História Até Que Renasça - Kris Wu (Hiatus) - PRÓLOGO -Adolescentes-

*(S/N) Pov On* 

Me chamo (S/N) e tenho 17 anos, estou cursando o meu último ano no colégio e ano que vem terei que fazer faculdade mas ainda estou indecisa de que carreira seguir. Estamos em março, e depois das férias irei fazer um intercâmbio para a Coréia do Sul, eu nem sequer sei falar coreano, nem inglês, só o português mesmo, minha mãe falou que eu tenho apenas 4 meses para aprender pelo menos o mínimo de inglês, caso contrário irei para lá a toa.

Estou na aula de matemática e não consigo parar de pensar na viagem, nunca fui boa com essa desgraça de matéria, sempre odiei, e não vai ser agora que eu vou gostar. Sempre me perguntei pra que precisamos ir para a escola.

Não faz sentido algum ir para a escola, só perda de tempo, sem contar que isso é escravidão, injustiça, tenho direito a minha liberdade, mas se eu sair da escola vão mandar o "Conselho Tutelar" para mim e não quero ser uma decepção para minha mãe.

- (S/N)? ㅡ a professora me chamou e todos me olharam.

- Sim? ㅡ olhei pra ela.

- Qual a raiz  quadrada de 72?  

- Você não sabe a resposta? ㅡ riram.

- Claro que sei! 

- Então por que está perguntando para mim? ㅡ começaram a rir e a professora ficou brava.

- Está cheia de gracinhas não é senhorita (S/N)? Quero ver se vai ser assim quando ver a sua nota no boletim, não é a toa que é burra desse jeito. ㅡ ficaram pasmos.

- Você me chama de burra mas não sou eu quem estou com livro com todas as resposta não é mesmo? 

- Chega, vai pra ocorrência. 

Dei de ombros, não gosto dela mesmo.

A aula tinha acabado e finalmente era a hora de ir embora, não aguentava mais aquela professora brigando comigo. Ela pega no meu pé desde que eu cheguei na escola, cruzes! Antes de ir para a casa passei no banheiro pra fazer xixi já que aquela ela não me deixou ir antes. Estava em um banheiro qualquer quando umas meninas chegaram e começaram a conversar sobre dois alunos novos que chegariam amanhã, não me importei porque todos que chegavam eram feios.

(...)

Cheguei em casa e minha mãe não estava, devia ter saído com a minha tia e ela nem sequer me deixou comida pronta, poxa mãe... a senhora não colabora! Troquei de roupa e fui em um mercadinho que tinha ali próximo a minha casa para comprar um miojo já que eu estava com fome e não tem comida em casa, na verdade até tem mas estou com preguiça de fazer.

Estava indo em direção ao corredor quando esbarrei com um homem alto, bonito e asiático, não o encarei por muito tempo pois fiquei com vergonha e pedi desculpas em um tom baixo. Ele me olhou confuso e eu ri.

- Sorry. ㅡ falei e ele sorriu.

- No problem.

- Okay, bye.

Saí andando até que cheguei na seção de miojo, peguei um de galinha caipira, estava indo pegar um refrigerante de latinha e senti um par de olhos sobre mim. Quando olhei para o lado vi que era ele me observando e sorrindo, corei e desviei a atenção. Peguei um refrigerante qualquer e fui para o caixa, paguei tudo e fui caminhando para casa, estava passando por uma rua deserta e sinto alguém me puxar me fazendo gritar. O sujeito tapou a minha boca e me virou para ele, quando percebi de quem se tratava o empurrei fazendo ele me soltar.

- Oh calm down, young lady! (Ai, se acalme moça!).

- O QUE? TÁ MALUCO CARA? ㅡ gritei e comecei a bater nele, o mesmo estava se protegendo e rindo. ㅡ TÁ RINDO DO QUE ? 

- I'm sorry. ㅡ sorriu e eu parei de bater nele. ㅡ Eu não falar português.

- E eu não falo inglês.

Nos olhamos um pouco e ele se pronunciou.

- Eu me chamo Yifan, sou chinês. ㅡ falou com dificuldade.

