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História Loucura Lúcida - Cat


Escrita por: Aeurora

Notas do Autor


Oiie... resolvi postar antes de quarta, eu pretendo postar as quartas e sábados, porém resolvi adiantar esse capítulo.
Vou avisar que estou fazendo o trailer desta fanfic...
Desculpem me por qualquer errinho... Boa leitura e até lá embaixo.

Capítulo 2 - Cat


Fanfic / Fanfiction Loucura Lúcida - Cat

 

       ●•●•●•{Flashback}•●•●•●

      Jimin corria de forma atrapalhada pelos corredores de sua casa, estava com uma borboleta morta em suas mãos, que o mesmo havia matado sem notar, pela forma violenta que segurava o inseto em meio as suas pequenas mãozinhas, o garoto desce as escadas de maneira voraz, queria mostrar o inseto exuberante que possuía em suas mãos aos seus pais.
          O garoto corre até a sua mãe, vulgo uma mulher elegante e sofisticada, seus cabelos eram num tom amendoado, bastante ondulados e sua íris era um acastanhado comum, o ruivo puxava incessantemente a barra da saia de sua mãe, o que a deixou incomodada.

      –Não está vendo que estamos com visitas, sua aberração nojenta.- A mulher olhava para o fruto de seu ventre com desdém, nojo e insatisfação.

      –Eu queria te mostrar minha borboleta mamãe.- O garoto coloca a borboleta que estava em suas mãos sobre a mesa, e recebe um olhar hostil de sua mãe.

     –Suba agora, não quero que o senhor Jeon deixe o filho dele perto de você, guarde esta sua insanidade para ti mesmo.- A mãe desfere um tapa no rosto do pequeno, que em poucos segundos teve seus olhos marejados e lágrimas cálidas escorrendo por suas bochechas gordinhas.

     –Me desculpe mamãe.- O garotinho dizia em meio a soluços e arfadas, de forma desafinada por conta do choro.

     –Apenas suma da minha frente.- O comportamento da senhora Park era completamente frio, ela sentia medo de sua imagem ser manchada, afinal seu filho era um doente mental, e isso prejudicaria a forma que era vista por outras pessoas e ela se nega a pensar de outra forma, ferindo por diversas vezes o garoto.

       O garotinho sobe as escadas novamente, chegando ao seu quarto, mas agora desanimado, com as vozes preenchendo sua cabeça.

   –Você é inútil.- uma voz feminina diz em sua cabeça 

    –Só faz sua mãe passar vergonha.- outra voz fala junto a outra.

     –Deveria morrer ou ao menos ter nascido.- Park gritava em desespero, gritava por ajuda, mas apenas saía como um grito mudo, pois ninguém lhe ouvia, mesmo implorando por ajuda naquele pequeno quarto, onde sempre ficava trancado, como um animal enjaulado.

     ●•●•●{Flashback Off}●•●•●


         O garoto de madeixas ruivas havia acordado a pouco, e o que rondava sua cabeça eram apenas como aquele lugar era um completo lixo, entediante e sem vida, refletia também sobre a sua infância, algumas cicatrizes que o tempo não pode apagar, feridas abertas, feridas na alma, que o rasgam internamente a todo momento, lhe sangrando e ferindo, deixando o garoto esgotado, cansado de como as coisas andam seguindo, porém se lembrou do moreno, Jungkook, sim, este era o nome do seu novo e gentil psiquiatra, se Jimin depositaria confiança em um quase desconhecido, claro que sim, o garoto era de corpo e alma pura, em sua visão de mundo dificilmente enxerga a maldade, do mesmo modo, as intenções de Jungkook são as melhores.

        O rangido da porta degastada pelo tempo ecoa pela sala, indicando a chegada do maior, que observava Jimin lhe mirando com os olhos, o ruivo forçava suas vistas, tentando identificar o corpo presente na sala, porém não achava o seu óculos, Jungkook não hesitou em ajudar o ruivo, entregando lhe os óculos, sobre as mãos gordinhas de Park.

      –Obrigado . - O mais novo pronunciava em um tom baixo, pois a vergonha tomava conta de si, lhe deixando rubro.

