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História Atlântida - Capítulo V


Escrita por: PettyYumeChan

Notas do Autor


Boa tarde pra quem mal começou o dia e já está com dor de cabeça :')
Quero dormir...
Boa leitura !!

Capítulo 6 - Capítulo V


Depois de três dias trancada em sua cabine, Mirela teve tempo mais do que o suficiente para voltar ao seu estado habitual. Uma vez que ela apareceu no convés, agindo como se nada tivesse acontecido, todos chegaram ao mesmo pensamento de que o melhor seria acompanhar e agir como se tudo estivesse bem, ainda que a preocupação os consumisse por dentro.

Embora mantivesse o semblante natural, Mirela não conseguia parar de pensar nos acontecimentos dos últimos dias. Por mais que o baú estivesse sob sua posse, a presença de Armin na ilha ainda lhe era suspeita, ela não conseguia tirar da cabeça que ele estava tramando alguma coisa. Antes que pudesse perceber, ela estava irritada.

Quando ancoraram na Baía das Princesas, a primeira coisa que ela fez foi buscar informações. O lugar poderia não ser tão populoso quanto a Angra do Jack Ketch, mas onde havia pessoas havia conversa, e onde havia conversa havia informação. Talvez ela tivesse um pouco mais de trabalho para encontrar o que queria, mas ela encontraria.

Para sua sorte, não foi preciso procurar muito para descobrir que um navio havia ancorado na cidade do outro lado da baía um pouco depois do que ela. Era bom demais para ser verdade, e se fosse, seria muita coincidência que ambos tiveram a mesma ideia. Ela já estava começando a se sentir perseguida, e depois da comoção que ele causou na Ilha do Homem Coxo, ela não conseguiria simplesmente deixar a oportunidade passar.

Abandonou todo o código de ética que um dia jurou ter e pagou um informante para segui-lo durante todo o período em que ele estivesse ali. Não se importava se aquilo fosse trazer consequências, precisava de respostas e precisava agora. Viveu os dias mais longos da sua vida até finalmente chegar a noite onde seu informante retornou com algumas respostas. Embora não fossem as que ela esperava.

— Como assim ele sumiu?!

Todos os olhares se voltaram para o tumulto que acontecia na mesa ao fundo do bar. Os nervos de Mirela já não sabiam mais qual era seu estado usual, uma vez que a moça esteve em seu limite constante nas ultimas horas. Seus imediatos tendo muito mais trabalho para mantê-la sob controle uma vez que ela agia como se estivesse pronta para entrar em uma briga a qualquer instante.

— Foi o que eu disse Senhora. Eu o acompanhei por todo esse tempo sem grandes problemas, até que ontem ele entrou em uma das tavernas e simplesmente desapareceu.

Mirela fazia de tudo para conter a sua raiva, os dentes mordiscavam as unhas enquanto as pernas balançavam para cima e para baixo. Nunca pensou que sua fúria poderia chegar a tamanho extremo, mas ela estava de volta à estaca zero e se sentia completamente estúpida por isso.

— Entendi. Obrigada pelos seus serviços.

Deixando o saco de moedas sobre a mesa ela saiu do local sem olhar para trás, não poderia ficar ali nem mais um segundo ou então não responderia por si. Precisava de ar fresco, mas o clima quente da noite não a ajudava a se acalmar, os cabelos grudavam na testa por conta do suor e, mesmo que ela se abanasse com o grande chapéu preto, nada parecia melhorar aquele clima sufocante.

— Capitã, você esta bem?

Como sempre, a voz centrada do platinado trouxe-a de volta a realidade. Seu corpo instantaneamente se sentiu mais leve quando seus sentidos voltaram a si e ela percebeu que não estava sozinha, aqueles dois estavam ao seu lado mesmo que as coisas saíssem totalmente do controle. Precisaria agradecê-los em alguma ocasião, se não fosse pelos dois ela já haveria perdido a cabeça há muito tempo. Figurativa e literalmente falando.

— Sim, tudo bem, eu só preciso organizar meus pensamentos. Vão descansar vocês dois e me encontrem amanha bem cedo. Vamos decidir alguma coisa.

Com um pouco de relutância da parte dos homens eles acabaram por se separar. Mirela voltou ao seu navio que estava ancorado no cais do lugar, já estava tão acostumada com a sensação do balanço das ondas que não conseguiria dormir em outro lugar se não sobre os mesmos. Assim que entrou em sua cabine deixou um suspiro cansado escapar, não sabia quando havia começado com aquele mal habito, mas fazia tempo que ela não conseguia dormir em paz.

Arrancou as botas dos pés e arremessou o chapéu sobre a mesa, que logo foi seguido por sua espada. Os dedos ágeis a livraram do aperto do corpete e logo todo o corpo relaxou da tensão quando ela se deixou cair na cama e os olhos começaram a se acostumar com a escuridão da sala. Um espreguiço foi o bastante para sentir o corpo pesar, provavelmente precisaria de uma boa noite de sono, embora não tivesse certeza que seria capaz de fazê-lo. Em um movimento rápido a saia caiu da cintura até os calcanhares, já estava prestes a se deitar quando uma voz alcançou seus sentidos.

