1. Spirit Fanfics >
  2. Aurora >
  3. Capítulo 6:

História Aurora - Capítulo 6:


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 7 - Capítulo 6:


Ela era conduzida por seus antigos guardiões até um enorme templo cheio de flores. Rosas, jacintos, madressilvas...todas espalhadas pelo grandioso jardim que o cercava. Reconheceu imediatamente a estátua da deusa a quem o Templo era dedicado. Afrodite.

—Gostou do meu templo? É o meu preferido. -disse uma mulher que surgiu das sombras do templo em sua direção. Usava uma sensual túnica vermelha e seus cabelos dourados estavam cuidadosamente presos em um penteado no estilo helênico. -Bem vinda, Aurora.

—Não precisa usar de ironias comigo, Afrodite. -a ruiva replicou. -Estou aqui e exijo que liberte a vontade de meus guardiões.

—Você exige? -ela começa a gargalhar. -Minha cara, você não tem condições nenhuma de exigir nada. Coloquem-na no pilar.

Obedecendo as ordens de Afrodite, Lampo e Faetonte conduziram a jovem até um pilar, onde ataram suas mãos à correntes. A deusa da beleza se aproximou com um botão de rosa vermelha em sua mão.

—Não demonstra medo. Bom. -e aproxima a toca o coração de Aurora com a flor, imediatamente uma luz dourada a envolve e ela começa a sentir uma dor insuportável. -A rosa drenara seu Cosmo adormecido, e quando terminar, ela se abrirá e será uma linda rosa...você morre e eu terei meu poder e juventude novamente restabelecido.

Afrodite se vira ao sentir que alguém se aproximava de seu templo, observou os seus “guardiões” e notou em seus olhares que tentavam se libertar de seu controle ao verem a deusa Aurora agonizando. Estreitou o olhar, não era bom que ficassem ali, ou poderiam quebrar seu encanto.

—Vejam quem ousa invadir meu templo e elimine-o. -e olhou para Aurora e sorriu. -Se acaso for o Cavaleiro de Aquário, façam-no sofrer muito antes do golpe final.

—Sim. -responderam hesitantes e saíram.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

—Não pedi que me acompanhasse. -diz Camus a Milo que o seguia.

—Não estou aqui por sua causa. -respondeu o outro, o mal humor de Camus o estava chateando. -Vim aqui para ajudar uma amiga.

—Deveria ter ficado no Santuário, com Afrodite de Peixes. -continuou falando, sem olhar para o amigo.

—E levar um esporro do Shion quando ele souber? Não, obrigado. -respondeu. -E é mais divertido salvar uma donzela em perigo.

—Milo, isso não é brincadeira e não preciso que me venha com suas infantilidades... -parou de falar bruscamente ao receber um soco no rosto de Milo.

—Escuta aqui. Põem na sua cabeça dura e teimosa que não vou deixar dois amigos sozinhos nessa situação. Estou aqui por ela e por você. E se me torrar de novo com suas ladainhas leva outro murro! -disse com rispidez, andando na frente em seguida. -Vamos ou eu fico com os louros por ter salvado a Rapha sozinho.

Camus esfregou a face dolorida e deu um discreto sorriso. Por mais que não queira admitir, estava feliz por Milo estar ali com ele, sendo um apoio nessa situação tão difícil. Mas precisavam ser rápidos. Segundo os informantes do Santuário, o templo de Afrodite ficava naquela região, mas ainda não o tinham avistado. Começou a andar depressa para alcançar Milo e o avistou bem a sua frente.

Estava se aproximando quando notou algo estranho. Uma forte luz indo ao encontro de Milo e este parecia alheio ao ataque. Camus agiu por instinto, jogando seu corpo contra o Cavaleiro de Escorpião, momentos antes do local onde ele estava ser atingido e restar apenas uma cratera fumegante.

—Mas, de onde veio isso? -Milo perguntou, ficando em pé e em alerta. Risadas foram ouvidas e avistaram Lampo e Faetonte no alto de um morro. -Ah, a dupla dinâmica.

—Vamos ver se continuará contando piadas quando acabarmos com você, Cavaleiro de Atena. -ameaçou Lampo.

—Já ouvi ameaças melhores de garotinhas. -zombou Milo.

Enfurecido pelas palavras de Milo, Lampo avança sobre ele com seu Cosmos, ambos se chocam e são arrastados para longe.

—Milo! -Camus o chama e depois se volta para Faetonte, que emanava um poderoso Cosmo. -Afaste-se, garoto. Não é com você que quero ajustar contas.

