sabia, mas, desde o princípio, Donghyuck já estava marcado pelos olhos profundos e flamejantes de Jaehyun, que o recebeu de portas e braços abertos. Ele foi desfeito de suas asas, cada pena branca e macia arrancada como uma parte de sua alma se esvaindo, a marca dos condenados sendo encravada na pele de seus pulsos com uma arma divina, abençoada nas águas do jardim do Éden para que as marcas jamais cicatrizassem na pele agora amaldiçoada.

Foi fácil se acostumar à sua nova vida. Especialmente ao ser tratado como realeza em seu novo lar. Sua existência agora é repleta de regalias, desde seus primeiros presentes: um novo par de asas, estas não corpóreas, como um manto negro e estrelado em suas costas; um par de chifres encrustados com rubis e desenhos feitos com fios de ouro; uma linda coroa de espinhos decorada com rosas de Halfeti, flores de um vinho profundo, próxima ao negro e pétalas de um brilho aveludado como o dourado da pele de Donghyuck.

Se Jaehyun é o rei, Donghyuck certamente é sua rainha.

E cada monarca tem seu trono. Enquanto o de Jaehyun é feito de obsidiana, uma rocha magmática negra de brilho vítreo, decorado com símbolos e desenhos de dragões e preenchido por magma, o trono de Donghyuck é o colo de seu rei.

É sobre as coxas firmes de Jaehyun que ele se sente no topo do mundo, observando e julgando todos de cima. É nele que ele governa. Não apenas o Inferno, mas também a Jaehyun. Este é o lugar favorito de Donghyuck em todo o universo. Ele se sente forte e poderoso e inatingível.

E é nele que Donghyuck está agora.

As labaredas de fogo cercando a enorme plataforma de pedra nunca afetaram Donghyuck com seu calor. Nunca o queimaram ou feriram. Em vez disso, elas pareciam se enrolar em seus dedos e acariciar sua palma cada vez que Donghyuck tentou tocá-las com suas mãos, como um animal de estimação cumprimentando seu dono.

O toque de Jaehyun, contudo, é como ferro quente em sua pele, marcando cada toque, cada aperto e deslize de suas mãos, as unhas como garras afiadas causando arrepios em cada área sensível que exploram.

— Você gosta disso, não gosta? — A voz grave e macia murmura contra o ouvido de Donghyuck.

Do alto da plataforma eles conseguem enxergar todos os níveis do Inferno, como ilhas suspensas no ar, conectadas por uma cachoeira de lava. Enxergam as vidas ali presentes, algumas infelizes, algumas em agonia, mas muitas satisfeitas e desfrutando dos prazeres da vida eterna à sua maneira. É como fechar os olhos e enxergar o universo inteiro atrás de suas pálpebras.

É como ser encarado de volta pelo universo.

— Gosta quando te toco assim e todos lá embaixo sentem o que você sente — Jaehyun continua, seus lábios deslizando pela lateral do pescoço de Donghyuck.

O mundo parece suspirar e vibrar com ele. Uma mão de Jaehyun desliza pela membrana de sua asa, fazendo-a farfalhar com a sensação, sensível. Ele ri baixinho, sua respiração quente causando arrepios na pele sensível da nuca de Donghyuck. As coxas de Jaehyun flexionam sob o corpo de Donghyuck e suas mãos o puxam para mais perto pela cintura.

Não importa quantas vezes eles já fizeram isso e ainda farão, mas cada vez que Jaehyun o toca é como a primeira para Donghyuck. A mesma euforia, o mesmo anseio e o mesmo desejo, o mesmo calor insuportável parecendo sufocá-lo.

O tecido translúcido e fresco de sua túnica se desfaz em cada parte que as garras de Jaehyun entram em contato, deixando um rastro de fogo em seu encalço, como línguas deslizando pela pele dourada.

— Gosta de saber o efeito que você causa neles — Jaehyun murmura, rasgando o resto do tecido no peito de Donghyuck. — Justo você, a fonte de vida deles.

As garras afiadas como adagas traçam desenhos na pele do abdômen de Donghyuck, os pentagramas queimando e brilhando como brasa. Ele se contorce no colo do outro, dividido entre tentar fugir do toque e procurar por mais.

