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História Até que a morte nos separe - Revelações


Escrita por: machadofanfiqueiro

Notas do Autor


FOGO NO PARQUINHO

Capítulo 7 - Revelações


Levi Ackerman

            Ela foi literalmente me puxando até o carro para que chegássemos mais rápido, acho que ela queria chegar mais cedo para arrumar tudo.

– Vamos Levi – ficou falando até chegarmos no automóvel.

– Se acalma garota, vai dar tempo.

– Ele sempre chega mais cedo, precisamos nos agilizar.

– Parece que você está falando sobre um carrasco, mesmo que cheguemos tarde tenho certeza de que ele entenderia – entramos no carro.

– Eu só o vejo uma vez por ano, cada segundo vale muito, acelera isso.

– Ele é tão ocupado assim?

– Ele é CO de uma grande empresa, está sempre ocupado, até achei que ele não viria esse ano – suspirou – mas está tudo bem, esse lugar que eu pedi para ele ir é bem longe e lá é cheio de gente, ele com certeza vai demorar.

– Vai sim não precisa se preocupar.

            Ela continuou me arrastando por todo o percurso como se eu fosse um boneco, realmente queria limpar o apartamento. Quando o elevador foi aberto estavam em frente ao apartamento da Mikasa dois homens loiros, um de óculos vestido com uma calça e camisa de botões, e o outro de boné, bermuda e blusa sem mangas que segurava um bolo confeitado. Em um instante Mikasa saiu do meu lado e correu em direção ao cara de óculos pulando em cima dele.

 – Maninho!!! – falou abraçando ele e eu instantemente me aproximei para não levar um choque.

– Olá princesinha, como está a minha advogada favorita? – disse a abraçando de volta.

– Ótima, nem estou acreditando que você veio – sorriu – até trouxe o Rainer.

– O Zeck me disse que viria visitar vocês, não poderia deixar de vir também – sorriu simpático – você cresceu bastante, está cada vez mais bonita.

– Mais é claro que está, ela é igual a mim – riu – mas falando sério, não teria como eu não vir, preciso me certificar de que a minha princesa e aquele nosso irmão doido estão bem – sorriu e finalmente me olhou – deseja algo, senhor?

– Ah, quase esqueci de apresentar vocês, esse é o Levi o meu instrutor.

– Entendo – estendeu a mão em sua direção – Comment ça va? (como vai/ como vão as coisas).

– Comme ci comme ça (mais ou menos) – retribui o cumprimento.

– Olha só, ele sabe falar francês, impressionante senhor... – deu a deixa para que eu completasse.

– Rivaille.

– Vamos entrar gente – disse Mikasa rapidamente – estamos esse tempo todo no corredor – falou abrindo a porta – podem se sentar à mesa, vou pegar alguns pratos, me ajuda Levi? – é, para que ela não havia entendido a parte do Rivaille.

– Claro, estou indo – falei indo atrás dela e ajudando a pegar as coisas – era para falar só Rivaille idiota – sussurrei enquanto mexia nos talheres.

– Por quê? Ele é o meu irmão Levi, relaxa um pouco – disse carregando os pratos até a sala – aqui estão.

– Muito obrigado senhorita – o homem de óculos sorriu – nada melhor do que boa companhia e comida de qualidade, mas vamos conversar um pouco quero saber as novidades.

– Está tudo na mais perfeita ordem, o Eren está indo bem na delegacia, continuo namorado o Jean e estou muito melhorando na faculdade graças ao meu instrutor.

– Você está namorando o Jean? – falou o tal Reiner como se não tivesse entendido.

– Já namorava ele antes e estou ainda – sorriu – e você com a História?

– Nos terminamos a um tempo, estou apenas curtindo agora – pegou a faca para cortar o bolo.

– Reiner, que tal se você fosse até o carro pegar os presentes da Mikasa?, tenho certeza que ela gostaria bastante.

– Ah, é mesmo, volto em um instante – pegou a chave do carro e saiu pela porta.