—Me chama de garoto, mas sou tão velho quanto o Santuário. Tudo bem, Afrodite determinou sua morte. -falou antes de lançar seu ataque.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

—Seu amante luta bem. -a deusa diz olhando no espelho de água de uma fonte a batalha que estava acontecendo próximo dali. -Mesmo que vença Faetonte, não chegara a tempo de lhe salvar.

—Lampo...Faetonte...não... 

A jovem que um dia foi Aurora cerra os olhos, entregue à exaustão. A rosa em seu peito começava a desabrochar.

—Camus... -murmurou, antes de perder a consciência e ouvir Afrodite gargalhar.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

—Lute para valer, Cavaleiro! -exigia Lampo entre socos e chutes prontamente defendidos por Milo.

—Gostaria muito. Mas está na cara que você não é mais dono de seus atos. -respondeu. -Sai da frente antes que eu me zangue e você sinta a minha Agulha Escarlate!

—Maldito! -exclama Lampo, se preparando para socar Milo.

Mas o cavaleiro de Escorpião segura o punho de Lampo com a mão. E se preparava para dar também um soco, e o rapaz o imita, retendo o golpe também com a mão. Ficaram ambos medindo forças, energias corriam entre seus corpos.

—Me...me mate! -pede Lampo, sua voz parecia vim de seu Cosmo, fazendo Milo chocar-se. -Me mate e salve-a.

—Que?

—Eu...eu quero ajudá-la, mas não consigo me controlar!

—Droga. -resmunga Milo se desviando de um chute de Lampo. -Você dizendo essas coisas torna tudo mais difícil!

—Para alcançá-la tem que me matar. -ele reúne energias entre suas mãos. -Eu lhe peço...não hesite!

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

Camus olhava com desdém os ataques de Faetonte. Aquilo estava lhe tomando um precioso tempo.

—Ela está morrendo, Cavaleiro. -dizia Faetonte diretamente ao Cosmos de Camus. -O que espera? Me mate logo e salve-a!

—Ao que parece...Afrodite domina seu corpo mas não seu espírito e seu Cosmo. -responde Camus.

—Acabe com isso! -pedia Faetonte. -Meu irmão e eu nos resignamos. Se para ajudar a senhorita Aurora precisarmos morrer que assim seja! Use seu melhor golpe Cavaleiro e acabe com isso! Apresse-se! Ela não tem muito tempo!

—Está bem. -diz Camus em alto e bom som. -Se deseja morrer para salvá-la, atenderei seu pedido e o honrarei com uma morte digna de um Cavaleiro.

Camus reúne uma enorme quantidade de seu Cosmo em suas mãos, erguendo-as e unindo-as acima da cabeça, se preparando para atender ao pedido de Faetonte.

Milo desvia por pouco do ataque de Lampo e percebe que não tem outra alternativa.

—Espero que em outra vida não tenha que passar por esse sofrimento, amigo. Lhe darei uma morte rápida! -diz Milo concentrando seu Cosmo e disparando seu ataque. -AGULHA ESCARLATE!

—Adeus, Faetonte. -declara Camus antes de... -EXECUÇÃO AURORA!

Cosmos poderosos se chocam, provocando uma grande explosão. Quando tudo se dissipa, os corpos inertes de Lampo e seu irmão Faetonte estão estendidos no campo de batalha. Milo caminha até Camus e para ao sentir uma pontada em seu ombro. Lampo o acertara e nem havia percebido.

—Lutou bem. -murmurou.

—Fique aqui, Milo. -pediu Camus.

—Nem pensar, eu vou...

—Ficar aqui. -determinou. -Resolverei isso rápido. Além do mais...quem cuidará dos garotos quando eles acordarem.

—Hã? -Milo se aproximou de Faetonte. -Ainda está vivo!

—Por que o espanto? Você também não deu o golpe fatal em Lampo? -deu um sorriso irônico.

Milo deu os ombros e um sorriso sarcástico.

—Não demora ou vou te buscar. -avisou.

Camus concordou com um aceno de cabeça. Ao se afastar Milo notou que ele levou uma mão até a barriga, onde provavelmente seu oponente o acertara antes de cair. Desejou que isso não se tornasse um problema para ele.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

A deusa Afrodite elevou seu Cosmo mostrando com isso sua irritação. Desejava que ao menos seus pretensos guardiões mantivessem os cavaleiros ocupados mais algum tempo. Tempo suficiente para que sua rosa ceifasse a vida de Aurora.

