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História Através das lentes in New York Vol.2 - Acerto de contas


Escrita por: MaraRubiaLian23

Capítulo 25 - Acerto de contas


Ele abriu os olhos e sentou-se impulsivamente, fazendo com que todos se assustassem. Zhan sentiu o coração acelerado no peito. Olhou em volta e tentou encontrar Yibo.

Os amigos o cercaram, preocupados com seu estado e antecipando a briga que seria para mantê-lo naquela sala.

― Onde está meu marido?

― Calma, Zhan! Eles sabem o que fazem, você precisa confiar.

Entre lágrimas lembrava dos corpos dos seus funcionários. Só de imaginar que Yibo corria perigo, sua mente entrava em colapso.

― Calma? Cheng você não tem noção do que eu vi! Os corpos dos nossos amigos ao chão dentro de poças de sangue. Realmente você quer que eu tenha calma?

Ficou de pé tentando sair da sala, mas foi impedido por Cheng e Lan Xichen.

― Me larguem! Eu vou atrás do meu marido de qualquer jeito.

― Desculpa Zhan, mas por nós você não passa! ― Lan Xichen foi categórico.

O homem era um armário perto dele. Sabia que seria impossível sair. Só lhe restaram as lágrimas e orar.

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Yibo encontrou mais corpos pelo caminho. Só não se deixou abalar porque a adrenalina que corria em seu corpo, o impulsionava a seguir. Precisavam parar os assassinos!

Nem percebeu que aquele corredor dava a volta no andar. Andava sem fazer barulho, o mais rápido que era possível. Pôde ouvir ao longe a voz alterada de Yin Meng.

Com os olhos brilhando por encontrar seu alvo, Takeshi puxou Mo Yuan para si e colocou a arma na sua cabeça. Um sorriso perverso brotou em seus lábios.

― Ora, ora! Veja, o teu maridinho chegou! ― Takeshi era puro sarcasmo.

― LARGA ELE AGORA OU EU ESTOURO OS SEUS MIOLOS! ― Yin Meng apontava a pistola para ele.

― O que te faz pensar que eu não faço isso primeiro com teu marido? Vai pagar para ver?

Ele era experiente! Sabia que não tinha saída naquele momento. Num gesto de rendição, levantou as mãos para cima.

― Joga a arma e fica de joelhos! ― Takeshi foi direto.

Chorando desesperado, Mo Yuan se contorcia sob o aperto daquele assassino. Ver seu marido tão vulnerável era desesperador. Temia pela vida deles. O que seria de seus filhos?

Fazendo exatamente o que fora mandado Yin Meng tentou negociar.

― Por favor, deixe-o ir! Você já tem a mim, não vou resistir, me mate. Liberte meu marido!

― NÃO! ― Mo Yuan gritou sem acreditava no que ouviu.

― Eu vou te matar, não se preocupe! Mas não vou libertá-lo e sabe por quê? Você mexeu com quem não devia!

Com os olhos arregalados, Yin Meng começava a entender o que estava acontecendo ali. Não haviam mais dúvidas, Wen Zhuliu era o misterioso chefe dos Sǐwáng.

― Vejo pela sua expressão que entendeu! Por liderar os Fēngkuáng no massacre aos meus irmãos da Sǐwáng, foi sentencia e condenado a morte, mas não antes de ver morrer quem você mais ama!

Ao ouvir as palavras de Takeshi, Mo Yuan ficou em choque. Saber que seu marido foi responsável por tantas mortes foi a gota d'agua. Seus olhos ao encarar o homem ajoelhado a sua frente continham toda tristeza que era possível ser carregado em um só coração.

A morte já não parecia nada ruim aos olhos de Yin Meng. Ver a forma que seu marido o encarava acabou com ele. Sabia que jamais seria perdoado daquele pecado!

― Eu te imploro! Ele é inocente e não tem nenhuma ligação com meus crimes.

Rindo alto, Takeshi apreciava muito ver aquele homem se humilhando.

― Você não passa de um bandidinho de merda que se acha grande coisa. Um inseto que eu esmago com minhas botas. Para você não há piedade, não adianta se humilhar! Diga adeus!