— É um show particular para mim?

Seus instintos se ativaram automaticamente fazendo-a puxar a pistola presa à perna. Mirou na direção da onde pensou ter vindo o som, os olhos buscando qualquer movimento na escuridão. Quando as nuvens se moveram no céu e a luz da lua passou pela pequena janela ela viu, sair de um canto escuro da sala, os enormes olhos azuis brilhando de forma quase hipnótica enquanto se aproximavam dela, varrendo seu corpo.

— Belas pernas.

O sorriso em seu rosto só deixava mais claro o quanto ele a estava provocando, e ela sabia que estava. Tentou pensar em Castiel e em como ela agia perante as sua provocações, mas com o homem a sua frente era diferente, os sentimentos iam a mil e ela não conseguia manter a compostura em sua presença. Engoliu em seco, sentindo o corpo queimar. Não conseguiu pensar em nada para dizer, apenas manteve a arma a postos enquanto aguardava ele continuar.

— Como esta seu braço?

— Não preciso da sua preocupação. O que você quer?

— Acho que essa pergunta é minha. Você quem andou muito interessada em mim nos últimos dias.

— Como se eu fosse me interessar por qualquer coisa que você faça.

— Mesmo? Então por que colocou um lacaio para me seguir?

— O que te faz acreditar que fui eu? Não derrame suas expectativas frustradas em cima de mim.

— Você esqueceu que trabalhar com informantes é uma faca de dois gumes?

Ela amaldiçoou baixo. Aquele bastardo havia a traído com uma informação falsa e ainda por cima a entregou. Tanto tempo trabalhando fielmente com Alexy a fizera esquecer como informantes podem ser uma raça sem escrúpulos. Eles trabalhavam para o dinheiro, e ninguém mais.

— E você pode me culpar? Você é o único que tem agido suspeito. Roubando tesouros, aparecendo misteriosamente em ilhas.

— Então você admite estar interessada?

— Eu diria cautelosa.

Ele sorriu, seguindo um caminho cuidadoso ao redor dela. Os contrates dos olhares se colidindo constantemente, eram como fogo e água em uma eterna briga, ele tentava a apagar e ela o evaporava, nunca havia vencedores, mas nenhum nunca recuava.

— Bem, já que você se deu tanto trabalho, eu vim pessoalmente te contar e propor que venha comigo.

Mirela podia ouvir o coração martelando sob os ouvidos, era como se o tempo se movesse de uma maneira diferente do habitual. Não podia estar falando serio, depois de todos os problemas e evasões, ele não poderia simplesmente vir até sua porta e dizer suas pretensões de bom grado, algo estava errado, mas ela não podia negar a curiosidade que a consumia. A trave da arma fez um estalo quando foi liberado, foi o aviso de que estava disposta a ouvir, mas também estava pronta para reagir a qualquer movimento em falso.

— Diga.

— Eu encontrei Atlântida.

As mãos tremeram à medida que apertavam o metal frio da pistola, os olhos azuis brilhando convictos e sem medo diante de sua mira. Ela não podia acreditar que por um momento considerou que ele a levaria a serio, já estava mais do que obvio que ele adorava irrita-la de todas as formas possíveis, ou talvez ele só estivesse completamente fora de si. Deixou uma risada sarcástica escapar, depois de todo esse tempo, ele ainda queria fazê-la de idiota.

— Estás louco.

— Estou?

— Se você se considera um pirata, você conhece as historias tanto quanto eu.

Mirela já havia feito muitas coisas que seriam consideradas loucuras ou completamente infundadas na vida, mas mesmo para ela aquilo era um absurdo. Além de correr o risco de sair em uma busca infundada, os únicos homens que ela conhecia que haviam, supostamente, buscado Atlântida, agora estavam completamente loucos, sem contar aqueles da qual nunca mais se ouviram falar. Ela não estava disposta a terminar assim por conta de algo que não havia qualquer garantia de ser real.

— Ora vamos. Eu sei que você não é o tipo de mulher que se deixa levar por boatos, onde esta o seu orgulho? Ou talvez eu tenha me enganado sobre você.

As palavras em conjunto do sorriso de deboche do rapaz a atingiram como um soco, era quase possível ouvir o som de seu ego se quebrando. Ela podia ler nas entrelinhas que ele a estava chamando de covarde, e isso era algo que ela não permitiria. Foi um jogo baixo da parte do homem, ambos sabiam que Mirela nunca recuava quando seu orgulho era colocado em jogo.

— E então, o que me diz?

E assim, pela primeira vez na sua vida, Mirela tomou uma decisão que ela não teria certeza que se orgulharia mais tarde.

— Quando partimos?


Notas Finais


Esse é outro capítulo que eu gostaria de mudar N coisas, mas não vou ahsuahsuah
Apenas eu estarei ciente dos meus erros, assim eu não os cometo em uma próxima fic...
Aprendizado o nome...
Essas notas já não tem mais qualquer significado, elas apenas coexistem junto do capítulo.
Obrigada pelo seu comentário.
Até amanhã !!
Kissus da yume ♡


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