Com desgosto observou quando o homem chamado Camus de Aquário entrou em seus jardins e caminhou com determinação até onde elas se encontravam. Ele viu onde Aurora estava presa, e em seu olhar transpareceu a irritação pelo o que estava havendo com ela.

—Liberte-a. -ordenou.

—Quem pensa que é para dar-me ordens? -diz Afrodite, elevando seu cosmo e disparando contra Camus que o recebeu, ajoelhando de dor com o ataque. -Acaso sabe quem sou?

—Pouco me importa quem seja. Para mim você não tem significado algum. -respondeu com arrogância que enfureceu Afrodite. -Liberte-a ou esquecerei que é uma mulher e farei com que sinta minha ira.

—Verme arrogante! -exclamou Afrodite atacando-o de novo, com ódio redobrado. -Farei com que implore por meu perdão por tais palavras!

—E...eu a farei...se arrepender de ferir Raphaela se não a libertar agora! -disse com uma voz tão fria que causou calafrios em Afrodite.

Afrodite não conseguia acreditar no que via. Por mais que usasse seu Cosmo contra aquele cavaleiro, ele ainda reunia forças para se erguer e desafiá-la. Mesmo uma armadura de ouro sofreria pesados danos ao receber os ataques de um deus, e a armadura de Aquário não era indiferente.

Ela estava se fragmentando, cortes apareciam na pele descoberta do cavaleiro bem como o sangue que escorria por essas feridas. Mas ele mantinha o mesmo olhar gélido e ameaçador sobre ela. Trêmula, a deusa recuou alguns passos.

—Liberte-a. -ele ordenou.

—N-não. -Afrodite ainda queria aparentar altivez digna de uma divindade, mas sua voz falha ao vê-lo se aproximar cada vez mais. -Ela está condenada!

Dizendo isso, dispara novamente seu cosmo contra Camus, que coloca seus braços sobre o rosto se protegendo.

—Logo a rosa estará totalmente aberta, e ela morrerá e não... -parou de falar ao ver o Cavaleiro já diante dela, achou que ele a mataria naquele instante.

—Retire a rosa...agora. -ordenou.

—N-não posso. -foi o que conseguiu responder.

Camus passou por ela, ignorando-a e caminhou até Raphaela, ergueu sua mão a rosa e o tentar tocá-la foi repelido pelas energias que a envolvia, chegando a queimar. Ignorando a dor, ele a apertou em seus dedos e liberou seu cosmos, a flor foi envolvida pelo ar gelado e se congelou, interrompendo o processo que sugava a vida da jovem deusa.

Depois com um gesto, ele jogou a rosa aos pés de Afrodite, reduzindo-a com o impacto a pedaços. Petrificada por aquele ato, nunca antes ela havia visto algo assim, a deusa limitou-se a observar Camus libertando sua amada das correntes que a prendiam e a amparar seu corpo inconsciente em seus braços.

Com delicadeza, ele tocou em sua face, afastando uma mecha que caia em seus olhos fechados.

—Agora, você irá retirar essa ridícula maldição dela. -ordenou olhando a deusa da beleza com frieza.

—Acha que me rebaixarei a tanto? -disse a deusa indignada.

Camus depositou o corpo de Raphaela no chão e caminhou até Afrodite, segurando-a firmemente com uma mão o seu pescoço, apertando-o um pouco, erguendo-a do solo.

—Não terei pudores em matá-la se continuar a se negar a me obedecer. -avisou. -Retire a maldição ou conservarei sua beleza eternamente em um Esquife de Gelo.

Afrodite sentiu que uma fina camada de gelo começava a se formar, queimando sua pele delicada, com lágrimas nos olhos pelo medo, indignação e pela dor que começava a sentir, murmurou:

—Eu...eu retiro a maldição. -depois ela o encarou. -Ela está livre.

Camus a solta imediatamente, como se tocá-la se causasse asco e se afastou. Pegou a jovem em seus braços e saiu do templo, sem se dignar a olhar para trás e para a deusa que permanecia caída no chão...vencida.

—C-Camus? -Raphaela entreabriu os olhos, exausta e o fitou. Seria real?

—Shhh...Mon ange. -ele pediu. -Apenas descanse. Está a salvo agora.

—Pode me perdoar? Pelas coisas horríveis que lhe disse? -perguntou com lágrimas nos olhos.

—Sei que não havia verdades nelas. -lhe sorriu. -Agora descanse. Je t'aime.