― NÃO POR AMOR DE DEUS, NÃO!

― Antes me diga, onde encontro o Yibo?

― AQUI! ― Yibo gritou.

Takeshi se assustou, largando Mo Yuan que caiu ao chão. Tentou atirar em Yibo, mas ele foi mais rápido.

Acertou vários tiros no peito de Takeshi. Yibo sentiu o impacto em sua perna. O homem conseguiu acertar um único tiro nele.

Naquele momento a polícia invadia o local. Foi uma confusão generalizada.

Yin Meng correu até Mo Yuan. Takeshi caído ao lado deles falou algo que os deixou estarrecidos.

― Outros virão! Sua cabeça está a prêmio, tua morte é só questão de tempo. Por sua causa, todos que ama vão morrer!

Yin Meng em um ato de desespero começou a socar o homem já sem vida. Foi preciso os policiais para tirá-lo de cima do corpo.

Mo Yuan assim como Yibo foram atendidos pelos paramédicos e tirados dali. Yin Meng se recusava a receber atendimento.

Para colocar um pouco de ordem aquele caos, a investigadora Nina se juntou ao grupo.

― Yin Meng, se você não for para o hospital cuidar dos seus ferimentos, vai para delegacia prestar esclarecimentos!

Sem alternativa ele se acalmou um pouco e seguiu com os paramédicos até o hospital.

Nina ficou só observando ele sumir das suas vistas. Ela ouviu perfeitamente as últimas palavras de Takeshi. Agora ela sabia que Yin Meng era o motivo daquele ataque.

Como ele andava com Katsuo, era lógico que aquilo era uma vingança dos Sǐwáng. Takeshi sendo empregado de quem era só provava uma coisa, O grande e poderoso líder daquela facção era Wen Zhuliu!

Só faltavam as provas. Nina suspirou e continuou seu trabalho atrás de evidências. Ela cuidaria mais tarde de Yin Meng, ele estava sendo muito bem vigiado por policiais.

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No hospital, Zhan pode encontrar Yibo somente após a cirurgia para retirar a bala de sua perna. Foi informado que apesar do acontecido, ele estava bem.

Também permaneciam em cirurgia a pequena Emma e Chloe, que milagrosamente sobreviveram ao tiroteio.

Ao total foram 28 vítimas, todos eram funcionários da Produtora Ying. Os principais tabloides de notícias estavam enlouquecidos com os acontecimentos. Tanto a Produtora como o hospital, estavam cercados pela imprensa e também por policiais.

Lan Xichen, Ying Cheng e Mian Mian ficaram na Produtora. Aquilo parecia um cenário de guerra. Ver os corpos saindo em sacos pretos acabou com Cheng. Cada um daqueles homens e mulheres eram como se fossem sua família. Seu coração estava de luto, sua alma estava quebrada. Se não fosse a presença e o apoio de Lan Xichen ele enlouqueceria.

Kumiko que estava fora com a equipe de filmagem, entrou em pânico ao saber da tragédia. Conseguiu falar com Mian Mian pelo celular, serenando um pouco. Na Produtora ela não conseguiria entrar, então resolver ir para o hospital ajudar os amigos.

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A situação de Mo Yuan era lamentável. Se negava a tomar calmante sem antes falar com Meng. Zhan e Kumiko em vão tentavam acalmá-lo.

Assim que foi liberado, Yin Meng rumou para o quarto de seu marido. No momento que os olhos dos dois se encontraram o clima naquele lugar mudou drasticamente.

Nem Zhan, nem Kumiko faziam ideia o que acontecera. Por este motivo, não entenderam por qual razão Mo Yuan ficou visivelmente transtornado.

Chegara a hora que Meng tanto temia. Seus pecados tinham sidos expostos da pior maneira possível.

O menor levantou da cama ficando diante dele. Sob os olhares interrogativos dos amigos ele deu uma bofetada no rosto de Yin Meng.

― Amor, me deixa explicar! ― Meng estava quase implorando.

― Não tem explicação! Estamos condenados por conta dos seus crimes. O que será dos nossos filhos? Eu te pedi tanto, implorei para largar essa vida, mas foi tudo em vão.

