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História Até esse verão - Eles não podem ficar


Escrita por: EduardaSd

Notas do Autor


Oii! Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem, boa leitura!!

Capítulo 2 - Eles não podem ficar


Acordei tarde. O que foi mais um motivo para que eu começasse mal o meu dia. Na noite passada, eu havia prometido a mim mesma que iria tentar ser mais agradável, porque para minha avó, mãe, pai, tia e madrinha, aquela viagem em família era muito importante. Levantei e terminei de abrir a cortina da janela, que deixava apenas uma fresta de luz iluminar o quarto.

 Minha amiga entrou no cômodo, já de biquíni.

-Bom dia flor do dia! –Ela falou animada, sentando na cama e pegando sua bolsa de praia

-Bom dia, Nati. –Cocei os olhos, logo depois avisando que iria ao banheiro

 Tomei um banho frio e fui a cozinha, pegar algo para comer. Achei que a casa estava fazia, mas minha mãe preparando um suco verde, pelo que pude perceber. Ela me desejou bom dia e disse que era para eu ir me arrumar, porque iríamos juntos a praia, eu, ela, Bia, meu pai, e Nati.

 Apenas concordei com a cabeça e sai, indo em direção à sala, para poder ver o mar pela varanda. Minha avó, estava sentada no sofá, lendo.

-Oi, vó. –Disse sentando ao seu lado

-Oi, querida. –Ela me olhou e deu um sorrisinho, simpática

-É um bom livro? –Perguntei, curiosa

-É ótimo. –Ela me passou o livro, para que eu pudesse pegar. Mas como eu sou lerda, deixei cair.

-Nossa vó, me desculpa. –Disse eu tentando pegar o livro no chão, porém, uma foto saiu das suas folhas, chamando minha atenção.

 Era uma foto dos meus avós, juntos. Do tempo em que o vovô ainda estava vivo.

-Eu sinto muita falta dele, sabia? –Perguntei retoricamente, nem a olhando, apenas observando a foto e vendo como meu avô tinha sempre um belo sorriso no rosto

-Eu também minha filha, eu também. –Disse ela enquanto passava a mão no meu braço, o alisando.

 Dei um longo suspiro e levantei rapidamente, evitando mais tristeza para minha mente. Sai dizendo que iria ao quarto, pegar algumas coisas.

  (...)

 Minha mãe fazia a máxima questão de que todos estivessem ali, juntos, na praia, debaixo daquele sol quente e no meio de muita gente, afinal, era sábado, e toda praia é lotada no final de semana.

 Haviam muitos quiosques, onde poderíamos nos sentar em cadeiras e mesas, na sombra de árvores. Pelo menos essa parte era boa, não precisávamos de sombreiro nem nada do tipo. Almoçaríamos lá mesmo; segundo meu pai, a moqueca de camarão era uma delícia.

 Reparei na minha prima usando meu biquíni e tentei ignorar. Alguns sufistas preparavam suas pranchas para a tarde, onde, provavelmente o mar estaria mais agitado e bom para surfar.

 Peguei meu celular e consegui conectar ao WIFI do quiosque. Logo depois entrei no WhatsApp, precisava falar com Amanda urgentemente.

 Com as centenas de mensagens que chagavam no aplicativo e com a internet lenta, eu tive que esperar alguns minutos, e o celular travou algumas vezes.

                   WhatsApp On

 Denize: Amandaaaaaa! Como é que tá aí no acampamento?? Na verdade, sendo direta: Hugo tá aí??? Ele foi??? Se você falar que sim, por favor, pelo menos fala que a Alana não está! Você sabe, ele não pode chegar perto dessa falsiane!

Amanda: Oi!! Como tá aí na praia? Aproveitando muito, amiga? Tá calor?

Denize: Ei! Nem vem tentar me enrolar! Vai, pode dizer, eles estão aí né?

Amanda: É, e dividindo a mesma barraca. E outra, eles são uma das duplas que estão competindo, tá o maior climão. Pronto falei!

Denize: É o que??? Não acredito! Ah não, Mands! Eles não podem ficar, cara!

Amanda: Bem... eu não queria dizer nada, mas acho que vai rolar, se é que não já rolou!

Denize: Que drogaaaaaaa! Se eu estive aí, como eu pedi aos meus pais, nada disso estaria acontecendo! E ele ficaria COMIGO, mais uma vez!

Amanda: Aff, eu não queria te contar, porque você ia ficar assim, triste.

Denize: Eu não tô triste, eu tô revoltada! Mas tá tudo bem! Calma, eles ainda não ficaram, e eu espero que isso não aconteça. Mands, é o crush ficando com a falsiane!

 Minha internet caiu. Me fazendo sentir “culpada” por deixa-la no vácuo. Mas era só o que me faltava mesmo, meu crush, estava dividindo barraca com a Alana, falsiane! E eu aqui, nesse fim de mundo, tendo que aguentar minha mãe me reclamando por minuto, tendo que aguentar uma pressão emocional minha, que ninguém sabia que existia. Era tudo muito chato, e sem uma das pessoas mais importantes para mim, aquela praia não teria a menor graça!

