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História Através do tempo - Druidas - Revisado


Escrita por: Hissyra

Notas do Autor


Faz um tempo que eu não entro aqui, mas senti falta de escrever essa história incrível. Vou revisar todos os capítulos até porque eu comecei essa história quando tinha 15 anos, hoje vou deixar ela mais bem escrita e com mais detalhes, espero que gostem!

Capítulo 1 - Druidas - Revisado


A música enchia os ouvidos e a dança encantava quem visse, Hinata não acreditara quando Toneri falou sobre a beleza que a Escócia tinha, lhe parecia tudo tão exagerado, mas agora ela sabia que todo o exagero foi pouco para explicar aquele lugar tão rústico. 

Escocês era grosseiro, uma língua difícil, mas aquilo não importava tanto, as pessoas conseguiam se comunicar com a dança.

Hinata ria enquanto dava voltas com seu marido, ele não era um pé de valsa nem de longe, mas ela simplesmente relevou, nada podia compensar a felicidade dele, depois dessa guerra terrível temeu por não o ver mais com essas bochechas coradas e o sorriso bobo de antigamente. E lá estava ela, viajando o mundo tentando reconstruir o homem que amava.

“Sinceramente? Você não cansa nunca?” Toneri respirou pesado quando a dança acabou.

“Posso fazer isso a noite toda, está ficando velho querido?”

Ele riu “Veremos se terá a mesma disposição quando voltarmos. Vou pegar mais bebidas.”

A noite já havia caído há umas três horas atrás, e agora a brisa gelada lhe beijava o rosto. As pessoas conversavam alto demais, várias línguas diferentes eram ouvidas, o alemão frio, que ainda a assustava, italiano que parecia ser uma canção ambulante, francês dito em forma de poesia e claro, o inglês. 

Hinata sentia falta da Inglaterra, depois que a guerra acabou aceitou viajar pelo mundo com o Toneri, mas a ideia de voltar para seu lar era tentador demais, se é que tinha um. Hinata suspirou vendo-o voltar com um líquido roxo.

“O que é isso?”

“Uma bebida com nome estranho, é como uma simpatia para atrair fertilidade.”

Eles brindaram e beberam, tinha gosto de vinho adocicado demais, com uma pitada de gengibre. A noite continuou agitada, até que a bebida acabou e se tornou frio demais ficar na rua.

 Hinata ouviu Toneri murmurar que queria ir para casa. Ela também queria, céus, Deus sabia o quanto, mas infelizmente ele só falava da pousada. Hinata abriu um sorriso e pediu um taxi, seu marido estava completamente bêbado.

“Venha cá Hyuga.” ele puxou o vestido laranja.

“Hoje não Tone, descanse.” não fora necessário dizer duas vezes, os olhos azuis gélidos se fecharam.

Depois de um banho, a Hinata pós um roupão e deixou o longo cabelo cair pelas costas, olhando o céu imaginou quando teria um filho com seu marido, se ele teria olhos prateados ou azuis, cabelos negros ou brancos como a neve? Toneri lhe parecia o completo oposto, mas se encaixava tão bem consigo. Ela deu um último suspiro saindo da sacada e se aconchegando nos braços dele.

Talvez ele fosse seu lar.

A manhã nasceu chuvosa, mas Hinata tinha que levantar da cama, prometera ajudar seu marido no trabalho como sempre fazia.

Ser historiador era um sonho de infância, quando pôde terminar a faculdade fora mandado para a guerra, e claro, ninguém espera sair vivo de lá. Voltar para Hinata foi quase que um recomeço, uma chance de fazer tudo que almejara nesses anos, e lá estava ele, tentando engolir cada gota de conhecimento que o mundo podia dar.

Eles entraram em uma biblioteca imensa com desenhos bíblicos no teto e livros grandes nas estantes de madeira

“O que viemos procurar?” Hinata perguntou tirando as luvas.

“Em 1758 aconteceu uma guerra que começou aqui” ele andava pelos livros até pegar um vermelho de capa dura “Naruto Uzumaki clamava seu direito como rei da Espanha e procurou apoio da Escócia.”

