1. Spirit Fanfics >
  2. Asterisk war (apocalipse) >
  3. Proposta e investigação

História Asterisk war (apocalipse) - Proposta e investigação


Escrita por: percyolimpo

Notas do Autor


Capítulo feito aos poucos. Mas gostei de o fazer. Já agora, eu sei que a historia está um tanto sombria, mas tenham calma que em breva vai ficar "normal".

Capítulo 6 - Proposta e investigação


A primeira coisa que Ayato sentiu quando abriu os olhos na manhã seguinte foi um sensação de alívio. Isto porque ao contrário do dia anterior, desta vez o seu sonho desvaneceu-se da sua memória assim que acordou. Ficou verdadeiramente agradecido por isso, pois os “traços” que este havia deixado na sua mente deixára claro que, embora não tivesse sido tão mau quanto o anterior, também não tinha sido bom. Isto fica ainda mais em evidência quando sentiu a sua roupa, os cobertores e o colchão. Embora fosse melhor que da última vez, ainda tinha suado bastante naquela noite. Por isso tinha uma sensação de alívio. Ao menos não se ia lembrar do porquê.

Levantou-se e colocou tudo aquilo que o seu suor tinha tocado para lavar. Começou a perguntar-se se se aquilo continuasse a sua saúde estaria em risco. Havia a chance de ele correr algum risco de desidratação. Como que a concordar com esta preocupação, ao engolir inconscientemente, viu que a segunda coisa que ia fazer naquele dia era beber água até a sensação de deserto árido desaparecer da sua língua. Após isto foi verificar o seu uniforme. Após isso ficou agradecido por ter um extra. Embora ele já estivesse seco, tresandava. Não era capaz de andar com aquilo o dia inteiro. O mais certo é que todos se afastassem dele. E se as pessoas não iriam estar ao pé dele, ele muito menos ia aguentar com aquilo o dia inteiro. Havia a possibilidade do seu olfato desenvolver uma adaptação verdadeiramente desnecessária ao fedor.

- Yabuki: Bom dia.

- Ayato: Bom dia.

Yabuki tinha acabado de entrar no quarto com um cesto de compras que Ayato rapidamente identificou como café da manhã. Provavelmente o garoto também tinha percebido que aquele sítio estava numa verdadeira carência de comida substancial. Mostrando que o palpite de Ayato estava certo, Yabuki pousou o saco na mesa e tirou 2 bolinhos de arroz, 4 pães, 2 barras de cereais e 2 leites achocolatados.

- Yabuki: Espero que tenhas dormido bem.

- Ayato: Não tive a melhor noite, mas já não me lembro de nada, então.

Uma expressão preocupada formou-se na cara de Yabuki só para desaparecer no momento seguinte. Depois do dia anterior, achava que por enquanto era melhor não tocar no assunto do que acontecera na noite anterior. Sentaram-se e começaram a comer.

- Yabuki: Então, como vão os treinos para o Gryps?

- Ayato: Começamos ontem. Ainda não estamos a fazer uma estratégia nem nada do tipo. Optamos primeiro por escolher o “rei”.

- Yabuki: Estou a ver.

Ambos falavam enquanto mastigavam. Yabuki olhava para o teto enquanto seguia o raciocínio para um  começo de treino daquele gênero. Claro, que se usasse a lógica, não era muito difícil de entender tendo em conta as regras da festa Gryps. De repente sentiu algo e olhou em redor. Por alguma razão o quarto estava com um cheiro a suor. Era pouco, já que a janela estava aberta, mas mesmo assim dava para notar. No dia anterior o Ayato tinha encharcado tanto a sua cama quanto a sua roupa a um nível desumano, mesmo assim não fazia sentido ainda estar ali um registo verdadeiramente perceptível.

… Trum Trum.

Ao longe dava para ouvir um som que Yabuki já tinha ouvido vezes o suficiente para saber que era a máquina de lavar do quarto que estava na casa de banho. Normalmente os dormitórios teriam um lugar comum para lavar roupa, mas Asterisk não era um lugar comum e podia facilmente dar uma a cada quarto sem problemas.

