1. Spirit Fanfics >
  2. Através da noite >
  3. Capítulo 2

História Através da noite - Capítulo 2


Escrita por: scarletblood12

Notas do Autor


Pois é, pessoas. Voltei rápido com a atualização. Todo mundo de quarentena sem ter nada para fazer fez com que eu escrevesse mais rápido do que o normal.
Esse capítulo ficou um pouco grande, apesar de não acontecer exatamente MUITAS coisas, é o primeiro encontro de Chanbaek depois do que Baek andou fazendo heheheh
Espero, de coração, que vocês gostem!!!
Dúvidas, sugestões e críticas construtivas são sempre bem-vindas.
Peço que levem em consideração que é a minha primeira fanfic in a reaaaally long time, e a primeira chanbaek que eu escrevo. Então, tenham paciência comigo kkkkkkk

ENFIM!

Chega de falatório:

Capítulo 2 - Capítulo 2


Na manhã seguinte, acordei desnorteado. Tudo que eu havia feito na noite anterior ainda ocupava meus pensamentos. Cada sensação, cada vontade, cada imagem. Todas gravadas na minha mente como um quadro surrealista. Pedaços e mais pedaços de uma história que jamais poderia acontecer.

Meu corpo suava e eu sentia como se tivesse corrido uma maratona na noite anterior. Precisava levantar, precisava me ajeitar para ir ao aeroporto. Novo dia. Nova cidade. Novo show. Estava exausto e minha cabeça não estava no lugar. Olhei para o celular e percebi que acordei antes do despertador, apesar de ter ido dormir mais tarde do que deveria e mais cansado ainda.

Empurrei as colchas para o lado, não suportando o calor. Não adiantaria tentar voltar ao sono, eu já estava desperto demais para aquilo. Olhei para a tela do celular novamente, percebendo uma ligação perdida daquele que ocupava meus pensamentos. Embaixo, várias notificações de mensagem.

 

                   Park Chanyeol:

                  oi, me ligou?

                   não consegui atender na hora, foi mal cara

                   tá tudo bem?

                   já era bem tarde aí, né?

                   05:37 AM

Senti meu rosto esquentar ao lembrar o que eu fiz logo depois de tentar contato com Chanyeol, envergonhado. Apesar disso, senti uma leve pulsação no baixo ventre. Era como se meu corpo ignorasse o pensamento proibido, lembrando apenas que tinha sido bom pra caralho me masturbar pensando nele.

                   liguei

                   mano, sei lá

                   bateu a maior saudade de vocês

                   caralho, que merda, não aguento mais essa turnê

                   tô cansado pra porra

                   não vejo a hora de voltar pra coreia

                   07:33 AM                  

                   Park Chanyeol:

                   calma, cara, já tá acabando e logo tu tá de volta

                   relaxa aí

                   aqui tá tudo normal

                   ninguém tá sentindo tua falta não hehe

                   mas conta aí, como tá los angeles? fez o que ontem?

                   07:35 AM

Enquanto li a última mensagem de Park, senti meu coração pular uma batida. Por que eu estava tão nervoso? Não é como se ele pudesse saber o que eu tinha feito. No entanto, meus dedos coçavam com a vontade de confessar pelo menos uma parte do que tinha rolado. Estava curioso. Queria muito saber se ele já tinha se aventurado a ler o que escreviam da gente. Queria muito saber o que ele achava de tudo isso. Meus dedos tremiam levemente com a possibilidade louca de perguntá-lo sobre isso.

                   promete que não vai rir quando eu contar?

                   07:40 AM                  

                   Park Chanyeol:

                   tu sabe que é só tu falar isso que eu já automaticamente sei que vou rir pra caralho, né?

                   tô só imaginando as merdas que vem por aí.........

                   07:43 AM

                   cala a boca, fdp

                   então

                   não ri, tá?