Sem entender nada, os dois amigos continuaram sentados onde estavam sem dar um pio.

― Maldito o dia que te conheci, que você entrou na minha vida.

― Não fala isso amor! Você e as crianças são meu mundo! ― ele tentou tocar Mo Yuan, mas ele se afastou.

― Não me toque com essas mãos sujas de sangue. Eu quero você longe de mim e dos meus filhos.

Ninguém, absolutamente ninguém conseguia acabar com Yin Meng como Mo Yuan. Ao ouvir aquelas palavras sua vida perdera o sentido. Nunca permitiria que sua família sofresse pelos seus erros. Sabia o que fazer, como acabar com aquilo.

Pegando Mo Yuan de surpresa o puxou para si lhe envolvendo em um abraço apertado. Com os olhos fechados e emocionado falou:

― Meu amor por você nunca foi uma mentira. Eu te amei com todas as minhas forças assim como meus filhos. Vocês ficarão seguros, eu juro pela minha vida! ― Beijou o menor com tanto amor que por alguns segundos Mo Yuan até correspondeu.

O menor conseguiu se soltar e empurrar seu marido. Assustou-se ao olhar para ele, não parecia mais ser o Yin Meng que ele conhecia. Seus olhos estavam opacos, sem vida. Deu alguns passos para trás.

O olhando para os amigos, Meng tinha lágrimas nos olhos e a voz um pouco mais baixa que o normal.

― Por favor, cuidem deles por mim. Obrigada por tudo!

Zhan e Kumiko só concordaram com um breve aceno. Eles estavam perdidos no meio daquela discussão sem saber o porquê daquilo tudo.

Acabando com a curta distância que os separava, Mo Yuan se aproximou novamente. Tirou sua aliança e colocou na mão de Meng.

Ele olhou para joia e fechou a mão com força. Levantou o olhar encarando aquele homem que ele tanto amava.

― Adeus! ― foi tudo o que conseguiu falar. A dor que sentia em seu peito estava o sufocando.

Saiu apressado do quarto sem olhar para trás. Notara os policiais naquele andar, mas aquilo jamais seria capaz de segurá-lo.

Em poucos minutos já estava no estacionamento do hospital. Escolheu o carro mais veloz que conseguiu encontrar. Com sua experiência desativou o alarme e abriu com facilidade a porta do automóvel, fazendo uma ligação direta. Mandou uma breve mensagem antes de sair.

Seu destino era um só, encontrar Wen Zhuliu. Fez o emparelhamento do seu celular com o sistema Bluetooth do carro, precisava das mãos livre. Com apenas alguns telefonemas, descobriu a localização dele. Estava indo em direção ao Brooklyn na península de Long Island. Atualizado de tempo, em tempo não demorou para encontrou o comboio dos carros dos seguranças de Wen. Eram dois ao total.

O que Yin Meng não sabia, era que a polícia estava a caminha. Através das câmeras descobriram o carro que ele roubou para sair do hospital e acionaram o rastreamento do GPS.

Antes de se aproximar do seu alvo, Meng fez mais uma ligação. Ao ouvir a voz de Katsuo ele foi breve e sem rodeios.

― Alô!

― Katsuo, pela nossa amizade e por tudo o que fiz por você, quero lhe fazer um pedido.

Notando ter algo muito errado só pela voz do amigo, Katsuo não perdeu tempo.

― Faço o que você quiser se me disser exatamente onde está agora?

Como seria impossível para Katsuo fazer qualquer coisa para impedi-lo, foi sincero pela última vez.

― Estou atravessando a ponte de Verrazano-Narrows Bridge. Antes que você pergunte, vou interceptar o carro Wen Zhuliu e de seus seguranças. Ele não vai parar enquanto eu estiver vivo.

― Venha ao meu encontro. Juntos pensaremos em algo, não faça bobagem!

― Cuida da minha família e dos meus amigos por favor! Faça por mim o que eu faria por você!

― Yin Meng, me ouça por favor!

― Conto com você! Adeus meu amigo.