Yabuki olhou para trás e viu a cama de Ayato sem lençóis e com uma sombra em na parte de cima. Voltou a olhar para Ayato e só conseguia pensar as seguintes palavras.

- Yabuki: (.... algo assim tão horrível e tu continuas calado…)

Pura preocupação era o que cada uma daquelas palavras carregava. Tirando a possibilidade que a era bem possível que Ayato tivesse que ver um médico se aquilo continuasse, um sonho, ou melhor, um pesadelo tão horrível que faz você virar a imagem de um morto-vivo e, mesmo no dia seguinte continuar a abalar você, era algo que iria afetar não só a mente como o comportamento em geral de uma pessoa. Yabuki perguntou-se se seria realmente seguro Ayato participar no Gryps neste estado.

- Yabuki: Vocês vão treinar para o Gryps hoje?

Esta pergunta era derivada de preocupação. Ayato, para além de claramente perturbado, também estava a demonstrar sinais de transpiração a níveis que poderiam levar à desidratação. Para Yabuki, Ayato estar a fazer esforço físico naquele estado podia trazer consequências, mesmo que ainda não houvesse nenhum problema, o que pelo que tudo indicava, não era o caso. Ele tinha que tirar um dia de folga. As intenções de Yabuki não foram notadas pelo facto de ser fim-de-semana, ou seja, não havia aulas. Ainda assim, era possível que os participantes das Festas utilizassem as salas de treino mesmo quando a escola estivesse tecnicamente fechada. Esta desculpa permitiu a Yabuki escapar de receber mais um Ayato em fúria a dizer que estava tudo bem.

- Ayato: Não sei. A Claudia está a recuperar do treino de ontem, então vamos ter que interromper a escolha do rei. Acho que podemos mesmo assim treinar entre nós…

Assim que terminava aquelas palavras uma notificação apareceu e Ayato viu uma mensagem de Julis.

- Julis: Ayato, eu e a Kirin temos assuntos para tratar, então não vai ser impossível estarmos presentes para o treino de hoje. Não consegui entrar em contacto com a Saya, então acho que se conseguires entrar em contacto com ela, podem continuar o treino.

Yabuki ia perguntar de quem era a mensagem, mas parou no momento em que viu a expressão de Ayato mudar. Os seus olhos arregalaram-se tanto que parecia que ele tinha visto um cadáver e todo o seu rosto acompanhou. A sua cara começou a empalidecer e todo o seu corpo parecia estar a tremer de forma imóvel. Yabuki conseguiu ver o suor de Ayato a preparar-se para cobrir todo corpo e prestes a deixá-lo sem roupa para aquele dia.

- Yabuki: Quem é?

Disse aquelas palavras o mais rápido possível para desviar a atenção de Ayato e impedir que ele fica-se da mesma forma com que tinha chegado ao dormitório no dia anterior.

- Ayato: É a Julis. Nem ela nem a Kirin vão ser capazes de se reunir connosco hoje, então acho que não vai haver treino.

- Yabuki: (Estranho…)

Ayato importava-se assim tanto com o Gryps ao ponto de ficar naquele estado? Estaria só desiludido por não poder estar com as garotas? Não, isso não era impossível. Não para o tipo tão denso quanto ele que não percebia que haviam três garotas claramente apaixonadas por ele e, Yabuki tinha quase a certeza, Claudia também. Aí reparou.

- Yabuki: Espera, pensava que o teu grupo inclui-a a Saya. Ela também está ocupada?

Yabuki arrependeu-se de dizer aquelas palavras no momento seguinte e percebeu a fonte de todo o estado simplesmente aterrorizante de Ayato. Ao olhar para o garoto, Yabuki começou a achar que Ayato ia verdadeiramente morrer de medo e pânico. Agora o rosto estava tão pálido que Yabuki sentia frio só de olhar. A expressão de Ayato era a mesma de quem estava prestes a ser assassinado. Todo o seu corpo estava claramente a suar, pois a roupa ficou como se ele tivesse acabado de sair de uma piscina. Começou a ouvir-se pingas e Yabuki ficou chocado pelo facto de conseguir ouvir o suor a cair no chão.

