1. Spirit Fanfics >
  2. Aurora >
  3. Sinais

História Aurora - Sinais


Escrita por: AnotherBanshee

Notas do Autor


Eu ia deixar pra postar só na outra semana, mas devido ao carinho e ótimo feedback de vocês ...Resolvi postar um pouquinho hoje. Obrigada pelas palavras de incentivo <3

Fiquem com essa partezinha, agora só posto lá pra sexta-feira que vem, hahaha.

Capítulo 2 - Sinais


Fanfic / Fanfiction Aurora - Sinais

 

 

( 01 Mês Depois )

- Tomaz, meu filho, desce que já coloquei o filme! – Gritou Clara sentada no sofá da sala.

- Já to indo mãe!

Tomaz desceu as escadas com um cobertor nas mãos e foi em direção a mãe, hoje eles resolveram passar o dia em casa assistindo alguns filmes de terror, Clara não gostava muito dessas coisas, mas Tomaz prometeu que ela não se assustaria muito.

 O garoto já tinha assistido alguns daqueles filmes antes, mas gostava de reassistir quando não tinha muita coisa para fazer e Clara  que evitava esse tipo de entretenimento, quis assisti-los só para saber mais sobre os gostos do filho, mesmo que não curtisse tanto esse tipo de filme.

Tomaz sentava-se no sofá e colocou o cobertor no colo deles.

-Ai, meu filho, promete que esse filme não vai te deixar com pesadelos?

- Mãe, eu prometo e nem você vai ficar com pesadelos.

- Se eu tiver pesadelos, vou dormir lá na sua cama. – Brincou a mãe.

- Pode ir que te protejo. - O menino disse erguendo uma sobrancelha e tentou fazer uma pose como os príncipes de contos de fadas.

– Tudo bem, meu príncipe. - Brincou a mulher. - Coloca essa coisa de “Guerra Mundial Z” logo, antes que eu desista. 

Os dois assistiram ao filme atentamente, Clara cobriu o rosto algumas vezes e Tomaz riu divertido com esses momentos. E quando - para o felicidade de Clara - o filme terminou, ela respirou aliviada e o menino lhe dirigiu um sorriso acompanhado de um olhar curioso.

- O que você achou do filme, mãe?

-  Tomaz, não é meu filme favorito com essa porção de bicho ai não, mas foi bonito a parte que o pai fez de tudo para salvar sua família, sei como é isso.

Clara deu um beijo no topo da cabeça do filho e levantou-se do sofá, porém sentiu uma leve vertigem e quase caiu sentada novamente.

-  Mãe? Você tá bem?

- Tô sim, filho. Acho que levantei muito rápido e fiquei um pouco tonta, mas já passou. Vou pegar mais algumas coisas pra gente comer. – A mulher foi até a cozinha e começou a mexer nos armários.

Nesse momento, Janete entrou na casa e cumprimenta a todos.

- Janete, você trouxe o que eu pedi? – Perguntou Tomaz ansioso.

- Trouxe, já deve estar meio frio, mas tá aqui o teu pastel, menino. Nunca pensei que um menino criado no berço que teve, ia gostar dessas coisas que a gente come na feira.

- Tomaz não tem tanta frescura não, Janete. Ele tá na fase de descobrir do que gosta, meu filho tem um belo apetite.

- Eu gosto de pastel sim, Janete. Minha mãe ... Outra mãe, a Lívia, e meu pai já me levaram pra comer essas coisas, mas a gente comia mais quando íamos passear na rua. - Clara estava mais acostumada ao ouvir o filho referindo-se a outra pessoa quando falava "mãe", mas sentir um friozinho de ciumes e dor era algo que nem sempre podia ser controlado, então ela só passava a mão no cabelo e tentava esconder quando sentia algum desconforto quanto a isso. 

- Tá certo, menino, tem coisa que é barata, mas é melhor que essa coisa estranha que rico come, tipo aquela coisa de ovo, ova de peixe ...

- Caviar? - Perguntou Clara.

- Isso !

- Pastel é bem melhor, você tá certa Janete. - Disse Tomaz de forma marota enquanto pegava o pastel e o mordia.

-  Oh, Dona Clara, trouxe um pra senhora também.

Janete vai até Clara e lhe entrega o alimento, Clara fica com vontade de dar uma bela mordida quando o pega nas mãos, mas depois de abrir o embrulho e sentir o cheiro, acaba por desistir imediatamente.

- Argh, meu estômago. Não vou querer não Janete, pode dar pro Tomaz também.

- Você quer que eu prepare alguma coisa, Dona Clara?

- Não, to meio ruim pra comer hoje, consegui dar umas beliscadas em algumas coisas enquanto estava assistindo com o Tomaz, mas meu estômago está fechado, vou tomar algum remédio pra enjôo e esperar passar.

- Mãe, não acha melhor irmos ao médico? Não é bom ficar se automedicando. Eu posso ir com você.

Clara sorriu e encarou orgulhosa o filho, ela voltou a sentar-se no sofá.