Podia ouvir sirenes se aproximando. Yin Meng acelerou alcançando os três veículos que ocupação a pista central. Wen estava no carro do meio. Ele ultrapassou todos pela direita os alertando da sua presença. Com uma manobra brusca atravessou na frente dos três. O primeiro carro dos seguranças foi obrigado a puxar para o lado para não bater fazendo o motorista de Wen frear bruscamente.

Ao olhar para frente, Wen pode ver Yin Meng colocando o braço para fora. Com um gesto obsceno, mostrou o dedo para ele.

― WEN ZHULIU, VAI SE FUDER SEU FILHO DA PUTA! ― Meng gritou o mais alto que seus pulmões permitiram.

Saiu dali em disparada, sendo perseguido pelos carros dos seguranças.

Wen Zhuliu estava furioso. Aos berros ordenou que os seguranças matassem Yin Meng. A sua ordem foi passada rapidamente aos homens dos outros carros.

Com lágrimas nos olhos e pisando no acelerador, seu último pensamento foi direcionado para o sorriso encantador do seu sorvetinho, a memória do som da risada de seus filhos, o abraço apertado de seu irmão (Fei Yibo).

Puxando o volante do carro bruscamente, perdeu o controle. Capotou diversas vezes. Sua velocidade era tão alta que o carro voou caindo em queda livro nas águas do rio Hudson.

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Por horas seguidas foram feitas buscas, pela Guarda Costeira e por policiais nas margens do rio. O estreito The Narrows era onde acontecia o encontro das águas do rio com o oceano, dificultando a situação.

Mergulhadores encontraram o carro no fundo do rio. Como as janelas estavam abertas, chegaram à conclusão que o corpo saiu por ali.

Nina saiu da produtora direto para o local do acidente. Fez questão de falar pessoalmente com Wen Zhului. Lógico que ele se pousou de vítima, deixando bem claro que não fazia ideia porque daquela atitude por parte de Yin Meng, que não sabia ser ele naquele carro e mais uma meia dúzia de bobagens. Ela tinha vontade de socar a cara daquele bandido.

Só lhe restou liberar Wen Zhului. Era uma sensação horrível saber a verdade e não conseguir provar.

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Mo Yuan não teve condições, nem coragem de contar a verdade a Zhan e Kumiko. Assim que o marido saiu, ele se desesperou, chorando sem parar. Ele lutava internamente contra ele mesmo. Precisava se afastar de Yin Meng, mas o mero pensamento da separação era insuportável.

Temia pela segurança do maior. Ao lembrar do olhar dele uma sensação ruim se apoderou de seu coração. Ele faria alguma loucura para os proteger, isso era a única certeza que ele tinha.

Quase a força foi lhe aplicado um forte calmante antes que seu corpo entrasse em colapso.

Yibo saiu da cirurgia e foi colocado no quarto ao lado. Para alívio de Zhan ele estava bem, a cirurgia foi um sucesso. Só estava ainda sob efeito da anestesia.

Já era tarde da noite quando Nina bateu na porta do quarto de Mo Yuan. Ele continuava dormindo, provavelmente acordaria só pela manhã.

Somente Kumiko e Mian Mian estavam ali naquele momento. Nina as cumprimentou. Elas notaram a expressão carregado, da investigadora e a formalidade em suas palavras.

Kumiko sabia ser algo muito ruim e que provavelmente envolvia Yin Meng.

― Sinto muito informar, Yin Meng se acidentou na ponte Verrazano-Narrows Bridge. Seu carro caiu no rio e apesar das buscas intensas, ainda não encontramos seu corpo.

Kumiko começar a chorar e gritar. Repetia que aquilo era mentira.

No outro quarto, Zhan cuidava de Yibo que já havia despertado. Ao ouvir o choro e a voz de Kumiko pediu que Yibo não se mexesse e saiu em direção as vozes.

Assim que entrou no quarto, pôde ver a garota chorando abraçada em Mian Mian que se encontrava igualmente emocionada.

― O que está acontecendo aqui? ― Zhan perguntou olhando para Nina.

A investigadora o fez sentar e explicou o acontecido. Com os olhos marejados, ele olhou para seu amigo que dormia alheio a tudo.

― Meu Deus! Ele não vai suportar!

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