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História Através dos Anos - Kushina e Mikoto


Escrita por: MSabaku0206

Notas do Autor


Oie, pelo título acho que já sabem o que vai acontecer, imaginem que um dos bebezinhos na imagem é loirinho.
Espero que gostem e uma boa leitura!

Capítulo 44 - Kushina e Mikoto


Fanfic / Fanfiction Através dos Anos - Kushina e Mikoto

25 de Setembro, ano X34:

Kurama: 31, Itachi: 31, Naruto: 25, Sasuke: 25

 

2º trimestre:

 

            Estava irritado, definitivamente estava irritado. Havia acordado naquela manhã com um maldito enjoo, que o havia feito vomitar até as tripas e ainda por cima havia tido de “se mudar” temporariamente para a casa do pai de seu marido, já que estavam reformando o que seria o quarto de suas pequenas, e o cheiro (e poeira) de cimento e tinta poderia não lhe fazer muito bem, ou no mínimo, ter enjoos, como os que estava tendo naquela manhã.

            Com a ajuda de Naruto, arrumou tudo o que precisariam para ficar estas duas semanas na casa de seu sogro. Ajeitaram-se em um quarto de hóspedes, que ficava no andar de baixo da casa, para que o Uchiha não precisasse estar subindo e descendo as escadas e ali, vendo o quanto seu pequeno parecia incomodado, o Uzumaki o abraçou pela cintura.

 

- Não fique assim, Sasu, é só por um tempo, enquanto Sai e eu arrumamos o quarto das meninas. – o moreno suspirou, abaixando a cabeça.

- Eu queria ajudar. – o loiro sorriu compreendendo o motivo de tanta frustração, se sentia inútil, já que pela gravidez masculina ser mais delicada que uma comum, requeria mais cuidados e repouso.

- Eu sei, meu amor, prometo que te levo pra escolhermos juntos os móveis. – o loiro assegurou, sorrindo com a atitude seguinte do menor.

- Promete? – o moreno perguntou, com o dedo mindinho levantado e um biquinho nos lábios, o maior sorrindo assentiu, cruzando com o seu e dando um beijo estalado na bochecha agora mais gordinha pelo inchaço da gravidez.

- Prometo, minha bolachinha Trakinas. – o loiro riu ao ver como o menor estreitava os olhos.

- Do que me chamou, dobe? – perguntou, com as bochechas infladas.

- De minha bolachinha. Está lindo com essas bochechas gordinhas. – o loiro apertou ambas bochechas, sendo logo empurrado e recebendo uma almofadada em resposta.

- SAI DAQUI, IDIOTA! – e o loiro achou melhor sair, antes que algo mais pesado fosse arremessado em sua direção.

 

(...)

 

            O loiro coçava a parte de trás de sua cabeça de forma nervosa, sem mais saber o que fazer, já havia feito de tudo para que seu pequeno o perdoasse o “deslize”, mas nada havia adiantado, havia pedido desculpas, que foram ignoradas, comprado flores, que foram jogadas no chão, e inclusive preparado um dos tantos pratos “especiais” que seu Sasuke andava comendo ultimamente, mas que só de olhar lhe embrulhavam o estômago, e o moreno nem sequer o olhou, continuou com a cara enterrada no travesseiro. Sem mais saber o que fazer suspirou, até que recebeu uma chamada e seus olhos se iluminaram, havia tido uma ideia.

 

(...)

 

- Sasu? – o loiro entrou no quarto escurecido, com as cortinas fechadas, entrecerrando os olhos para acostumá-los à escuridão e enxergar alguma coisa. Andou até a janela, reclamando ao bater o pé em alguma coisa que não soube o que era, iria abrir as cortinas, porém antes que o fizesse, uma rouca voz o impediu.

- N-não faça, d-deixe fechada. – Naruto suspirou, ao perceber a voz rouca pelo pranto incessante de seu pequeno e aproximou-se à cama, batendo o pé outra vez no mesmo móvel, antes de finalmente encontrá-la e sentar-se, acendendo a luz do abajur, o moreno apenas apertou mais o travesseiro em seu rosto e tentou se cobrir.