- Yabuki: Bem, ela deve estar ocupada também.

Ao som daquela frase, Ayato voltou lentamente ao normal. De repente reparou que toda a sua roupa estava encharcada.

- Yabuki: Não te preocupes, podes usar o meu uniforme extra. É melhor ires tomar um banho. Não te preocupes que não como a tua parte.

Ayato riu e acenou. Levantou-se e foi para o banheiro. Yabuki ouviu o som de abrir a água, mas percebeu que não era o do chuveiro, mas sim a torneira. A seguir vieram sons de “slorp” e engolir por cerca de 30 segundos. Só depois de algum tempo é que ouviu o som do chuveiro a ser aberto.

Embora tivesse acabado de ver uma cena que o tinha realmente abalado, tinha recebido informações importante. Sendo um freelancer, essas informações tinham sido mais do que suficiente para perceber o problema de Ayato. O garoto tinha ficado recebido uma mensagem a dizer que Julis e Kirin não poderiam vir e tinha ficado em estado choque e depois tinha dito que não haveria treino. Quando Yabuki perguntara sobre Saya ele tinha ficado como uma presa prestes a ser devorada pelo predador e só depois que Yabuki tinha feito de conta Ayato voltara ao normal e não tinha visto que não havia razão nenhuma para Yabuki ter deixado o assunto de lado, ficando simplesmente aliviado. Colocando tudo isto com a primeira coisa que Ayato tinha gritado no dia anterior, chegou à conclusão que Saya era a razão para Ayato estar assim. Ele duvidava bastante que a garota tinha feito alguma coisa contra o garoto ao ponto de o fazer ter medo de a ver. Não. Tendo em conta a informação que tinha, o mais certo era que Ayato estava aterrorizado pela ideia de lutar contra Saya. Ai, Yabuki perguntou-se se Ayato, na noite anterior, tinha voltado para o dormitório daquele jeito porque tinha estado muito perto de ter que lutar contra Saya. Claro que isto era saltar para conclusões, mas mesmo assim parecia extremamente provável. Yabuki decidiu que usaria aquele dia para ir ter com Saya e ir tirar aquilo a limpo.

Terminou de comer, colocou o seu uniforme extra no seu lado da mesa e saiu do dormitório.

Alguns minutos depois, Ayato saiu do banheiro e de caras com Yabuki desaparecido e um uniforme pousado na mesa.

- Ayato: Provavelmente tinha alguma notícia para encontrar.

Riu-se e pegou no uniforme.

------------------------------------------- 1 hora depois no meio da cidade --------------

Ayato percebeu que fazia algum tempo desde que tinha ido para a cidade e tinha aproveitado o dia sem qualquer perturbação. A última vez que tinha ido lá, estivera disfarçado numa missão para resgatar Flora, então não tinha sido algo relaxante propriamente dito. Ainda por cima, desde então tinham visitado a terra natal de Julis e acontecera o que acontecera. Ayato reparou que a sua vida colegial não era exatamente calma.

Desta vez aproveitou. Deu alguns passeios para apanhar ar, comprou algumas bolachas numa loja de conveniência só porque sim e, mesmo não comprando quase nada, acabou por ir a umas quantas livrarias espreitar o que ele iria comprar da próxima vez que fosse para fora da academia e tivesse dinheiro que pudesse esbanjar. O dinheiro que tinha consigo no momento tinha o intuito de pagar o seu almoço e lanche, pois tencionava passar o dia a acalmar os seus nervos e a esquecer-se de todas as preocupações. Mas, fosse porque o universo não lhe queria dar descanso ou porque ele simplesmente atraia complicações, essa escolha foi-lhe tirada.

Já deviam passar das 14 horas e, mesmo que não passasse, o seu estômago estava a dar horas. Acabou por passar pelo “MW Donald” onde comera quando o máximo de interação que tinham tido fora ele a vê-la vestir-se acidentalmente quando lhe fora devolver o lenço. Fez o pedido, ficou à espera cerca de 3 minutos e foi para a esplanada com um tabuleiro cuja primeira coisa que uma pessoa viria seriam dois hambúrgueres enormes. Talvez fosse pelo desejo de relaxar, ou talvez só tivesse com fome mesmo, mas saíra do dormitório com dinheiro para fazer um pequeno festim.

