Reed olhou para Stella deitada no sofá de seu escritório e ficou a observando por alguns instantes. As mãos de Stella estavam entrelaçadas sobre a barriga e seus olhos fechados, parecia estar em um leve cochilo. Reed levantou de sua cadeira e saindo de trás da mesa em que se encontrava, deixou a sala sem fazer barulho para não acordar Stella.
Minutos depois Reed retorna, havia trocado de roupa e trazia consigo dois copos de café. Ela se aproximou de Stella com cuidado como se não quisesse acordá-la e ficou parada diante do sofá. Nesse momento Stella abriu os olhos e se deparou com um tímido sorrido de Reed.
— Você parece cansada. — observou Reed.
Stella levantou do sofá e ficou sentada.
— Trouxe café.
Reed gentilmente entregou o copo para Stella e depois sentou ao seu lado no sofá.
— Obrigada. — Stella agradeceu com um meio sorriso. — Não tinha nada mais forte?
Reed sorriu.
— Infelizmente não.
Ambas tomaram um pouco do café. O silêncio permaneceu por um breve momento até que Reed o quebrou.
— Quantas horas você vem dormindo nos últimos dias?
— Três... Talvez quatro.
— Você precisa descansar. Saindo daqui você vai para o hotel?
Stella olhou com mais atenção para Reed. Achou interessante como a amiga parecia preocupada com seu estado físico.
— Estou dormindo no escritório por esses dias. É mais prático. — ela respondeu.
Elas estavam sentadas tão perto uma da outra, que seus ombros se tocavam. Reed olhou para a boca de Stella, depois desviou seu olhar para aqueles olhos azuis tão intensos. Ela continuou encarando Stella à medida que ia avançando lentamente em direção a seu rosto e então a beijou, pegando Stella totalmente de surpresa.
O beijo foi breve, mas Stella pode sentir na pressão de seus lábios como Reed a desejava naquele momento. Ao abandonar os lábios macios, Reed olhou em seus olhos novamente e sussurrou:
— Você precisa dormir.
Stella não disse nada, estudou a expressão do rosto da morena e então simplesmente levou sua mão até o rosto de Reed e a puxou para mais um beijo.
Não foi um beijo explicitamente voraz, mas havia algo logo abaixo da superfície que incendiou o corpo de Reed por dentro. Era como se Stella estivesse tentado absorver algo de sua alma, como se estivesse arrebatado mais do que apenas a parte física.
Reed deitou o corpo no encosto do sofá, totalmente entregue ao beijo. A mão de Stella fez um caminho descendo por seu pescoço até segurar firme um dos seios da mulher em seus braços e, o apertou por cima da roupa, observando a expressão de desejo em seu rosto. Provocando-a, prendeu os dentes ao redor do lábio inferior de Reed e o puxou gentilmente para então voltar a colar sua boca na dela. A morena sentiu um arrepio subindo por suas pernas e aquecendo seu íntimo quando a mão de Stella se enfiou no meio de suas coxas. Com a mão espalmada sobre o sexo de Reed, ela começou a acariciá-la por cima da roupa.
Sua língua se movia lentamente com longas lambidas dentro da boca de Reed, sugando a língua com desejo, absorvendo todo o prazer que aquele beijo lhe proporcionava. A mão sorrateiramente chegou até a calcinha, a calça que Reed vestia era um pouco apertada, mas Stella tinha a mão pequena e isso facilitou a entrada. Ela sentiu as pontas de seus dedos tocarem os pelos pubianos, e antes que pudesse avançar um pouco mais, seu celular começou a vibrar. Stella pensou em ignorar, mas sabia que não ia parar até que ela atendesse.
— Desculpa. Tenho que atender.
— Tudo bem.
Ela se afastou de Reed sem sair do lugar, pegou o celular dentro do bolso do sobretudo e o atendeu.
— Gibson.
Reed se ajeitou no sofá e esperou Stella finalizar a ligação.
— É melhor a gente ir embora. — disse Reed, escondendo sua frustração por trás de um sorriso.
— Tem certeza? — perguntou Stella, desejando que sua noite não terminasse ali.
— Está ficando tarde.
— Ok.
Elas saíram juntas sem dizer uma palavra. O carro de Stella estava estacionado logo atrás da moto de Reed. Elas pararam diante da moto para se despedirem.
— Posso ligar pra você amanhã assim que sair daqui? — Reed perguntou.
— Claro. — ela respondeu. E então, segurou firmemente na cintura de Reed e a beijou. — Até amanhã. — disse Stella, tirando o resto do fôlego de Reed com seu intenso olhar e, em seguida, caminhou até seu carro deixando Reed com um sorriso nos lábios e uma generosa umidade no meio das pernas.
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