- Que lindo esse meu homem da casa. Tá vendo, Janete? Ele tá cuidando de mim. – Ela abraça o filho e ele corresponde.

- Tô sim, acho que ele tem razão mesmo, essa semana a senhora já teve febre, é melhor tratar no médico. Essas crianças de hoje parecem que já nascem sabendo das coisas.

- Pré-adolescente, Janete! Sou quase adolescente, na verdade.

Clara riu.

- Tá certo, senhor adolescente. - Disse a empregada - Mas a senhora tá passando mal assim a semana toda, é melhor dar uma passada no médico só pra ter certeza, da última vez era uma gripe forte, é melhor ter logo uma certeza pra tomar os remédios. Se bem que eu mesmo já vou tomando, vida como a nossa não tem tempo de ir consultar médico.

- Mas deveria né, Janete. É sempre um risco tomar remédio sem saber o que tem, mas tá bom, vou sim. Tudo bem se deixarmos os filmes para mais tarde ?

- Claro, mãe. Se o Patrick tiver chegado podemos assistir com ele também. Aposto que ele vai curtir esse tipo de filme!

- É mais provável que ele curta do que eu. – Ela ri.

- Vou pegar meu tênis pra ir ao médico com você. Depois podemos tomar um sorvete?

- Bem espertinho, né. Estou avaliando se suas intenções foram mesmo nobres. – Brinca a mulher - Mas sim, podemos tomar até um sundae se você quiser, meu amor, mas só hoje porque é final de semana!

O garoto subiu comemorando pelas escadas, enquanto terminava de comer.

- Queria saber pra onde vai tudo isso? O menino não engorda, mas adora comer. Ele é tipo a senhora, dona Clara, não engorda de ruim.

- Qué isso, Janete? Isso é coisa que se diga ?

- Desculpa, Dona Clara. Não to querendo ofender não, tô só falando que a senhora também é boa de garfo, mas tem um corpo bonito.

- ... Hum, obrigada eu acho. - Disse Clara com uma risada.

- Eu se comer uma folha de alface já ganho 2 quilos , mas até que me sinto bem com a minha aparência, não tô toda bonitona igual a senhora, porém ainda to com a bola lá em cima, viu. 

- É mesmo, Janete? Tá com uma fila de pretendentes, é? - Perguntou inocentemente, porém não sabia que a pergunta iria desencadear a língua sem freio da empregada. 

Janete começa a falar sem esconder nada sobre a vida pessoal, ela tinha um problema sobre filtrar as informações da própria vida ( e a dos outros ).

- Eu deixo muito homem babando, sim. Estou até pensando em começar um relacionamento sério com um moço lá, mas tem que ser certinho, com igreja e tudo. Ele não é um homão bonito igual o Sr. Patrick, mas ele dá no coro e ... - Clara foi pega de surpresa com os termos que Janete estava usando para referir-se ao pretendente e Patrick. Ela não sabia como tinha surgido tanta intimidade entre ela e Janete, provavelmente de lugar nenhum, isso era resultado da boca grande da mulher.

- Janete!

- Ai, desculpa, não tô dizendo que o Sr. Patrick não dá no ... A senhora sabe, na verdade sei que dá, né. - ela soltou uma risada culpada e nervosa. - Já que uma vez fui chamar vocês pra jantar e voltei do corredor porque escutei uns barulhos lá no quarto de vocês, não quis atrapalhar, né.

- OK! Acho que já estamos indo muito longe nessa conversa e forçando uma intimidade maior do que temos. 

Clara estava totalmente corada e andou para o lado oposto de Janete na esperança que a mulher não tenha percebido, Janete também pareceu constrangida ao perceber o que tinha falado.

- Meu Deus, desculpa viu, Dona Clara. Eu nem sei porque tô falando disso, foi falta de respeito, as vezes minha língua pula da boca e falo sem pensar.

- Pois é, tua língua parece ter vida própria, né, Janete ?! - Disse Clara com um olhar questionador, mas não irritado. 

Antes que continuassem, Tomaz desceu chamando a mãe e eles seguiram de carro até a clinica.

 

Clara passou parte da tarde no médico, escolheu ir em uma clínica particular da qual conhecia e aproveitou pra fazer um check up completo, mas ficou agendado que retornasse no dia seguinte para realizar um exame de sangue em jejum.

Quando saíram da clinica, mãe e filho foram até a sorveteria de um shopping e optaram por assistir a alguma coisa no cinema durante o resto da tarde, após saírem do filme, passaram em uma loja para comprarem algumas coisas para colocar no jardim e depois foram embora.

- Olha quem chegou ! Estava esperando vocês aqui, cheguei e não vi ninguém em casa, a Janete tinha me falado que vocês saíram. – Patrick vestia uma camisa azul clara e calça jeans escura, seu cabelo estava um pouco molhado, provavelmente tinha chegado a pouco tempo. O advogado foi em direção a Clara, a envolveu pela cintura e beijou seus lábios enquanto a mulher ficava na ponta dos pés, depois foi até Tomaz, fez uma espécime de toque secreto que os dois tinhas inventado e bagunçou o cabelo do garoto.