As mãos quentes deslizam por seu peito e descem por sua barriga até se fecharem em suas coxas, abrindo suas pernas.

— Feche os olhos, meu Sol. Olhe para eles — Jaehyun manda, sua boca se fechando no pescoço de Donghyuck.

Donghyuck engole em seco, tentando se conter. As mãos grandes e quentes apertam suas coxas por cima do tecido grosso e apertado de sua calça de vinil. Fechar os olhos é como uma explosão de cores e sensações diante de seus olhos, fazendo-o enxergar tudo e nada ao mesmo tempo. Ele sente cada ser em todos os níveis do Inferno e cada um deles o sente em troca. É um tipo estranho de exibicionismo, não ser visto, mas estar conectado a todos por fragmentos de sua alma.

Seu corpo canta sob as mãos de Jaehyun.

O mundo parece vibrar ao seu redor, o ar sufocante, as mãos quentes com garras afiadas deslizando pelo interior das coxas de Donghyuck. Ele suspira, deixando seu peso cair para trás, amortecido pelo peito musculoso de Jaehyun, seu quadril movendo sem seu controle contra o colo do maior.

Um rosnado ameaçador soa contra seu ouvido, fazendo Donghyuck choramingar.

— Vendo você assim — Jaehyun murmura com uma risada maldosa, finalmente levando uma mão ao lugar que Donghyuck mais precisa, massageando-o por cima de sua calça de vinil —, ninguém jamais diria que você era um d'Eles.

Jae — Donghyuck suspira, sustentando seu peso nos braços ornados do trono de obsidiana e olhando por cima de seu ombro antes de rebolar com vontade no volume que se forma embaixo de sua bunda.

Os olhos do Rei do Inferno reviram nas órbitas e sua cabeça bate com força na rocha vítrea ao pender para trás, faíscas voando dos vincos com magma exposto. Donghyuck abre suas asas, as membranas translúcidas como o céu noturno com o brilho de milhões de minúsculas estrelas. Ele gosta de se exibir para seu rei, desfrutar de todos os presentes que recebeu desde sua chegada. De longe, seu favorito são suas asas, que lhe proporcionaram de volta a habilidade de voar e levá-lo para onde bem quiser, livre.

Uma mão de Jaehyun sobe de suas coxas até seu cabelo, bagunçando os fios escuros até alcançar sua coroa de espinhos, perfeitamente posicionada ao redor de sua cabeça e segura por seus chifres. Ela sai com facilidade e Jaehyun a entrega nas mãos de Donghyuck. Em seguida, bate com o pé no chão de pedra, fazendo uma enorme plataforma se erguer do chão, como uma longa mesa de pedra vulcânica. Donghyuck apoia a coroa na mesa à sua frente e sente o ar prendendo em sua garganta quando uma mão se fecha com firmeza em um de seus chifres.

— Eles combinam tanto com você — Jaehyun diz, fazendo um gesto com uma mão e, de repente, há um espelho seguro em sua palma.

Ele o posiciona de forma que ambos consigam enxergar seus reflexos. Donghyuck fica surpreso ao notar o rubor já se espalhando por seu rosto e pescoço, causado por mais do que apenas o calor, ao qual já é imune. Os olhos de Jaehyun parecem perfurar os seus pelo espelho, negros como o vácuo do espaço, intensos como o fogo que os cerca. Os rubis e fios de ouro em seus chifres parecem brilhar como chamas, reluzindo o brilho alaranjado que engole seu mundo. Jaehyun move sua cabeça como bem entende, segurando-o pelo chifre e puxando sua cabeça para o lado, expondo seu pescoço. Em seguida, ele fecha a boca na pele exposta, fazendo Donghyuck se contorcer em seu colo, criando fricção entre sua bunda e o pênis ainda coberto de Jaehyun.

Os dentes afiados se fecham em seu pescoço, fazendo Donghyuck revirar os olhos, estremecendo em seu colo, incapaz de encarar seu reflexo. Com a mão livre, Jaehyun abraça o menor com força pela cintura, determinado a fundir seus corpos quando as costas de Hyuck chocam com seu peito desnudo, as asas macias relaxando nas laterais do trono e pousando com delicadeza no chão de pedra. A mão que o abraça desce por sua barriga e volta a massageá-lo por cima da calça, brincando com os sentidos e a tolerância de Donghyuck.