       –Por nada, venha, te prometi levar ao jardim hoje . - O moreno lança um sorriso caloroso ao ruivo pós a fala, enquanto Jimin arruma o acessório em sua face, vulgo o óculos.

        Jimin se levanta de sua cama, cujo era branca e parcialmente desconfortável, possui um pequeno urso na mesma, no qual Jimin nutre muito carinho, ao se levantar, tira seus óculos e passa as costas de suas pequenas mãos sobre os olhos, sua visão ainda esta turva por conta do sono, e assim o garoto segue atrapalhadamente o moreno, e entre os passos desajeitados há alguns tropeços, o mais velho tranca a porta do quarto do menor, assim caminhando lado a lado pelos corredores extensos, no tom azul bebê da clínica, andando pelo mesmo ouviam gritos e barulhos de alguns quartos que passavam em frente, por fim chegando frente a uma porta grande na cor branca, bastante detalhada, que dava acesso ao jardim, o mais velho procura a chave da mesma entre seus bolsos, pouco depois a encontrando, e a abrindo.

       Após adentrar o jardim, Park fica extasiado com o esverdeado do mesmo, as enormes árvores, vulgo suas folhas caiam majestosamente sobre o gramado,
 haviam diversas flores decorando o lugar e uma pequena plantação de verduras do lado direito daquele imenso jardim.
        Os olhos de Park se fechavam de forma adorável, e os brilhos daquelas orbes eram radiantes, Jeon observava o garoto e sentia um incontrolável desejo de morder as bochechas rosadas do baixinho.

       –O que foi hyung ? . - O garoto pergunta ao mais velho com uma feição curiosa.

       –Você é muito adorável Park Jimin, está muito bonito hoje . - O moreno queria de alguma forma estimular a autoestima do ruivo, que pelas falas de outros funcionários, o garoto não aceitava o seu corpo, ficando diversas vezes por dias sem comer.

      –Obrigado, você também está . - Pode parecer bobo, mas o menor ficou envergonhado com o simples elogio do outro, dificilmente ouve coisas do tipo, o deixando sem jeito.

       Jungkook segura um pulso de seu paciente e o leva até um canto agradável do jardim, sentando-se sobre a grama e espalmando o chão, como um pedido silencioso para que o ruivo também sentasse ali consigo. O menor agora estava sentado, fitando os olhos de Jungkook, enquanto o moreno cavava um buraco com a ajuda de uma colher, o moreno pegou esta colher da cozinha, algo que os funcionários da clínica não deixariam passar, com certeza levaria alguma repreensão por isto.

       –Hyung -O chama, tirando a atenção do mais velho no que estava fazendo – Seus olhos se parecem com jabuticabas –. Jeon achou a fala do ruivo completamente aleatória, não tendo sucesso ao tentar segurar o riso e juntamente a ele o ruivo também sorria de maneira aberta.

       –Quero que você coloque as sementes aqui dentro e me ajude a água-lá.-O mais velho ensinava a forma que o ruivo deveria fazer, entregando as sementes nas mãos do ruivo, que observava as ações do moreno atentamente.

      O ruivo coloca cuidadosamente as sementes no buraco que Jeon havia cavado, o moreno se levanta, atraindo a atenção do ruivo para si, dizendo que ia buscar o regador.

        Enquanto o mais velho ia em busca do regador, o ruivo acariciava a terra fofinha, com uma certa curiosidade sobre o que estariam plantando, Jungkook não  havia dito em nenhum momento do que se tratava esta planta, é incrível a capacidade de Jeon, que em tão pouco tempo instigou e se mostrou diferente dos demais psiquiatras, supreendendo Jimin com pequenas ações, que mudariam aquele cotidiano tedioso.
     
         Park inerte aos pensamentos, apenas desperta ao ouvir passos atrás de si, olhando por cima do ombro, notando que era seu hyung, vulgo estava carregando o regador de forma desajeitada, se       aproximando de Jimin e explicando como deveria regar as sementes. Os dois brincavam entre si, enquanto regavam a planta, ora ou outra jogando água um no outro.
       
       –O Exemplar que plantamos é um Lírio, o seu significado é Inocência, pureza e brandura . - Jungkook sorria explicando sobre a flor, deixando um Jimin de olhos brilhantes e ansioso para a flor germinar.