- Não, meu cabelo não! Você aproveita porque ainda não sou alto o bastante pra bagunçar o seu !

- Você vai ter que comer muito arroz com feijão pra conseguir alcançar o meu cabelo. – Brincou o advogado.

- Aé? – Tomaz pulou nas costas de Patrick e tentou bagunçar o cabelo do advogado.

- Meninos ! Cuidado pra vocês não se machucarem.

Patrick saiu correndo carregando o garoto nas costas e Clara só conseguia rir com a cena, eles estavam se dando muito bem agora. No começo Patrick ainda ficava sem jeito de conversar com Tomaz, ele tentava ser legal na medida que conseguia demostrar, não queria ser aquele "tio sem noção" e ficava sem saber como agir as vezes, o que fazia ele recorrer à Clara para preencher as falas nas quais pensava ter dito alguma coisa muito idiota para o garoto. O advogado não estava sendo "idiota", Clara achava aqueles momentos fofos porque ele estava realmente tentando fazer uma amizade com o filho dela, o próprio Tomaz também parecia ficar meio perdido no começo e com medo de deixar outra figura "paterna" entrar na sua vida, já que suas figuras masculinas não foram as melhores que poderia ter tido, mas ele gostava de Patrick e ajudou o advogado na aproximação, hoje eles podiam se chamar de amigos.

Depois que Patrick e Tomaz ficaram cansados de correr pela casa, a família acomodou-se na sala e começaram a assistir alguns filmes juntos, Clara sentou no meio dos dois e não podia sentir-se mais protegida. Assim que o segundo filme terminou, a mulher decidiu que era o último da noite, estava ficando tarde para Tomaz ir dormir, então eles jantaram e desejaram boa noite ao menino.

- Mãe, se eu já estou crescido para assistir esse tipo de filme, também estou para ficar acordado até mais tarde, né?

- Eu nem sei se você tá grande o suficiente para assistir isso, meu filho. Mas já está na hora de dormir, para todos nós, está tarde. - O menino fez um biquinho. - Porém, não pense que não sei que você vai ficar acordado no seu quarto jogando vídeo game.

- Ah... Sim. - Ele ri, sentindo-se descoberto – Mas juro que não vou dormir tarde, prometo, boa noite.

- Boa noite Tomaz.- Patrick mais uma vez bagunçou o cabelo do menino e o mesmo revirou os olhos, mas sorriu.

- Boa noite filho, dorme com os anjos. Eu te amo. – Clara vai até o filho e lhe dá um beijo de boa noite.

- Também amo você, mãe. Boa noite pra vocês.

 

Depois que todos estavam em seus quartos, Clara e Patrick começaram a se arrumar para dormir, entretanto, antes que ela conseguisse deitar-se na cama, saiu correndo para o banheiro e vomitou. Patrick foi logo atrás e segurou o cabelo da esposa, ele estava preocupado. Quando terminou, ela lavou o rosto na pia e eles voltaram para a cama.

- Amor, você está bem? – Patrick estava preocupado, não foi a primeira vez naquela semana que Clara aparentava estar com alguma problema de saúde.

- Estou, agora estou. Acho que comi muita besteira o dia inteiro, não sou muito acostumada com essas coisas e já estava passando mal antes.

- Você vem tendo problemas como esse durante toda a semana, estou preocupado, acho que deveria ver um médico.

- Fui hoje, com o Tomaz, você acredita que ele insistiu pra me fazer companhia, Patrick? Meu filho cuidando de mim. – Os olhos azuis brilharam de felicidade.

- Bom saber que tem outra pessoa pra cuidar de você quando não estou.

- Me sinto muito segura com vocês dois aqui, não precisa se preocupar.

Clara deu um sorriso e passou a mão no rosto de Patrick, ele acariciou a bochecha da esposa.

- Tudo bem, mas quero ficar sabendo quando você tem esses tipos de coisa, da última vez que você ficou gripada e de cama, só fui saber quando cheguei aqui.

- Não foi nada, virose que vem com a estação e só, não quis te alarmar. Fui tomar a injeção e depois tomei os remédios certinhos.

- Eu sei, mas quero ser alarmado mesmo assim. - Ele colocou uma mexa do cabelo da esposa atrás da orelha.

- Tudo bem.

Eles escovaram os dentes e seguiram para a cama, Patrick envolveu Clara e eles ficaram deitados de conchinha enquanto o advogado fazia carinho no cabelo da esposa, seus pensamentos não paravam, mas assim como a mulher, ele foi vendido pelo cansaço e adormeceu rapidamente.


Notas Finais


Eu já tinha terminado a fic, mas estou fazendo alterações para conseguir encaixar mais 2 capitulos já que pediram com tanto carinho. Então, ansiosas (os) para o próximo capitulo? Nele teremos a participação de uma personagem que, pessoalmente, tive muito carinho durante a novela.

P.S: Também estou postando essa história no Wattpad, irei atualizar dos dois sites igualmente. ( Meu perfil lá é : CSBanshee )


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...