A primeira página era uma pintura de um rapaz loiro, os cabelos eram exageradamente amarelos como ouro e olhos tão verdes quanto as arvores no verão, ele estava sentado em um cavalo branco enquanto relinchava.

“Chamavam-no de príncipe Jinchuriki, só os mais bravos guerreiros podiam se denominar assim, significava que tinham bestas dentro de si que os dava força.”

O olhar prateado recaía pelas letras e a história ia se encaixando cada vez mais 

“E o que houve?”

“Bom, Naruto se casou com Shion Hakuza, e bem, dizem que ela o deixou mais fraco mentalmente, além de uma onda de azar ter se assolado no suposto herdeiro, homens o traíram e dois ou três anos depois do casamento Naruto cometeu um erro de estratégia numa luta contra a Inglaterra, e morreu.”

“Por que está estudando isso?” Hinata apertou os olhos.

“A história dele é surpreendente, usurparam seu trono, os pais morreram para salva-lo, até que o rapaz começou uma rebelião que moveu o mundo inteiro. Ele era um gênio, pena que se casou com a mulher errada” soltou um suspiro “Pelo menos eu acertei na minha escolha.”

Ela sorriu e o beijou, ouvindo um rugido do céu.

“Hoje vai cair uma tempestade, por que não voltamos?”

Toneri concordou pegando o casaco. A chuva não esperou a noite chegar, enquanto estavam no carro trovões roxos cruzavam o céu cinzento. Eles entraram correndo tentando fugir do céu aberto e riram quando viram que estavam completamente ensopados.

“Acho que preciso de um banho” Hinata disse secando o rosto 

“Você fica tão sexy com as roupas grudadas no corpo” ele a puxou acariciando o rosto branco com algumas sardas perdidas “Tão linda”

Seus olhos se cruzaram, e Hinata iniciou um beijo lento, o gosto dele era familiar e acolhedor. Em menos de segundos os dois estavam sem roupas, distribuindo murmúrios e palavras desconectas.

A Hinata inverteu a posição e sorriu numa malícia palpável, subindo e descendo cada vez mais rápido. Seu suor escorria enquanto Toneri lhe apertava o seio com força, suas costas se arquearam e a Hyuga finalmente se sentiu quente por dentro, rindo e caindo do lado do corpo do marido. O sexo era muito bom, o tempo os deixou bom demais nisso.

Toneri abriu a boca para dizer algo, mas a luz acabou antes que pudesse fazê-lo.

“Ótimo, vou pegar velas” Hinata disse procurando um robe. 

As estrelas iluminavam o céu escuro, as duas velas naquela altura já haviam derretido por completo. O casal acordou sentindo cada parte de seus músculos mais relaxados. Hinata abriu os olhos vendo-o fitar seu corpo num gesto de carinho, se não estivesse tão nua diria que não existia malícia ali, mas o membro duro o denunciava.

“Eu poderia redesenhar suas curvas do zero e não mudaria em nada” o indicador de Toneri começou na bochecha rosa, descendo para os seios onde traçou círculos invisíveis, se divertindo com a sensibilidade e por fim comtemplou coxas.

Hinata sorriu o puxando para um beijo lento e carinhoso, mas não demorou muito para tê-lo sobre si. Se antes se entregaram com brutalidade e força, agora só existia o lento beirando a tortura, o sentindo tão fundo em si era uma sensação excruciante, gemidos enchiam o quarto enquanto o suor fazia seus cabelos se grudarem na testa.

“O jantar está pronto” a avó do padre bateu na porta arrancando gemidos frustrados, fazendo Hinata rir.

“Não podemos faze-los esperar.” 

“Eles aguentam mais quinze minutos” Toneri deu um sorriso safado.

                                            ‘’

“Como vai a vida de casados? Pensam em herdeiros?” o padre perguntou tentando claramente jogar conversa fora.

“Estamos tentando.” Hinata engoliu o pedaço de carne e deu um sorriso fraco.

“Hinata tem tido alguns problemas com fertilidade, mas logo teremos um a caminho.” Toneri explicou.