- Virou vampiro agora, pra não querer mais saber de luz? – o loiro falou divertido, tentando aliviar o tenso clima que havia ali, mas vendo que de nada havia adiantado, suspirou – Por que ficou tão chateado? Sasuke? – contudo o menor não respondeu e o loiro suspirou novamente, tomando medidas drásticas e arrancando à força aquele travesseiro.

- NÃO! – o pequeno gritou, tentando tomá-la novamente, dando meio que um saltinho, que fez o loiro rir.

- Você é uma graça. – deixou um simples selinho nos rosados lábios alheios, que fez o menor corar e virar o rosto – Qual o problema?

- Naruto, me deixa em paz. – o moreno pediu, deitando-se outra vez na cama e encolhendo-se, com as cobertas até a cabeça.

- Mas... – sem mais saber o que dizer, suspirou – Kiba e Hinata vem aqui, eles querem...

- VÁ EMBORA! – o menor gritou irritado, provocando que o loiro saísse correndo derrotado, o que faria agora?

 

(...)

 

- Como vai, Naruto-kun? – perguntou uma sorridente Hinata, adentrando a casa, o loiro em troca suspirou.

- Mais ou menos. – falou derrotado, sentando-se ao sofá à frente do casal visitante.

- Qual o problema? Sasuke te mandou dormir no sofá? – o Inuzuka perguntou, com um sorriso de lado, mostrando um de seus não tão pequenos caninos.

- Por que pra você e para o Gaara tudo se resume a isso? – o loiro perguntou, recebendo um balançar de ombros do garoto poucos centímetros maior que ele – Não, na verdade não sei o que fiz. Estávamos bem, quer dizer... Sasuke estava meio triste, então decidi animá-lo e ele ficou bravo.

- O que exatamente disse a ele, Naruto-kun? – perguntou a Hyuuga desconfiada.

- Nada de mais, só o chamei de minha bolachinha e apertei as bochechas dele. – deu de ombros, os perolados olhos arregalaram-se e o Inuzuka apenas balançou a cabeça em negativa, já sabendo o que viria.

- VOCÊ FEZ O QUE, SEU IDIOTA? – os azuis olhos arregalaram-se ao ver como a pequena e doce Hinata gritava a si de uma forma que o havia assustado, já que a mesma, nunca, em hipótese alguma levantava a voz – FAZ IDEIA DO QUE SÃO ESSES MALDITOS HORMÔNIOS DUPLICADOS, OU NO CASO DE SASUKE, TRIPLICADOS NO SEU CORPO, IMBECIL? FAZ ALGUMA IDEIA DO QUE É ESSE MONTE DE ÁGUA CIRCULANDO NO SEU CORPO, TE DEIXANDO INCHADO NO ROSTO, DEDOS E PÉS, ATÉ NÃO CONSEGUIR MAIS ANDAR DIREITO DE DOR? VOCÊ NÃO FAZ IDEIA DE NADA, IMBECIL! CADÊ O SASUKE? – o loiro ainda assustado, apenas apontou para uma porta, vendo como a pequena e nesse momento furiosa mulher, andava até lá. O Inuzuka ao seu lado apenas riu, ao ver o rosto pálido do homem à sua frente.

- Isso é porque você não viu quando eu comi a torta de morango dela. – o loiro assentiu ainda chocado, deveria lembrar de sempre ser amigo da Hyuuga.

 

(...)

 

- Idiota, ele quer te ver. – foram as primeiras palavras da Hyuuga, assim que saiu do quarto onde havia estado com o moreno, o loiro apenas assentiu, dirigindo-se ao quarto, que agora já estava claro, com as cortinas abertas e por isso pôde ver claramente seu pequeno “encurralado” no canto da cama, sentado, segurando firmemente as cobertas que rodeavam todo seu corpinho, o cobrindo, receoso, sentou-se ao lado deste.

- Eu... – falaram os dois ao mesmo tempo, para logo sorrirem um ao outro.

- Me desculpe. – o loiro foi o primeiro a falar, o moreno negou.

- Não, eu que tenho que me desculpar, exagerei. Na verdade, não sei o que me deu. – o loiro aproximou-se mais.

- Ficou chateado por que te chamei de minha bolachinha? – o rosto do menor adquiriu uma coloração avermelhada e o mesmo desviou o olhar – Não foi por mal Sasuke, não disse com o objetivo de te ofender, nem nada, só... achei que era um apelido bonitinho.