                   é uma curiosidade válida, po kkkkkkkk

                   07:43 AM

                   Park Chanyeol:

                   fala logo, baek

                   tô curioso agora, desgraça

                   07:44 AM

                   então...

                   tu já leu alguma fanfic do exo por aí?

                   07:46 AM

Perguntei. Eu sentia uma gota de suor escorrer pela minha testa, eu estava muito aflito. Nunca pensei que fosse ficar tão nervoso de perguntar algo tão besta ao cara que eu considero meu melhor amigo. Eu encarava a tela do celular como quem espera a resposta do crush. Puta que pariu, que situação de merda.

                   Park Chanyeol:

                   papo? essa é tua grande pergunta, fdp?

                   porra, fez esse estardalhaço todo só pra me contar que leu uma fanfic nossa dando uns pegas?

                   meu deus, baekhyun kkkkkkkk tu é dramático pra caralho, não guento

                   07:50 AM

QUE? Puta. Que. Pariu.

Eu não conseguia parar de olhar horrorizado para a tela do meu celular. Às vezes eu esquecia como Park Chanyeol me conhece tão bem. Tentei fazer a pergunta da maneira mais discreta possível, sem ir direto ao que eu queria saber, mas com Yeollie não adiantava. Ele sabia exatamente sobre o que eu estava curioso. Eu não fazia ideia de como ia sair daquela. Ia negar até a morte que foi aquilo que eu quis dizer, mas já sabia que não funcionaria tão bem quanto eu esperava.

 

                   eu não falei nada disso!

                   nem li nada disso!

                   eu te perguntei se vc já tinha lido do exo em geral, seu idiota

                   07:50 AM

 

                   Park Chanyeol:

                   caramba, cara, você esqueceu com quem você tá falando?

                   chego a ficar ofendido com você achando que pode me enganar desse jeito

                   plmdds, baek, te conheço melhor que ninguém

                   e pra saciar tua curiosidade, claro que já li

                   achei que você também já tivesse lido faz tempo

                   por que isso do nada?

                   07:51 AM

 

Ele já tinha lido? E há muito tempo? Porra, isso era inacreditável. Quer dizer, então, que eu era o único afetado com tudo aquilo que eu li, né? Porque se Chanyeol tinha lido aquilo há tanto tempo e nunca demonstrou nenhuma mudança comigo, isso só poderia querer dizer que ele não sentiu porra nenhuma ao ler aquilo. Caralho, eu sou um grande otário por me sentir afetado.

Decidi ignorar a mensagem dele, pelo menos por enquanto. Já estava quase no horário de encontrar o resto da equipe para irmos ao aeroporto. Finalmente levantei da cama e comecei a arrumar tudo que precisava.

#

Uma semana já havia se passado desde que troquei aquelas mensagens com ele. Nunca o respondi. Tinha contato com ele apenas no grupo onde todos estavam. Não tinha coragem de explicar por que eu o perturbei com aquela questão. Na verdade, eu nem queria mais falar sobre aquilo. Decidi ignorar o que aconteceu naquela noite e fingir que nunca aconteceu. Nunca voltaria a acontecer mesmo. Tinha sido um lapso da minha cabeça. Acho que eu estava precisando transar mais do que imaginava, só pode ser.

Ando apressado com toda a equipe pelo aeroporto, finalmente a caminho de Seul. Não aguento mais viajar. Não aguento mais o entra e sai de avião. Nunca gostei de voar, ainda mais longas distâncias. Agora ainda seriam tantas horas até chegar em Seul. Pelo menos eu poderia dormir, mesmo sabendo que é muito improvável que eu consiga por mais do que poucas horas.

Estou ansioso, também, com a chegada. Quando encontrar os moleques, não vai ter jeito. Com certeza, Chanyeol vai tocar no assunto das mensagens. Ele não larga o osso e, teimoso do jeito que é, vai me encher o saco até contar o que me levou àquilo. Eu já tô pensando em diversas desculpas para dar, mas todas parecem muito sem sentido e completamente esfarrapadas. Ele seria capaz de enxergá-las a quilômetros de distância.

