História Através do tempo - Tomione - Positivo

Tom Riddle

Ela estava com a varinha apontada para meu peito, mas não me movimentei, apenas continuei a encará-la. Ela estava com uma aparência cansada que eu não havia notado antes, seus olhos cheios de lágrimas. De alguma forma, isso me quebrava por dentro, mas não demonstrei nada.

- Vamos seu inútil, lute comigo. Não vou atacar um homem desarmado.

Apenas suspirei e saí pela porta deixando ela sozinha na sala. Não estava com cabeça para loucuras agora, ela poderia me entregar, mas sei que não faria isso. Ela pode negar, mas está apaixonada por mim. Isso estava claro. Enfiei as mãos no bolso e saí para o jardim, estava um dia frio, dando um ar melancólico a toda a situação. Isso significaria que ela ia embora, e eu não sei se estou pronto para isso. Eu definitivamente não a deixarei ir embora. Precisava bolar um plano. Ela pode ser muito útil.

Hermione Granger

Ele me deixou para trás, perplexa. Eu não tinha coragem de atacá-lo pelas costas, sentei em uma das cadeiras da sala e comecei a chorar. Mesmo que eu quisesse ser forte, nesse momento eu precisava deixar tudo sair para seguir em frente. Isso com certeza me daria forças para ajudar Harry a derrotá-lo com tudo o que eu pudesse.
Levantei dali, não ia chorar, pela milésima vez eu disse a mim mesma. Segui para o salão comunal dos monitores para arrumar minhas malas, mas o destino me sorriu e Minerva me apareceu.

- Mione, o que houve? - disse me abraçando. Eu retribui seu abraco e a puxei para meu quarto, na torre dos monitores.

- Abaffiato. - virei para Minerva e ela me olhava com um ar questionador.

- Mione, foi o Riddle de novo? Eu vou cruciá-lo. - disse ríspida. O que me fez rir, era engraçado o quanto Minerva era protetora comigo.

- Não Minnie - Disse sentando na cama, estava cansada, apesar de ter dormido bastante, parece que eu passei 5 noites em claro - Eu preciso te contar uma história.

Contei tudo a ela, sobre vim do futuro, tudo o que aconteceu comigo para me trazer até aqui, só deixei de fora a parte de Riddle ser o Lord Voldemort. Ela escutou sem dar nenhum pio. No fim, ela estava me abraçando e eu me sentia aliviada.

- Minnie, por favor, posso dormir na torre? Até eu ir embora...

- Eu não quero que vá embora, Mione - ela em olhou chorosa. Eu estava tão sentimental que me segurei para não chorar junto.

- Eu não pertenço a este tempo, Minnie.

Ela apenas assentiu.

- Não vamos ter privacidade com aquelas mocreias. Vou trazer minhas coisas para cá e eu durmo aqui.

- Tudo bem, Minerva.

Ela ia saindo do quarto, mas se virou:

- Quando você vai voltar, Mione?

Suspirei.

- Em uma semana.

Ela apenas baixou os olhos em compreensão e saiu do quarto, e em seu lugar, um furacão revolto entrou.

- Você vai embora em uma semana? - Era Tom. Seu semblante estava frio.

- É feio escutar atrás da porta.

Ele se aproximou de mim.

- Eu não vou permitir que vá embora.

- Vá para o inferno.
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Após o conflito desnecessário com o Riddle, ele saiu do meu quarto sem dizer mais uma palavra. Minerva estava devidamente instalada em meu quarto, e decidimos que essa seria a semana que íamos aproveitar juntas para nos despedir. Depois de uma festa do pijama bem animada, fomos dormir.
No meio da noite, o mal-estar voltou. Em um outro segundo eu estava debruçada vomitando. Escuto passos atrás de mim, e alguém segura meu cabelo. Sabia que era Minerva, eu estava com nervos a flor da pele. Com certeza era alguma crise de ansiedade que estava sofrendo.

- Mione, você está bem?

Assim que terminei, apenas lavei meu rosto e agradeci.

- Estou melhor, Minnie.