-Denize, dá pra você levar Bia pro mar? –Meu pai perguntou

-Tudo bem. –Já disse levantando e pegando minha irmã, que brincava na areia, no colo e chamei Nati para ir conosco

 Bem, eu sou bem apegada a minha irmã. Posso dizer com todas as palavras que ela é um dos amores da minha vida, e eu sempre fui grata por ter uma alma tão pura ao meu lado. Desde que vovô faleceu, há dois anos, ela virou meu xodó. E eu sou capaz de tudo por ela.

 Sentei na parte rasa do mar com Bia. Enquanto Nati sentava ao meu lado.

 Aproveitei que estávamos sós e contei o que havia conversado com Amanda minutos atrás.

-Amiga, desencana, você tá a quilômetros e quilômetros dele. Aproveita aqui...

-Eu sei! Mas poxa, não pode ser! Ele disse que gosta de mim. Mas calma, você vai ver que ele só deve estar com pena da Alana.

-Não, não é isso. Ele é um mulherengo!

-Mas tu não pode falar nada de mim, linda! Porque o tal do Ricardo não fica atrás, e ele ainda é cafajeste!

-Ó, tu não fala assim! Eu já disse que não é nada disso que você pensa.

-Ah é, verdade...todo mundo pensa.

 A gente discutia de normalmente, numa conversa normal, porque costumávamos ser bem sinceras uma com a outra.

Depois de um momento de distração, percebi que o rosto da minha irmã estava sujo de areia, provavelmente ela mesma devia ter feito aquilo, mas eu me preocupei e logo depois fui limpar. Só que eu tive a brilhante ideia de ir tirar toda aquela areia no mar, onde a água é super doce, e que nem ia arder! Então ela começou a chorar. É claro que ia arder o olho dela né, Denize?

 Bia não parava de chorar, e eu pensei duas vezes antes de ir lavar novamente seu rosto em água limpa, porque para tal, eu teria que ir na ducha do quiosque, e com certeza minha mãe iria me dar aquela bronca, dizendo que eu devia ter mais cuidado com minha irmã. Mas eu não tinha outa opção. Fui, levei bronca, lavei o rosto da Bia, voltei, lavei mais bronca, e só depois fui encontrar Nati novamente no mar.

 Quando mergulhei me senti, por alguns segundos, leve; e foi aí que eu percebi o quanto eu senti saudade do mar.

  (...)

 Minha tia mais nova queria ir alugar uma prancha de surf. Ela era toda aventureira, e isso era o que eu mais gostava na Tia Aline. Era com ela que eu ia nas montanhas-russas nos parques de diversão; que eu andava de patins e bicicleta; e que, uma vez, eu pulei de paraquedas. Mas agora, eu estava num mal humor terrível.

 Ela pediu informação ao garçom do quiosque sobre onde alugar pranchas, pois já tinha pesquisado e sabia que havia um lugar especifico de aluguel e venda.

 Entramos num tipo de loja, era grande, várias pranchas na vertical cobriam as paredes, e também havia um espaço onde, pelo que pude deduzir, as pranchas eram lixadas e tingidas. Haviam várias pessoas no balcão de atendimento, então ficamos dando uma olhada nas pranchas ao redor. Depois de alguns minutos, já estava vazio, e só aí a tia Aline foi pedir informações. Me aproximei também, lendo uns panfletos que estavam no balcão. Tinha um que falava da Nova Vila da Praia, um local em que, pelo que eu lembrava há dois anos, se concentravam lojas de artesanato, roupas e acessórios; sorveterias, restaurantes; No panfleto citavam algumas mudanças na estrutura, e algumas novidades, como shows na praça.

-Você não pode ir ao de hoje, é menor de idade. –Uma voz masculina sou nos meus ouvidos, me fazendo olhar para frente

 Era o atendente. O olhei como quem pergunta “sério? ” Sem estar nem aí, mas depois o encarei na dúvida por alguns segundos, eu tinha a sensação de já conhecer de algum lugar... pera, é o sufista de ontem! O que jogou um beijo e uma piscada. Eu mereço.

-Poupe-me –Foi o que respondi, seca, logo depois de o reconhecer

-Não seja grossa. –Minha tia me cotovelou imediatamente, fazendo meus olhos revirarem novamente e minha vontade de sumir crescer anda mais por ela me reclamar na frente daquele garoto.

 Como não dei muita bola, eles continuaram a conversar. Sai da loja, querendo voltar para a casa, mas lembrando que eu não tinha as chaves, o que me fez retornar onde estava minha família.

 Você não pode ir. Ah, até parece que ele me conhece, para estar mandando em mim! Você é menor de idade! Por acaso ele tem meu RG? E daí que eu tenha 14 anos? Ele também não tem cara de ter 18! Palhaço!

 (...)

 À noite, minha mãe fez a melhor coisa desde ontem, ela pediu pizza pra todo mundo. Depois, fui tentar me comunicar com Amanda, mas não havia sinal no meu celular, o que me forçou a dormir, e antes, desejar que aquelas duas semanas passassem o mais rápido possível.


Notas Finais


Gostaram?? Comentem para que eu saiba!! Aceito dicas, sugestões e opiniões!
Ah! E nessa fanfic, vai ter uma novidade para vocês leitores tá? Tenho certeza que vão gostar!
Bjos de purpurina!


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