#

Olho fixamente para o espelho do banheiro do meu apartamento. Sei que estou atrasado, mas não consigo me mover, nervoso demais para sair de casa. Todas essas sensações estavam me deixando maluco. Há dias que eu sentia meu corpo esquentar ao lembrar do que estava escrito naquelas fanfics, por mais que eu tentasse, com todas as forças, fingir que nunca as li. Mano, que isso. Não é possível que eu tô tão ansioso assim para encontrar uma pessoa que convivi por uma penca de anos.

— Caralho, Baekhyun, para com essa merda, tu tá agindo igual um maluco, mano — disse, ainda encarando meu reflexo no espelho.

Piscando lentamente, verifico minha roupa pela milésima vez, me certificando de que não tinha nada fora do lugar. Por fim, saio do banheiro e vou em direção à saída. Perto da porta, pego minhas chaves e minha carteira, colocando no bolso e andando em direção à pequena sapateira. Calço meus tênis e saio de casa.

Esperando o elevador, sinto meu bolso vibrar incessantemente. Sem dúvidas, eram os meninos querendo saber onde diabos eu tô. Chego ao estacionamento, entro no meu carro, já colocando o cinto e dando partida. Acelero e vou em direção à casa de Junmyeon.

Alguns minutos depois, tô eu aqui parado na porta esperando que ele abra. Assim que vejo o líder, sinto como se um grande peso saísse de cima de mim. Ali, com ele e com meu time, me sinto calmo, como não me sentia em muito tempo. Eu não preciso mais me preocupar tanto quanto quando estava com a SuperM. Ali, eu estou em família. Fico em paz.

Vou entrando no apartamento após dar um abraço rápido mas apertado no hyung, removendo meus sapatos e adentrando mais na casa. A sala com uma iluminação baixa já está cheia, aparentemente todos já tinham chegado. A janela grande no fundo oferece uma vista majestosa das luzes da cidade. Na frente dela, sentado em uma poltrona cinza espaçosa, está Chanyeol me encarando com um sorriso travesso. Perpendicular a ele, em um sofá grande também da mesma cor, já estão Sehun, Jongdae e Jongin, conversando animados. Junmyeon entrou na casa na minha frente, já exclamando:

— Olha quem resolveu dar o ar de sua graça — disse alto, fazendo os outros virarem e me encarar com um grande sorriso.

— Achei que a princesa não ia chegar nunca — disse Jongdae, levantando junto com os outros e vindo em minha direção.

De repente, estava cercado por todos eles falando ao mesmo, perguntando dos lugares que fui e como foi a turnê. Finalmente estou em casa.

Abraço, sorrio, brinco e dou gargalhadas com todos eles como não fazia há tempos. A bebida também não para. A sensação era que estávamos todos dispostos a termos uma noite das antigas, bebendo até ficarmos completamente loucos.

Em nenhum momento, converso apenas com Chanyeol, apesar do mais novo me dar um abraço quando chego mais perto, fazendo meu coração pular uma batida, culpado por meus pensamentos. Quando sento no sofá espaçoso, ele faz questão de sentar comigo. Perto. Perto até demais. Quanto mais tempo passa, mais o sinto próximo. Sua perna roça na minha de vez quando e sei que é sem querer, então eu faço de tudo para ignorar o quão quente é.

Enquanto converso com eles sobre a turnê, virado um pouco de costas para o Chanyeol, rindo das coisas que aconteceram, sinto seu braço passar por trás dos meus ombros e se apoiar sobre a minha clavícula. Olho para o lado discretamente e o percebo rindo de algo que Sehun conta. Sinto sua mão pressionar forte em mim, como se me estivesse me puxando parar encostar nele. Ouvindo Sehun e rindo também, encosto levemente, fingindo costume. Na verdade, era costumeiro ficarmos juntos assim e eu nunca liguei, então por que agora meu coração bate tão acelerado e meu corpo está completamente tenso?