        –Vamos ver os filhotes agora ?. - Os olhos de Jimin brilharam com a pergunta de Jeon, e assente rapidamente, se levantando, ficando ao lado do mais velho, assim caminhando juntos pelo jardim, que logo em poucos passos, já se ouvia o miados dos pequeninos, os filhotes estavam em um colchão aveludado, todos encolhidos um perto do outro para se esquentarem.

        Park se aproxima dos filhotes, sentando frente a o pequeno colchão, quando um gatinho de pelos alaranjados se aproxima de Jimin e morde um de seus dedos, pedindo por atenção. Jimin acariciava o pequeno felino, que ronronava com o carinho recebido, esfregando suas orelhinhas contra a mão de Park.

         –Posso dar um nome a ele hyung ?.- Jimin pousou uma de suas mãos na coxa direita de Jeon, que estava sentado ao seu lado. Jeon assente, sinalizando um sim.

       –Você tem cara de Pudim, Hyung, o nome Pudim é bom ?.- Park perguntava de maneira divertida, fazendo o mais velho sorrir.

       –Para mim ele tem cara de Mogli.- O mais velho dizia ao pequeno, que logo formou um bico em seus lábios.

       –Pudim é muito melhor Hyung.-Jimin fazia birra e no meio da discussão entre qual seria o nome do felino, o filhotinho miava por atenção, já que Jimin parou o afago para falar com Jeon.

         –Temos tempo para decidir o nome Park.- Jeon disse na tentativa de convencer o ruivo a escolher depois, mas o garoto era muito teimoso.

          –Mas Hyn...-Jimin foi interrompido pelo roncar de sua barriga, o que fez o garoto abaixar sua cabeça pela vergonha e suas bochechas adquirirem um tom avermelhado.

         –Você estava com fome e não me avisou Park Jimin.- O mais velho diz em um tom suave, com calmaria.

         –Me desculpe por isso hyung, vou ao refeitório.

         Park se levanta, correndo animado pelo jardim, em direção ao refeitório e Jungkook sorria com as ações do mais novo, o mais velho havia se recém formado a pouco tempo, este foi seu primeiro paciente, achava agradável a companhia de Jimin, que na verdade era um privilégio, pois a família Park e Jeon possuem bastante vínculo, porém nunca deixaram os garotos terem contato algum, a senhora Park constantemente inventava desculpas, para não permitir o ato, porque possui vergonha do seu filho, para esfriar a cabeça, o moreno resolveu ir para a sua sala. 
   
      Jeon caminhava lentamente pelos corredores, observando atentamente tudo ao seu redor, o piso amadeirado rangia com os passos firmes de Jungkook, que ora ou outra se incomodava com o barulho incessante que o piso fazia.
         Chegando a sua sala, o cheiro de incenso invadia aquela sala de tamanho médio, vulgo os móveis eram todos negros, desde a cortina pesada até as poltronas, mesa e quadros.
       O moreno senta de maneira relaxada em sua poltrona, cujo emitiu um rangido, a poltrona era bastante aveludada, deixando Jeon confortável, estava completamente relaxado.
      
        A tarde de Jungkook se arrastou assim, o moreno resolvia alguns assuntos importantes em seu computador, referente ao seu serviço, Jimin era seu único paciente, e continuaria deste modo, por escolha da família Park, exigia a observação do garoto a todo momento, Jungkook pegou a borboleta desenhada por Jimin no dia anterior, observando os detalhes do desenho, entrando em um transe momentâneo no qual foi interrompido pelo som estridente da porta se batendo contra a parede e uma funcionária invadir com desespero a sua sala.

        –O Paciente Jimin teve uma crise, está sob' os cuidados de uma enfermeira, mas precisamos de sua ajuda.

       Jeon estava chocado, o garoto estava bastante sorridente durante a manhã, queria entender o que afligiu o garoto. Jungkook não perdeu tempo e correu pelos corredores acompanhado da funcionária, até chegar a porta do quarto de Park, ouvindo alguns gritos desesperados por parte do menor. Jeon pediu para que a funcionária ficasse do lado de fora, poderia irritar ainda mais o garoto, e depois adentra a sala lentamente, observando o Park encolhido no chão, abraçando seus joelho e com as mãos ensanguentadas, completamente trêmulo, enquanto chorava baixinho, uma enfermeira estava ao lado do garoto pedindo para que o menor ficasse quieto.