- Eu sei... – o menor sussurrou e seus olhos encheram-se d’água – Sei que nunca faria algo que me machucasse de propósito.

- Então por que chora? – perguntou, levantando o rosto que o menor havia abaixado e limpando delicadamente as lágrimas deste.

- Eu não sei, eu não sei porque choro, Naruto, eu... simplesmente não sei. – sussurrou, para logo ser tomado pelos braços do contrário, que o abrigaram em um cálido abraço – H-hinata disse que é normal, mas... eu não gosto disso. – soluçou novamente, aninhando-se mais ao corpo do marido, que apenas o apertou a si e deixou um beijo no topo de sua cabeça.

- Isso tudo vai passar, Sasu, é só uma fase, são só os seus hormônios se descontrolando. Prometo que vou tentar ser mais paciente com você. – o moreno sorriu com as palavras alheias.

- Mais? Você já é muito paciente comigo, Naru. – o loiro sorriu ao ouvir como seu pequeno o havia chamado, Naru, então as coisas estavam começando a melhorar novamente.

- E você comigo. – o maior o respondeu ao fim, ajeitando uma mecha negra dos cabelos de seu esposo atrás da pequena orelha – E quanto ao que aconteceu hoje, pode ficar tranquilo que eu não vou mais te chamar dessa forma e... – foi cortado pelo menor.

- Não! – cortou-o afobado – E-eu... eu gostei. – o loiro arregalou os olhos.

- Gostou? Então por que ficou tão bravo? – perguntou estupefato o mais velho.

- Já disse que não sei, eu... às vezes faço coisas que não entendo. Está bravo? – o menor perguntou, as orbes ônix começando a cristalizarem-se e o loiro suspirou e abraçou-o novamente, já que o havia soltado pelo choque do dito anteriormente.

- É claro que não. Mas vou te apertar bem forte assim... – o Uzumaki apertou-o com força em seus braços, o trazendo mais para si, até quase fazê-lo sentar em seu colo – pra ver se assim não me expulsa outra vez.

- N-naru... pr-preciso respirar... – o menor falou, rindo tentando afastá-lo com as mãozinhas pequenas, até que ambos paralisaram ao sentir algo e o loiro o soltou, encarando-o perplexo e com o nascer de um sorriso preso no canto de seus lábios.

- O que... o que foi isso? – perguntou, já sentindo seus olhos arderem, o moreno parecia tão surpreso quanto ele.

- A-acho que foram elas que ch-chutaram. Elas... elas nunca tinham feito isso antes. – o moreno também sentia como seus olhos lacrimejavam, o loiro apenas deixou que o sorriso que até então prendia tomasse conta de seus lábios e abaixou-se à altura do ventre alheio.

- É porque sentiram a presença do papai, não é pequenas? – o loiro deixou um beijo na inchada barriga, a acariciando – Estão felizes que o papai e a mamãe se entenderam, não é? – e como se as pequenas concordassem, ambos sentiram outra patadinha no ventre do menor, Sasuke sentiu-se tão feliz e completo naquele momento, que nem se importou com a forma em que seu marido o havia chamado, até porque estava acostumado, já que seus sobrinhos também chamavam a seu irmão assim – Viu Sasuke, elas estão felizes. – o loiro encarou-o com os olhos brilhando e um amplo sorriso em seu rosto, parecido com o de uma criança que acaba de ganhar um novo presente, que a muito esperava.

- Sim dobe, estão. – e com um sorriso, afagou as mechas douradas, ao mesmo tempo que o loiro pousava delicadamente o ouvido na barriga contrária, para assim ouvir mais de suas pequenas.

 

(...)

 

            Após saírem do quarto, já mais calmos, juntamente ao outro casal, dirigiram-se ao shopping, onde se dispuseram a comprar coisas para seus pequenos, Naruto e Sasuke para suas pequenas Kushina e Mikoto, e Kiba e Hinata para seu pequeno Isao, como se chamaria seu primeiro filho.

 

- Olha que lindo esse, Sasuke. – a Hyuuga chamou o moreno, mostrando um lindo vestidinho rosa com uma faixa preta na cintura e repleto de bolinhas também pretas.