— Você é o melhor presente que eu poderia ganhar em toda a minha existência — Jaehyun fala com um sorriso contra sua nuca ao enfim afastar os dentes afiados da carne de seu anjo.

Sem qualquer aviso, mãos grandes se fecham com força ao redor da cintura fina de Donghyuck, jogando-o por cima da mesa de pedra com um gritinho, a apenas um palmo de distância de sua coroa de espinhos. As rosas quase negras parecem absorver a luz ao redor. A superfície áspera da mesa arranha a pele dos braços e peito de Donghyuck, mas ele gosta da sensação. Ele olha por cima do ombro, encontrando os olhos flamejantes de Jaehyun e sorri, empinando a bunda apertada no interior da calça de vinil e batendo delicadamente suas asas em um convite mudo.

As mãos de garras se abrem em suas costas, acariciando a pele quente com toques pesados. Em seguida, ele cobre o corpo na mesa com o próprio como um manto, fazendo Donghyuck suspirar.

— Eu quero engolir você inteiro — Jaehyun rosna contra o ouvido de Donghyuck.

— Então eu sou o seu banquete — Donghyuck responde com uma risadinha.

As mãos de garras o seguram pela cintura, virando-o na mesa para deitar de costas. Vendo a oportunidade, ele envolve a cintura de Jaehyun com as pernas, fazendo-o se apoiar na mesa para se estabilizar. Hyuck se apoia nos cotovelos para poder vê-lo melhor. Ele faz um gesto com a mão no ar, materializando um cálice prateado decorado com ametistas e safiras, cheio de vinho.

Jaehyun arregala os olhos para o novo objeto, rindo em seguida com a cabeça para trás. Seus olhos se apertam em um sorriso para Donghyuck, suas covinhas profundas piscando em suas bochechas.

— O que foi? Eu também tenho meus truques — Hyuck se faz de desentendido, tomando um longo gole do cálice. Ele encara o líquido no interior, que volta a encher.

— Você não cansa de me surpreender — Jaehyun comenta, abaixando-se para beijar o peito do menor.

— Você sempre esquece que, da mesma forma que eles tiram energia de mim, eu tiro energia de você — Donghyuck ri, sentando-se na mesa e apoiando o cálice ao seu lado na superfície.

Ele usa as mãos livres para aproveitar a oportunidade de finalmente tocar Jaehyun, ainda seguro entre suas pernas. Donghyuck sabe perfeitamente que, se ele quisesse, poderia se livrar de seu aperto sem nenhuma dificuldade, talvez até se exibindo e sumindo de um lugar apenas para aparecer em outro, como ele faz quando está de bom humor. Mas é a consciência de que ele quer estar ali, deixando Donghyuck fazer o que quiser que o agrada de verdade, fazendo um calor se espalhar por seu peito.

Suas mãos deslizam pelo peito largo diante de seu rosto, coberto pelo tecido leve de sua camisa branca e o paletó vermelho e preto, afastando o tecido grosso. Donghyuck o encara de baixo, sorrindo ao encontrar os olhos atentos já em sua direção. O tecido sai com facilidade, deslizando pelos braços musculosos, caindo no chão com um som abafado. Com as pontas dos dedos, Hyuck toca a pele pálida exposta, as clavículas e parte do peito, afastando o tecido da camisa para deixar um beijinho ali.

Em seguida, suas mãos se fecham no nó da camisa como um kimono. Donghyuck esconde o rosto no pescoço de Jaehyun, sentindo de perto seu cheiro — cinzas, eucalipto, sangue — e percorrendo a pele com os lábios. Suas mãos desfazem o nó e afastam o tecido. Com a língua, ele prova sua pele, sentindo seu gosto, espalhando beijos e chupões pelo peitoral agora exposto, abraçando com força a cintura do maior.

Se afastando brevemente, Donghyuck admira seu trabalho, satisfeito com as marcas que fez. Jaehyun o encara com um sorriso no canto de seus lábios, que Hyuck retribui. Ele bebe mais um gole de seu vinho e, de repente, suas unhas negras alongam e afunilam como longas garras. Donghyuck leva sua mão livre ao pescoço de Jaehyun, pressionando os dedos ao redor de sua garganta. Ele sente em sua palma o movimento do pomo de adão quando o outro engole em seco.

