ESCONDER (verbo)
¹•colocar (alguém, algo ou a si mesmo) em lugar no qual possa ficar oculto; ocultar (-se).
²•deixar de revelar, manter em segredo.
³•manter encoberto; não deixar ser percebido.
⁴•manter fora do alcance dos olhares ou do conhecimento de outrem.
13/09/2022 (Domingo). 14:00 ㏘
— Ei, acorda! – Seokjin escutava enquanto sentia seu corpo ser chacoalhado por alguém. – Anda hyung, acorda!
Abriu os olhos e eles se focaram em uma figura de cabelos claros e olhos castanhos que o fitavam preocupado.
— Nam...joon? – Percebeu que seu corpo doía e a bile subiu a boca.
— Você está bem? – O mais alto o perguntava com certa preocupação na voz, mas o outro ainda tentava se concentrar para descobrir de onde a dor vinha.
Percebeu o quadro negro que estava na parede logo atrás de Namjoon:
— Aonde estamos? – Ia se sentando quando o mais novo o parou. – Ah!
— Calma hyung! – Jin sentiu uma forte dor que provinha de seu ombro direito e levou a mão até este.
— O que está acontecendo? – Ao tocá-lo, sentiu arder e o quente do sangue que vazava da ferida aberta.
— Eu disse para você ficar calmo! – Namjoon tirou a mão do mais velho do ferimento.
— Como isso aconteceu Namjoon? Onde a gente ‘tá? – Perguntou nervoso e voltando com a mão para o ombro machucado.
— Eu não sei Hyung, eu acordei aqui e dei de cara com você deitado no chão com o ombro ferido! – falou olhando em volta para ver se algo vinha a cabeça. – Nem sei como viemos parar aqui, nem sei onde é aqui! Parece uma sala de aula.
Chegou a conclusão pelo fato de ver o quadro negro e as carteiras a sua volta.
— Cadê os outros? – O mais velho se referiu aos amigos.
— Se você não sabe, quem dirá eu! – bufou frustrado. – Acha que consegue se levantar? Precisamos achar alguém.
— Talvez. – Fez um esforço e Namjoon o ajudou o colocando em pé. – Obrigado.
Jin levou a mão até o bolso, respirando aliviado por sentir o celular nele. O tirou do bolso e desbloqueou a tela:
— Tenta ligar para alguém pelo seu celular. Eu tentei com o meu, mas está dando fora de área. – Namjoon sugeriu.
— 'Tá. – Abriu a agenda e observou os nomes. – Tento ligar primeiro para quem?
— Liga ‘pro Yoongi-hyung. – Era o segundo mais velho depois de Seokjin, era a melhor opção antes de Hoseok e o próprio Namjoon.
— Okay. – Buscou o nome do amigo e em seguida tentou ligar para ele. – Droga Joon, ‘ta dando fora de área também, e agora?
— Vamos buscar informação com alguém.
— Okay, mas ah… – Sentiu o ombro latejar novamente.
— Está tudo bem hyung? – Se aproximou preocupado. – Tem certeza que consegue caminhar?
— Tenho, vamos! – Falou e saiu andando até a porta, ultrapassando o mais novo.
— Se você diz… – O seguiu.
Após os dois atravessarem a porta da sala, deram de cara com um corredor comprido, adornado por portas e mais portas de sala de aulas. A tinta verde da parede do corredor, estava descascando e as lâmpadas apagadas. Contudo, por ser dia, a claridade que emanava das janelas nas salas de aula, iluminavam o corredor.
Começaram a caminhar, passando sala por sala. Seokjin ia na frente e Namjoon logo atrás. Quando passaram pela penúltima sala do corredor, algo chamou atenção do hyung e o fez entrar lá, seguido de um Namjoon sem entender nada.
Ele se aproximou da lousa e leu o que estava escrito “Siga as flores, elas te mostraram o caminho. F.D.”.
— F.D?... – Se questionou, pois sabia que estas siglas não lhe eram estranhas.
— Porque entramos aqui? – O Kim mais novo ainda não tinha visto o que estava escrito na lousa.
— Esta assinatura, não te lembra algo Joon? – Segurava o ombro, mas não retirava o semblante sério do rosto.