            A partir daquele momento a auria estranha que eu já estava sentindo antes se tornou mais forte e de alguma forma o olhar dele mudou.

– Levi, você se importaria em me deixar alguns instantes a sós com a Mikasa? – sorriu.

– Ele pode ficar maninho – ela se pronunciou rapidamente.

– A distância da tornozeleira é tão curta assim? – falou a encarando.

– Que tornozeleira? – perguntei como se não soubesse e ele apenas ignorou o meu comentário.

– Você ao menos tentou tirar ela, Mikasa? – disse ajeitando os óculos.

– Sim, foi a primeira coisa que eu tentei fazer, mas não deu certo.

– Ele está dormindo aqui, não é? – falou para ela me olhando.

– Sim – respondeu tranquila e ele levantou as sobrancelhas.

– Tudo bem... que tal nós tirarmos isso amanhã, princesa? – ele baixou a cabeça fechando os olhos e respirando de forma longa abrindo os olhos lentamente depois.

– Acredito que isso não seja possível senhor – tentei interferir.

– Você quer tirar ela amanhã, princesa? – ele perguntou me ignorando completamente.

– Não, está tudo bem eu... – a interrompi.

– Talvez eu deva me explicar um pouco, amor – sorri na direção dela me virando para ele depois – estamos morando juntos a um tempo, começamos nosso relacionamento a pouco menos de 6 meses e nos conhecemos durante uma apresentação que eu fiz na faculdade dela – sorri simpaticamente – acredito que a Mikasa esteja um pouco acanhada ao falar sobre isso, ela comentou comigo que tinha um pouco de receio sobre como você reagiria por ser algo repentino, mas devo dizer que estamos perdidamente apaixonados.

– Você está perdidamente apaixonada, princesa? – ele riu com ironia.

– Completa e absolutamente – ela disse sorrindo.

– Nossa, o que você fez para ganhar uma declaração tão boa, Levi? – ele se virou para mim.

– Na realidade nem eu esperava por essa – sorri coçando a nuca e fingindo estar sem jeito – acredito que apesar de demorar um pouco eu consegui amolecer o coração dela, sua irmã é uma mulher encantadora.

– Eu até posso acreditar nessa mentira se me disse uma boa desculpa para a tornozeleira eletrônica – cruzou os braços, achei que ele tinha esquecido isso, eu realmente não estava lidando com alguém idiota.

– Essa é uma história engraçada – sorri olhando para a mulher ao meu lado – o Eren estava aqui esses dias e ele trouxe uma mochila com alguns equipamentos, a Mikasa deu a ideia de nós testarmos a tornozeleira, mas o que não sabíamos era que o ele não tinha a senha para dela, então acabamos ficando nessa situação até ele conseguir descobri-la.

– Com o que você trabalha Levi? – ele apoiou o rosto na mão me encarando diretamente.

– Sou advogado.

– A quantos anos você atua?

– Acredito que a pergunta que o senhor queria fazer é qual é a minha idade – sorri – 30 anos.

– A pedofilia saiu do código penal? – me encarou curioso.

– Interessante o senhor falar isso, esse é um bastante comum – o olhei com superioridade – mas tentarei explicar de uma forma simples: ela é maior de idade e eu também vivemos um relacionamento completamente comum, logo nosso amor não apresenta nem um tipo de ilegalidade.

– Voltei – o homem loiro entrou no apartamento carregando uma caixa de veludo e uma embalagem preta retangular.

– Por que você demorou tanto? – disse Zeck virando na direção dele.

– Tive que resolver umas coisas antes de subir e ainda tive se estava tudo bem com os presentes da senhorita – sorriu na direção dela lhe entregando os presentes.

– O que você trouxe dessa vez? – ela olhou para o irmão e ele riu.

– Foi o Reiner quem se responsabilizou por isso, espero que os presentes dele não sejam melhores que os meus – desembrulhou eles.

