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História Atraídos. - Viagem.


Escrita por: QueziaSouzaMG

Capítulo 36 - Viagem.


Leandro:


Chego em casa ainda me sentindo fraco, depois de gozar tão intensamente daquele jeito. Sem contar a raiva que me corroía por não conseguir impor algum limite naquele pirralho. 


Inferno. Eu era o chefe dele. 


Corro pro meu quarto, afim de tomar um banho bem demorado e no processo quem sabe eu conseguiria tirar qualquer vestígio daquelas sensações que teimavam ficar em meu corpo. 


Fora de casa, eu era acostumado a ter sempre as pessoas me bajulando, fazendo minhas vontades e ser tratado por ele dessa maneira fazia meu sangue ferver. 


E que porra de desejo desenfreado era esse por ele? Céus, eu havia beijado ele com vontade. E o pior, eu gostei. Gostei da sensação dos lábios dele nos meus, do modo como o infeliz mordia e depois sugava meu lábio me deixando vidrado por mais. 


Eu não beijava homens. Nunca. 


E as duas vezes em que estive com ele assim,    o beijei com mais vontade do que se estivesse beijando a Vanessa ou algumas de nossas amigas. 


A água morna, escorrendo por meu corpo agora, não ajudava em nada a acalmar aquelas sensações vertiginosas.


Fecho meus olhos e tento respirar devagar ... 


Sem me dar conta, toco meus lábios, que ainda estão sensíveis por causa da mordida. 


Droga. Eu realmente gostei disso. 


Me sinto endurecer novamente. E me dou conta de que nos últimos dois dias, o motivo das minhas ereções eram ele. 


" Por favor... Vá se foder."


Sorrio com a lembrança dessas palavras. Não Gabriel... Acho que agora eu prefiro " Te foder"...


Abro meus olhos em choque com esse pensamento. Eu estava enlouquecendo? 


O que eu iria querer com um virgem esquentadinho, que não gosta de mim  na mesma medida que eu não gosto dele? 


Isso só me traria problemas na clínica e consequentemente com meu pai. Na última semana ele havia começado a me deixar mais livre para tomar algumas decisões importantes e eu não queria estragar aquele pouco de confiança que ele estava depositando em mim por causa desse pirralho. 


Eu só preciso controlar meu pau quando estiver perto dele. 


Não seria tão difícil assim não é? 








Gabriel:


Assim que entro em casa, vou direto para o banheiro do meu quarto. 


Eu não podia correr o risco de alguém perceber minha calça manchada. 


Pra conseguir vir embora da clínica até aqui, eu tive que colocar meu jaleco de volta. Odeio andar de uniforme completo na rua. 

Mas foi a única solução, para que eu pudesse vir pra casa sem ninguém reparar na mancha de semém bem próximo ao meu zíper. 


Não. Não era uma mancha pequena. 


Era uma mancha enorme, onde eu havia gozado e depois ... ele. 


Tiro aquela peça de roupa desesperado, como se ela estivesse contaminada com algum tipo de vírus. 


Tento limpar o local o melhor possível com sabonete e água, ali na pia do banheiro mesmo. 


Se minha mãe pegasse minha calça e visse isso, aí sim eu morreria de vergonha de vez. 


Coloco ela estendida em cima do vaso fechado para que seque e somente depois eu iria coloca-la no cesto de roupa suja. 


Tiro o restante das minhas roupas e entro no chuveiro querendo tirar de mim aquele cheiro que eu não conseguia parar de sentir. 


Estava impregnado em mim. O maldito cheiro adocicado... 


Me esfrego o máximo que posso, e depois do banho passo um creme de pele que tem o efeito desejado. Não sinto mais o cheiro dele em mim. 


Vou pra minha cama sem vontade nenhuma de pegar nenhum livro para estudar. Não tenho cabeça pra isso ... Na verdade eu estava elétrico. Minha mente estava a mil e meu corpo se sentia mais vivo do que nunca. 


Penso em jogar um pouco no computador, mas antes que eu realmente me decida, escuto baterem na porta. 


Henrique abre a porta e entra parecendo um pouco sério. 


— O que foi? - pergunto mal humorado. Não estava afim de conversar agora. 


— Nada... Na verdade eu só queria saber se você estava bem. - Não me parecia que era nada. E assim que ele se senta em minha cama já fico preocupado. 


— Se não fosse nada, você nem viria aqui...


— Eu já disse... Quero saber como você está.


— Por que? - tento não olhar para ele. - Eu estou bem. 


— Você anda muito diferente esses dias. Não conversa com mais ninguém aqui em casa, quando chega do trabalho, apenas se tranca aqui. Você sabe que eu me preocupo. 