Estava a meio do segundo quando um silhueta passou pelo cantos dos seus olhos e ouviu o pousar de um tabuleiro à sua frente. Olhou para a frente um tanto surpreso só para encontrar o rosto que jamais pensaria encontrar naquele dia e também uma das últimas pessoas com quem queria dar de caras ever. Hilda Jane Rowlands, também conhecida como Magnum Opus e por Ayato como a responsável por Ophelia ser como é hoje, assim como alguém que, pelas informações que Ayato recebera, não dava a mínima para a vida alheia. Na verdade, mesmo mal a conhecendo, Ayato tinha a imagem de um cientista louco sempre que ouvia alguém falar dela.

- Hilda: Vou-me sentar aqui se não te importares.

Hilda sentou-se e começou a comer um hamburger da maneira mais despreocupada e, ao que parecia, provocante. Enquanto comia dava de vez em quando relances para o garoto exatamente com a mesma atitude.

- Ayato: O que é que queres?

Ayato estava com uma expressão séria e a pergunta parecia quase uma ameaça.

- Hilda: Não podes supôr que apenas quis vir aqui comer?

- Ayato: Se assim fosse não te terias sentado numa mesa ocupada, logo na minha, a não ser que só quisesses me provocar. E, mesmo que estivesses a dizer a verdade, tenho a certeza que encontras este restaurante bem mais perto da tua academia.

- Hilda: Verdade.

Acabou o hamburger o começou a lamber os restos que estavam nos seus dedos.

- Ayato: Se a razão para cá estares é para me oferecer novamente ajuda para a minha irmã, a minha resposta é a mesma. Jamais deixarei alguém como tu ajudar.

- Hilda: Alguém como eu? Kakakakak! Sou uma cientista. Limito-me a fazer o meu papel.

- Ayato: E no processo arruinas pessoas.

- Hilda: A Gluhen Rose falou-te da Ophelia? Pergunto-me o quão distorcido foi esse relato.

- Ayato: Fizeste experimentos na Ophelia, tornaste-a uma Strega e agora ela está irreconhecível! Ela está a sofrer por causa dos poderes dela!!!

- Hilda: E?

- Ayato: E?!!!!

- Hilda: Repito, sou uma cientista. Tudo o que fiz foi encontrar uma maneira de transformar alguém numa strega. De brinde, dei àquela garota as ferramentas para ela ser a genestellar mais forte atual. Na verdade, eu dei-lhe um presente. O problema não é meu de aquilo dar cabo dela de alguma maneira. Ela foi só mais um dos meus experimentos. Vou continuar as minhas pesquisas e corrigir os erros que ela tem nos próximos.

Ayato levantou-se num instante e agarrou a garota pela colarinho, olhando-a com raiva e estando prestes a dar-lhe um soco.

- Hilda: Tens a certeza que queres fazer isso?

Mesmo que ela tivesse dito aquelas coisas horríveis, se Ayato começasse uma luta agora, ele seria o mau da fita. Não só isso, mas também traria problemas para toda a academia por ela ser de outra academia. Percebendo isso soltou a garota, respirou fundo e preparou-se para ir embora. Não tinha intenção, ou paciência, para lidar com aquele monstro com forma humana.

- Hilda: Já vais embora?

- Ayato: Não tenho qualquer intenção de falar contigo, muito menos de aceitar o teu pedido.

- Hilda: Deixa-me adivinhar: achas que eu não consigo mesmo acordar a tua irmã? Ou será que achas que lhe vou fazer alguma coisa no final? Informo-te deja: ambas estão erradas. Posso trazê-la de volta e aquilo que eu faria não seria de forma nenhuma diferente daquilo que outros fariam. Seja como for, ela sempre correrá risco.

Ayato parou e virou-se.

- Ayato: O quê?