- É lindo. – o Uchiha falou, com os olhos brilhando e já pegando dois – Olha esse. – mostrou um macacãozinho azul bebê, com uma estampa de um elefante e uma girafa e com uma camisetinha azul claro por baixo.

- Que lindo. – a mulher falou, as orbes peroladas também brilhando e pegando para colocar em seu cestinho de compras. Naruto e Kiba mais afastados, apenas se entreolhavam.

- Por que os trouxemos aqui mesmo? – o Inuzuka perguntou, contando a quantidade de sacolas que já tinha nas mãos.

- E eu sei lá. Pelo menos você só precisa comprar pra um, eu preciso comprar tudo em dobro. – o Uzumaki falou, também contando suas próprias sacolas e suspirando.

- É verdade, tenho pena de você, amigo. Ainda bem que eles também trabalham, se não estávamos ferrados. – o castanho deu leves batidinhas no ombro contrário, enquanto o loiro apenas suspirou, fitando seu pequeno, que olhava tudo muito entretido com a Hyuuga e sorria para quase tudo o que ela lhe mostrava, e não pôde evitar sorrir também, no final tudo valia a pena se pudesse ver aquele sorriso nos lábios de seu amor.

 

(...)

 

05 de Outubro, ano X34:

Kurama: 31, Itachi: 31, Naruto: 25, Sasuke: 25

 

3º trimestre:

 

            O dia havia sido estressante e cansativo, Sasuke já não aguentava estar sentado naquela cadeira, todavia também não podia ficar muito tempo em pé, já que seus pés inchados não permitiam. O loiro já havia lhe perguntado umas quinze vezes se não queria ir embora e ele, obviamente, havia se recusado, não sairia dali até obter notícias de seu afilhado e da mãe deste, porque sim, Kiba e Hinata haviam lhes convidado para serem padrinhos do pequeno Isao, já que haviam sido o casal “cupido” para que estivessem juntos agora. Resmungou, ajeitando-se novamente na cadeira, Naruto o encarava sem saber o que fazer, já que seu esposo era teimoso.

 

- Desconfortável, Sasuke? Se quiser pode se sentar no meu colo. – Neji falou, encarando o loiro, não tinha interesse nenhum no Uchiha, este era só seu amigo, o que gostava mesmo era de incomodar o ciumento loiro. Este que o encarou como se quisesse fuzilá-lo com o olhar e tomou seu moreno, o sentando em seu colo e rodeando-o com seus braços, o moreno apenas abaixou a cabeça corado pela cena realizada em público, principalmente quando notou vários pares de olhos perolados os encarando, e por isso deu graças a todos os céus, quando um sorridente Kiba surgiu, após dezessete longas horas de trabalho de parto de sua esposa.

- Isao nasceu. – o Inuzuka anunciou e todos começaram a se abraçar, o nascimento de uma nova vida era sempre algo a se comemorar.

 

(...)

 

- Ele é lindo, Hinata. – Sasuke via como o pequeno bebezinho de ralos cabelos castanhos e olhos perolados se aninhava mais nos braços da cansada mãe.

- Obrigada, Sasuke. Quer pegar ele? – os ônix do moreno brilharam.

- Eu posso? – perguntou animado.

- É claro, é seu afilhado. – a perolada respondeu com um sorriso, entregando delicadamente o pequeno e frágil bebezinho ao moreno, após este desinfetar as mãos com álcool gel.

- Oi, bebê. – o Uchiha sentiu seus olhos arderem ao imaginar que logo seriam suas pequeninas em seu colo e aproximou o rosto, sentindo o cheirinho bom do recém-nascido – O cheirinho é tão bom.

- Sim, tem cheirinho de vida. – a única mulher no quarto falou e o moreno assentiu concordando, o loiro apenas sorriu ao ver seu pequeno segurando seu pequeno afilhado.

- Logo vai ser vocês. – o Inuzuka o tirou de seus próprios devaneios e as íris azuis se voltaram a ele.

- Sim. Como se sente agora, papai? – o Uzumaki perguntou divertido, o maior sorriu fraco.

