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História Até O Seu Último Suspiro - Chenji - Capítulo 1


Escrita por: gyuslittleeyes

Notas do Autor


:)))

Capítulo 1 - Capítulo 1


- As estrelas são tão lindas, você parece uma - Renjun disse ao irmão mais novo sorrindo.


- Gege - Chenle chamou pelo irmão, os dois estavam sentados na grama do jardim olhando as estrelas - Não precisa mudar de assunto.


- Mas eu não quero falar sobre isso - Com um bico nos lábios Renjun protestou e olhou para o irmão.


Um adolescente no início de seus dezessete anos, e também no último ano de sua vida. Ah como Renjun queria que os médicos estivessem enganados e que Chenle pudesse viver até no mínimo seus noventa anos, porém ele, o irmão, seus pais, parentes e o amigo de Chenle sabia que isso não aconteceria. Principalmente porquê cada dia o mais novo ficava mais debilitada.


- Isso incomoda - O mais novo disse enquanto coçava o nariz onde agora ficava uma sonda respiratória junto de um longo tubinho que ia até a cápsula de oxigênio.


- Mas é para você conseguir respirar Lele - Renjun disse com a voz embargada por conta da vontade gritante de chorar, ah se ele pudesse trocar de lugar com o irmão.


O garoto albino apenas revirou os olhos e encarou as estrelas novamente, ultimamente esse havia sido seu passatempo favorito visto que o sol lhe queimava a pele quase como se fosse um vampiro, uma das consequências de ter a Síndrome de Chediak-Higashi.


- Meninos, já está tarde entrem - Kun chamou pelos filhos e foi ajudar Chenle a se levantar de onde estava sentado.


O mais novo da família simplesmente odiava se sentir frágil como estava se sentindo agora, odiava quando seu corpo simplesmente resolvia doer para tudo e quando não tinha forças para se levantar sozinho de onde quer que estivesse sentado ou deitado.


- Eu posso ir a escola amanhã? - Timidamente Chenle perguntou, sabia que a resposta provavelmente seria negativa principalmente por ter fotofobia, ou seja ser sensível a luz.


- Não sei filho, é melhor você ficar em casa - Doyoung suspirou.


- Por favor, é praticamente meu último ano de vida - Chenle disse e todos na mesa pararam o que estavam fazendo - Me desculpem.


- Ele pode ficar na sala comigo - Renjun disse - Sei que eu estou no terceiro ano e ele no segundo... Mas os professores sabem da condição dele - O filho mais velho disse a última frase com nojo de si mesmo, porém não tinha uma maneira melhor de descrever Chenle.


- Mas o Sungchan fica na mesma sala que eu! - Chenle disse - E eu sei me cuidar.


- Filho, se você quiser ir vai ter que ficar na mesma sala que o Junie - Doyoung encerrou a conversa.


- Tudo bem - O mais novo se deu por vencido.


...


- Gege - Chenle chamou pelo irmão - Eu lhe acordei?.


- Não Lele - Renjun disse enquanto limpava rapidamente as lágrimas - O que foi?.


- Eu posso dormir aqui? - Perguntou o mais novo, sabia o porquê do irmão estar chorando porém iria evitar questionar sobre.


- Eu iria amar - Renjun admitiu e fez sinal para que Chenle se juntasse a si.


- Por favor não chore mais - Chenle disse enquanto abraçava o irmão - Eu ainda estou aqui.


- É por isso que eu choro - Renjun disse e suspirou - Por enquanto vamos apenas dormir.


Após ver que o irmão estava dormindo, novamente Renjun começou a chorar se lembrando do que havia acontecido mais cedo.


[Horas antes]


- Infelizmente o estado de Chenle é crítico - Youngjae o médico que cuidava do caso do chinês disse.


- Mas, ele vai ficar bem não é? Digo, quando ele era pequeno ele também estava em estado crítico e está aqui ainda! - Kun disse aquilo feliz e com uma falsa esperança em seu peito.


- Senhor Kim - Youngjae suspirou - Desta vez é totalmente diferente, como vocês podem ver no raio-x, a Síndrome já tomou oitenta e cinco por cento do corpo de Chenle - O médico explicava - Pessoas com essa Síndrome não chegam a idade adulto, e infelizmente nosso Chenle será um deles.


Não é como se a família já não soubesse daquilo, afinal desde o nascimento de Chenle eles estavam sendo preparados para aquele momento, em que o médico lhes diria quanto tempo o mais novo da família ainda teria de vida. O que mata não é a dor da perda, e sim a esperança, afinal a família ainda tem esperanças de que irão ver Chenle chegar a idade adulto e ter uma família. Porém a ciência lhes desmintiu e afirmou que o garoto teria apenas no máximo mais um ano de vida.


- Agora os problemas irão realmente começar - Youngjae explicava pacientemente - Vocês estão aqui porque ele ficou extremamente fraco que chegou a vomitar sangue, as hemorragias internas já começaram.


- Quanto tempo - Doyoung perguntou com a voz fraca pelo choro.


- Um ano, no máximo - O médico disse e não segurou o choro, afinal ele acompanhava o caso de Chenle desde seu primeiro ano de vida, não era fácil para ele. Porém sabia que era mil vezes pior para a família.


...


Renjun voltou a si quando soluçou, ele precisava parar de chorar para não acordar o irmão, porém a dor de talvez perder seu irmãozinho era muito maior agora.


Com esse pensamento o mais velho saiu devagar da cama e em seguida do quarto, estranhou um pouco ao ver que as luzes da sala estavam ligadas, entretanto não se assustou ao ver os pais sentados no sofá enquanto choravam.


- Posso me juntar a vocês? - Renjun perguntou deixando as lágrimas escaparem de seus olhos.


Kun nada disse apenas abriu os braços para receber o filho que não demorou em retribuir o ato de carinho, não estava sendo fácil para nenhum dos três. Eles não queriam ter que perder seu menininho.


- O que eu vou fazer - Doyoung perguntava - Eu não posso acreditar.


- Talvez o médico esteja errado! Lele vai sobreviver - Renjun disse chorando.


Kun não disse nada, ele também queria e precisava acreditar que sim, que Chenle iria sobreviver. Porém já viu o filho ficar tantas vezes internado, chorando de dor, não conseguindo respirar, tendo hemorragias e faltas de ar constante que isso fazia lhe pensar ao contrário.


Eles precisavam pensar positivo nessa hora, precisavam manter a esperança. Porém foi como eu disse, o que mata não é a dor da perda, e sim a falsa esperança e infelizmente a família Kim tinha falsa esperança demais.


Notas Finais


Beijinhos


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