Depois que minhas costas encostam no lado direito do peito dele, continuo seguindo a conversa com os outros garotos, tentando relaxar. Até sentir a ponta dos dedos dele fazendo um carinho leve no meu pescoço. Olho para trás assustado, vendo-o com uma expressão séria, prestando atenção no que estão falando, e percebo que ele nem deveria saber o que estava fazendo.

Repentinamente, Sehun levanta e joga um pacotinho retirado do bolso traseiro em cima da mesa. Eu já sabia do que se tratava e já estava esperando a hora que alguém ia brotar com um daqueles ali. Na mesma hora, Chanyeol se desvencilha de mim e se aproxima da mesa, retirando um pacote de seda e outras coisas de dentro do bolso.

— Caramba, finalmente! Achei que ia ficar sóbrio hoje — diz Chanyeol, rindo malicioso.

Pisquei e ele já tinha começado a apertar um. Não sei se eu tô a fim de fumar hoje, mas talvez seja bom para me ajudar a relaxar. Não aguento mais me sentir tão tenso perto do meu melhor amigo. Achei que estar ao lado dele não seria nada demais, mas meu cérebro não para de conjurar imagens obscenas de nós dois. Quando ele se curvou um pouco para frente para pegar o pacotinho, levantando a bunda do sofá e ficando empinado, meu olhar foi diretamente até lá. A vontade de apertar nunca foi tão forte. Respiro fundo, virando pra frente e fechando os olhos.

— Tá tudo bem? — ouço Jongin sussurrar no meu ouvido. — Você tem andando meio aéreo, cara, tem certeza que tá tudo bem?

— Tô de boas, Nini. Relaxou — respondo, sussurrado também. Não quero que ninguém ouça e acabe pegando no meu pé.

Quando olho para o lado, vejo Jongdae levantando para apagar as luzes. Já estamos acostumados com a necessidade dele de ficar no escuro para relaxar enquanto fuma. No mesmo momento, Junmyeon troca a playlist para uma cheia de vozes como The Weeknd e Frank Ocean. Era nossa playlist de ficar chapado.

Sentindo de novo a coxa de Chanyeol pressionar minha perna, percebo, pela primeira vez, como aquele ambiente, com aquela música, pode ser sensual. Mas todos continuam conversando tranquilamente, às vezes cantando. Eu sou o único que continua tenso.

Chanyeol acende o baseado, tragando fundo e me passando. Porra, o filho da puta é sexy até puxando e soltando uma fumaça... Percebo que fiquei mais tempo do que o suficiente o encarando quando ele levanta uma sobrancelha e me dá um sorrisinho de canto.

— O que foi, Baek? — ele pergunta, parecendo malicioso.

— O que, Chanyeol? — respondo, fingindo não saber do que está falando. É melhor do que admitir que estava encarando a fuça sensual dele. Olho para frente e levo o baseado aos lábios, puxando uma tragada leve. Fecho os olhos e prendo a fumaça por alguns segundos, depois solto. Passo para Jongin.

Sinto a mão de Chanyeol que estava atrás de mim no encosto do sofá se embrenhar nos cabelos da minha nuca e, na mesma hora, um arrepio corre pela minha espinha, me fazendo tremer levemente, impossível de passar despercebido, junto com um gemidinho assustado que se desprende da minha garganta sem aviso. O mais alto chega mais perto de mim, dando uma risadinha e sussurrando no meu ouvido:

— O que você tem, hein? Tá assim porque tá pensando naquelas fanfics?