- Hilda: Achavas que era sem risco? Para além de ser bastante difícil fazer o procedimento, ela continua a correr risco. Se me perguntares quais a minha resposta seria não sei. Mas seja como for, se fores perguntar a qualquer outro, ela vai correr o mesmo risco. Somente eu consigo diminuir o risco. Por alguma razão chamam-me Magnum Opus.

Ayato sentia-se entre a espada e parede. Então, isso queria dizer que Haruka correria sempre perigo? Ele negára-se da primeira vez, pois acreditava que era só um procedimento complicado, mas agora estava a ouvir que o procedimento podia ter consequências negativas para Haruka?

Ainda assim.

- Ayato: Desde que o procedimento seja bem sucedido não há probl-

- Hilda: Kakakakak, estou a dizer que mesmo que se for bem sucedido ela pode acabar por ficar paraplégica.

Aí Ayato sentiu o seu coração bater contra uma parede e a sua mente parou, só conseguindo olhar para a garota à sua frente a rir-se.

- Ayato: A-...Ainda assim…..

Ele não queria pedir ajuda a alguém assim. Aceitar a participação de Hilda no despertar de Haruka seria a mesma coisa que deixar a proteção de Saya para Li Shenyun e Li Shenhua. Resumidamente: impensável e o suficiente para Ayato questionar a sua própria sanidade. Isto era óbvio para si, mas agora um outro óbvio estava a surgir e a deixar esta certeza numa cratera. Isto provavelmente mostrou-se na sua expressão, e também na sua voz, porque no momento seguinte Hilda chegou ao pé de si ainda a rir.

- Hilda: Queres saber o porquê de eu querer fazer parte disto? Só quero testar algo, nada mais. Anda comigo.

Hilda começou a sair da esplanada e a afastar-se cada vez mais, sem nem verificar se Ayato vinha com ela. Na verdade, parecia nem se importar, ou isso, ou tinha certeza absoluta que o garoto viria fosse como fosse. E estava certa.

Em alguns minutos, os dois estavam num comboio para a academia Arlequint. Hilda estava como estava no restaurante. Já Ayato não parava de tremer, não acreditando que realmente estava a fazer aquilo.

Meia hora depois tinham chegado à academia Arlequint e estavam a andar pelos corredores, indo cada vez mais para baixo até chegarem no nível mais baixo da academia. Ayato estranhou ninguém questionar a sua presença ali, mas supôs que era porque ele seria um “convidado” da Magnum Opus.

Finalmente pararam frente a uma porta protegida por tantos sistemas de segurança que Ayato se perguntou se a Org Lux mais poderosa de todas estaria lá guardada. Para sua, talvez não tão, surpresa, a porta abriu-se para um laboratório que se Ayato dantes achava que Hilda era um cientista louco, agora ele tinha CERTEZA. Por toda a parte haviam esquemas do corpo humano, assim como notas de como os dissecar, sobre prana e sobre como ambos se conectavam. Máquinas e instrumentos de surgia ocupavam um espaço enorme, tanto que Ayato se perguntou como Hilda se movia ali.

- Hilda: Anda cá.

Hilda estava ao pé de uma secretária onde um caderno cheio de apontamentos estava aberto.

- Hilda: Esta é a razão porque eu quero acordar a tua irmã.

Passou-lhe o caderno e por alguns segundos Ayato perguntou-se como ela conseguia ler aquilo, tendo tantas coisas sobrepostas uma com a outra. No entanto, o seu olhar acabou por encontrar aquilo que rapidamente percebeu se a razão. Controle de prana. Como ultrapassar esses limites. Mais apontamentos que aparentemente diziam questão a Ophelia estavam presentes.

- Hilda: Só quero testar uma teoria. Ver os limites. Segundo aquilo que eu sei da situação da tua irmã, ela seria uma ótima forma de testar essa possibilidade.