– Meu deus, isso deve ter custado uma fortuna – viu um colar de brilhantes na caixa, joias realmente reluzentes – não posso aceitar isso – fechou a caixa e a estendeu na direção do homem.

– Para com isso Mikasa, escolhi eles pensando em você, tem que aceitar – ele riu – aliás o segundo presente foi bem mais caro que esse então não faz sentido me devolver esse –ela continuou com as mãos estendidas – ao menos abra o outro.

– A quanto tempo você ganhou na loteria? – falou enquanto suas mãos tremiam – onde?

– Eu sei o quanto você ama a escrita dele e suas histórias – ele sorriu revirando os olhos – então só digamos que eu passei 4 horas em um leilão para conseguir a primeira edição de Crime e Castigo.

– Meu deus – disse com os olhos arregalados analisando o livro – eu não... não não consigo acreditar em Meu deus, ele é de capa dura – segurou como se fosse uma bíblia – você quer a minha alma né? Pode falar eu aguento.

– Sabia que você iria gostar – ele estendeu os braços – mereço um abraço?

– Todos do mundo todo – sorriu.

– Reiner, você precisa ir lá, ela está presa a ele por uma tornozeleira eletrônica – ele fez uma cara de espanto.

– Vem logo – Mikasa sorriu e o abraçou.

– Só para eu saber que conversa é essa de tornozeleira? – ela começou a contar a mesma história e ele ficou surpreso – nossa, então vocês estão... tipo, juntos?

– De todos os modos que você possa imaginar – sinceramente aquele cara já estava enchendo o meu saco então falei isso de forma bem direta ficando mais próximo da Mikasa.

– Não acredito que você está apaixonada – ele disse rindo e depois olhando para a mulher – e pensar que esse tempo todo seu tipo ideal eram os baixinhos.

– Esse em especial é um baixinho muito interessante.

– Ele parece o seu antigo urso de pelúcia – o loiro de óculos o olhou.

            Passamos um bom tempo conversando e comentando sobre a minha altura até que eles finalmente foram embora e vimos que já estava escurecendo, íamos preparar algo para comer quando meu celular começou a tocar.

– Levi, o corpo de um policial foi encontrado hoje na rua do apartamento em que você está agora, você viu alguma coisa? – rapidamente fui até a janela e vi as viaturas na rua.

– Não, a quanto tempo ele foi encontrado?

– Menos de 40 minutos, ele era um perito criminal que estava investigando uma empresa fantasma envolvida com o tráfico internacional de drogas, até agora só temos as descrições, são dois homens loiros que realizaram uma compra grande recentemente: a primeira edição de crime e castigo e um colar de brilhantes raríssimo, uma total 1 milhão e 200 mil reais – respirei fundo – eles têm um bom porte físico e estão no país atualmente, suspeitamos ainda que uma mulher, provavelmente a irmã de um deles, também esteja envolvida, ela teria agido basicamente como uma laranja no caso, mas até agora é tudo que sabemos – encarei a garota na minha frente que estava lendo, como eu fui idiota a ponto de deixar uma adolescente me enganar?

– Venha me buscar – disse controlando a voz.

– Mas eu nem s... – tentou justificar.

– Preciso falar com você urgentemente, o mais rápido que eu puder – a garota me olhou confusa.

– Irei amanhã baixinho e se quiser, ou prefere que eu não vá? – riu alto.

– Eu vou te matar – falei desligando o celular e andando impaciente até o quarto.

– Vai com calma Levi, não precisa ir assim – falou atrás de mim e eu já comecei a arrumar as minhas coisas – o que aconteceu? – ficou na minha frente.

– Preciso arrumar as minhas coisas – disse guardando as minhas coisas o mais rápido possível – por favor, só cala a boca e sai da frente.

– Não irei até você me falar o que aconteceu.

– Tudo bem – já estava impaciente com isso – seja sincera por que eu já sei de tudo, você estava junto com eles nisso, né? – a encarei diretamente.

– Do que você está falando idiota? – ela falou fingindo estar confusa.

