1. Spirit Fanfics >
  2. Atraídos. >
  3. A escada.

História Atraídos. - A escada.


Escrita por: QueziaSouzaMG

Capítulo 35 - A escada.


Gabriel:


Antes de entrar na clínica respiro fundo. 

Hoje o elevador já estava liberado, então faço questão de evitar as escadas e as lembranças que ficaram ali. 


Eu pareço um meliante olhando com cuidado cada canto antes de prosseguir em algum corredor com receio de dar de cara com ele ou pior, minha bunda esbarrar nele novamente. 


Corro o mais rápido possível para o meu setor e quase não cumprimento ninguém. 


Escuto o bom dia da Daiane mas nem respondo. O quanto antes eu ficar trancado no laboratório melhor. 


Hoje eu daria graças a Deus de precisar ficar trancado naquela sala com tubos de ensaios e fórmulas para resolver. Eu queria ocupar o máximo minha mente para tirar aquelas sensações da minha memória. 


Hoje de manhã eu acordei duro novamente. 


Sério mesmo, que meu corpo iria ficar se recordando de como era ter outra pessoa o tocando? A sensação foi mil vezes melhor do que minhas próprias mãos.


Pensar nisso já me endurecia de novo. Droga. Sorte meu jaleco ser cumprido. O restante do dia se passou do mesmo jeito.


Minha cabeça cheia de lembranças da noite passada me deixando avoado e piorando minha coordenação motora, fazendo eu derrubar várias vezes o que quer que estivesse em minha mão. 


Eu já estava mais do que irritado comigo mesmo e ainda mais com os outros me olhando de lado percebendo como eu estava diferente hoje. 


Depois que o Dr Cláudio teve aquela conversa conosco nunca mais o Leandro pisou no laboratório, mas toda vez que a porta se abria eu parava o que quer que eu estivesse fazendo para ver se era ele entrando e toda minha concentração ia por água abaixo. 


Aquele infeliz iria me prejudicar até sem estar presente? Claro que sim... O que mais eu poderia esperar vindo dele? 


Eu não sai do laboratório nenhuma vez até meu horário de lanche. 


Ainda eram quatro horas da tarde e eu estava com os nervos a flor da pele. 


Tento sair da clínica o mais rápido possível, mas a Daiane me interrompe brava por eu estar evitando ela o dia todo. 


— Eu tô cheia de coisas pra te contar, tô louca pra desabafar com alguém e você nem aí pra mim? Que importância eu tenho pra você como amiga hein? - eu estava escutando a ladainha dela olhando toda hora para os lados com medo dele aparecer a qualquer momento.- O que está acontecendo com você que é mais importante do que seus amigos? Me diz? 


— Que tal você estar tão irritado com o filho escroto do seu chefe que te persegue sem motivo nenhum? - retruco sem paciência nenhuma e sem filtrar meus pensamentos que saem desgovernados por minha boca. Começo a enumerar meus problemas nos dedos.- Minha mãe está saindo com uma pessoa que quando meu irmão descobrir vai ser uma guerra em casa... Sem contar o fato de eu ser o último virgem nesse mundo aos 21 anos? Desesperado por sexo e que nem consegue trabalhar direito? O que você acha? - estou quase sem ar ao terminar de falar. Droga. Acho que passei dos limites aqui. 


— Virgem? - Daiane grita chocada com a minha confissão - Gabriel você realmente acabou de dizer que é virgem? 


Meu coração para de bater quando escuto o barulho de algo sendo derrubado próximo de nós. 


Olha para a direção do barulho e ali estava ele, se abaixando para pegar uma pasta do chão. 


Quando nossos olhares se encontram, ele parece tão surpreso quanto a Daiane nesse momento.


Droga. Ele escutou. Certeza que ele escutou. 


Eu queria me enterrar em algum lugar e nunca mais aparecer aqui...















Leandro:


Virgem???


O pirralho é virgem?


Que porra é essa que eu ouvi? Claro que eu sabia que ele era novo, seis anos mais novo do que eu para ser mais exato. Mas jamais imaginei que ele... Virgem? 


Fico o encarando até que ele se vira e sai apressado me deixando atordoado com aquela informação. 


