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História Atraídos. - O sofá.


Escrita por: QueziaSouzaMG

Capítulo 20 - O sofá.



Henrique:


Mário havia me dito que a foto foi postada de madrugada então, agora de manhã era que a maioria dos nossos fãs estavam vendo. 


Meus amigos ficaram me ligando e todos me perguntando se eu estava bem. Em momento algum nenhum deles me acusou de nada. 


E eu me sentia imensamente grato. 


A cada ligação de algum deles sempre terminava com eles dizendo que estariam comigo para o der e viesse. 


Apenas o Marcos fez gracinha com a história, como sempre. 


— Se eu soubesse que as suas escapadas sozinho iria resultar nesse gato da foto, eu tinha saído mais com você. 


— Marcos?! - Falo num tom bravo. 


— O que? É a verdade... O mais quieto de todos nós fisgou um ótimo partido. Eu sei quem ele é... O filho do dono da empresa que patrocina nossa agência. 


— O que? - Isso eu não sabia...


— Não vai dizer que você não sabe? 


— Não... 


— Cara, em que mundo você vive? É por essas e outras que eu estou me perguntando agora: QUE PORRA VOCÊ FEZ PARA CONSEGUIR ESSE CARA? 


— Eu não fiz nada. 


— Eu sempre ouvi dizer que os mais santinhos são os piores... Agora sei que é verdade. 


— Vai se foder. - Desligo na cara dele. Ainda escutando o eco da sua gargalhada do outro lado da linha.


— Quem era? - Daniel se aproxima de mim e segura minha mão. 


Eu estava achando aquilo confortável demais. 


— O idiota do Marcos. 


Estávamos os dois na sala agora. Gabriel teve que ir trabalhar, reclamando horrores de ter que ir, mas foi. 


Mamãe aproveitou uma carona do Mário, dizendo que iria ao mercado. 


Então eu estava aqui... Na minha casa. Com ele. 


Quando minha vida deu essa guinada? 


Me afasto um pouco dele e me sento no sofá,  pego meu celular e abro na página do nosso grupo. 


Nossa última postagem foi sobre o nosso próximo show, que iríamos fazer daqui três dias, em uma cidade vizinha. 


Era uma foto de nós cinco. 


Vou direto para os comentários. 


Daniel se senta do meu lado e começa a ver comigo. 


A maioria dos comentários não são ruins. 


Alguns se dizem surpresos, que jamais imaginariam que eu fosse gay. Mas diziam que me apoiariam sempre. Outros, já estavam surtando, falando sobre mim como se eu fosse um tipo de embaixador da causa. 


— Viu? Não é tão ruim... 


— " bichinha, viado, Bambi...", alguns são sim ruins. - Leio em voz alta alguns comentários. — E o próprio Mário disse que só dá pra saber o tamanho do estrago, depois de algum tempo. 


— O importante é que todo mundo ao seu redor te apoia. Você tem bons amigos, uma família que fará de tudo por você. E agora... Você tem a mim também. 


Olho pra ele meio perdido naquelas palavras. 


Tudo estava indo rápido demais. 


Era um turbilhão de emoções a 200 km por hora. 


— Você não está falando sério quanto a isso, não é? - Pergunto por fim. 


— O que você acha? 


— Eu não sei. Praticamente, acabamos de nos conhecer. Eu não sei nada de você e vice-versa. Não temos nada em comum um com o outro. Nossos estilos de vida não...


Antes que eu finalize meu discurso ele me beija. 


Já está se tornando uma mania ele me calar com beijos.


Eu queria ser forte e resistir para que pudéssemos conversar. Mas era impossível para mim não desejar aqueles toques dele em meu corpo, enquanto ele me beijava. 


Ele me empurra de encontro ao sofá e se ajeita em cima do meu corpo. 


Uma perna dele no meio das minhas, fazia com que meu pau ficasse pressionado contra ele. 


Eu estava faminto por ele. Nem parecia que na noite passada eu havia me esbaldado naquele corpo delicioso. 


— Eu adoro isso. - A voz dele ajuda a piorar meu estado. Tão sexy... Ele falava baixo enquanto parava de me beijar apenas para atacar meu pescoço com aqueles lábios quentes. - Adoro seus beijos... Adoro sentir o gosto da sua pele sob a minha língua. 