– Não acredito que está me falando isso, seu superpoder é definitivamente fingir demência – ri baixando a minha cabeça e colado a mão na testa – deve ter sido engraçado, fazer isso tudo – a encarei – você se achou muito inteligente, né?!, na realidade eu não tiro seu mérito, você realmente é muito boa no que faz, tenta ser atriz.

– Ainda não entendi o que você está dizendo, poderia por favor explicar? – ela falou fingindo estar confusa.

– Estou falando sobre o seu irmãozinho traficante, você estava junto com ele, não é? Quer saber nem reponde, eu já sei, afinal de contas o quão bom não é ter uma relação amorosa com um policial como eu para livrar seu nome de algum crime não é mesmo? – falei e recebi um tapa em cheio no rosto – dói ouvir a verdade? – coloquei a mão na região – maldito seja a hora que eu te conheci – gritei – sabe, deveria ter deixado você lá – a encarei nos olhos – te abandonado igual a uma qualquer – lembrei de tudo que ouvi durante todo esse tempo e nessa hora ela começou a fingir um choro – como eu fui imbecil a esse ponto? – olhei para o teto – deveria saber desde o início o tipo de mulher que você é, ‘você é a primeira pessoa que eu beijei’ – ri ao lembrar disso – como um cai nessa? – essa fui a última coisa que eu disse antes de ela sair correndo se trancando no banheiro e de eu levar o primeiro choque.

            Continuei tomando os choques e arrumando minhas coisas, não conseguia parar de pensar naquilo e no quanto eu fui idiota, ao menos agora parecia claro, por que ela ficaria com um cara 11 anos mais velho?, 11 ANOS, não tem motivo, tudo isso... ainda bem que ela estava trancada no banheiro, não aguentaria ficar olhando para a cara dela por muito tempo. Arrumei todas as minhas coisas e tentei dormir apenas com o meu travesseiro no chão, não iria de forma alguma me deitar naquela cama, após 2 horas levando choques a Hange voltou a me ligar.

– Pelo amor de Deus, por que vocês não conseguem fazer algo tão simples? – falou impaciente.

– Hange – falei com a voz embargada – em nome de qualquer sentimento bom que você já sentiu por mim – levei outro choque e dei uma pausa – desliga isso, eu não estou brincando, em toda a minha vida eu nunca senti tanta necessidade de bater em alguém, preciso de venha me buscar agora, por favor – funguei novamente chorando.

– Chego aí em 5 minutos – falou com seriedade.

            E assim foi, os choques pararam e ela rapidamente chegou no apartamento e eu já estava na saída a esperando.

– Te conto tudo amanhã, agora eu só preciso beber – falei colocando minhas coisas no carro – acelera o quanto você conseguir e se possível bata em algum poste, só quero ir para casa – ela me olhou séria.

– Tudo bem, se eu encontrar um bom poste te aviso – acelerou o carro – preciso apenas pegar umas coisas na delegacia e depois te levo para casa.

            Assim que chegamos ao local estavam lá alguns policiais, apesar de ser bastante tarde, o primeiro a se aproximar foi o Armin:

– Olá capitão – olhou para os lados – onde está a Mi?

– Ela está em casa – suspirei – peço que por favor não pronuncie este nome na minha presença, agente – ele parecia assustado.

– Hange, posso me retirar agora?, gostaria de saber como a minha amiga está – falou olhando para a mulher ao meu lado, mas não dei tempo para que ela respondesse.

– Não pode – o encarei com superioridade – você não pode se ausentar sem um motivo justificável.

– Você terminou suas obrigações? – perguntou e ele assentiu – pode ir então – disse ela passando por cima da minha opinião e eu o encarei com raiva enquanto ele se despedia da Annie e saia correndo pela porta da delegacia, olhei todos os seus passos – nem pense nisso – a mulher disse entrando na sua sala e me deixando lá até que acabasse de pegar suas coisas.


Notas Finais


Espero que tenham tido uma boa leitura, aqui é só vapo kkkk


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