Ayato já sabia que Hilda era desprezível. Mesmo assim, ver aquilo mostrou-lhe mais uma vez que aquela garota tinha vendido a sua humanidade em nome da ciência. Ela não se importava com Haruka ou com fazê-la acordar. Não lhe fazia nenhuma diferença. Ela só queria testar uma teoria que, pelo Ayato estava a ver, seria um meio de AUMENTAR O PODER DE UMA STREGA OU DANTE. Naquele momento Ayato fechou o caderno e fulminou Hilda com o olhar.

- Ayato: NEM PENSAR.

- Hilda: Dizes isso, mas mesmo assim sou a melhor escolha. Mas nenhum conseguirá te dar tanta segurança de a fazer acordar. E daí se eu quero apenas testar esta teoria? Ambos ganhamos.

- Ayato: AMBOS GANHÁMOS? A MINHA IRMÃ PODE FICAR PARAPLÉGICA NO PROCESSO. NÃO SÓ ISSO. NÃO HÁ NENHUMA GARANTIA QUE O CONSIGAS FAZER. NÃO IMPORTA COMO SE VEJA, A ÚNICA PESSOA QUE GANHA AQUI ÉS TU!!!

- Hilda: O que é melhor? Ter a irmã a dormir para sempre ou acordá-la e ela ter alguns problemas? Para além do mais esses problemas podem ser resolvidos com tecnologia.

Ayato continuou furioso, mas mesmo assim a lógica estava do lado dela, mesmo ele não querendo admitir. Mesmo assim, não conseguia aceitar essa escolha. Ou melhor, não conseguia escolher entre a sua moral e Julis ou trazer a sua irmã de volta.

- Hilda: Façamos assim.

Hilda pegou em algo que parecia um crachá e colocou mão de Ayato.

- Hilda: Pensa na proposta. Se decidires mudar de ideias, vem até mim, coloca este crachá e faz a mesma coisa que farias se estivessem a declarar uma luta contra alguém. Esse crachá fará o contrato entre nós dois onde nenhum pode voltar atrás. Já agora, se tiveres algum interesse depois, podes adicionar mais pedidos. Irei aceitá-los desde que sejam interessantes.

Assim a conversa entre os dois terminou e Ayato foi mandado de volta para a cidade. Quando chegou eram cerca de 17 horas. Decidiu comer qualquer coisa e depois voltar para a dormitorio. O seu tempo de relaxamento já tinha sido destruído fazia duas horas.

------------------------------------ 13:30 no mesmo dia, casa de Saya ----------------

Duas horas. Ele estava há duas horas a tentar entrar em contacto com Saya! Por mais que lhe ligasse, a garota não atendia. Por mais que mandasse mensagem, ela não respondia. No fim percebeu que a única maneira de entrar em contacto com ela e de realmente tirar aquilo a limpo era indo ao dormitório dela. Aquela garota tinha um sono anormalmente pesado.

Pang Pang Pan.

Yabuki ficou à espera de alguma resposta ou que a porta abrisse por alguns minutos. Muito provavelmente ela ainda estava a dormir. Havia também a possibilidade de ela ter saído, afinal o dia estava ótimo, era fim-de-semana e praticamente todos os estudantes deviam estar a aproveitar o dia na cidade. Mas, segundo aquilo que sabia dela, essa possibilidade era baixa, tanto pelo facto de ela faltar a dias inteiros de aulas por causa do sono, como pelo facto de muito provavelmente se perder no meio da cidade.

Pang Pang P-

Quando o seu punho tinha acabado de tocar na porta para a terceira batida, a porta abriu-se e Saya apareceu. Parecia ter acabado de sair da cama, mas mesmo assim estava de uniforme.

- Yabuki: (É saudável ela dormir assim tanto?)

- Saya: O que é?

Disse aquilo esfregando os olhos.

- Yabuki: Olá. Queria saber se poderíamos falar.

- Saya: Não estou interessada em dar nenhuma entrevista.

Saya começou a fechar a porta e Yabuki teve que colocar o pé para não ficar preso lá fora.

- Yabuki: Não é nenhuma entrevista. Estou aqui como um amigo.

Saya abriu a porta e olhou para a expressão de Yabuki, que naquele momento estava com um sorriso nervoso. Largou a porta e voltou para dentro do quarto. Yabuki tomou isso como um convite.