“Ora, vamos, não seja indelicado perguntando essas coisas para os nossos hóspedes! Não lhe ensinei bons modos?” a senhora disse “E oque estão achando da cidade?” 

“Inverness é realmente incrível, as paisagens e ruas, parece que estou em outro século” Hinata disse

“Essa cidade é realmente mágica minha querida” a mulher terminou sua comida “Por que não vem beber um chá comigo? Tenho certeza que há histórias interessantes que posso compartilha-las." 

“Claro” deu um sorriso se despedindo do marido com um beijo.

Um pouco antes de sair ouviu Asuma dizendo:

“Eu encontrei um livro com seus antepassados Toneri.” 

Hinata sorriu imediatamente, sabia que passaria a noite ouvindo sobre, mas não se importava nem um pouco, sabia o quão feliz ficaria com aquela descoberta.

“Venha cá querida, você tem um nome interessante, sabia que os Hyugas já foram famosos, bem não como estrelas ou cantores, mas importantes. Deixe-me contá-la uma história…” Ela tagarelava enquanto fazia o chá.

“É uma linda história senhora Sarutobi.” Hinata sorriu tomando um gole do chá.

“Não beba tudo querida, vamos ver oque o destino reserva para você!.”

“Futuro?” Hinata perguntou com divertimento na voz.

“Oh sim, e pode ter certeza mocinha, as folhas de chá não mentem!” a mão enrugada pegou a xícara e passou cerca de dois minutos olhando-a com curiosidade.

“E então?” Hinata perguntou apreensiva.

“Não consigo ver bem, está nebulada… Me dê sua mão.” 

Hinata deu a mão tentando lembrar em sua cabeça que aquilo não era verdade, era apenas um truque que cartomantes diziam oque você gostaria de escutar. Mas então por que ela estava tão nervosa, esperando oque a idosa iria lhe falar?.

“Essa linha, você vê? Bem, ela está bifurcada, oque significa… Bem, vários significados, como uma jornada nova, você deixará uma vida antiga para trás. Ou um amor.” 

“Você também enfrentará grandes batalhas, essa linha demonstra como você é forte. Mas tome cuidado, menina, vejo morte ao olhar para você, mas também vida, saiba fazer escolhas, e sempre confie em si mesma.”

A boca de Hinata abria e fechava, não acreditava nela ou na sua superstição, mas as palavras entonavam em sua cabeça como profecias.

“Vamos amor?” Toneri a chamou saindo da sala com o padre.

“Vamos. Obrigada pelos conselhos.”  Hinata disse nervosa.

“O que houve lá em baixo? Está pálida.” 

“Só conversamos um pouco… Como foi com o Sarutobi?”

Toneri sorriu e começou a explicação de como seus antepassados moraram naquela região, estava tão animado que falou por horas contando a história de cada membro que considerava importante.

                                            ‘’

Um pesadelo assolou os seus sonhos, fora um sonho sangrento e barulhento, com crianças gritando e implorando ajuda. Céus, Hinata odiava sonhar com as crianças.

Um grito a despertou daquele pesadelo noturno, enquanto suor escorria pela pele encharcando a camisola. 

“O que houve?” Toneri levantou acostumado.

“S-só um pesadelo.” 

Hinata colocou açúcar na água e respirou fundo, o homem a abraçou afagando seus cabelos, os segundos passaram mais devagar até seu coração voltar a bater normalmente e o despertador tocou num tom mais baixo que o usual.

“Por que queria acordar no meio da noite?” 

“Boatos correm por aí, e você queria ver a mágica de perto, não queria?” Ele sorriu.

“Como?”

“Confie em mim senhora Otsutsuki, se agasalhe, está frio.”

A noite se estendia até onde os olhos alcançavam, o grande oceano negro abrigava lindas estrelas brilhantes, que no topo daquele bosque pareciam estar perto demais.