Com um suspiro ela se aconchegou em seus braços e adormeceu. Nunca havia se sentido tão bem e segura como agora. Ao longe ele avistou Milo, juntamente com Lampo e Faetonte.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

—Como se sente, Afrodite? -uma voz suave chama a atenção da deusa que ainda estava caída de joelhos, se sentindo humilhada pelo Cavaleiro de Aquário.

—Atena. -ela olha para a deusa da justiça e dá um meio sorriso. -Veio me humilhar também?

Acompanhando Atena a uma distância discreta estava Saga, atento a todos os movimentos da deusa da beleza.

—Não. -respondeu com suavidade. -Você pode ter se esquecido, mas já fomos amigas, lembra-se?

—Lembro-me bem daquele tempo. Ah, eu era tão feliz! -falou com um sorriso saudoso. -O que quer agora, Atena?

—Levá-la para casa. -respondeu estendendo a mão. -Meu pai, Zeus e todos os deuses a querem de volta.

Afrodite fechou os olhos e suspirou. Lágrimas vieram aos seus olhos e aceitou a mão estendida por Atena.

—Seu cavaleiro lutou bem. Me impressionou. -disse a deusa da beleza. -Ele é realmente poderoso.

—Ele teve um bom motivo para lutar assim.

—Qual? Ah, sim... -Afrodite sorri. -Esqueci desse detalhe. O que os mortais são capazes de fazer por amor. Conseguem até mesmo surpreender os deuses com isso.

—Deveria saber. –Atena a fitou com suavidade. –Zeus ainda não entende como Titono reencarnou nessa era e reencontrou Aurora.

—Não insinue que tive algo a ver com isso. Seria humilhação me rebaixar a isso.

—Seria um ato nobre se assim o fosse.

—Talvez o amor dele fosse forte o suficiente para vencer a morte e o tempo, sem a ajuda divina. –Afrodite comentou. –Ah, estou a filosofar como uma velha.

—Agora entende porque amo tanto a humanidade?

—Agora entendo. -ela olhou para Atena. -Com certeza serei castigada por Zeus novamente pelo o que fiz.

—Com certeza. Está com medo?

—Não. Apenas resignada. -e suspirou.

E as deusas desapareceram pelo jardim, sendo seguidas pelo silencioso Cavaleiro de Gêmeos.

.

.

.

.

.

Epílogo.

 

O dia não poderia estar mais propicia para a data em questão. Pareciam que os deuses ajudavam, proporcionando um belo dia de sol, e clima ameno para ajudar no tão famoso calor do Mediterrâneo.

O Santuário há anos não presenciava uma cerimônia tão linda. Há anos que casamentos não eram celebrados ali, Shion estava nervoso com a função nova, o de unir um casal, e ainda havia as bênçãos de Atena, e a deusa estava certa que seus bons amigos seriam muito felizes.

No altar improvisado na Décima Terceira Casa, os Cavaleiros de Ouro, Prata e de Bronze convidados usavam suas armaduras, que pareciam mais reluzentes do que nunca. Estavam lá também, os guardiões de Aurora, já recuperados da última batalha contra dois Cavaleiros de ouro. No altar, adornado por rosas oferecidas por Afrodite de Peixes, um preocupado Cavaleiro de Aquário lançava olhares apreensivos na entrada principal, de onde a noiva...deveras atrasada...deveria vir, de braços dados com seu melhor amigo, Milo.

A noiva estava em uma sala adjacente, esperando o momento de entrar. Respirou fundo, olhando o vestido em estilo grego, todo branco e dourado, a fazendo relembrar dos tempos áureos no Olimpo. Ela mal acreditando na alegria que compartilhava nesse momento. Um mês atrás, fugia do amor, agora se preparava para se unir em matrimônio com um homem que a salvou de uma vida de solidão. Como o amava.

Levantou-se, sendo ajudada por algumas servas que acabavam de ajeitar seu vestido impecavelmente branco, presente de Atena. Do lado de fora, usando sua Armadura Dourada, Milo aguardava para conduzir a noiva. Sorriu ao vê-la sair e lhe deu o braço.

—Nervosa, Raphinha? -perguntou.

—Muito...mas feliz! -respondeu sorrindo.

—Eu também. Além de conduzir a noiva, sou o padrinho.

—Espere. -uma poderosa voz os impede. -Não haverá casamento.

Ambos olharam para quem dizia isso. Milo com uma resposta mal criada na ponta da língua e com vontade de esmurrar quem ousava querer atrapalhar o casamento de seu amigo. Um homem de feições jovens, usando um manto branco e dourado, com longos cabelos dourados adornados por uma coroa apareceu, e Raphaela sorriu a vê-lo.