Hyuck sorri, fincando as unhas na pele pálida e sentindo o calor viscoso cobrindo as pontas de seus dedos. A respiração de Jaehyun falha contra sua mão e ele a afasta, deslizando uma das garras por sua clavícula e seu peito. O líquido escarlate sobe à superfície como um rastro macabro de seu toque, escuro e espesso. Donghyuck aproxima o rosto do peito de Jaehyun, colocando a língua para fora e fazendo o caminho reverso, provando de sua essência.

Os olhos de Donghyuck reviram nas órbitas ao sentir o gosto em sua língua. Metálico, pungente e algo que ele só pode caracterizar como poder. Jaehyun tem gosto de poder, o mesmo poder com o qual ele se move e se porta, o mesmo poder imensurável que ele exala de cada poro em seu corpo. Donghyuck sente fome por seu gosto e, com a mão ainda vermelha na cintura pálida de Jaehyun e outra firme em seu pescoço, ele fecha os lábios no pedaço que suas garras romperam, bebendo-o direto da fonte.

Jaehyun emite um som no fundo de sua garganta, fechando uma mão no cabelo de Donghyuck e puxando sua cabeça para trás. Seu rosto está uma bagunça, os olhos de gato parecendo queimar, boca, nariz e queixo cobertos de vermelho. Hyuck lança um sorriso preguiçoso em sua direção, exibindo os dentes pontiagudos e agora vermelhos.

Donghyuck geme satisfeito quando Jaehyun enfim o beija, sentindo o próprio gosto em sua língua. Ele beija com vontade, como se estivesse disposto a enfiar sua língua pela garganta de Donghyuck, mordendo seu lábio inferior, o canto de sua boca, seu queixo, esfregando seu rosto no do menor e se sujando com a bagunça escarlate. Suas mãos grandes acariciam cada canto que alcançam do corpo delicado de Hyuck e, o que não alcança, ele toca com um pouco de seu poder, como mãos frias e invisíveis percorrendo a parte de trás de suas pernas, sua cintura, causando um arrepio na pele sensível.

Jaehyun espalma uma mão no centro do peito de Donghyuck, empurrando-o com força para se deitar mais uma vez na mesa. Hyuck se sente latejar no interior de sua calça ao se deparar com a visão de Jaehyun, o pescoço, peito e cintura manchados de um vermelho profundo, em contraste com sua pele pálida, como pinceladas em uma tela em branco.

— Você sempre dá um jeito de me cortar — Jaehyun comenta com uma risada, usando ambas as mãos para torcer os mamilos escuros do menor entre seus dedos.

 Donghyuck sente sua coluna arquear com o contato, aumentando o aperto de suas pernas ao redor de Jaehyun. Em seguida, sorri, apreciando os toques em seu corpo.

— Não é minha culpa se você é sensível — ele dá de ombros, satisfeito ao ouvir a risada baixa do outro.

— Será que sou eu o sensível? — Jaehyun diz em um tom quase tímido, fechando as mãos no cós da calça de vinil e abrindo com um movimento rápido.

Para a surpresa de Donghyuck, ele logo está exposto ao ar quente do ambiente, seu pênis já completamente duro batendo com um som molhado logo abaixo de seu umbigo. Jaehyun o encara com fome, agarrando as pernas ao redor de sua cintura com força e abrindo-as até o limite do corpo de Donghyuck e ele se dobra até que seus joelhos estejam quase tocando suas orelhas.

Jaehyun lança um sorriso presunçoso de seu lugar entre suas pernas e Hyuck revira os olhos.

Um suspiro escapa de sua boca quando os lábios macios de Jaehyun pousam com delicadeza no centro do peito de Donghyuck, descendo por sua barriga, vez ou outra mordendo a carne. Hyuck se agita quanto mais perto ele se aproxima de seu pênis, que segue ignorado quando Jaehyun o contorna para beijar e lamber suas virilhas, fincando os dentes pontiagudos na carne de suas coxas.

Donghyuck salta com um gritinho, surpreso com a dor repentina dos dentes perfurando sua pele, mas a dor é logo esquecida quando os dentes soltam sua carne e a boca quente e macia se fecha ao redor de seu pênis, engolindo-o por inteiro de uma vez.