      –NÃO VOU DEIXAR ME SEDAREM, NÃO VOU !!!.- O garoto gritava desesperado e aumentava a força com que abraçava seus joelhos, a voz do ruivo saia entre os soluços, no qual deixou o que ele proferiu difícil de se entender.

      –A Senhora poderia se retirar, gostaria de conversar com o garoto.- Jeon diz firme.       
     
     –O garoto estava completamente fora de si, é perigoso Jeon, também tenho que fazer os curativos.- A enfermeira afirma receosa.

    –Por favor se retire quando terminar .-Jeon suplica para a enfermeira, o ambiente caótico estava irritando o ruivo e Jeon notou.

          A enfermeira passava um pedaço de algodão aveludado sobre as feridas, com um pouco de álcool, ouvindo alguns resmungos de dor por parte do ruivo, qhe continuava encolhido, depois a idosa passa uma pomada, envolvendo a mão do garoto com gase, amarrando.

       Jeon a acompanha até a porta do quarto de Jimin, agradecendo pela compreensão que enfermeira teve com Jimin e com si mesmo. Depois que o mais velho fecha a porta lentamente, vai até o corpo encolhido do pequeno, que arfava e soluçava constantemente, quando parou frente a frente do menor, ainda de pé, afaga as madeixas ruivas do baixinho.

       –O que houve pequeno?.-A voz rouca e ao mesmo tempo suave do Jeon ecoa por todo o quarto, fazendo o ruivo tirar sua cabeça, cujo estava entre as pernas e encarar a expressão afetuosa de Jeon.

      O ruivo se levanta, agarrando a parte traseira camisa do Jeon, envolvendo o maior em um abraço apertado e chorando contra o corpo do de fios negros, que desce suas mãos a cintura do pequeno, puxando ainda mais contra si, Jungkook sussurrava para que o menor se acalmar em seu ouvido e pouco tempo depois desfaz o abraço.

        –Sente-se ali na cama, vou buscar uma água para você se acalmar.- Jungkook pede ao garoto se retirando da sala.

       O garoto fica por um tempo parado onde estava, mas depois de um pequeno tempo o ruivo segue para sua cama, se jogando sobre a mesma, de costas. O ruivo se sentiu tão acolhido com aquele abraço, foi como se temporariamente seus problemas tivessem acabado, o corpo magro e quente de Jeon havia lhe passado uma coisa que nunca sentiu antes. Park ficou tão inerte em seus devaneios, que nem percebeu a chegada de Jungkook, vulgo agora está ao seu lado, pedindo para que bebesse água e o ruivo bebe sem pestanejar.

        –Por que suas mãos estavam  ensanguentadas Jimin ?.- O mais velho pergunta mirando as orbes do menor.

       –Eu soquei a parede, e quebrei alguns móveis, me desculpe por isso Hyung.- O garoto estava envergonhado com a situação, abaixava a cabeça na tentativa de esconder seu embaraço.

      –Por que fez isto Jimin, o que lhe afligiu ?.

       –Estou cansado ficar neste lugar sem vida o tempo todo, enjaulado como um animal, faz 7 anos que ao menos saio deste quarto, o único lugar vou é ao refeitório.

       –Não se preocupe pequeno, conversarei com seus familiares e pedirei para que possa passear com você em alguns finais de semana.

       –Você está sendo tão bom para mim, Kookie.

        O ruivo se aproxima de onde Jeon estava sentado e encosta sua cabeça na curvatura do pescoço do maior, Jeon leva suas mãos as madeixas de Park e afaga, puxando levemente algumas vezes os fios de sua nuca, Jimin murmurava baixinho recebendo o carinho, as vezes seus pelos se eriçavam por conta dos dedos frios de Jeon passarem por sua nuca e assim adormeceram sem notar, encostados na cabeceira da cama.
        


Notas Finais


Gostaram ???
Queria agradecer a todos os favoritos e as pessoas que estão lendo e comentando >.<
Bjo... Eu te amo vocês hahsguahsuays :v, xoxo.


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