O quarto de Saya não era muito diferente do seu, para além das suas roupas no armário, uns quantos lanches pousados numa mesa e aquilo que Yabuki tomou como sendo luxs tipo pistola.

- Yabuki: Belo quarto.

Saya limitou-se a encolher os ombros. Sentou-se na cama e olhou para Yabuki.

- Saya: O que é?

- Yabuki: (Por onde devo começar?...)

Ficou em silêncio por um pouco até finalmente perguntar.

- Yabuki: Então hoje estavas livre?

- Saya: Não sei. Acho que vamos continuar o treino. Acho que a Julis nos vai contactar.

As suas suspeitas começaram a mostrar-se verdade, mesmo que ligeiramente. Também… o sono desta garota era assustadoramente pesado.

- Yabuki: O Ayato recebeu uma mensagem a dizer que a Kirin e a Julis iam estar ocupadas hoje.

Aí Saya verificou as suas mensagens e viu que tinha várias chamadas tanto de Kirin quanto de Julis.

- Saya: Hã…..

- Yabuki: Recebeste alguma mensagem do Ayato?

Abanou a cabeça.

- Yabuki: Algo estranho aconteceu. Achava que ele te ia contactar, mas quando te mencionei ele ficou pálido.

Saya olhou para Yabuki e… não parecia surpresa, ou pelo menos não completamente. Na verdade, parecia que tinham acabado de tocar num assunto privado.

- Saya: Ele ficou assim ontem também.

- Yabuki: Iá, quando ele foi para a escola, estava completamente-

- Saya: Não. Referi-me a quando propûs que lutássemos no parque como um treino ao fim da tarde. Ficou tão mal que comecei a ouvir pingas de suor.

Isto confirmou as suspeitas de Yabuki, mas mesmo assim ficou surpreso.

- Yabuki: Ele tem estado estranho. Quando voltou e perguntei o que se passava acabou por gritar a dizer que estava bem.

- Saya: Durante o treino ele também não estava bem. Sempre que ele atacava a Claudia todo o corpo dele parecia tremer. Era como se tivesse medo de a magoar.

- Yabuki: (Espera, a Claudia? Mas…)

- Saya: Anteontem ele foi-se embora da mesma maneira.

Foi aí que Yabuki olhou para ela surpreso.

- Yabuki: Espera, o quê?

- Saya: Anteontem, quando lutamos num parque deserto, quando estávamos a acabar os movimentos dele ficaram estranhos. Começou até a balbuciar quando dizia o nome da técnica. No fim até se esqueceu de a dizer e por pouco não conseguia partir o meu crachá.

- Yabuki: … vocês lutaram anteontem? Ele não me disse nada.

- Saya: Ontem, quando estávamos no mesmo parque e lhe disse que tínhamos treinado ali ele também parecia não se lembrar, mas por alguma razão fingiu que sabia.

Foi aí que tudo se conectou na cabeça de Yabuki. O pesadelo, o comportamento de Ayato e os acontecimentos ligavam a 100%.

- Yabuki: Saya…

- Saya: Sim?

Então Yabuki contou-lhe sobre o pesadelo que Ayato tinha tido. A única coisa que realmente podia dizer era que ele tinha gritado o nome dela como se ela estivesse prestes a morrer, mas foi o suficiente. No final Saya estava a olhar para Yabuki perplexa e com os olhos tão arregalados que deixava difícil acreditar que ela sempre tinha uma expressão sonolenta.


Notas Finais


A coisa que mais me irrita neste momento em relação a esta fic é que eu não consigo dizer quase nada nas notas sem ter sensação de que vou dar spoiller.
Bem, acho que pelo menos isto posso dizer: a relação do Ayato e da Saya vai ser um tanto "abalada" por assim dizer. Antes que se perguntem: Não, nada de ódio entre ambos. Mas... bem... digamos que eu não coloquei o pesadelo logo no começo por nada.
É bem possível que só poste aqui no próximo mês, pois agora vou fazer o cap de Highschool DxD e estou a entrar em época de avaliações.
Espero que tenha gostado.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...