Um som irreconhecível aos ouvidos de Donghyuck escapa de sua boca e ele estremece em um misto de surpresa e prazer. Seu corpo faz um arco e a pedra vulcânica sobre a qual está deitado parece esquentar ainda mais. Jaehyun faz um som no fundo de sua garganta, as vibrações percorrendo todo o corpo de Hyuck, desde seu pau.

É quente, intenso e rápido e, aos poucos, Donghyuck se sente derreter mais e mais até que não seja mais do que uma massa em cima da mesa de pedra. E ele não quer fechar os olhos, pois sabe que, se fizer isso, vai encontrar o mundo inteiro encarando-o de volta, sentindo o que ele sente e Hyuck simplesmente não aguenta.

Antes que possa dizer ou fazer qualquer coisa, contudo, mãos se fecham com força em seu quadril e a boca que o engolia some, o mundo girando ao seu redor. Ele se encontra mais uma vez com o peito arranhando na superfície áspera, seus cotovelos queimando.

Seus pés balançam para frente e para trás, suspensos no ar ao não alcançar o chão. Donghyuck olha por cima do ombro e vê Jaehyun sorrindo para ele, bebendo do vinho esquecido. Em seguida, ele segura o cálice no ar, derramando parte do conteúdo nas costas de Hyuck, que arqueia a coluna involuntariamente com a surpresa. O líquido empoça no longo vinco de sua coluna, em suas covinhas de Vênus, logo acima da sua bunda e escorrem por sua cintura em um rastro frio. As gotas chiam, evaporando ao atingir a superfície da mesa em suas laterais.

Mãos se fecham na parte de trás das coxas de Donghyuck, apertando a carne. Ele sente o calor de Jaehyun se aproximando e logo sua língua desliza por suas costas, bebendo o líquido direto de sua pele. Ele faz um som apreciativo no fundo de sua garganta e as mãos em suas coxas sobem pela lateral de seu corpo até se firmarem em sua cintura. Quando parece satisfeito, ele passa a espalhar beijos molhados e mordidas delicadas por toda a extensão das costas, voltando a descer e descer e, antes que Donghyuck perceba, seu quadril é puxado para cima com força e ele está com os joelhos em cima da mesa, empinado para o Céu.

Ele ri com o pensamento, não conseguindo evitar se divertir com a ironia.

— Eu perdi alguma piada? — Jaehyun questiona com um tom maldoso às suas costas, as mãos grandes fechando na bunda de Donghyuck.

— Estava só pensando — ele responde com um suspiro contente.

Jaehyun faz um som no fundo da garganta e se aproxima para espalhar beijos delicados pela pele macia da bunda de Donghyuck. A respiração quente faz a pele arrepiar.

— Se você ainda está pensando, eu não estou fazendo um bom trabalho.

E sua língua acaricia a entrada de Donghyuck, arrancando dele um som estrangulado.

Não dura muito tempo, já que Hyuck já começa a tremer, as mãos invisíveis acariciando cada pedaço de seu corpo e abrindo-o aos poucos, preparando-o para Jaehyun e ele se esforça ao máximo para se manter em cima de seus joelhos e não derreter em uma poça estranha em cima da mesa, escorrendo pelas beiradas.

Após o que parecem horas para Donghyuck, mas são apenas alguns minutos na realidade, Jaehyun se desvencilha dele, afastando-se enquanto as mãos invisíveis o empurram pela mesa, quase até o centro. Hyuck se deita de bruços, ofegante, permitindo-se descansar os braços e pernas por um tempo. Mas, logo, Jaehyun está às suas costas mais uma vez e Donghyuck sente sua presença mais do que qualquer coisa.

Ele se vira na mesa e se depara com a visão de tirar o fôlego de Jaehyun ajoelhado à sua frente, completamente nu e com suas enormes asas de penas negras — que ele costuma manter guardadas — eclipsando o sol vermelho, formando um halo ao seu redor. Seus olhos adquirem um brilho dourado quando ele sorri para Donghyuck, deitando-se por cima dele para beijá-lo.