Depois do que houve ontem eu não conseguia tira-lo da mente. Num primeiro momento eu pensei que estaria ferrado, achando que ele levaria o caso ao RH. Sou chefe dele, ele poderia facilmente me acusar de assédio. Eu fui muito idiota por me deixar levar daquele jeito. 


Ele ficou escondido no laboratório a tarde toda e eu não fiz nenhuma questão de ir procura-lo  como antes. 


Volto pra minha sala e não consigo parar de pensar no que ouvi. 


Isso nem deveria me importar. Que porra eu tinha haver com a falta de vida sexual do moleque? Nenhuma. 


Merda. 


Eu só queria vê-lo fora daqui. 


Se não fosse a tal "mente brilhante" dele que meu pai tanto admirava,  eu nem saberia da existência dele. Eu sempre me irritava profundamente com o fato de em todo jantar meu pai não parar de elogiar as milhões de qualidade que ele tinha. 


Acho que não gostei dele desde sempre. Antes mesmo de conhecê-lo. E tudo ficou pior quando assim que coloquei meus olhos nele, percebi aquela aura de quem sabe que era intocável dentro da Fumagalli. 


Quanto tive que ficar no lugar do meu pai, meu intuito era irrita-lo tanto ao ponto de fazer com que ele saísse por conta própria da clínica. 


Mas ele era osso duro de roer. Em nenhum momento deixou de cumprir nenhuma das ordens que lhe dei. E sempre com aquela expressão de quem não estava dando a mínima para como eu estava agindo com ele. 


Em nenhum momento o desgraçado baixou a bola. 


Sempre com aquele nariz empinado e a expressão de foda-se pra mim. 


Mas nenhum desses pensamentos agora se sobressaia em minha mente depois do que eu escutei naquela recepção. 










Gabriel: 


Minha vontade era não voltar mais para a clínica. Como eu pude ser tão descuidado para falar algo tão pessoal assim pra fofoqueira da Daiane? Que inferno. 


A culpa era daquele idiota. Ele que estava fazendo eu perder a cabeça. 


Droga. Eu me odiava agora. Isso era pior do que quando eu o soquei. A vergonha que eu sentia agora era infinitamente maior do que o meu receio de ser demitido por socar o filho do meu chefe. 


Consigo voltar para o laboratório em segurança novamente. Não encontro nem a Daiane e muito menos o Leandro. Graças a Deus. Volto a respirar direito apenas quando me tranco naquela sala. Agora eu só precisava esperar dar 18:00hrs e dar o fora daqui o quanto antes...


Assim que o relógio marca seis horas eu pego minhas coisas e corro o mais rápido possível para o elevador. Mas estaco assim que vejo quem está parado a minha frente  esperando. 


Claro. Tinha que ser o maior filho da puta mesmo. E nem em sonho que eu iria ficar preso com ele em um lugar fechado, nem que por poucos segundos. 


Me viro e vou direto para as escadas. Irritado comigo mesmo por ter que fugir assim... Droga. Esse não era eu. Eu nunca fui tão covarde desse jeito...


Estou no segundo lance de escada quando escuto aquela voz maldita chamando meu nome. 


Finjo que não escutei e continuo apressado, mas não consegui ser tão rápido por que ainda escuto a sua voz atrás de mim. 


— Eu sabia que pelo seu jeito irritante de ser  todos os dias só podia ter um motivo. Mas virgem? É sério? 


Paro na mesma hora. Eu estava com vergonha sim, mas não irei permitir gracinhas dele quanto a isso. 


— Se falta de sexo é sinônimo de ser irritante, eu sinto muito por você. Por que você é tão insuportável que deve estar sem transar há anos. 


Escuto o riso de deboche dele e fico com mais raiva ainda. 


— Não tanto tempo assim... - o modo como ele diz isso me faz ter certeza que ele deve ter transado a pouco tempo. 


— Então lá se vai a sua teoria... - ele estava próximo demais. Droga. E aquele cheiro doce... Tão ... Era como se o cheiro dele me fizesse sentir vontade de experimentar com a minha língua. 


— Era por isso que você estava desesperado em minha mão ontem? - porra por que ele estava falando disso? - Eu não sou tão ruim quanto você pensa sabe. Eu posso te ajudar com isso, se você quiser...


O que? Minha mente estava nublada pelo desejo, mas eu escutei mesmo direito? 