Hinata levantou uma sobrancelha se preparando para soltar suas questões sobre onde estava e o que ele pretendia, mas Toneri a calou com um dedo, fazendo um gesto para a mulher ouvir. E céus, ela ouvia, uma música suave saía dos lábios de doze ou treze mulheres que cantavam e dançavam com o peito nu, o que para ela era completamente insano se levasse em conta a brisa gelada. 

Os mamilos estavam duros e a pele arrepiada, mas elas sequer pareciam se importar, as línguas diziam um idioma que a morena nunca ouviu. A mágica que aquele lugar proporcionava era quase que um pecado, sabia que não devia estar ali, queria voltar para a pousada e dormir por um mês, queria poder esquecer o que estava vendo, mas aquelas mulheres a hipnotizaram.

“Aquela não é a avó do Sarutobi?” ele perguntou baixinho, ainda de joelhos na grama.

E realmente era, com seus seios caídos e pele flácida ela dançava tão bem quanto as mais novas.

“Meu Deus.”

Uma risada fraca foi ouvida. As horas se passaram em um período incrivelmente curto, quando a Hyuga deu por si o céu começava a apresentar tons alaranjados e o sol nascia com beleza, como se batesse palmas as damas e elas davam um fim a sua canção de milênios.

O casal se levantou sentindo as pernas dormentes, o frio ainda incomodava, mas não tanto quando no meio da noite.

“Como será que conseguem? Digo, passar tanto tempo dançando e cantando sem cansar.” Toneri foi até a pedra e a tocou, traçando círculos imaginários na mesma.

Hinata queria fazer uma piada sobre os seios ao vento, jurava que sim, mas sua boca travara, sentia que seria desrespeito demais caçoar de algo tão bonito.

“Druidas.” estava escrito na pedra maior, a palavra pareceu escorregar por sua língua.

“Ou bruxas.” Toneri  piscou com humor. 

“Estou com tanto sono querido.” ela murmurou sentindo seu corpo pesar demais.

Na cama, Hinata se mexia freneticamente, flashes das pedras a atormentavam, e aquela maldita canção ressoava em sua cabeça. Cores azuis e amarelas inundavam sua visão quando finalmente acordou, ofegante, sem entender bem oque havia acontecido.

O sol fraco fez seus olhos abrirem devagar, uma linda cartinha branca jazia no criado mudo ao lado de sua cama, com uma caligrafia perfeita.

Tive uma reunião com os historiadores locais, descanse que a noite iremos a um festival.

Com amor, seu marido. 

Um sorriso brotou nos lábios rosados, Hinata se espreguiçou tomando um banho longo, tentou ao máximo ficar ali como havia sido instruída, mas as pedras continuavam aparecendo em sua cabeça se novo, e de novo.

Hinata fechou o livro que lia e escreveu um bilhete avisando que voltaria as pedras e não esperava demorar.

Estacionou o carro cinza e subiu a íngreme floresta, vendo a cidade do tamanho de sua palma da mão. Ao olhar as grandes e majestosas pedras seu corpo tremeu, talvez medo, talvez ansiedade, mas ela estava muito curiosa.

Uma música suave voltou a tocar, mas não tinha fonte, como se saísse de seu cérebro, ou melhor, da pedra do meio, a enorme com o nome estranho a chamava. Sua mão formigava querendo toca-la, foi oque ela fez.

Tentar descrever a sensação era perda de tempo, sua cabeça girava, como se estivesse embaixo da água, se afogando mas ao mesmo tempo com tanto oxigênio que era impossível respirar, e tudo isso em um mísero segundo.

Seus olhos se abriram confusos, seu corpo doía, e o ar entrava completamente limpo em seus pulmões, fazendo-a ter uma crise de tosse.

“A dama está perdida?” Hinata ouviu uma voz grossa atrás de si e virou abruptamente, homem alto e magro se vestia com roupas de outro século. Seus olhos eram diferentes de tudo que ela já havia visto. 

Hinata se levantou abruptamente tentando olhar para as casas em Inverness, mas não havia nada, bem nada além de pequenas casas que naquela distância não passavam de pontinhos. 

“Vejo o que é, minha senhora. Creio que não cobrará de um homem do rei.” Ele disse passando a língua nos dentes, fitando o vestido branco.