— Eu não faço ideia do que você tá falando, cara — falo rindo nervosamente, tentando disfarçar mas sabendo que tô falhando. De canto de olho, percebo que ele continua me olhando com aquele sorrisinho e fazendo carinho na minha nuca. A vontade de enfiar a mão naquela cara até desfazer aquele sorriso endiabrado é grande. Aquele carinho começou a acordar partes do meu corpo que deviam continuar adormecidas.

— O que vocês dois tão cochichando aí, meus consagrados? Compartilhar com a gente ninguém quer, né? — disse o maknae, com um sorrisinho bem malicioso. Claro que era Sehun que perceberia. Parece que o mais novo tem a porra de um radar que apita toda vez que eu e Chanyeol estamos tendo uma conversa privada.

— Nada, meu filho. Se mete aqui, não — todos riem, o baseado já começando a fazer efeito.

Na segunda tragada, ouvindo “High For This”, eu percebo que ficar chapado não vai adiantar merda nenhuma na minha situação. Sim, eu estou mais relaxado. Isso quer dizer que eu já não tô mais me importando de sentir um tesão incontrolável pelo meu melhor amigo, que não para com aquela porra de mão na minha nuca, às vezes até usando as unhas de levinho.

"You don't know what's in store
But you know what you're here for
Close your eyes, lay yourself beside me
Hold tight for this ride
We don't need no protection
Come alone, we don't need attention
Open your hand, take a glass
Don't be scared, I'm right here
Even though, you don't roll
Trust me girl, you wanna be high for this

Take it off, you want it off
Cause I know what you're feeling
It's okay, girl, I feel it too
Let it be, baby, breathe
I swear I'm right here
We'll be good, I promise, we'll be so good"

O silêncio começou a predominar na sala. Jongin, ao meu lado, já está de olhos fechados e com a cabeça encostada no sofá. Jongdae, no chão, mexe no celular quieto, provavelmente falando com a noiva. Sehun murmura a letra da música. Junmyeon, na ponta direita do sofá, tá igualzinho ao Jongin, desmaiado. Quando olho para o lado esquerdo, Chanyeol me encara com os olhos pequenos.

Eu não tô conseguindo entender o que tá acontecendo. Ele está agindo mais estranho do que o normal, parecendo querer flertar comigo. O que não é novidade, ele tem essa mania, mas sempre foi muito mais engraçado do que efetivamente sensual. Seus olhos meio fechados me encaram diferente, percorrendo todo o meu rosto. Incomodado, levanto do sofá, seguindo em direção às escadas. Sinto o olhar de Chanyeol em mim como uma chama, mas ignoro, sem olhar para trás nenhuma vez. Subo as escadas em direção à varanda do segundo andar. Preciso de ar, preciso me afastar dele antes que eu enlouqueça e faça o que eu realmente quero, ali, na frente de todos.

Ao chegar na varanda, apoio os braços no parapeito, sem nem me importar com o vento frio que sopra na noite. O que eu tô fazendo? Eu não quero que ninguém perceba o que está acontecendo comigo, muito menos Chanyeol. Minha cabeça já estava completamente nublada. O mais confuso para mim não é o fato de estar sentindo tesão num cara. Honestamente, não é a primeira vez e eu sempre fui muito aberto comigo mesmo para ter pudores nessas horas. O que tá me deixando confuso é o fato de ser logo ele. E por que agora, depois de tantos anos? É tudo culpa daquela maldita fanfic! Eu nunca mais vou ler nada daquilo, ou eu corro o risco de esfolar meu pau com tanta punheta que eu vou bater. Seria engraçado se não fosse trágico.

De repente, sinto uma presença atrás de mim. Olho para trás por cima do ombro, sem me mexer muito. Chanyeol está encostado na porta da varanda, de braços cruzados, me olhando sério.

— Será que podemos conversar agora ou você vai tentar fugir? Acho que esquece que sou seu melhor amigo, então conheço teus métodos de evasão — ele diz, suspirando frustrado. É perceptível o quanto ele está incomodado com o fato de eu estar mais frio do que o normal. Como eu pude achar que eu ia conseguir enganá-lo? Aff.