- Eu não sei, Naruto. Tenho medo. – o loiro se surpreendeu por duas coisas, primeiro, o outro o havia chamado pelo nome pela primeira vez desde que se conheciam e isso não era pouco tempo e segundo, essa provavelmente era a segunda ou no máximo terceira vez que não usava de sarcasmo ou brincadeira consigo e isso o pegou de surpresa – Quer dizer, criar um bebê não é como um cachorro, não é? Tenho medo, Naruto, e se eu falhar?

- Não vai. – o loiro assegurou – Nunca pensei que fosse te dizer isso, mas... você é um cara legal, Kiba, – o chamou pelo nome pela primeira vez também – além disso, eu já os vi, vocês se amam, tudo vai dar certo.

- Mas e se não der? – o castanho perguntou, ainda aflito, o loiro sorriu levemente, pousando uma mão no ombro alheio.

- Vai dar. E nós vamos estar lá para ajudar. – e por algum motivo, aquelas palavras deixaram ao maior mais tranquilo, pelo menos pelo momento.

 

(...)

 

- E eu jurava que seu primeiro filho se chamaria, Akamaru ou Inu (cachorro em japonês). – o loiro riu da expressão ofendida do maior no quarto.

- Haha, muito engraçado, Uzumaki. Se é assim suas filhas deveriam se chamar Kyuubi e Kitsune. – o castanho encarava enojado o outro.

- Mas não era a mim que diziam na época da escola que praticava zoofilia. – o loiro o provocou mais.

- Isso era mentira, eu nunca fiz isso, respeito todos os animais, principalmente os cães. – o Inuzuka praticamente gritou.

- Vocês dois, parem de gritar. – Sasuke falou irritado, puxando a orelha de seu loiro.

- Ai Sasuke, não estávamos gritando. – praticamente gritou novamente.

- Desse jeito irão acordar Isao. – mas foi tarde demais e o pequeno abriu os olhinhos perolados, abrindo o berreiro, o que fez com que o Uchiha desse um tapa na cabeça de ambos homens.

- Viu só o que fizeram, idiotas? Vocês... – mas o moreno não conseguiu prosseguir, já que uma dor muito forte o fez se encurvar.

- SASUKE! – Naruto correu até seu pequeno, que se contraía, com caretas de dor – Sasuke, o que você tem? – perguntou preocupado.

- Naru, acho... acho que elas querem nascer...

 

(...)

 

            Foram cerca de catorze horas aguardando, toda a família Uchiha, Uzumaki e Namikaze já estava ali, aguardando notícias das mais novas integrantes e de sua “mãe”, e por isso surpreenderam-se quando ambos homens apareceram no corredor, com expressões cansadas e frustradas.

 

- Era um alarme falso. – e todos suspiraram, uns de alívio, outros de preocupação.

- Vem, vamos para casa, vou fazer alguma coisa para comerem. – o loiro Namikaze surpreendeu ao casal, já que desde a morte de sua adorada Kushina não havia voltado a cozinhar nada, já que tudo o que fazia lhe lembrava a ela.

- Tem certeza, otou-san? – Naruto perguntou nervoso, recebendo um assentimento de cabeça.

- Sim, tinha uma sopa minha que Kushina sempre dizia que fortalecia até gelatina. – sorriu nostálgico – Acho que já é hora de começar a reagir, além disso... temos que cuidar do meu genro e deixar ele forte. – Sasuke sorriu, sentindo seus olhos arderem como acontecia frequentemente desde o início da gravidez e sem evitar, correu aos braços do patriarca Namikaze, o abraçando e escondendo o rosto no peito deste.

- Obrigado, tio. – o loiro sorriu, negando.

- Não Sasuke, eu é que agradeço por ter me dado mais um motivo para viver. – e dizendo essas palavras, deixou um beijo no topo da cabeça do menor, antes de abraçá-lo em um abraço que marcava um novo início de sua vida.

 

(...)

 

09 de Outubro, ano X34:

Kurama: 31, Itachi: 31, Naruto: 25, Sasuke: 25

 

 

            Estavam ambos ansiosos na entrada do quarto de suas pequenas, onde se lia um “K” e um “M” em rosa na porta branca. As pernas do moreno se sacudiam de curiosidade, querendo estrangular o irmão por não abrir logo essa porcaria.