— Eu sei... Mas não precisa se preocupar ok?- me sinto culpado por deixa-lo preocupado comigo.- Eu só ando mais cansado últimamente. 


— Se estiver difícil conciliar esse estágio com a faculdade, você sabe que iremos te apoiar caso queira procurar outro lugar. Com uma carga horária menor...


— Não... Não é pra tanto... Eu, realmente gosto de lá. 


— Tudo bem. - ele passa a mão em meus cabelos, fazendo uma bagunça nos fios. - Mas de qualquer maneira, quero que você saiba que se precisar conversar, estou aqui. 


Eu realmente me sinto comovido com a preocupação dele. 


— Eu sei. - digo agradecido. - Você é um idiota, mas no fundo é um bom irmão. 


Ele sorri e me dá um soco de leve em meu ombro. 


Assim que fico sozinho, penso no que o Leandro disse sobre o Henrique gostar das coisas que ele e o Daniel fazem... Que tipo de coisas? Será que eu pergunto ao Henrique? 

Melhor não, pois não quero parecer intrometido. 


Mas não posso negar que estou curioso. 














Henrique:


Volto pra cozinha e me sento na cadeira... Fico olhando minha mãe terminar a limpeza do jantar. 


— E aí? Ele comentou algo? - ela me pergunta, guardando o resto de alguma coisa na geladeira. 


— Nada. Sei que ele deve estar com algum problema, mas não quero força-lo agora. Deixei claro que se ele precisar eu vou estar aqui. 


— É o máximo que podemos fazer. - ela se vira pra mim e sorri.- Seu irmão é tão inteligente quanto você. Ele pode resolver seus próprios problemas... E saber que ele pode contar conosco provavelmente faz dele uma pessoa mais confiante. 


— Espero que sim. 


— Já esta tudo pronto pra sua viagem? 


— Sim. - eu pegaria o voo das sete da manhã. Por isso não poderia passar a noite com o Daniel. Eu iria sair muito cedo. 


— Que carinha é essa? - minha mãe arrasta uma cadeira e se senta em minha frente. - Eu pensei que você estava satisfeito com o rumo que sua carreira está tomando. 


— E eu estou... Eu apenas... Eu só... 


— Não quer ficar longe dele? - confirmo com a cabeça. Ela sempre sabia de tudo. - Nem sempre podemos ter tudo, não é mesmo? Você só precisa se dar por feliz, por ter um cara que te ama esperando você voltar. 


Sorrio e ela acaricia meu rosto. 


— Eu sou muito sortudo não sou? - digo me sentindo realmente feliz agora. 


— Sim, você é... Por isso, me faça o favor de continuar sempre com esse sorriso no rosto... Agora vai dormir, por que eu não quero ter que te derrubar da cama amanhã de manhã. 


—Ok... - me levanto e a abraço. - Eu te amo dona Ana. 


— Não adianta nada essa declaração. Se você não acordar eu te derrubo da cama mesmo assim ... 


— Eu sei que você também me ama... 


Já no quarto pego o celular pensando em ligar para o Daniel...


Mas assim que desbloqueio a tela, meu celular vibra em minha mão. 


Atendo no primeiro toque. 


— Eu acabei de pegar o celular para te ligar. 


— Bom saber que você também está pensando em mim. 


— Sempre estou pensando em você. 


— Eu gosto de saber disso. - escuto seu sorriso e isso me deixa com um sorriso bobo também. - Sei que nos vimos mais cedo, mas eu não quero que você vá viajar sem nos despedirmos direito. 


— Por isso resolveu ligar? 


— Não... Por isso, eu estou aqui em frente ao seu prédio. 


— O que? - me levanto surpreso. 


— Abre a porta pra mim que estou subindo. 


— Isso é sério? 


—Muito sério. - e assim ele finaliza a ligação.


Saio do meu quarto com o coração disparado. Não havia ninguém por ali. O que era mais do que bom... Mamãe e Gabriel estavam em seus quartos e se fossemos quietos o suficiente, eles nem precisariam saber que o Daniel estava aqui. 


Abro a porta e espero por ele. Assim que o vejo aparecer no corredor não consigo me impedir de sorrir feliz. 


Pego sua mão e faço sinal de silêncio. Vamos  o mais rápido possível para o meu quarto.  


— Você é louco sabia? - digo assim que tranco a porta. 


— Louco por você... - ele diz me abraçando e  logo já estávamos nos beijando. 


— Você sabe que eu preciso dormir cedo não sabe? - digo enquanto ele retirava a parte de cima do meu pijama. 


— Eu sei... Prometo ser rápido. - E assim caímos na cama. Rindo e tentando ao mesmo tempo não fazer barulho...





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