História Attention - Eu não acredito mais - Ana.

"I was broken from a young age"

Quase nunca saio de casa a pé, mas como Clara me chamou para ir a uma praça perto de casa, resolvi que seria melhor não pegar o carro.

As pessoas já estavam retirando as decorações de natal de suas casas. Sempre gostei de ver a cidade novamente depois da neve ir embora.

"Taking my sulking to the masses"

Clara tinha começado a ficar com Shawn havia umas 2 semanas, então eu adivinhara que ele e os amigos estariam lá.

Inclusive Charlie.

O bom era que eu e ele já tínhamos resolvido todas as nossas brigas, mas eu não havia falado com ele desde a semana do Natal, quando eu disse feliz natal para ele  quando eu estava sentada no gramado e ele passou, e depois disso eu não troquei mais nenhuma palavra.

- Oi gente - comprimento todos. Ainda me era estranho beijar o rosto de Charlie.

"Write down my poems for the few"

Tinha algumas coisas em cima da mesa da praça, para que comecemos. Peguei um Doritos.

Shawn estava com um violão e Charlie com outro, estavam tocando uma música em português, que só Charlie sabia cantar, e Shawn sabia apenas a melodia.

- Fica, me queira e queira ficar - Cantou meu ex, colocando um fim na música.

- Linda, porém não entendi nada - Clara pareceu perdida, o que nos fez rir.

- O que viemos fazer aqui mesmo? - Perguntou Kelvin.

- Arrumar uma namorada para você que tá sozinho - foi respondido com a arrogância que Shawn guardava em si, deixando sair algumas vezes.

- Vai de fuder - ok, ele poderia ter feito uma resposta melhor.

- Acho que viemos aqui ficar ouvindo os dois tocarem - sugeri.

- Nem fudendo - Kelvin levantou - vamos andar de skate - estendeu a mão pra mim, segurei e segui ele. Charlie apenas olhou para o violão, riscando algumas notas.

"That looked at me, took to me, shook to me, feeling me"

- Senti a sua tensão quando comprimentos Charlie - Kelvin me segurou pelos braços me ajudando a me equilibrar.

- Eu e ele já estamos bem - eu acho - AI - me desequilibrei, o que fez ele segurar mais forte nos meus braços.

- Cuidado - ele riu - deixa que eu te guio.

- Cuidado digo eu.

- Não vou deixar você cair - mentira, quando ele disse isso eu me desequilibrei outra vez, caindo em seu braço - ou acho que vou. - meu rosto estava perto do seu, os olhos azuis de Kelvin refletiam minha boca. Ele se mantinha firme, me segurando. Mas acordei quando sua boca estava perto da minha, e me levantei.

- Desculpa - eu disse, arrumando minha blusa - mas eu não posso.

"Singing from heart ache from the pain"

- É, você está certa - o que? - Você foi muito importante para Charlie, me desculpa, eu não deveria...

- Está tudo bem - engoli seco, agora eu beijaria ele - vamos voltar? - ele assentiu- pegou o skate e voltamos juntos para onde os 3 estariam.

- e foi isso, mergulhei naquela piscina e já era - Shawn terminou.

- Sobre o que estão falando? - perguntei.

- Shawn estava falando sobre uma de suas festas de aniversário - Clara me respondeu.

A noite já estava chegando, olhando no relógio confirmei as horas, eram por volta das 6 da tarde.

Fomos a uma lanchonete ali perto.

Não fiquei muito tempo com eles, pois eu precisava fazer algumas tarefas atrasadas.

"Take up my message from the veins"

Uma sensação estranha tomava conta de mim, minhas pernas tremiam e eu achava que havia alguém atrás de mim, mas não era ninguém na verdade era apenas uma impressão de que as coisas estavam a piorar.

Eu sentia frio, coloquei minhas mãos pelos meus braços em busca de aquecê-los.

Comecei a caminhar mais rápido, tentando fugir do frio.

Eu não deveria.

"Speaking my lesson from the brain"

Sempre me coloquei como forte, mas mesmo a pessoa mais forte sempre tem sua fraqueza.

A minha era meu pai, que estava sentado na mesa de jantar quando dobrei a sala.

- O que ele tá fazendo aqui?

- Oi filha - meu pai se levantou, vindo em minha direção, mas dei alguns passos para trás, o que fez ele parar.

-Filha - minhã mãe veio pela cozinha.

- Por que esse homem tá aqui? - eu sabia que tinha motivo para eu sentir tudo aquilo que eu senti.

- Filha, eu... - ele tentou falar, mas eu não permiti.

 - Não me chama de filha!!! - gritei - você não tem o direito de estar aqui, sai daqui agora! - fui em direção a porta, abrinfo com a esperança dele sair logo. - SAI DAQUI, ANDA!

"Seeing the beauty through the"

- Ana Kenneth, para - minha mãe veio até mim e fechou a porta.

- Eu quero ele fora daqui, agora - meu peito subia e descia com pressa, fui a procura das minhas chaves.

- Ele veio conversar com você - ela me seguia.

- E bater em você de novo? E me empurrar da escada de novo? - achei - eu não quero isso.

- Eu perdoei seu pai, você precisa fazer isso também.

"Pain!"

Quando ouvi aquelas palavras eu paralizei, e tudo em minha volta também.

Até minha mãe passar com tanta força pelo vaso no centro da sala.

- Vocês são nojentos - abri a porta e sai.

"You made me a, you made me a believer, believer"

Eu precisava sair dali, precisava de um lugar que me desse paz.

Liguei o carro e nem eu mesma sabia que direção seguir, apenas fui.

Eu não conseguia acreditar no que eu tinha acabado de ouvir, de ver.

Eu não sei porque ele estava ali.

"Pain!"

Minha visão já estava um pouco embaçada por conta das lágrimas, mas de qualquer forma eu reconhecia o lugar aonde meu carro automático me levou.

Estacionei no gramado, daí do carro e toquei a campainha.

- Ana?

- Debra, eu preciso de ajuda.

"You break me down, you build me up, believer, believer"