 

- Anda logo, Sai, para de enrolar e abre logo essa porta. – Sasuke finalmente disse e o outro moreno apenas riu.

- Calma aí irmãozinho, tanto estresse vai fazer mal para as meninas. – o garoto pálido falou, com um sorriso falso de lado.

- A culpa é sua que não nos deixou participar da montagem do quarto, depois que a porcaria da tinta secou. – o Uchiha menor falou e o outro apenas riu, dando de ombros.

- Era surpresa. – isso só irritou o menor, que já andava em um humor insuportável desde o alarme falso do parto há alguns dias atrás. Respirou fundo, tentando se controlar e não estrangular o irmão, já que este havia se esforçado para lhes presentear, fazendo o quarto de suas pequenas. Sai havia se formado em Arquitetura e agora trabalhava em uma empresa que realizava designe de interiores, por isso quando se “candidatou” a fazer o quarto das bebês sabia que poderia confiar, bom gosto ele tinha, o problema era a paciência em esperar.

- Sai... – o menor advertiu e o outro Uchiha, levantou as mãos em sinal de rendição.

- Ok, podem abrir a porta. – o moreno maior deu passagem para que o casal abrisse a porta e entrasse, os olhos do menor brilharam.

- É... lindo. – o pequeno Uchiha balbuciou, as paredes eram alternadas entre tinta salmon e papel de parede listrado nessa mesma cor e em branco, no meio de uma das paredes havia uma cortina branca delicada, em um canto um bercinho também branco, forrado de almofadas e travesseiros branco e rosa, ao lado deste, um sofá de três lugares, repleto de almofadas, branca, salmon e rosa, sendo algumas destas com formato de ursinhos, enquanto ao lado deste havia o outro berço, exatamente igual ao primeiro. À frente disso podiam ver uma poltrona simples, porém confortável salmon, com duas almofadas brancas; ao lado uma cômoda branca, com um trocador desta cor e rosa e alguns utensílios de bebê, como lenços umedecidos, talco e afins. E por fim, na última parede, havia apenas um guarda-roupa grande e branco, mas que já haviam algumas roupinhas compradas por ele e sua rosada.

- O que acharam? – perguntou nervoso, já que nenhum dos dois havia dito mais nada. Sasuke nada disse, apenas abraçou apertado o irmão, que sorriu, dessa vez de verdade – Então gostaram?

- É claro. E você ainda pergunta? – Naruto respondeu, ainda olhando abobado o quartinho de suas pequenas, fitando com um sorriso uma prateleira, onde haviam diversos ursinhos de pelúcia e lembrando-se de seu próprio primeiro bichinho, sua Kyuubi.

- Bom, acho que agora é só esperar a chegada das pequenas. – disse a rosada, abraçando seu noivo, que sorriu assentindo, deixando um selinhos nos lábios cor de cereja. O loiro em troca fez o mesmo, roubando um selinho dos lábios de seu amado, mesmo não pôde evitar que sua mão passeasse até o ventre alheio, mal podia ver a hora de ter suas pequenas.

 

(...)

 

12 de Outubro, ano X34:

Kurama: 31, Itachi: 31, Naruto: 26, Sasuke: 25

 

 

            E não havia demorado a chegar o dia que tanto aguardavam, pois exatamente dois dias depois de comemorarem o aniversário de vinte e seis anos de Naruto, suas pequenas bebezinhas resolveram chegar ao mundo.

            Naquele dia, Sasuke acordou se sentindo mal e cansado, teve dores durante praticamente o dia todo, as contrações iam e vinham, porém ao final da tarde tornaram-se menos espassadas e o moreno, ainda que estivesse esperando que ocorresse, não pôde evitar assustar-se ao sentir um líquido descer por suas pernas.

            Gritou, amaldiçoando tudo e todos, pois estava sozinho, já que o loiro não havia chegado do trabalho ainda e ele havia se recusado a ser “cuidado” por alguém, já que segundo ele não estava doente.

            Sem saber o que fazer, pegou o celular e chamou o número do marido, querendo matá-lo ao ver que este estava desligado, provavelmente sem bateria novamente.