— Pra que, se você já sabe por que estou assim? — culpo o baseado que eu fumei pelo fato de estar tão relaxando que não estou ligando de ser direto.

— Então você realmente tá estranho por causa daquelas fanfics? Qual é, cara, você já sabia que as fãs shippam a gente juntos, tamo cansado de fazer fan service. Não tô entendendo qual é a tua agora e nem por que tá se incomodando com isso — ele diz, já parecendo agoniado, chegando mais perto de mim.

— Uma coisa é saber, outra totalmente diferente é ler aquilo. Nunca pensei que fosse ser tão explícito. — respondo, sem graça, olhando para o lado oposto. Passo uma mão pelo rosto, jogando o cabelo para trás, frustrado e cansado e com um tesão do caralho.

— Peraí... peraí. Volta aí, calma... — percebo que ele respirou fundo, tentando colocar os pensamentos em ordem. — Isso tá me deixando um pouco... confuso. Baek... o que você andou lendo?

Virando o rosto e olhando para ele surpreso, eu pergunto:

— Você não disse que já tinha lido? — aflito, com os olhos arregalados, sinto que estamos falando de coisas diferentes, completamente diferentes.

— Ué, já, mas a gente só dava uns beijos na que li. Honestamente, — Chanyeol revira os olhos enquanto fala — nada demais para você estar surtando. Mas parece que não foi só isso que você leu, né? — ele pergunta, sorrindo arteiro.

Volto a encarar a cidade e, rindo nervoso, respiro fundo e respondo baixinho:

— Bom, não...

— O que você leu? Tô curioso, agora vai ter que me falar.

— Ah, Chanyeol... Deixa isso pra lá... Era só curiosidade... Qualquer dia tu pesquisa, pô — falo um pouco ríspido, tentando acabar com aquela conversa.

— Você não quer me falar, então vou ter que procurar mesmo, apesar de já ter uma noção do que se trata... Ficou com tesão? — ele pergunta, irônico, me olhando com aquela cara de quem tá me zoando. Mas será que ele estava zoando mesmo? Nunca consigo dizer quando ele está brincando mesmo e quando ele está apenas... flertando.

— Quê? Não viaja, cara, pelo amor de Deus — respondo, enquanto reviro os olhos. —  Quer saber? Tô cansadão, acho que vou partir — digo, já virando e andando em direção à porta da varanda.

— Ah, não... Dorme aqui, hyung — de repente, a voz manhosa de Chanyeol se faz presente, me mostrando que, apesar de tudo, ele ainda é meu melhor amigo carente.

— Não vou dormir contigo hoje, tô cansado demais, quero minha cama — respondo, já descendo as escadas. Sinto Chanyeol segurar meu braço, me puxando e subindo de novo. Quase tropeço tentando segui-lo. — Moleque, o que tu tá fazendo?

— Te levando pra dormir. Vai ganhar cafuné, para de fingir que não tá com saudade porque tu não me engana — ele fala, jogando um sorriso travesso por cima do ombro enquanto continua me puxando em direção a um dos quartos.

Desisto de resistir, eu tô realmente cansado demais para dirigir e ainda um pouco chapado. E Deus sabe que quando Chanyeol enfia algo na cabeça é impossível tirar. Não é como se fosse a primeira vez que fossemos dormir juntos, já era um costume entre todos nós. O único problema é que, dessa vez, eu não sei se conseguiria controlar meus hormônios estando na mesma cama que ele, sentindo aquele corpo grande e quente todo em cima de mim, como ele gostava de dormir. Só de pensar, já sentia meu pau dar sinais.

Puta que pariu, que merda eu tô fazendo com a minha vida?

 

 


Notas Finais


Não me odeiem?
O próximo capítulo vai ser do POV do Chanyeol!

Beijos e até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...