De um lado, um general demasiado jovem ruminava sobre as estratégias que utilizaria em suas campanhas futuras. Do outro, uma senadora, que em tenra idade adentrara o arriscado e corruptor jogo da política, buscava conseguir apoio para a sua causa atual.
Duas lutas. Duas verdadeiras guerras.
Uma numa destroçada arena de batalha na Orla Exterior, outra dentro da enorme câmara senatorial em Coruscant.
Duas mentes desligadas de todo o resto fora dessas duas atmosferas.
Centravam-se apenas em suas respectivas realidades.
Ao contrário de rotações atrás...
O homem passeava as mãos pelo corpo pequeno e voluptoso da mulher enquanto a beijava sofregamente. Trocavam carícias inundadas de uma paixão reprimida e secreta... Depois de noites sem os toques um do outro, a saudade estava quase morta, seu poço secando.
Ele ia fundo dentro dela, segurava sua cintura e a apertava em meio às contínuas e consecutivas penetrações. A mulher intentava alcançar os lábios macios e reconchudos do seu homem mesmo estando de costas para ele no leito de lençóis brancos e desalinhados, e com a flexibilidade de anos de treinamento para defesa pessoal, obteve um sucesso merecido. O desejo logo cessaria.
Invertiam posições. Ela por cima e ele por baixo, numa deliciosa cavalgada. Ele por cima e ela por baixo, com o mesmo arrementando-se desesperada e fervorosamente para seu interior, quase de modo selvático. A melodia de seu ato de amor preenchia o que era para ser um silêncio gritante numa suíte terrivelmente mal iluminada sob o crepúsculo de luzes néon da enorme e mágica cidade ao redor. A exaustão do momento conduzia seus corpos cobertos por película lustrosa de suor, marcando os fios grudados na tez e fazendo-os rubros, ao relento, à languidez.
Era o suficiente para aquelas duas almas apaixonadas.
"Eu te amo Ani."
"Eu também te amo Anjo."
A noite fora selada com juras de afeto eterno.
E um novo dia propiciado sem qualquer troca de olhar ou qualquer outro tipo de reconhecimento. O que se esperar de uma união sigilosa?
E desse jeito fora até o fim. O fim do homem, da mulher, do general, da senadora, de Anakin e de Padmé, de Ani e do Anjo.
Até sobrarem apenas as cinzas do que foram os sentimentos de ambos.
Mas não se entristeçam. Em um certo momento, posterior a milhares de instantes mórbidos, eles se reencontraram.
Através das Estrelas.
As tais cinzas se tornaram uma fantástica ponte arco-íris na infinidade do Universo, no objetivo de que se vissem, se tocassem e se amassem.
E assim foi.
Eles percorrem por sobre a ponte até alcançarem um ao outro na metade dela, em meio a tantos astros, entre uma miríade de mundos e todas as almas que viveriam, viviam, já tinham vivido suas próprias histórias. A união dos dois nunca mais seria sigilosa.
E agora, depois de tanto tempo vagando pelas Força's, a Viva e a Cósmica, eles tinham certeza de várias e montes de coisas antes voláteis além da conta para afirmarem como fatos. No entanto, aqui estavam:
A saudade nunca morreria.
O desejo nunca cessaria.
Os corpos nunca ficariam exaustos.
E nunca seria o suficiente para aquelas duas almas apaixonadas.
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