 

- Dobe, idiota. – falou/gemeu, sentindo como começava a suar, sem saber se era por estar prestes a ter duas bebês ou pelo nervosismo de estar completamente sozinho. Passando a mão na testa, ergueu-se com dificuldade, chamando um taxi mesmo e saindo pegando apenas sua carteira, já que por ser muito cedo ainda não haviam preparado nada para levar ao hospital, afinal tinha apenas sete meses de gravidez. Esperou o taxi chegar e com a ajuda do porteiro do prédio, entrou no carro, o motorista o encarava preocupado pelo espelho retrovisor, não querendo que o grávido manchasse seus bancos novos, enquanto o menor passava a mão nervoso por seu ventre – Calma meus amores, já vamos chegar, esperem só mais um pouquinho... por favor... – pediu, seus olhos repletos d’água, enquanto com sua outra mão ligava para o primeiro número que lhe veio à mente – Nii-san?

- Sasuke? – ouvir a voz de Itachi foi como um bálsamo para o pequeno Uchiha, que já sem forças, só pôde desmaiar no banco traseiro do carro – Sasuke? SASUKE?

 

(...)

 

            Novamente Naruto entrava correndo, suado e nervoso após chegar em casa e não ver a seu marido, amaldiçoou-se ao ver que novamente a bateria de seu celular havia acabado e após colocá-lo a carregar, visualizou a chamada de seu pequeno, seguido de várias chamadas de seus três cunhados e até mesmo de seu irmão.

            Rapidamente, ligou para o primeiro da lista, seu Sasuke, pôde reconhecer que foi Itachi quem atendeu e ao ficar sabendo de tudo, não pegou nada, nem mesmo o celular e saiu correndo até o hospital.

            Chegando lá, procurou notícias de seu pequeno, que estava prestes à entrar para a sala de cirurgia, onde realizariam a cesárea.

            Conversou (gritou) com vários médicos até que lhe dessem permissão para entrar e pôde vislumbrar seu moreno, enquanto o mesmo era anestesiado. Sem nada dizer, tomou sua mão e dali não saiu, até que ouviu o primeiro chorinho de um bebê e seus olhos se cristalizaram.

            Viu o médico retirando a pequenina e cortando o cordão umbilical, que foi entregue a outro médico (neonatologista), para avaliar seu estado de saúde, antes que esta fosse finalmente apresentada à “mãe”. As lágrimas caíram do rosto do moreno ao ver a pequenina moreninha, que chorava desesperadamente, remexendo-se nas mãos do homem desconhecido, antes de que fosse entregue ao pai. Naruto recebeu sua pequena primogênita nos braços e sorriu por baixo da máscara cirúrgica que usava, suas orbes azuis cheias d’água, que romperam-se em duas cachoeiras quando poucos minutos depois ouviu o segundo chorinho e vislumbrou a pequena loirinha nos braços do médico. O Uchiha não se conteve em chorar na frente de desconhecidos ao ver suas duas pequeninas, seus dois tesouros nos braços do pai, que as segurava com dificuldade e medo, auxiliado por uma enfermeira, e quando o médico finalmente terminou de retirar a placenta e dar todos os pontos foi que finalmente pôde tê-las em seus braços.

 

- Oi, meus amores. – falou, olhando a cada uma com um sorriso enorme, como poucas vezes dava, mesmo que de seu rosto águas salgadas não parassem de descer.

- São lindas, Sasu. – o loiro secou o rosto úmido, sorrindo – Obrigado. – o moreno sorriu, fechando os olhos ao receber o suave beijo que havia sido selado em seus lábios.

- Eu é que agradeço, Naru. – o moreno respondeu, encarando suas pequenas e aproximando-se da mais velha – Bem-vinda ao mundo minha pequena, Kushina. – depositou um suave beijo na testa da pequena moreninha, que como se houvesse entendido, abriu os pequenos e belos olhinhos azuis, o Uchiha sorriu, olhando para sua pequena caçula – E bem-vinda ao mundo minha pequena, Mikoto. – e com essas palavras, depositou um delicado beijo na testa da pequena loirinha, que bocejando abriu os grandes olhinhos negros, o moreno sorriu enternecido, essas eram suas mais perfeitas misturas com seu loiro, e esse momento o melhor de toda sua vida, do qual se lembraria para sempre e o qual por nada trocaria.

 


Notas Finais


Continua...


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