E ao dizer isso, ele me lambe desde o meu pescoço até o maxilar fazendo meu corpo inteiro se arrepiar. E meu pau sentir diretamente aquele carinho, como se a língua do Daniel estivesse sobre ele.


Céus... Essa sensação era gostosa demais. 


Ele desce uma de suas mãos e toca meu pau sob a calça. 


Droga. Eu queria mais... Queria estar com ele dentro de mim, enquanto ele tocava meu pau assim. 


Eu queria... Inferno. Eu queria tantas coisas com ele. 


Do nada escutamos o barulho da porta sendo destrancada e nos endireitamos no sofá. 


Minha mãe entra e nos pega assim. 


Ela nos olha desconfiada, eu sei. 


Como posso cobrar algo dela, se eu mesmo não respeito nossa casa? 









Daniel: 



Droga. A mãe... 


Ela nos encarava. Séria.


— Nós precisamos conversar. - Ela diz se sentando em um sofá na nossa frente.  


— Mãe... 


— Nada de mãe Henrique. - A voz dela não me parece em nada com aquela que me ofereceu café mais cedo. - Vocês estavam se pegando aqui, no meu sofá. 


— Nós não...


— Como não? - Ela aponta para mim e eu me encolho.- Olha só essas caras de culpados de vocês. Sem contar que você está todo corado e esse daí com o cabelo todo bagunçado. 


Olhamos um para o outro tentando enxergar o que ela falava e ela estava certa. 


Se eu via o Henrique com as bochechas vermelhas, com certeza ele me via descabelado também. 


Droga. 


Isso era vergonhoso em um nível extremamente ruim. 


Nem em meus anos de adolescente eu havia passado por isso. 


— Vocês estão namorando? 


— Sim. 


— Não. 


Dizemos ao mesmo tempo. 


Olho pra ele de cara fechada. 


— Não? 


— Nós estamos namorando? - Ele devolve a pergunta. 


— Eu espero que sim. - A mãe dele se levanta - Não criei meus filhos pra ficarem de safadeza por aí, sem estarem comprometidos. Vou deixar vocês dois resolverem isso e quero uma resposta concreta quando eu perguntar novamente. 


Assim que ela sai, consigo voltar a respirar. 


— Adorei sua mãe. - Digo, mas estou aliviado com a saída dela. 


— Que história é essa de namoro? - Henrique me pergunta sério. - Você está louco? 


— Henrique. Você também deve sentir algo pelo menos parecido com o que estou sentindo... - Falo, encarando aqueles olhos que também estavam fixos nos meus. - A noite de ontem foi... 


— Incrível? 


— Sim. - Eu sorrio ao escutar ele confessar que também gostou. - Incrível de um jeito muito diferente de tudo que já tive com alguém. 


— Mas uma boa noite de sexo, não é motivo para que tenhamos que namorar. Se for pelo sexo eu já disse que...


— Eu sei. Droga. - Me levanto um tanto exasperado. - Eu não sei como me explicar. 


Ando de um lado para o outro no carpete da sala. 


— Eu adorei o sexo. De verdade. Mas também gostei de estar do seu lado enquanto você dormia... Gostei de acordar e ver você ali... Adormecido. Nos meus braços. 


Paro e volto a encará-lo. 


— Eu adorei você ter usado a minha escova de dentes. Eu adorei ver a interação entre você e sua família. - Ele se levanta e se aproxima devagar de mim. - Eu adorei ver seu mal humor hoje de manhã e mesmo assim, você me deixar segurar sua mão. 


Pego a mão dele e entrelaço nossos dedos. 


— Eu adoro essa sensação de felicidade que tenho quando estamos assim. Faz eu me sentir completo de alguma forma... 


Uma lágrima escorre dos olhos dele. 


— Henrique não... - Seco aquela lágrima com meu dedo e o abraço. - Por favor não chore. 


— Isso é sério mesmo?!- Ele se afasta do meu abraço para olhar em meu olhos novamente. 


— Eu nunca falei tão sério em toda minha vida. 


— Então sim... 


— Sim? 


— Estamos namorando. 


Sorrio feliz como se um balão de felicidade inflasse em meu coração. 


— Estamos namorando. - Repito e o beijo.





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