“Rei? Com licença, tenho que voltar para…” Hinata murmurou sem saber bem oque dizer.

“Vejo que teremos que fazer do jeito difícil. Não gosto de estuprar mulheres inglesas, mas não me deu escolha.”

“Por favor me deixe.” Sua voz começara a ficar mais chorosa.

Quando ele levantou seu vestido e uma pequena brecha surgiu dentre seus olhos. A perna direita se levantou batendo no membro do homem que guinchou de dor, o afastando tempo o suficiente para que pudesse correr e gritar. Sua garganta doía pelo esforço mas ninguém vinha.

“Maldita, depois de toma-la lhe entregarei aos cães.” Ele berrou.

Hinata foi jogada contra uma árvore, sentindo a madeira grossa arranhar sua pele mesmo pelo vestido, até que um galope foi ouvido. Um homem de cabelos cinzas chegou perto, pedindo silêncio com os dedos. Quando o ato estava prestes a começar uma flecha raspou pela cabeça do estuprador, fazendo-o levantar as calças com pressa.

“Quem ousa desafiar um homem do rei?” sacou uma espada fina e brilhante.

“Deixe-a ir” um homem alto, muito alto apareceu atrás do oficial, virando a cabeça devagar, olhando-o com desdém. 

“Ora, se não é o bastardo da família” as roupas dos dois eram completamente antiquadas, a Hyuga se perguntava o que diabos acontecia ali, por que lutavam com espadas.

Foi quando um vislumbre da verdade inundou sua cabeça, aquilo não era atuação, eles pareciam lutar e falar como se estivesse em outro século porque realmente estavam em outro século.

Loucura, essa palavra repetia em sua cabeça a cada maldito segundo.

“Deixe-a ou pague com a vida.” O rapaz alto disse

“Ora, querido primo, crio que não irá derramar sangue da sua própria linhagem.”

“Isso é o que acho de sua linhagem.” Ele cuspiu no chão 

“Devia nos tratar com mais respeito se ainda tem um pouco de amor a sua vida. Podemos ajudá-lo, Naruto, se entregue.”

“Quem está com uma faca no pescoço é você, Nagato.” 

O ruivo fez uma expressão de ódio e cruzou seu aço, as lâminas se beijaram e depois rodopiaram se beijando novamente, Nagato era realmente habilidoso, mas o outro era forte demais. O homem de cabelos cinzentos apareceu quando o menor caiu.

“Tem quinze deles Naruto, temos de ir”

O homem usava um chapéu que tentava cobrir os cabelos dourados, conseguindo com a maioria, mas alguns fios insistiam em pular para fora em puro sinal de rebeldia.

“Venha.”A voz dele era grossa e impaciente.

O que diria? Não poderia simplesmente falar que estava à procura de alguém que nem havia nascido, além do mais, para onde iria? Não tinha dinheiro algum daquela época, sua única esperança seria voltar as pedras e retornar ao seu tempo.

“Maldita mulher.” Murmurou com raiva a colocando sob o ombro.

“O que está fazendo? Me solte agora!”

“É muito atrevida para uma mulher” Ele deu um sorriso de lado.

Hinata e Naruto chegaram em uma cabana onde tinham mais uns quatro homens os fitando, ao solta-la deu um gemido de dor.

“O que houve Uzumaki?” o de cabelos cinzas e máscara preta o perguntou.

Naruto Uzumaki, aquele nome incendiou sua cabeça, levando-a a dois dias atrás onde conheceu a história do pobre príncipe que morreu há 200 anos. O homem se sentou perto da fogueira mostrando o braço deslocado

“Maldição.” um moreno com o rosto pintado praguejou “E quem é essa prostituta?” 

Hinata levantou os olhos mirando no homem que lhe xingou. 

“Está louco por falar comigo assim? Sou uma mulher casada!” 

“Já basta Kiba, trate a dama com o respeito que merece.” o loiro disse soltando um ruído e bebendo o rum “Alguém faria o favor de concertar meu braço?” 

“Kakashi, Sai e Shikamaru o segurem, empurrarei o braço de volta.” 