Hyuck suspira, abraçando-o pelos ombros enquanto sente o mundo ao seu redor sumir por trás das asas que o envolvem, cobrindo o que o corpo de Jaehyun não pode cobrir. Mãos o levantam pela parte de trás de suas coxas e ele está mais uma vez no colo de Jaehyun, encarando-o de cima. Ele sorri, beijando-o mais uma vez e deslizando as mãos por tudo que alcança de seu corpo, cada volume e vinco, acariciando seus mamilos com toques suaves e descendo por seu abdômen até se fechar ao redor de seu pau, quente, grosso e já lubrificado, pulsando em sua palma. Hyuck se acomoda brevemente, posicionando-se para enfim descer, sentando devagar e sentindo enquanto centímetro por centímetro o rasga de dentro para fora.

Um suspiro trêmulo é empurrado para fora de seus pulmões quando sua bunda enfim se acomoda ao quadril de Jaehyun. Ele se sente cheio e inquieto e no seu limite e mais um misto de emoções e sensações confusas que fazem seu corpo inteiro tremer. Beijos são espalhados por suas bochechas e pálpebras, descendo por seu pescoço e os dentes pontiagudos de Jaehyun vincam mais uma vez na pele já curada, arrancando um som fraco e tenro de Donghyuck, que o abraça com força pelos ombros. Ele ergue o quadril devagar, descendo com força.

Jaehyun ronrona contra seu pescoço, lambendo as gotas vermelhas que escorrem da mordida. Uma de suas mãos grandes se posiciona na base da coluna de Donghyuck e outra segura sua coxa, ajudando-o a se mover.

Eles começam devagar, apenas sentindo o corpo um do outro e o calor entre eles, a eletricidade que os envolve, o fogo que os cerca. Donghyuck já está ofegante após tanto tempo sendo o alvo das provocações e estímulos de Jaehyun, como a corda tensionada de um violino, prestes a romper. Ele sobe, desce e rebola com a ajuda das mãos e braços fortes do Rei do Inferno conduzindo-o.

Quando está prestes a chegar em seu limite, contudo, as asas negras e macias ao seu redor se abrem, trazendo-o de volta ao mundo real e Jaehyun o vira de costas, colocando-o de quatro e se ajoelhando às suas costas. Mãos acariciam suas coxas e sobem por sua bunda, suas costas até uma se firmar em sua cintura e outra em sua nuca.

Jaehyun impulsiona o quadril mais uma vez, enterrando-se no corpo de Donghyuck e fazendo-o choramingar com a sensação, apoiando-se nos cotovelos para mover-se de encontro a Jaehyun.

O ritmo recomeça lento, com Jaehyun saindo devagar e entrando com força, atingindo todos os pontos certos no interior de Donghyuck. Contudo, aos poucos ele fica mais inquieto, choramingando e gemendo baixinho, tentando se livrar do aperto em sua cintura para se mover com mais liberdade.

— Por que tão inquieto, meu anjo? — Jaehyun questiona em um tom maldoso, deitando-se por cima dele.

Donghyuck rosna, fincando as garras na pedra e mostrando seus dentes pontiagudos para o outro, suas asas se agitando em suas costas.

— Porque você não me fode direito.

Donghyuck sente o gosto do sangue e das cinzas no fundo de sua garganta, como se fosse capaz de cuspir fogo em sua frustração. E, de fato, ele não duvida de que seria capaz disso se sua paciência fosse testada o suficiente. Jaehyun, contudo, sorri para ele. Um sorriso branco e predatório, até assustador se as circunstâncias fossem outras

Jaehyun o agarra com força pela nuca, recomeçando em um ritmo impossível e Donghyuck sente sua mente esvaziar, seu corpo inteiro adormecer e o mundo inteiro parece ser abafado pela sinfonia de seus corpos se movendo em sincronia. Grunhidos, gemidos, suspiros, rosnados e outros sons absolutamente animalescos ecoam pela enorme plataforma suspensa no universo e Donghyuck pensa por um segundo que, se ele fosse capaz de morrer, morreria satisfeito ali.

As garras afiadas fincam em sua pele e ele arranha a superfície escaldante da mesa, seus olhos revirando nas órbitas e sua boca se abrindo em um grito mudo, mas tudo muda e o chão parece escapar de seus cotovelos e joelhos, fazendo-o perder o equilíbrio quando, mais uma vez, Jaehyun muda o ritmo de seu quadril.