— Que assi… – Foi aí que viu a frase no quadro. – F.D.? Isso parece coisa do… – ponderou. – mas é impossível hyung, será que os meninos tão querendo pregar uma peça na gente?
— Peça de muito mau gosto então! Isso não é algo para se brincar Namjoon! – O loiro podia ver a expressão brava no rosto do amigo, se tornar algo triste. – Ainda mais… – O mais alto percebeu o olhar distante e triste do amigo. – depois de tudo. – Seokjin percebeu o olhar de Namjoon e tentou disfarçar – Vamos, precisa…
Foi quando um som alto de carteira caindo, ecoou pelo corredor.
— O que foi isso? – Namjoom perguntou surpreso.
— Talvez um dos idiotas! – Novamente fechou o cenho. – Eu vou acabar com essa brincadeira! – O Kim mais velho saiu em disparada para o corredor.
— Calma hyung! – Joon tentou o alcançar, mas o outro parecia bem mais rápido e em questão de segundos já estava no longo corredor novamente.
Contudo, não havia nada no corredor e então outro barulho:
— Eles devem estar em uma das últimas salas! – Deu alguns passos a frente e falou alto. – Eu vou achar vocês e vamos ter uma conversa séria!
— Hyung! – Namjoon chamou sua atenção. – Fica calmo, se for eles mesmo, vão aparecer!
Outro barulho, dessa vez veio da porta na última sala:
— Eles estão lá Namjoon! JUNGKOOK, SE FOR VOCÊ, EU JURO QUE TE MATO! – Falou indo mais para frente, mas parou ao perceber uma movimentação estranha na última sala.
Pelo barulho, parecia que algo grande estava tentando se mover entre as carteiras e cadeiras. A claridade do local começou a sumir, deixando os mais velhos preocupados.
— O que está acontecendo? – O mais velho perguntou olhando a sua volta.
— Não sei hyung. – Namjoon também olhava em volta preocupado. – mas volta pra cá!
Estava ficando cada vez mais escuro e eles sabiam bem que não era uma nuvem que havia entrado frente ao sol. Porém, ainda dava para ter uma certa visão do lugar e então… Outro barulho.
— Yoongi?! isso não tem graça idiota! – Namjoon se aproximou de Jin.
Então as portas do corredor começaram a se fechar uma por uma em um estrondo forte, desde as últimas salas, até às primeiras, os deixando paralisados e sem reação. No fim do corredor um mugido forte pode ser ouvido e algo grande se chocou contra a porta aberta e a parede.
— Que merda é essa? – O mais velho olhava assustado.
— Não sei, mas vamos sair daqui hyung! – Namjoon agarrou os braços do amigo e o puxou.
Nesse exato momento, novamente algo se chocou contra a parede e a porta, dessa vez conseguiu quebrar os dois dando passagem para quem quiser que fosse, passar. Então novamente o silêncio. Seokjin e Namjoon pararam e passaram a olhar para trás, de onde o som antes estava vindo:
— Será que foi embora? – Dessa vez foi o de cabelos castanhos claros que perguntou.
— Eu não teria tanta certeza Namjoon, mas de qualquer maneira, vamos embora da…
O hyung nem pode terminar sua frase, pois algo enorme passou pela abertura que havia feito e se chocou contra a parede da frente, enroscando seus chifres no cimento e gesso. Foi quando os meninos puderam ver o que estava fazendo aqueles estrondos todos.
— QUE MERDA É ESSA? – Ambos não podiam desviar o olhar.
— É um touro? – Ambos tentavam se concentrar na figura branca que possuía a cabeça virada ao contrário e seis pares enormes de chifres. Um par na parte de trás da cabeça, o outro na parte da frente e o últimos saia de seus ouvidos.
— Você já viu um touro assim? – Enquanto perguntava, a criatura soltou os dois chifres da frente que se enroscava a parede e virou o olhar para os dois.
— Hyung, acho melhor corrermos… – O bicho soltava fumaça vermelha pelo nariz, boca e olhos.
O ‘touro’ bateu a pata no chão – como em uma tourada – e deu impulso para começar a correr em direção dos garotos.
— Merda! Vamos Namjoon! – Ambos começaram a correr e a criatura logo atrás.