“Se estragar meu braço matarei você” deu outro gole na bebida.

Kiba bastou sorrir esperando que os homens o segurassem devidamente e fez uma leve pressão para a direita.

“PARE.” Hinata gritou sem querer, devia ter ficado calada, xingou os sete infernos por sua língua ser maior que seu senso. Os homens a olharam com uma interrogação explícita em seus rostos.

“Está louca mulher?” o Uzumaki quem tomou a voz

“Ele quebrará seu braço em dois se continuar como está fazendo.” Disse calmamente, engolindo em seco.

 Um olhar mortal foi lançado a Kiba por Naruto, que a essa altura não usava mais o chapéu.

“Nunca disse que era um curandeiro.” Deu ombros “Alguma ideia melhor, milady?” 

Hinata revirou os olhos com tamanha ironia.

“Segurem-no” e todos obedeceram, as mãos brancas foram até o ombro fazendo pressão para voltar ao lugar, esperava ouvir Naruto gritando de dor, mas tudo que recebia eram grunhidos. O som do estalar do osso era agonizante para os homens da sala.

“Farei uma tipoia e vou limpar seus ferimentos, está bem?” O Uzumaki concordou dando mais um gole na bebida “Alguém me dê um cinto.” 

“Não obedecemos a ordens de mulheres.” Kiba disse irritado.

“Dê o maldito cinto Inuzuka.” foi a primeira vez que Kakashi falou.

“E álcool, por favor” a Hyuga tinha certeza que ao ajuda-lo poderia voltar as pedras que tanto almejava. 

Tudo que pedira foi dado e se concentrava em costurar os cortes, até que foi limpar um pequeno corte na bochecha esquerda, e o notou olhando para si.

“Seus olhos são azuis.” O tom era de descrença, como podia? 

O verde que vira na pintura devia ser um ultraje a ele, naquele momento achara a cor realmente bonita, mas não combinava consigo, diferente das safiras ambulantes, como podiam simplesmente mudar uma coisa tão bonita? Mais escuro que o céu e mais claro que o oceano, tão brilhantes que jurava poder ver seu reflexo através deles.

“É o que dizem.” deu um sorriso ladino, sem desviar o olhar.

Passaram um bom tempo se encarando até que Hinata voltou a realidade

“Es-stá pronto, não mova o braço pelas próximas duas semanas, e quando voltar a mexe-lo que seja devagar.”

“Agradeço.”

“Podemos cavalgar?” Shikamaru perguntou bocejando.

“Sim, partiremos agora.” Kakashi disse levantando do chão duro.

“Poderiam me deixar na floresta em que me encontraram?”

“Deixar uma moça na calada da noite em uma floresta? Não somos selvagens senhora” O mais pálido falou com uma enlouquecia exagerada.

“Agradeço a preocupação, mas me virarei bem sozinha.” 

“Fora de questão.” era realmente difícil entender a expressão de Kakashi sendo que o homem só mostrava um olho “Como é seu nome lady?” 

A morena engoliu em seco “Hinata…” eles esperavam a continuação, deveria dizer o seu sobrenome ou do marido? “Hyuga.” 

“Então senhora Hyuga, você virá com a gente até o castelo, dependendo da decisão de Jiraya lhe tratei de volta com prazer, agora vamos.”

“Não irei!” Seus olhos estavam marejados de medo.

“Sim, você vai.” Naruto a tocou no braço a levando para fora.

“Irá cavalgar com ela Uzumaki, não dormiremos por essa noite.”

“E nem a próxima.” Naruto disse baixinho encaixando a mulher emburrada na sela. “Não achou que lhe deixaríamos sozinha na calada da noite, não é?”

“Isso não diz respeito a vocês.” Seu tom era frio

“Um dia perderá a cabeça por culpa dessa língua.”

A chuva começou fraca, encharcando todos dali enquanto Inverness começava a ficar para trás, junto da sua esperança de voltar para seu marido.


Notas Finais


A fic não vai seguir a linha de raciocínio de outlander mas eu vou me basear muito nela, espero que gostem


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