Ele estava se oferecendo pra me ajudar em relação a minha virgindade? Que loucura era essa? 


— Você consegue ser pior do que eu imagino. - decido ir embora e deixa-lo falando sozinho. Idiota sem noção. 


Mas ele segura meu braço e me impede. Me leva em direção a parede e me prensa entre ela e seu corpo. 


Eu queria empurra-lo, mas meu pau era um traidor filho da puta. Ele sabia que poderia ter novamente as mesmas sensações de ontem a noite. 


Meio minuto se passou sem que ele não fizesse nada além de me segurar. Será que ele queria que eu o impedisse? Por que tempo para isso eu tive. 


Eu queria voltar a soca-lo e depois puxar sua gola da camisa e lamber aquele pescoço.


— No que está pensando?- ele pergunta sério, mas ao mesmo tempo sinto que ele está zombando de mim. 


— Eu não sei...- digo e me perco totalmente quando ele tira suas mãos de mim e começa a abrir suas próprias calças. 


— Se não quer que ninguém nos veja é melhor ser rápido e abrir a sua também. 


Inferno. 


O que eu iria fazer? Eu não poderia estar tão desesperado ao ponto de fazer o que ele estava mandando. Não e não...


— Bom menino...- ele sussurra ao me ver obedecer. - Eu pensei muito em fazer isso com você ontem a noite sabia? 


Ele pega meu pau e aproxima o dele também. Deixando nossos paus juntos, latejantes naquela mão enorme. 


Eu já achava que eu tinha um tamanho razoável. Mas o desgraçado era enorme. 


Fecho meu olhos e me deixo levar pelo momento. Ter ele me tocando assim era melhor do que eu me lembrava...


Ele segura meu cabelo e puxa minha cabeça para que facilitasse para ele me beijar. 


Como eu posso estar deixando meu corpo reagir dessa maneira? Eu ainda queria soca-lo, mas mais do que isso, eu queria que ele continuasse. 


—Droga. - ele grunhiu e suspirou alto, parecendo estar travando a mesma batalha que eu. 


Ele começa a nos masturbar e sinto aquela sensação agonizante se espalhando por todo meu corpo. 


Eu tinha que admitir que o desgraçado era bom naquilo. Era ótimo em beijar e melhor ainda no que estava fazendo em meu pau. 


Minha cabeça pende para o lado e eu estava quase a ponto de gozar a qualquer momento.


Ele parece perceber por que no mesmo instante diminui a velocidade. Eu gemo em desespero. 


Mordo seus lábios como naquele dia. Mas dessa vez ele não revida. Apenas continua me beijando. 


Paro nosso beijo e o olho furioso. 


— É melhor você terminar o que começou! - Exijo e levo minha mão até a sua no intuito de fazê-lo continuar no mesmo ritmo de antes. 


— É só pedir por favor...- ele diz com um sorriso. - Peça e eu te faço gozar ...


— Por favor ... Vá se foder! 


— Sorte sua eu estar me sentindo generoso hoje.- ele volta a me beijar e mesmo com meu "por favor" duvidoso continua a nos  masturbar com vontade. 


Pouco me importo com o risco de alguém nos ver ali. Atracados naquela escada que já estava se tornando um ponto de encontro de nós dois.  


Eu só precisava... 


Gozo desesperado e amoleço nos braços dele. 


Em seguida é a vez dele, e o desgraçado suja mais ainda a minha roupa. 


Quando a adrenalina começa a diminuir do meu corpo, sinto o arrependimento se instalar no lugar. 


Eu não tenho vontade de olhar novamente pra ele. E tudo que quero é sair daqui. 


— Bem, isso não foi de todo ruim... - escuto ele dizer enquanto fechava o zíper da calça. 


— Você é um filho da puta. 


— Você já me disse isso antes. Está ficando repetitivo. 


— Você tem razão. Mas não se preocupe. Encontrarei novos adjetivos que condizem com a sua espécie babaca de ser. 


Pego minha mochila que havia sido largada no chão e tento sair da frente dele. 


— Você sabe que é o meu pai que paga o seu salário não sabe? 


— Bem lembrado. É o seu pai e não você. 


— Na ausência dele eu sou o chefe aqui. - ele parece furioso novamente. 


— Grande merda. 


Digo enquanto saia dali, fazendo questão de que ele escutasse. 








Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...