Quando chegaram ao final do corredor, a criatura estava quase os alcançando. Foi quando por impulso, Namjoon empurrou Seokjin e se jogou para trás para evitar que o touro os atingisse. Agora, cada um estava de um lado do touro, enquanto esse se recuperava da cabeçada que deu na parede, deixando sua cabeça presa. Mas isso não foi o suficiente para o segurar e logo o touro já estava solto novamente:
— HYUNG CORRE! – Namjoon gritou quando percebeu que a criatura se voltava para o amigo.
— Merda! – Seokjin passou a correr se separando do amigo e virando o próximo corredor.
Por ser grande a criatura, ela se esbarrava contra tudo, o que a fazia atrasar e dar tempo para o outro correr. No final do corredor havia uma porta aberta e Seokjin correu para ela sem olhar pra trás. Entrou no que parecia ser um banheiro e trancou a porta escutando outro mugido arrastado da criatura que o procurava.
Sabia bem que não ia poder sair daquele lugar tão cedo. Então respirou fundo e esperou que o som da criatura sumisse pela escola. Depois de alguns minutos, a luz lá fora começou a clarear da mesma maneira que se escureceu e logo o banheiro estava quase todo iluminado. Esperou mais um pouco para ter certeza que a criatura não estava mais lá e antes de abrir a porta, algo preso no canto do espelho lhe chamou a atenção.
Havia um papel e Seokjin o pegou. Desenhado na parte da frente, havia uma flor pintada de azul e rosa claro:
— Smeraldo… – O outro sibilou enquanto observava o desenho.
Do outro lado da folha, havia uma pequena nota escrita:
"Eles disseram que se eu colaborasse, logo eu poderia sair daqui, mas eles mentiram pra mim. Eles me mantiveram preso aqui em baixo e me deixaram sem comer ou beber. Quando percebiam que eu estava dormindo, eles me davam choques para me manter acordado.
Eu não quero mais ficar aqui! Quando é que alguém vai me encontrar?"
O Kim não sabia do que se tratava aquela nota, mas aquilo era agoniante de se ler. Era ruim pensar que alguém passou por aquilo, então ele guardou o papel em seu bolso e logo foi até a porta a abrindo devagar e olhando ao redor para ver se a criatura estava por lá.
Ele andou pelos corredores da escola a procura de Namjoon e com medo de dar de cara com aquela criatura novamente, mas depois de mais de uma hora procurando, ele não achou nada. Foi quando conseguiu chegar até onde parecia ser a diretoria da escola. Enquanto observava o lugar, escutou um som vindo da porta da frente, onde era a principal entrada da escola – pelo menos ele deduziu que era.
Com cuidado, o Kim caminhou até a parte de trás da porta. Foi quando ouviu vozes:
— Vamos para a delegacia. – Escutou uma voz não familiar.
— Porque para a delegacia? – Outra voz.
— Capturamos um e o prendemos lá.
— Okay. Já estou indo, mas preciso verificar a escola. O general disse que teve movimento aqui uma hora atrás!
Seokjin realmente não sabia do que se tratava tudo aquilo, mas aquela conversa o fez ter uma breve lembrança da noite passada:
"— Acelera hyung! Eles estão nos alcançando! – Jeongguk gritou para Seokjin enquanto ele dirigia a caminhonete em fuga.
— Estou indo o mais rápido possível caramba! – o Kim respondeu desesperado.
— Hyung, ele não para de sangrar! – Escutou Jimin desesperado. – O que eu faço? – Perguntou para Namjoon.
— Continua pressionando a ferida!
— Argh. – Hoseok gemeu de dor enquanto o Park pressionava a ferida em seu abdômen.
— SEOKJIN QUE MERDA É ESSA? – gritou apontando para a estrada.
O hyung não teve tempo de ver nada, apenas desviou da figura que apareceu no meio da pista e sentiu quando a caminhonete bateu em algo."
— Que inferno aconteceu ontem? – sussurrou para si. – estavam atrás de nós? Será que foi o Namjoon que eles pegaram? Não. Não pode ser.
— Okay. A hora que terminar nos encontre lá, pode ser? – Estava com a pensamento tão alto que esqueceu das vozes do lado de fora.
— Sim. – Seokjin sentiu que a maçaneta a sua frente foi segurada no movimento de abrir e ele correu para a sala da diretoria se escondendo embaixo da mesa.
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