A mão em sua nuca sobe pela parte de trás de sua cabeça, bagunçando seu cabelo e puxando. Em seguida, a mesma mão se fecha com força em um de seus chifres e puxa sua cabeça para trás em um ângulo tenso ao mesmo tempo em que Jaehyun se reposiciona acima dele, envolvendo-o com as próprias coxas fortes. Sua respiração é quente no ouvido de Hyuck, seus rosnados parecendo penetrar sua alma enquanto ele entra uma, duas vezes e para. Uma, duas vezes e para, como se seguisse o ritmo de uma música apenas em sua cabeça. E Donghyuck seria capaz de chorar, de agradecer a qualquer divindade existente, até a Deus por ter Jaehyun atingindo impossivelmente fundo com o novo ângulo, montando-o.

Donghyuck se desfaz com um grito preso na garganta, seu corpo inteiro se movendo em espasmos violentos enquanto ele goza e goza e goza, o líquido espesso chiando ao atingir a pedra vulcânica escaldante sob eles. Atrás de suas pálpebras fechadas, o universo inteiro parece se iluminar e explodir como uma supernova, o mundo parecendo suspirar satisfeito ao seu redor.

Seu corpo inteiro relaxa e, por um breve momento, Hyuck acredita que até seus ossos se desfizeram, Mas Jaehyun ri às suas costas, ainda se movendo e segurando-o na mesma posição pelos chifres e asas, que se debatem no aperto no mesmo ritmo em que ele entra em Donghyuck até atingir o seu limite.

Quando acontece, Jaehyun geme satisfeito, suspirando e rosnando acima de Donghyuck, preenchendo-o com seu gozo e fazendo o calor preenchê-lo por dentro como ouro derretido. Ele se senta nos calcanhares e puxa Donghyuck consigo, determinado a manter seus corpos conectados por quanto tempo for possível, até que sejam puxados de volta para suas obrigações.

Donghyuck se deixa ser movido como bem quiser, satisfeito. Ele sorri ao se sentar e apoiar as costas no peito largo de Jaehyun, sentindo os braços fortes o envolverem nas últimas ondas de seu prazer, aceitando contente os beijos em seus ombros e pescoço.

— Você é perfeito, meu anjo — Jaehyun murmura contra sua pele, escondendo o rosto nele, sentindo o seu cheiro. — Lindo, perfeito. Você é a melhor coisa que já ganhei.

Hyuck suspira contente, apreciando o calor em seu peito com as palavras carinhosas.

— E aqui é o seu lugar — Jaehyun continua com uma risada baixa. — Olhe para eles, Hyuck. Olhe e mostre que não existe nenhum outro lugar que você estaria.

Estranhando as palavras ditas em seu ouvido com um tom divertido, Donghyuck abre os olhos.

Ele se depara com a corte celestial inteira diante deles em uma arquibancada circular colossal, como um coliseu infinito. Seus antigos superiores, anjos, colegas e outros seres divinos os encaram escandalizados e horrorizados pálidos como nunca estiveram antes. Exclamações de horror soam e olhos desviam dos seus quando ele percorre as arquibancadas com seus olhos penetrantes, varrendo-as à procura de faces conhecidas, apenas para ser encarado de volta como se ele fosse um verme. Hyuck não consegue evitar a vontade quase incontrolável de rir.

Donghyuck e Jaehyun, ainda unidos em cima da mesa de pedra, estão agora na mesma corte, no mesmo palco e diante dos mesmos juízes celestiais que condenaram Donghyuck para arder no Inferno, pagando por seus pecados.

E pagar por eles é, aparentemente, o que ele mais ama fazer.

Os braços de Jaehyun se apertam ao redor de sua cintura e Hyuck joga a cabeça para trás, gargalhando com Jaehyun, o Rei do Inferno.


Notas Finais


A rosa de Halfeti, que eu cito como sendo as rosas decorando a coroa de espinhos do Hyuck, é a flor no topo do capítulo. Elas só nascem em Halfeti, na Turquia e têm essa coloração diferente que, dependendo da luz, parece até preto.

E AÍ, DELÍCIAS, O QUE ACHARAM? KAJSNCKJSDNCKSJCN AAAAA TO NERVOSA
Eu escrevi essa blasfêmia correndo e terminei hoje pra postar SALKSAMCXKJSDCM
Espero que tenham gostado porque eu me diverti bastante escrevendo.


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