- Eu sou (S/N), sou brasileira.

- Você é bonita. ㅡ se enrolou e eu ri.

- Obrigada, você também, agora tenho que ir, tchau. ㅡ me segurou. ㅡ O que foi?

- Number? Telephone? ㅡ me mostrou seu celular.

- Ah sim. ㅡ sorri, peguei seu celular e digitei meu número. ㅡ Bye Yifan.

Ele sorriu e voltou para a outra rua enquanto eu fui para a minha casa. Chegando fiz meu miojo e comi, lavei a pequena louça e fui fazer a tarefa, ou tentar. Quando minha mãe chegou já era umas quatro da tarde, ela começou a reclamar de que eu não tinha feito comida, que eu era preguiçosa e depois foi guardar as compras.

- (S/N) trouxe uma coisa pra você.

- É de comer? 

- Sim.

- Opa 'tô indo. ㅡ ela me entregou uma barra de chocolate. ㅡ Nossa, até deixei cair uma lágrima aqui. ㅡ ela riu.

(...)

Já estava na escola conversando com a minha melhor amiga sobre coisas aleatórias até que bateu o sinal e nós entramos, depois de um tempo escutamos a professora falar que teria 2 alunos novos, a sala toda ficou em silêncio quando um deles entrou.

- Por favor se apresente. ㅡ a professora disse para o primeiro que entrou.

- Olá, meu nome é Cho Seungyoun, mas podem me chamar de Luizinho, tenho 17 anos e sou coreano. ㅡ falou com um sotaque e sorriu.

- E você? ㅡ falou pra um garoto que estava na porta, parecia que estava se escondendo.

- Professora? ㅡ Luizinho chamou-a. ㅡ Ele não fala português!

- Não? E como ele vai entender a matéria?

- Eu irei ajudá-lo!

- Então peça para que ele entre por favor Luizinho.

O garoto falou alguma coisa em coreano para ele -eu acho-, e depois de um tempo dos dois conversando ele entrou. Quando vi quem era eu quase dei um pulo da cadeira e minha amiga viu.

- O que foi (S/N)? Tá animadinha porque ele é bonito?

- Não, eu vi esse garoto ontem, ele pediu meu número 

- Sério? 

- Silêncio as duas aí atrás! ㅡ a professora chamou nossa atenção e ficamos em silêncio.

- Olá meu nome é Wu Yifan, mas... ㅡpensou um pouco e o Luizinho sussurrou algo no ouvido dele. ㅡ Podem me chamar de Kris, sou an... chinês e tenho 18 anos. ㅡ falou com muita dificuldade.

Então a turma se levantou e falamos "BEM VINDOS!". A professora apontou para dois lugares, um em minha frente e outro na frente de (S/A). Quando ele me viu ficou surpreso e arregalou os olhos e depois sorriu. Chegou mais perto e falou um "Olá" baixo para mim, depois se sentou e olhou para seu amigo. 

*Kris Pov On* 

Quando a vi fiquei perplexo e feliz ao mesmo tempo, não pensei que fosse a encontrar aqui neste lugar, na escola! Quando falei, ou pelo menos tentei falar com ela ontem me senti estranho, na verdade até ontem nunca tinha sentido isso antes por ninguém, depois que ela me passou o número dela não sabia o que mandar, fiquei com medo de uma certa forma eu ser rejeitado, mas hoje percebi que não é bem assim. Fui tirado do meu transe quando Seungyoun me chamou.

- O que foi? Por que está assim? 

- Está vendo esta garota que está atrás de mim? ㅡ olhou para ela e sorriu.

- O que tem ela? ㅡ não parou de encara-lá e eu fiquei com um pouco de ciúmes.

- Então, conheci ela ontem, e tenho o número dela.

- Sério? ㅡ olhou para mim.

- Sim, sério!

- Que sorte, depois falamos com ela, vamos prestar atenção na aula agora.

- Okay. ㅡ viramos para frente e ficamos quietos.

É, pelo jeito esse ano vai ser bem interessante!

Continua...