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História Atlântida - Capítulo III


Escrita por: PettyYumeChan

Notas do Autor


Bom dia/tarde/noite !! Depende do horário que você está lendo.
As vezes eu me pergunto se alguém realmente lê essas notas.
Nhaa...
Boa leitura !!

Capítulo 4 - Capítulo III


Mesmo em meio às diversas pessoas, ainda era possível ouvir o cricrilar dos grilos ao redor conforme eles seguiam pelas ruas da cidade. Os últimos raios de sol já haviam se recolhido deixando o céu a mercê das estrelas, todavia, as altas temperaturas permaneciam sem mostrar qualquer intenção de se abrandarem.

Foram necessários apenas alguns minutos para que eles chegassem a Pousada do Castor. Uma vez estando na Angra do Jack Ketch você acabaria parando lá por um motivo ou outro, Iris – a dona do lugar – conquistou a todos com seu carisma e simpatia, fazendo com que as pessoas frequentemente passassem por ali, seja para alugar um quarto ou apenas para poder conversar com a moça.

A mulher ruiva limpava a entrada de seu estabelecimento quando Mirela e Armin chegaram. Assim que ouviu o som do sino da porta ela se virou para recebê-los com um sorriso, assim como fazia com todos os outros clientes, mas logo a feição caiu para algo próximo do espanto.

A rixa daqueles dois era um dos assuntos que estava sob o conhecimento geral das pessoas, vê-los caminhando juntos de forma tão pacifica era surpreendente, para não dizer preocupante. Iris não saberia dizer se deveria ficar feliz por ver os amigos em uma situação que não fosse se digladiando, ou se deveria temer pela integridade de sua pousada. Em contrapartida, os outros dois apenas a cumprimentaram naturalmente, como se nada fora do comum estivesse ocorrendo, deixando uma ruiva aturdida para trás à medida que subiam as escadas.

Não era possível ver, mas a verdade é que Mirela estava por um fio de chegar a seu limite. Nunca ficara tanto tempo na companhia do rapaz sem ser para ameaça-lo com seu sabre, e o enorme silencio instalado entre os dois lhe dava uma sensação estranha na boca do estomago. Quase soltou um suspiro de alivio quando chegaram à porta do quarto, poderia finalmente se distrair com outra coisa e acabar logo com aquilo.

— Seja rápido. Não aguento mais olhar para a sua cara.

— Nem mesmo uma bebida antes? — Uma carranca séria foi o maximo de resposta que ele recebeu. — Esta bem, esta bem. Direto aos negócios.

Os papeis foram rapidamente retirados de um armário próximo e espalhados por cima da cama, era uma bagunça de mapas e anotações envelhecidas. A mente de Mirela gravava todos os pequenos fragmentos que seus olhos podiam tocar, na esperança de encontrar algo que lhe fosse útil, mas a maioria das coisas se resumia a rabiscos e símbolos incompreensíveis para ela.

— Bem aqui, na Ilha do Homem Coxo. — A pequena ilha se encontrava localizada em um ponto isolado do mapa a qual tinha diversos símbolos estranhos em suas extremidades. — Os mares próximos podem ser bem imprevisíveis, e combinados com as pedras pontudas por todo o arredor da ilha dificilmente alguém tem coragem de se aproximar de lá. Mas com um pouco de pesquisa eu encontrei esse caminho por onde as ondas são mais calmas e o espaçamento entre as pedras é grande o bastante para o meu navio passar.

— Pouco me importa aquela sua embarcação velha. A passagem é grande o bastante para o meu?

— Ei! Um pouco de respeito com Ulisses, ele é um guerreiro.

— Tá, tanto faz. Meu barco passa ou não?

— Provavelmente passa sem problemas.

— Ótimo. Ilha do Homem Coxo, certo? Que garantia eu tenho que vou encontrar o que procuro?

— Tem a minha palavra.

— Sua palavra não me vale de nada.

— Cruel. Mas você pode confirmar com Alexy.

Os olhos da garota se fixaram no mapa uma ultima vez, absorvendo todos os detalhes que lhe eram possíveis, aquilo era tudo que ela precisava. Sua mente não a permitiria esquecer mesmo se ela quisesse.

— Esta bem. Já tenho tudo o que eu preciso. Obrigada pela colaboração, acho que não vou precisar te matar dessa vez.

— Fico grato.

Foi a ultima coisa que ela ouviu antes de fechar a porta atrás de si. Um longo suspiro acabou por escapar de seus lábios enquanto ela seguia pelo corredor. Sentia que poderia explodir a qualquer instante, estava mentalmente cansada e o mormaço da noite não tornava a sua situação mais fácil de suportar. Precisaria de outra bebida.

Chegando ao fim das escadarias pode se deparar com a familiar cabeleira vermelha na recepção. Ele e Iris eram amigos de longa data, logo era comum que, sempre que atracasse na angra, ele acabasse parando por ali apenas para ver como andavam as coisas. E, a julgar pelo olhar evasivo da ruiva e o sorriso sacana de Castiel que Mirela recebeu ao se aproximar, ela sabia exatamente sobre o que eles haviam conversado.

— Sabe capitã, não é exatamente isso que eles quiseram dizer com “mantenha os inimigos mais próximos ainda”.

Embora já estivesse mais do que acostumada com as provocações e insinuações de Castiel a ponto de conseguir controlar suas feições, ainda havia momentos onde ela não podia controlar alguns aspectos de seu corpo. Foi o que aconteceu naquele momento quando o seu coração errou uma batida e a mente se voltou para pensamentos proibidos. Por um momento sentiu que a temperatura do ambiente havia se elevado, mas provavelmente era apenas por conta do verão, ou era nisso que ela gostaria de acreditar.

— Não faça eu me arrepender de ter você como meu imediato.

— Apenas dizendo.

— Já que você esta com tanta vontade de falar, você vai ficar responsável por espalhar a noticia. Estamos partindo daqui a dois dias, no primeiro raio de sol. Ilha do Homem Coxo.

Toda a feição do homem caiu para incredulidade, nada fora do esperado, a garota já estava ciente de que todos a achariam louca por enfrentar tal destino, mas ela não se importava com o que pensavam dela, apenas seguia o que lhe parecia mais apropriado.

— O sol fritou os seus miolos completamente? — A mão robusta tocou a fronte delicada em busca de qualquer sinal de febre, mas tudo o que recebeu foi um tapa. — Isso é suicídio.

— Eu sei o que faço. Então apenas faça o seu trabalho.

A incredulidade passou para algo mais sombrio, ele estava contrariado e ela sabia, mas o orgulho falava mais alto, ela iria até o fim com isso, não importasse o que.

— Sim, senhora.

Fria como o gelo. Assim foi a resposta que saiu por entre seus lábios, capaz de enviar arrepios pela espinha de qualquer um, mesmo nos dias mais quentes. Todavia, naquela colisão de personalidades fortes, tudo o que ele conseguiu foi um sorriso satisfeito por parte da mulher.

Ela tinha um novo desafio a frente, e estava queimando de entusiasmo.


Notas Finais


Capítulo menorzinho, mas amem ele do mesmo jeito, ok?? ^^
Obrigada pelo seu comentário.
Até amanhã !!
Kissus da yume ♡


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