Ela pareceu me avaliar.

- Isso vem acontecendo com frequência? - ela perguntou.

- Desde ontem. Deve ser nervosismo.

Ela estreitou os olhos.

- Quando foi a última vez que você menstruou?

Comecei a vasculhar minha mente, eu não lembrava direito. Minha menstruação sempre fora desregulada, não havia prestado atenção.

- Não sei, Minnie. Talvez há uns dois meses atrás.

Ela pôs a mão na boca.

- Oh, Mione. Você está tão ferrada.

A compreensão me bateu. Todo o cansaço excessivo, tonturas e enjoos. Isso não podia estar acontecendo comigo, por que logo com ele? Eu sou tão idiota, eu não me preveni.

- Acha que estou grávida, Minnie? - disse abraçando meu corpo.

Ela apenas assentiu.

- Podemos fazer um teste - ela levanta e sai do quarto me deixando para trás totalmente desolada.

Eu não podia estar grávida, não dele. Mas o destino é mesmo uma vadia, eu estava ferrada. Ia ter um filho do Lord Voldemort. Eu estava começando a me desesperar quando Minerva entrou pela porta como um furacão com um um livro nas mãos. Ela sentou no chão e começou a procurar o feitiço.

- Mione, deite na cama, é um feitiço simples.

Obedeci e deitei. Ela passou a varinha em minha barriga e um pequeno vendaval se formou e me fez um pouco de cócegas, então uma bolinha azul saiu de dentro de mim.

- Minerva, o que significa? - ela me olha pálida, parecendo que viu um fantasma.

- Deu positivo, Mione. Você está grávida.
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Depois que a Minerva descobriu que eu estava grávida, começou a me mimar excessivamente. Não contamos a ninguém, só queria aproveitar esse tempo próximo aos meus amigos. Na manhã de segunda-feira, acordamos cedo, na verdade, minha fome me acordou.
Levantei apesar de exausta, fiz minha higiene e desci para o salão principal.

- Mione, precisa comer isso - disse ela me empurrando um pedaço de bolo e torrada.

Charlus apenas nos olhou e nada disse.

- Obrigada, Minnie. - comi tranquilamente, esperando que não vomitasse.

O bebê parece que acatou meu pedido, pois nenhum enjoo veio a seguir. Eu não estava totalmente acostumada a ter um filho, na minha idade principalmente, mas eu sabia me virar. Talvez meu pai ficasse feliz. Eu precisava cuidar do nosso futuro, e me esconder totalmente de Voldemort tanto do passado quanto do futuro, eu não queria que ele matasse essa criança. Não sabíamos o sexo, ainda era muito cedo pra saber, minha barriga não entregava nada. Mas de certa forma, estava feliz em ter um filho. Mas não consigo imaginar o que os meninos pensariam de mim.
Deixei esse pensamento para outra hora e segui para a aula de poções nas masmorras.
Os alunos estavam especialmente animados hoje. Vi Tom sentado sozinho na cadeira da frente, ignorei meu impulso de olhá-lo. Involuntariamente passei a mão na barriga, como para proteger meu bebê.
O professor entrou pela masmorra com a capa voando atrás de si e a aula começou.
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Pela milionésima vez, Minerva estava me empurrando alguma coisa para comer. Eu não aguentava mais comer mais nada, mas para que ela não insistisse, peguei a maçã.

- Mione, não é para você. É para o bebê.

Suspirei.

- Sim, senhora. - revirei os olhos - está me mimando, Minerva.

Ela sorriu.

- Estou mimando minha sobrinha.

- Ou sobrinho.

- O que vier, Mione - ela bateu palminhas.

- Do que está falando? - Era Tom. Meu sangue gelou, mas tentei permanecer firme.

- N-Nada que seja da sua conta, Riddle - disse Minerva puxando meu braço. Mas Tom segurou o outro e me puxou de volta.

- Ela não vai, não se meta nisso, Minerva.

Ela me olhou com um olhar de quem pede desculpas e foi embora. Mordi meus lábios.

- Você está grávida, Hermione?