—O senhor aqui? -ela perguntou mal acreditando, abraçando o desconhecido, depois o encarou preocupada. -O que o senhor quis dizer com não haverá casamento?

—Não haverá...a menos que eu conduza a noiva ao altar e a entregue a seu futuro marido. -respondeu olhando para Raphaela e em seguida para Milo. -Tudo bem para você, Cavaleiro?

—Hã...Quem é o senhor? -perguntou o cavaleiro.

—Sou Zeus, é claro. -respondeu com naturalidade, vendo o olhar espantado de Milo. -E serei eu a conduzir minha querida irmã. Alguma objeção?

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.xx.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x

 

Alguns minutos depois, Milo entrava correndo por uma porta lateral, e andou a passos largos até o altar. Camus o olhou curioso e depois para onde Raphaela deveria entrar, não compreendendo o que acontecia. Milo sussurrou algo baixinho para Atena que sorriu feliz com o que lhe dissera, depois foi até ao lado do amigo.

—O que está havendo? -perguntou ao amigo, desconfiado.

—Relaxa...ela não mudou de ideia e nem tentou fugir. -respondeu balançando a mão e sorrindo. -Farei o papel do padrinho apenas. Um parente da noiva entrará com ela.

—Parente? Quem? -olhou depois para a porta que se abriu e a noiva adentrava de braços dados com seu acompanhante.

—Zeus. -respondeu Milo com naturalidade. –Acho que ele é teu cunhado.

O rapaz conduziu a noiva, deu-lhe um terno beijo na testa dela e a entregou ao Cavaleiro de Aquário, em seguida se colocou ao lado de Atena.

—Achei que não vinha mais. -comentou a deusa baixinho.

—Nem que Hera colocasse os céus em minha cabeça, perderia esse casamento. -murmurou de volta.

Enquanto Shion dizia alguma palavras antes de Atena dar-lhes a sua bênção, Camus só tinha olhos para a sua noiva, e agora esposa. Por fim, ouviu apenas o que queria. O final da cerimônia, onde mandavam o noivo beijar a noiva.

Ambos se beijaram com paixão, esquecidos de todos que estavam por perto. E só se separaram quando Shion pigarreou.

A recepção já adentrava a madrugada, quando Raphaela afastou-se de todos e se dirigiu aos jardins do Templo do Mestre, onde Lampo e Faetonte esperavam.

—Iam partir sem se despedir de mim? -ela indagou, entristecida.

—Senhora, não fomos guardiões que mereceram a honra de protegê-la.  -começou a falar Lampo.

—Eu já lhes disse que não tem culpa alguma do que houve. -ela o interrompeu. -Foi a deusa Afrodite a responsável.

—Mesmo assim... não fomos fortes o bastante. -completou Faetonte. -Não será um adeus, senhora. Partiremos para treinarmos mais e ficarmos verdadeiramente fortes.

—Sabemos que aqui, sempre estará em segurança. Quando completarmos esse treinamento, voltaremos.

—E para onde irão?

—Ainda não sabemos. -respondeu Lampo, que fez uma reverência, juntamente com o irmão, e se afastaram de Aurora, desaparecendo na noite.

Raphaela ficou observando a trilha que eles haviam seguido, e sentiu uma súbita vontade de chorar. Sentiu os braços de seu marido estreitando-a em um abraço caloroso, fechou os olhos aproveitando o máximo aquele contato.

—São bons guerreiros, muito fortes. Leais até o fim. -Camus comentou. -Voltarão em breve, com certeza.

—Eu sei. -suspirou. –Por incontáveis anos eram a única família que possuía.

—Arrependida?

—De que? -ela se virou e o abraçou. -De estar com você? Nunca. De ter trocado uma vida imortal para ficar ao seu lado? Não. Não me arrependo de nada.

—Atena disse que tem um presente para nós. Uma lua de mel em seu chalé, nos Alpes.

—Nunca estive lá.

—Magnifique! Você irá amar.

—Impossível não amar qualquer lugar nesse mundo, com você ao meu lado. -e Raphaela lhe sorriu.

—Mon ange.

E tocou o rosto dela, beijando-a em seguida, deixando para trás todos os medos, maldições e pensamentos incertos sobre o futuro. Seria o começo de uma nova vida...juntos...para sempre.

Fim!


Notas Finais


E terminouuuuuu!!!!
Espero que os leitores e a Raphinha tenham gostado!
Bjs!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...